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Ambientes de Sedimentação.

Ambiente Glacial
Generalidades

 Ambientes glaciais podem ser divididos em dois tipos:


 Glaciogênicos
 Proglaciais

Porém não englobam ambientes periglaciais

Em ambientes glaciogênicos os sedimentos estão em contato com a


geleira. E dependendo da posição em que estiverem em relação a
geleira podem ser subdivididos em:
• Subglacial
• Supraglacial
• Englacial
Generalidades

 Os ambiente Proglaciais abrangem tanto a zona de contato com a


margem da geleira quanto seu arredores.
 Ambientes glaciais hoje estão restritos a regiões polares e nas partes mais
altas de cadeias montanhosas. Ocupando cerca de 10% da superfície
terrestre
 Depósitos glacias datados do pleistoceno são abundantes em diversas
áreas da América do norte, Europa, Ásia, e Antártica
 No Brasil, existem evidencias de glaciações passadas de diferentes idades
e em muitas partes do país
Generalidades

 A evolução geológica do planeta se caracteriza por períodos de


aquecimento (greenhouse) e resfriamento global.
 Há uma relação direta entre as condições climáticas e o nível dos
oceanos.
 Nos períodos de geleira parte da água na superfície da terra se congelam
fazendo com que o nível do mar caia.
 Quando as temperaturas se elevam as geleiras iniciam o degelo, recuam
e o nível dos oceanos volta a subir
Relação entre as geleiras e o nível dos oceanos
Geleiras

 É uma massa de gelo formada pela compactação e recristalização de


neve
 Podem ser divididas em geleiras de vale e geleiras continentais
 As geleiras de vale são típicas de áreas montanhosas e apresentam
padrão dendritico, formam-se a partir do fluxo de gelo proveniente de
montanhas próximas onde ocorre o acumulo de neve.
 Geleiras continentais cobrem extensas áreas e não dependem do relevo,
hoje está a áreas de alta latitude
 O manto de gelo que cobre a Antártica cobre uma área de 12.500.000
km²
Fatores físicos que influenciam as
geleiras
 Muitos fatores físicos influenciam a dinâmica de expansão ou retração
das geleiras, dentre eles os mais importantes são: o balanço de massa e o
regime térmico.

 O balanço de massa refere-se ao ganho ou perda de gelo na geleira, o


local onde há ganho de massa é chamado de zona de acumulo, zona de
ablação é definido como o local onde a perda de massa e entre essas
duas zonas temos a zona de equilíbrio na qual o acumulo e ablação são
equivalentes.
Regime Térmico

 Basicamente podemos classificar o regime térmico em dois:


 Quando as condições estão favoráveis ao degelo, a geleira é temperada ou
de base úmida que afeta o fluxo e o transporte.
 O outro caso é quando as condições de degelo são inexistentes, o tipo de
geleira com essa característica é a geleira de base seca
 A maioria das geleiras possuem um regime térmico complexo sendo úmidas em
alguns pontos e secas em outras, as que possui essa característica
denominamos de subpolar.
Fluxo Glacial

 Deslizamento Basal
 Geleiras de Base Úmida
 Deformação Interna
 Geleiras de Base Seca
Velocidade das Geleiras.
 Fatores que interferem na velocidade das Geleiras.
 Espessura
 Temperatura
 Declividade
 Forma de vale
Velocidade das Geleiras.

 A resultante da velocidade de uma geleira é calculada a partir do


somatório da contribuição de cada fator atuante levando em conta as
características de fluxo...

... Podendo haver exceções em casos bem


específicos.
Erosão Glacial

 A erosão pelas geleiras se dá pôr duas formas principais:


 I.) Glacial plucking

 II.) Abrasão
Transporte

 Da mesma forma que em rios, os sedimentos transportados por uma


geleira são chamados coletivamente de carga.
 Enfim, as comparações acabam aqui, já que a carga das geleiras são
carregadas por suspenção, e a heterogeneidade dos materiais é grande,
já que podem ser transportados desde areia e siltes até matacões.
Depósitos glaciais

 Depósitos formados por ação direta das geleiras são denominados


Morenas.
 As morenas ocupam diferentes posições em relação as geleiras e são
classificadas em: terminais, laterais e medianas.
 As morenas terminais formam-se pelo acumulo de detritos nas margens
estagnadas de geleiras a medida que à o degelo.
 Morenas laterais formam-se de detritos junto as paredes dos vales.
 Morenas medianas desenvolvem-se ao longo da confluência entre duas
ou mais geleiras de vale.
Depósitos glaciais

 Morenas são compostas por sedimentos clásticos (till)


 A produção das partículas que compõem o till envolve a combinação de
dois processos: abrasão e a fragmentação, o que acaba gerando
bimodalidade textural.
 Por isso o aspecto mais comum do till é a presença de clastos de
diferentes formas e tamanhos, dispersas numa matriz fina.
 Por diagênese o till se transforma em rocha (tilito)
 Um tilito são rochas sedimentares terrígenas sem seleção granulométrica
constituídas por partículas de diferentes tamanhos.
Depósitos Glaciais

 Diferentes processos atuam à frente das geleiras para a distribuição dos


sedimentos glaciais em ambientes:
 Flúvio glacial
 Glacio-lacustre
 Glacio-marinho

Nesses ambientes os sedimentos são transportados e depositados por fluxo


gravitacional, correntes de água de degelo, sem interferência glacial direta.
Ambiente Flúvio glacial

 Sistemas aluviais formados por águas de degelo transportam e depositam


na frente das geleiras (proglacial), formando planície de areia e cascalho
chamadas de planícies de outwash.
 Os sistemas de geleiras Fluvio glaciais ocorrem na forma de leques.
Ambiente Glácio-lacustre

 Lagos glaciais situados em contato com geleiras recebem sedimentos


através de material derivado de desagregação de blocos de margem de
geleira, queda de clastos de gelo flutuante, correntes de fundo
provenientes de tuneis englaciais e/ou subglaciais, e de fluxos
sedimentares de gravidade.
 Em lagos glaciais que se situam distantes da geleira a entrada de agua e
de sedimentos dá-se principalmente através de sistemas fluvio-glaciais.
Ambiente Glacio-Marinho

 Há interação entre os processos glaciais e marinhos


 A geleira atua principalmente como fonte de sedimentos e a deposição
ocorre por processos atuantes no interior do corpo d’água que varia de
acordo com a distancia em relação a geleira
 Uma geleira pode avançar mar adentro através de vales submersos
conhecidos como fiordes
 Ambientes glacio-marinhos são divididos em três:
 Subglacial
 Proglacial proximal
 Proglacial distal
Fácies sedimentares

 Dentre os depósitos sedimentares produzidos, os diamictitos constituem


litologia característica, podendo ser maciços ou estratificados.
 Porém os diamictitos podem se formar em ambientes subaquosos
Recursos Minerais e Energéticos em
Sucessões Glaciais.
 Ocorrências minerais e energéticas relacionadas a geleiras.
 Hidrocarbonetos
 Carvão
 Argila Industrial
 Diamante
Recursos Minerais e Energéticos em
Sucessões Glaciais.
 Diamantes:
 As geleiras caracterizam-se como importante meio de dispersão de diamantes
pois podem transportar partículas de diferentes naturezas por distâncias longas.

• Exemplo: Diamantes do Rio Tibagi no Paraná.


Recursos Minerais e Energéticos em
Sucessões Glaciais.
 Carvão:
 Depósitos de carvão são comuns entre em sequências glaciais e formam-se em
períodos interglaciais.

• Exemplo: A bacia de Hudson no Norte do Canadá.


Recursos Minerais e Energéticos em
Sucessões Glaciais.
 Hidrocarbonetos:
 Os mais importantes são os reservatórios paleozoicos de origem glacial devido a
boa produção de hidrocarbonetos em arenitos de diversas bacias da
Gonduana.

• Exemplo:
• Os reservatórios da Formação Al Khlata na Península Arábica.
Referências Bibliográficas.

 SUGUIO, Kenitiro. Geologia Sedimentar. São Paulo, 2003.


 ASSINE, Mario Luis, Vesely, Fernando Farias. Ambientes Glaciais. Campo
Grande.

 Link para consulta:


 http://www.geologiadobrasil.com.br/pdfs/ambientesglaciais.pdf
Ambientes de Sedimentação.
Ambiente Glacial

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