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Microeconomia

Teoria do Consumidor

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Introdução
• O núcleo conceptual da Teoria do
Consumidor é o princípio de que a
decisão dos agentes económicos resulta
de uma comparação entre o benefício da
sua acção (i.e., o ganho de bem-estar que
origina) com o custo de a implementar
(i.e., o dispêndio de recursos escassos
disponíveis)

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Introdução
• Na teoria do consumidor assumimos que

• O indivíduo escolhe um cabaz formado


com uma certa quantidade de dois bens
ou serviços estando sujeito ao rendimento
que tem disponível.

• Os indivíduos possuem informação e


raciocínio perfeitos (o que é público).
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Preferências e gostos

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OS DESEJOS
Os desejos e as
preferências vão surgir
devido ao fato de que
existem diferentes
maneiras de se satisfazer a
uma mesma necessidade.
OS DESEJOS
Os desejos são vontades para
satisfações específicas das
necessidades mais profundas.
Enquanto as necessidades das
pessoas são poucas, os
desejos são muitos e são
constantemente modificados
por forças externas.
Preferências e gostos
• Princípio da Utilidade
• Cada indivíduo tem necessidades que,
quando satisfeitas, lhe permitem viver
numa situação de maior conforto, de
maior bem-estar.

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Preferências e gostos
• Em termos económicos, as necessidades
humanas são satisfeitas com a
apropriação e fruição de bens e serviços.
– A utilidade (i.e., o valor económico) dos bens
e serviços resulta da sua capacidade em
satisfazer as necessidades humanas.

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Preferências e gostos
– Se um objecto não satisfaz nenhuma
necessidade humana, então não tem utilidade
– De entre as coisas com utilidade, a afectação
das que estão disponíveis em quantidades
ilimitadas não são um problema porque o
indivíduo consegue sempre apropriar a
quantidade suficiente para satisfazer as suas
necessidades.

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Preferências e gostos
• A utilidades das coisas (i.e., o seu valor
económico) é subjectiva pois depende dos
gostos e preferências da pessoa que as
vai consumir/fruir.
– A aceitação deste principio moral inviabiliza a
existência de uma economia centralizada
eficiente.

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Preferências e gostos
• Princípio da Comparabilidade
• Sendo o cabaz A = (a1, a2) que contém as
quantidades a1 e a2 de dois b&s
• o ser humano é capaz de o comparar com
qualquer outro cabaz B = (b1, b2) formado
por quantidade diferentes dos mesmos
b&s.

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Preferências e gostos
• O indivíduo considera que o cabaz B é
pior,
análogo ou
melhor,
• que o cabaz A.

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Preferências e gostos
• Princípio da Insaciabilidade
• O ser humano prefere sempre apropriar
uma maior quantidade (ou qualidade) de
bens ou serviços.
– Em termos de quantidade, não será um
princípio sempre aceitável

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Preferências e gostos
• e.g., a quantidade de comida que
queremos consumir tem um limite.
– Ficamos empanturrado
– Não queremos engordar
• No entanto, preferíamos sempre comida
mais saborosa (i.e., de maior qualidade).

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Restrição orçamental

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Restrição orçamental
• É sabido que, o estudo da Economia está
dependente da circunstância de a quantidade
disponível de bens e serviços ser limitada e
inferior às necessidades.
• O consumidor tem um rendimento nominal (i.e.,
em MT) que aplica na aquisição de bens ou
serviços cujos preços de mercado são dados (o
agente é price taker).

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Restrição orçamental
• O rendimento disponível das famílias tem
origem principalmente nos salários, sendo
também importantes os rendimentos do
capital (e.g., dividendos e juros) e as
transferências do estado (e.g., rendimento de
inserção social).

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Restrição orçamental

Salário mínimo em Moçambique


2019
Quando o rendimento aumenta (e os preços se
mantêm), o indivíduo pode consumir cabazes
mais recheados.

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Exemplo
• Um aluno tem 600 mt /mês de rendimento que
pode gastar em alimentação cujo preço é
5mt/u., vestuário cujo preço é 10mt/u. e
habitação cujo preço é 100mt/u. Qual será o
cabaz que o aluno pode consumir em cada
mês?
O cabaz terá a forma X = (5a, 10v,
100h)menor ou igual a 600,00mt

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Exercício
• Ex2.6: Um indivíduo tem de rendimento disponível
1000mt/mês que gasta em alimentação e habitação,
(a, h), cujos preços unitários são 2.5mt/u. e 5mt/u.,
respectivamente.
• i) Qual a quantidade máxima de alimentação e de
habitação que o individuo pode adquirir?
• ii) o indivíduo poderá adquirir (a, h) = (200, 150)?

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Exercício
• i) amax = 1000/2.5 = 400u.
hmax = 1000/5 = 200u.
• ii) Não pode adquirir pois a despesa,
200*2.5+150*5 = 1250mt, seria maior que os
1000mt de rendimento disponível.

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Decisão do consumidor
Escolha do cabaz.

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Alteração do preço e do
rendimento

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Alteração do preço
• Efeito de uma alteração do preço
• resulta uma alteração em sentido contrário na
quantidade consumida do bem ou serviço
respectivo mas também poderá ocorrer uma
alteração na quantidade consumida dos
outros bens (para mais ou para menos).
• Do aumento do preço resulta sempre numa
diminuição da quantidade consumida do bem
correspondente.

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Risco
• O risco surge do indivíduo não ter
conhecimento perfeito do que vai
acontecer no período futuro. Assim, os
modelos que o incorporam traduzem a
relação de que existe conhecimento
público e perfeito.
– Existe quem distinga risco de incerteza mas
não tem relevância

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