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IGREJA PRESBITERIANA

MEMORIAL DA IMBIRIBEIRA
2012
AULA 1

A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
Pr. Jânio Clímaco
• O Relato de nossa Bíblia inicia com a história da Criação. O Deus
eterno e soberano decide criar todo o universo (cosmos) e o homem
como sua imagem e semelhança. A criação é o projeto perfeito e
eterno de Deus, colocado em execução. Assim, devemos entender
que a criação torna-se o fator de compreensão de toda a doutrina da
salvação.

• O relacionamento que Deus estabeleceu com a criação (inclusive o

O Eterno Pacto da
ser humano), foi um pacto/elo de amor, onde o próprio Deus é o
seu autor e mantenedor. Trata-se de um pacto unilateral, e não de
um acordo entre duas partes, é o próprio Deus quem decide iniciá-
Criação
lo, é Ele mesmo que estabelece as regras, é o decidir do soberano
oferendo a criatura bênçãos e condições. É através desta ótica que
procuraremos entender o agir de Deus, em relação ao homem e em
relação ao cosmos.
Deus Criador e Mantenedor
do Reino Cósmico

• É de grande importância que você responda, com


sinceridade, o que se pede a seguir:
1. Você pertence ao Reino de Deus? Sim ou Não?
2. O universo pertence ao Reino de Deus? Sim ou Não?
3. Satanás e seus anjos estão subordinados à autoridade
do Deus que é Rei do reino? Sim ou não?

Agora responda: O que é o reino de Deus?


• Com o Propósito de facilitar a sua compreensão, antes de
discutirmos o que venha a ser o reino, se faz necessário
perceber que o conceito de Reino está ligado, pelo menos,
a outras três idéias:
• O Rei que exerce seu governo e autoridade soberanos
• O Trono centro da atividade governante
• Domínio até onde a ação do rei é respeitada

Deus Criador e Mantenedor


do Reino Cósmico
Deus Criador e Mantenedor
do Reino Cósmico
• Destas idéias, a pessoa do Rei é a Central. Trata-se aqui do Criador,
soberano, eterno e triúno Deus. Sendo a Bíblia nossa única base da
revelação divina, é a partir dela que faremos algumas considerações
sobre o Rei, dono do Reino Cósmico.
• As questões formuladas a eguir tem o propósito de lhe ajudar a obter
uma melhor compreensão. Para tanto, antes de ler qualquer trecho
sobre este assunto responda o que se pede:
1. De onde veio o seu conhecimento de Deus?
2. Você sabe explicar como é Deus?
3. Cite três idéias suas a cerca de Deus e escreva outras três que você
ouviu pessoas dizer, embora você não concorda que sejam verdadeiras.

• Suas Idéias Pessoais:

• Idéias de Outros das Quais Discorda:


• Não podemos definir Deus, mas podemos falar dos Seus atributos. A
nossa declaração de fé de Westminster no seu catecismo diz o
seguinte acerca de Deus:
“Deus é um Espírito, infinito, eterno, imutável em Seu ser,
sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.” (Jo. 4:24; I
Re. 8:27; I Tm. 1:27; Ml. 3:16)

• Nossa decisão de querer conhecer a Deus é o início da busca pela

Deus Criador e
vida eterna. Deus é o autor de todas as coisas e causa primeira de
tudo. Somos pequenos e tremendamente limitados para entendermos
a Deus. O que dEle sabemos é fruto da Sua própria revelação para
Mantenedor
nós. A auto-revelação de Deus está na Bíblia, Sua palavra escrita, e
na pessoa de Jesus encontramos o próprio Deus em forma humana.
É através desta revelação e com a ajuda do Espírito Santo, que nós
do Reino Cósmico
poderemos entender os propósitos divinos declarados para o ser
humano, e também um pouco a cerca do próprio Deus.
A Soberania de Deus

Para se entender melhor a doutrina da salvação é preciso,


primeiro, dedicarmos um pouco mais de atenção ao aspecto da
soberania divina e o seu eterno poder como Rei. Pense um
pouco em cada uma das perguntas que estão a seguir e responda:

1. Se Deus é onisciente, sabia que o homem iria pecar?


2. Sendo Deus perfeito e todo poderoso criaria um outro ser com
defeitos?
3. Se Deus é perfeito e sabia que o homem ia pecar, então o criou
porque quis?
4. Deus criou o ser humano para pecar?
• Estas perguntas nos conduzem de imediato ao Deus soberano
em suas ações e totalmente independente do querer de quem
quer que seja. O ensino de Efésios 1:3-8 nos declara que o
plano eterno de Deus foi elaborado antes da fundação do
mundo. Jesus estava previsto e determinado por Deus na
eternidade.

• A soberania divina é o resultado de um Deus todo poderoso,


infinito em seu poder e glória. Nada pode impedir ou mesmo
frustrar os planos divinos. É como Ele mesmo disse ao profeta
Isaías 43: “Agindo Eu quem impedirá?”

A Soberania de Deus
• O Universo é obra do nosso Deus – O Reino cósmico criado nos revela de
forma espetacular a majestade e poder do nosso Deus (Sl. 19). Pertencemos ao
plano do Deus eterno, e como filho de Deus (João 1:12), posso desfrutar agora
e no futuro da criação.

• Deus é um Deus pessoal - Este maravilhoso, poderoso e infinito Deus não é


um Deus distante, inacessível, mas Ele mesmo se intitula o Emanuel (o Deus
conosco). Deus é pessoal, é relacional: “Os que me procuram me acham,
quando me buscam de todo o coração” (tradução interpretada).

• Temos atributos dEle – Ao conhecermos os atributos comunicáveis de Deus,


lembre-se que Ele nos fez assim para sermos como Ele é. “Sede pois imitadores
de Deus como filhos amados” (Ef. 5:1)

Aplicando o Ensino
• Um Deus Soberano garante o que anuncia – Veja a grande bênção de
servir o Deus Senhor de todas as coisas. Você está sob a Sua proteção (Sl. 23),
você é alvo das Suas promessas e bênção, até os fios dos seus cabelos Deus
contou. Você está nas mais excelentes mãos.
• Por hoje é só!
IGREJA PRESBITERIANA
MEMORIAL DO IPSEP
2011

A DOUTRINA DA
Pr. Jânio Clímaco

AULA 2
O PACTO DA CRIAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES
• Entendendo o que foi exposto na aula passada, podemos agora
entender que o Reino cósmico de Deus é o resultado da
criação, ou seja é “a estrutura básica que inclui todas as coisas”
(Von Groningen). Ao reino cósmico de Deus pertencem todos os
seres criados (angelicais, humanos e animais), todo o universo
visível e invisível.

• Deus não se limita a criar, mas também exerce manutenção do


que criou. Seu modo de administrar a criação é pactual, sendo
Ele o mantenedor. Deus estabeleceu com o nosso primeiro pai
um pacto de obras. Adão deveria proceder de modo a ser
sempre
O fiel ao queDA
PACTO lhe confiara,
CRIAÇÃO ou perderia
E as regalias oferecidas
SUAS
pela aliança divina. O homem, foi criado em estado de perfeição,
IMPLICAÇÕES
porém foi lhe dado a opção de desobedecer (mudar de
fidelidade). Adão e Eva possuíam arbítrio para pecar ou não.
• Contudo isto não significa que a aliança estabelecida por Deus, poderia
ser invalidada (lembre-se que Ele é o Rei soberano, todo poderoso).
Seu propósito é eterno e impossível de ser frustrado.
• É de fundamental importância entendermos a revelação de Deus sob a
ótica da criação. Deus criou do nada todas as coisas (Gn. 1:1). Foi pela
e através das Suas palavras que o universo veio a ser formado (Hb.
1:2; 11:3).
• Toda a criação original de Deus foi perfeita e muito boa (Gn.
1:4,10,12, 18,21,25,31). O ato criativo de Deus não foi uma ação
imperfeita gerando uma imperfeição que viria a ser perfeita. Deus
O PACTO DA CRIAÇÃO E
criou tudo no seu estado original com perfeição, estabeleceu leis de
manutenção e ordem para tudo o que foi criado (leis físicas, biológicas,
SUAS IMPLICAÇÕES
sociais, etc.), e a criatura (anjo ou homem) não possuía poder para
aniquilar ou impedir o plano divino.
• Se Deus criou tudo perfeito e conforme o seu santo e eterno
poder, poderia a vontade do homem ou a influência maléfica de
Satanás, frustrar o projeto divino da criação?
• Permitiria Deus que seres criados invalidassem o seu plano

Pare um pouco para


perfeito e eterno?
• É neste contexto que poderemos entender a doutrina
pensar
maravilhosa da salvação.
• Deus não é conhecido na sua revelação como um Deus
de obras inacabadas, o Gênesis é o registro da criação
perfeita de todas as coisas, e é no Apocalipse que
encontramos a consumação perfeita de tudo que foi
criado. Isto significa que a criação não é um começo em
si, mas o plano perfeito, o ideal de Deus.

Pare um pouco para


• A obra da salvação é parte do projeto eterno de Deus,

pensar
pois é através dela que o pacto da criação é restaurado.

• Entender a doutrina da salvação é entender que Deus


está restaurando para si, o que Ele mesmo criou: O
homem, a natureza (Rm. 8:20-23), todo o cosmo.
A Criação do Homem e
Seu Papel no Pacto
• O ser humano foi o ser central de toda a obra criada. Adão e Eva
foram gerados à imagem e semelhança de Deus. Adão foi o único
ser humano que teve a oportunidade de escolher entre pecar e
não pecar. Ele foi criado em estado de perfeição e sem o
conhecimento do mal, porém com a possibilidade de por ele optar.
Assim nossos primeiros pais foram:

• Criados seres morais, pensantes (Ef. 4:24)


• Criados seres viventes e semelhantes a Deus (Gn. 1:26-27; P.V.
20:27)
• Liberdade (Gl. 5:13; Js. 24:15)
• Domínio (S.l. 8:6-8)
• Vontade (Fm. 14; Jo. 1:13)
• Responsabilidade (Gl. 6:7; Mt. 12:36; Rm. 14:12)
• Ao criar o Homem, Deus estabeleceu com ele uma
aliança: o pacto da criação (Oséias 6:7). Neste pacto
é o próprio Deus quem estabelece as regras, trata-se de
uma aliança de amor onde o homem recebe as bênçãos
de ser o “vice-gerente” da criação.

A Criação do Homem
• Deus o criou e lhe deu o jardim do Éden como um ponto
inicial, um lugar ameno de descanso, um modelo a partir
e
do qual o vice-gerente deveria desenvolver e expandir-se
por toda a terra (“Domine a terra”, “cresça e multiplique-
Seu Papel no Pacto
se”).
• Este pacto divino possuía três mandatos, bênçãos e também
maldições:
• O mandato cultural, que era a ordem divina para dominar
a terra, sujeitá-la (trabalho, desenvolvimento cultural e
intelectual, etc. Gn. 1:28b,29; 2:15).
• O mandato social que se refere a ordem para a formação
A Criação do Homem
da família e “encher a terra” (Gn. 1:28; 2:21-24).
• O mandato espiritual onde Deus estabelece a condição do
e
homem manter-se em fidelidade para com Ele, obedecendo
as regras do pacto.
Seu Papel no Pacto
• Deus exigiu do homem um relacionamento próximo,
sincero e fiel, face ao domínio, autoridade e
delegação de poder que lhe foi entregue. Porém,
um ponto de “não-liberdade” lhe foi colocado como
símbolo de sua dependência e submissão ao seu
criador e Deus:
• “E o Deus Eterno deu ao homem a seguinte ordem:
você pode as frutas comer de qualquer árvore do
jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do
bem e do mal; não coma a fruta dessa árvore...”.
A Criação do Homem
(Gn. 2:16-17)

e
Seu Papel no Pacto
• A não obediência às ordens divinas, já traziam a
advertência de uma terrível maldição: “...pois, no dia em
que você a comer, certamente morrerá.” (Gn. 2:17b –
com destaque nosso).

A Criação do Homem
• Note que esta ordem caiu sob a responsabilidade de Adão.
Quando ela lhe foi dada Eva ainda não havia sido criada.

e
Adão era assim o mediador do pacto divino com a sua
criação.

Seu Papel no Pacto


O Reino:
Estrutura básica
que engloba toda
a criação.

ADÃO
O Pacto:
A Criação do Homem Meio pelo qual o reino
é administrado.
e
O Mediador:
Seu Papel no Pacto
O agente do pacto .
Aplicando o Ensino
• Somos parte do plano eterno de Deus – Como seres humanos
ainda temos responsabilidades diante do reino cósmico criado.
Contudo vemos que o mandato social na perspectiva de encher a
terra foi cumprido. Porém, temos sobre nos os valores da vida em
família, da manutenção e domínio das coisas criadas e isto pode
ser visto como indústria, lazer, comércio, escolas, experimentos
científicos, etc.
• Administrando Deus o seu Reino por pactos – podemos ter a
certeza e segurança quanto ao cumprimento de tudo o que Ele
assegurou. A nossa vida eterna em um novo céu e nova terra
descritos no Apocalipse (Ap. 21:1-7 e 22:1-5), será tão real quanto
as coisas que Deus já criou e hoje desfrutamos.
• Responsabilidade de ser o “show-room” – Como filhos de
Deus cabe a nós mostrar pela vida prática que o projeto criado por
Deus é bom, agradável e perfeito (Rm. 12:2)
• Apesar da maldição do pacto residir sobre nossa raça –
Deus nos concede sua paz, ânimo e consolo, através de Cristo, a
fim de que possamos viver.
• Por hoje é só!
IGREJA PRESBITERIANA
MEMORIAL DO IPSEP
2011

A DOUTRINA DA
Pr. Jânio Clímaco

AULA 3
A Queda do Homem
• A Bíblia não usa o termo queda, nem o verbo cair com relação
ao pecado de Adão e Eva. Porém ao verificar o atual estado
moral do homem, o encontramos em um nível muitíssimo
inferior àquele no qual foi criado. Concluímos assim que ele

A Queda do Homem
caiu, ou que vem declinando ao longo do tempo.
Estados do Homem
• Estado de Inocência ( Adão e Eva )
Aqui ele tinha a liberdade e o poder de fazer tudo que era bom e
agradável a Deus, e tinha a Liberdade de desobedecer. ( Ec. 7:29; Cl.
3:10; Gn. 1:26;2:16,17;3:6 )

• Estado de Pecado (do pecado até hoje )


O homem decide ser independente de Deus, conhecedor do mal, e
desobedece à ordem divina. Ao pecar (errar o alvo) ele perde o seu
estado de santidade e perfeição no qual fora criado. O ser humano,
agora tornando-se escravo do pecado, fica incapaz, de pelo seu próprio
poder, restaurar o seu estado original. (Rm. 5:6;8:7,8; Jo. 15:5; Ef. 2:1-
5; Jo. 6:44-65; I Co. 2:14; Tt. 3:3-5)
• Período Pactual da Graça ( Do pecado até Hoje )
É o resultado da ação de Jesus Cristo na vida do homem no
estado de pecado. Quando Deus restaura o pecador e o
transfere para a Sua graça, Ele o liberta da escravidão do
pecado e o capacita a fazer o que é espiritualmente bom.
Contudo, a presença do pecado ainda está presente e exerce
influencia, fazendo com que o homem, mesmo no estado de
graça, deseje não apenas o que é bom, mas também o que
é mal. ( Cl. 1:13; Jo. 8:34-36; Fp. 2:13; Rm. 6:18-22; Gl. 5:17
Rm. 7:15,21-23; I Jo. 1:8-10 )

• Estado de Glória ( Eternidade com Deus )


É aqui que Deus executa totalmente a Sua obra de restauração
no homem. Neste estado futuro, o ser humano eleito pelo amor
divino, é reconduzido integralmente ao pacto primeiro da

Estados do Homem
criação. Deus restabelece o homem ao seu estado de perfeição,
santidade e pureza, porém agora preservando-o para não mais
pecar. ( Ef. 4:13; Jd. 24; I Jo. 3:2 )
• O pecado é qualquer falta (agir pensar, falar) de
conformidade com a Lei de Deus e qualquer
transgressão dessa Lei. O pecado de Adão e Eva foi uma
transgressão à ordem estabelecida no pacto, eles
ultrapassaram os limites da permissão de Deus. O
pecado de nossos primeiros pais trouxe sérias
conseqüências:
• Afastamento do homem de Deus (Gn. 3:8; Is. 59:2)
• Morte espiritual (Rm. 6:23; 5:12)
• Conseqüências físicas (Gn. 3:16-8; Sl. 32:3,4)
• Ausência de paz (Is. 48:22)

A Quebra do Pacto
Natureza Decaída
• A Bíblia não ensina que existe gradação de pecados
(maior ou menor), todo pecado é mortal e destruidor.
Não devemos confundir as conseqüências geradas
com o ato de pecar (injustiças, prejuízo a outros,
danos físicos e morais, etc) com o fato da morte que
todo pecado gera.

A Quebra do Pacto
• Um só pecado lança e lançou o homem
irremediavelmente na condenação, por tornar-se
Natureza Decaída
imperfeito e espiritualmente morto. (Rm. 6:23; Ez.
18:4,18)
O que aconteceu com Adão o agente do pacto?
• Lembre-se que no pacto divino o homem deveria ser fiel ao seu
Criador, Adão porém decidiu trocar a sua fidelidade para com
Deus cedendo à proposta de Satanás.
• Com sua decisão de pecar ele abdica os direitos de vice-gerente,
ao mesmo tempo que faz recair sobre si a maldição da quebra do
A Quebra do Pacto
pacto: a morte.

Natureza Decaída
• Na queda do homem, alguns aspectos necessitam ser
considerados e bem entendidos :
• Adão e Eva conheciam claramente as condições Pactuais
(Gn. 2:17; 3:2)
• A estratégia serpente foi um ardil de mentiras (Gn 3:1,4)
• Adão chegou posteriormente ao erro de Eva, concorda
com ela, e peca sem pressão (Gn. 3:7)

A Quebra do Pacto
• O paradoxo da responsabilidade humana pela quebra do
pacto em paralelo com a soberania divina sobre todo o
Natureza Decaída
seu projeto, é algo que só vai encontrar harmonia na
mente de Deus.
• Morte, desgraça, perversão, distanciamento de Deus,
espinhos, fadigas e dores.
• O ser humano com sua quebra do pacto perdeu o melhor
de Deus. O relato de Gênesis 3, nos revela o grande
amor de Deus, bem como a execução do seu projeto
eterno.
• A interferência divina preserva e garante o cumprimento
de tudo que foi eternamente planejado na mente de
As Conseqüências
Deus.
• Satanás não frustrou ou sequer retardou o plano divino.
da Quebra do Pacto
Vamos a seguir, compreender o que fez Deus na
administração do seu pacto.
As Conseqüências
da Quebra do Pacto
As Maldições Foram Diminuídas
• As regras do pacto eram claras: a desobediência geraria a morte.
Pense, se Deus tivesse tirado do homem a bênção da procriação
(mandato social do pacto), a bênção do domínio sobre as coisas
criadas (mandato cultural), simplesmente a destruição da raça
humana era uma questão de pouco tempo.
• Que faz Deus? Ele usa de misericórdia e diminui as maldições
sobre o homem, porém não elimina os efeitos penosos:
• Sofrimento na gravidez e dor ao dar filhos para a mulher (Gn. 3:16)
• Trabalho duro e árduo para poder sobreviver (Gn. 3:17)
• A terra foi amaldiçoada na sua fertilidade e produtividade, surgiram as
ervas daninhas e os espinhos (Gn. 3:17b,18)
• A morte física é adiada para anos posteriores, porém mantida (Gn. 3:
19)
• O local de repouso (o jardim do Éden), foi tirado do homem, porém a
terra, mesmo com dificuldades, continuou respondendo ao trabalho
nela executado (Gn. 3:23).
O “Reino Parasita” é Condenado a Destruição

• Deus não deixou impune a tentativa de Satanás de


destruir ou prejudicar o plano divino. A queda de Adão
não se caracteriza por um “acidente” no projeto divino.
Se assim fosse, a soberania e a onisciência divinas seriam
mentira.
• Deus pune definitivamente à Satanás e a todo o seu

As Conseqüências
“reino parasita” por se ter se infiltrado no Reino Cósmico
divino para dele se nutrir (daí o nome parasita).

da Quebra do Pacto
• Quem faz parte do reino parasita? Qual a condenação
que Deus ordenou? Vamos responder por parte.
• A Condenação do Reino Parasita
• “Maldita és...” (Gn. 3:14a). De imediato o reino parasita na figura da serpente
recebeu a maldição divina e a sua diferenciação dos demais seres criados. O reino
parasita e todos seus seguidores, são colocados na relação dos desprezados e
amaldiçoados, longe das bênçãos e da graça divina.

• “Porei inimizade entre ti e a mulher...” (Gn. 3:15a). Deus estabelece que o reino
parasita é inimigo de sua criação cósmica. É o próprio Senhor do Universo que
declara a necessidade de separação e total rejeição de qualquer parceria com o reino
parasita, ele é inimigo. (I Pd. 5:8)

As Conseqüências
• “...Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn. 3:14b). Aqui
vemos Deus já pronunciando a definitiva destruição do reino parasita. “Ferir a
cabeça” significa matar, tirar a capacidade de governo, destruir irreversivelmente.
da Quebra do Pacto
Contudo, esta ação irá gerar um revés: “ferirá o calcanhar”. Esta palavra de Deus é
um claro anúncio da obra de Jesus na cruz. Ali o reino parasita é destruído e exposto
ao desprezo (Cl. 2:14-15), porém a morte de Jesus é o ferimento no calcanhar.
• Não é difícil percebermos a fé de Adão e Eva. Eles
reconhecem o auxílio de Deus (Gn. 4:1,25); eles
ensinaram aos filhos o temor e a adoração a Deus (Gn
4:3-4,17 e 22). Contudo o relato de Gêneses 4 também
deixa claro a degeneração do ser humano descumprindo
os mandatos divinos (cultural, social e espiritual). Este

Os Participantes
afastamento nada mais é do que uma opção pelo
reino parasita.

do Reino Parasita
• O ser humano rompeu com Deus, perdeu a sua
comunhão com Deus, e agora está no reino parasita do
inimigo, escravo e perdido. Ele precisa da intervenção da
graça divina para dali poder sair.
• O gráfico a seguir mostra o pacto da criação de Deus com Adão, a
queda e as múltiplas alianças
Aliança da
C Realidades
Criação redentivas de Deus, que culminam em
Cristo o qual é o ministrador definitivo da redenção
R e da consumação
de todo o plano eterno de Deus.
da Nova
I Aliança
O Início da Etapa
ADÃO Aliança da Redenção
S

Pactual da Graça
Queda T
Noé Abrãao Moisés Davi Consumação
O
Ministração das Alianças do Pacto
Como já vimos, o Pacto da Criação é o modo pelo qual Deus
administra o seu Reino e Adão, Satanás ou quem quer quem seja,
não pode invalidar o pacto por Ele estabelecido. Contudo o relato
bíblico nos mostra que:
• O ser humano estava condenado à morte por ter optado em trocar
a sua fidelidade para com o Rei Eterno, pela proposta de Satanás.
• O homem quebra o pacto, as maldições e julgamento caem sobre
ele, os danos são irreparáveis.

Resumindo a Situação
• A raça humana ficou sob a condenação
Resumindo a Situação
• O Deus da criação, Rei soberano, não cruza os seus braços e
apenas observa o ocorrido, seu plano é eterno e não pode ser
frustrado. Deus inicia com a queda do ser humano, a etapa
pactual da graça. O que vem a ser isto? Estude com atenção as
seguintes considerações sobre o agir do nosso Deus.
• Não podemos aceitar a idéia da queda ter sido um “acidente” no
plano divino, sua soberania, poder e onisciência não permitiriam.
• A queda também não poderia impedir o propósito divino ser
atingido.
• O pacto, forma de administração do Reino, tinha e tem caráter
eterno, tal como o próprio Deus é (Jr. 33:14-24; Os. 6:7, Ef. 1:2-4)
• Estando a raça humana incapacitada de restaurar o que foi
quebrado e destruído, é Deus que por sua graça intervém e inicia
uma nova etapa de sua administração
• “Adão onde estás?”. Será que o Deus eterno não sabia o que
havia acontecido? Não sabia Ele onde estava Adão? Claro que
sim! O texto de Gêneses 3 apenas ressalta a iniciativa divina
de buscar o homem decaído. Não se trata agora de uma
tentativa divina de fazer Adão se comprometer a manter-se
novamente fiel ao pacto.
• A situação é de desgraça, o ser humano estava
irremediavelmente fora do pacto, a morte imperava implacável.
Que fez Deus? Ele colocou em prática a sua graça. A lei exigia
Deus Vai a Procura
morte, punição e reparação, e isto não poderia ser
providenciado por aquele que era culpado e estava condenado
(Adão e Eva).
do Homem e da Mulher
• É exatamente aqui que tem início o plano da salvação
do homem pecador. O salvador é prometido já ao primeiro
casal (Gn 3;15), a solução reparadora, redentora da quebra do
pacto estava anunciada. Examinemos então o seu
cumprimento.
• Nunca permita que a sua razão o conduza a concluir
que o reino parasita pode frustrar o projeto eterno
de Deus na sua vida. Fazemos parte do Reino do
nosso Deus, e é por seu pacto de graça que somos
por Ele administrados através da mediação de
Jesus. Deus é soberano, e não é Satanás que dita
como será a história.
• A ação do reino de trevas inquestionavelmente é
contra nós, porém o que pode tal ação fazer contra
Deus?

IMPORTANTE
Por hoje é só!
IGREJA PRESBITERIANA
MEMORIAL DO IPSEP
2011

A DOUTRINA DA
Pr. Jânio Clímaco

AULA 04
A Salvação Extra-Nós
A Salvação Extra-Nós

• Precisamos, logo no início, fazer uma conexão, do plano


de salvação e do autor do plano, o Senhor Jesus. Sem um
conceito claro e correto do Deus Filho, estaremos
expostos a sérios erros e também, perderemos muito do
significado maravilhoso do que por Ele foi feito.
• O tema central de toda Bíblia é a obra de salvação
determinada por Deus na eternidade e realizada por Jesus
Cristo no tempo determinado. Conhecer a Deus é
conhecer a Jesus. (Jo. 14:6-9; Hb. 1:3).
• Ele é a exata expressão do ser de Deus (Hb. 1:3).

Jesus: Deus-Homem
O Autor da Salvação
• Usando os textos indicados a seguir, analise as características
pelas quais podemos confirmar a declaração feita acerca de
Jesus.
• Jesus é Verdadeiro Deus ( Jo. 1:1-4,12 )
Mt. 1:23; Is. 7:14; Mc. 6:9; S.l. 66:16
Exemplo: Ele recebe títulos que são exclusivos de Deus: Deus
Forte, Pai da eternidade, etc.

Jesus: Deus-Homem
Jo. 20:28,29; Mt. 28:9; Ex. 20: Lc. 7:48-50; 5:20-24:
• Jesus é Verdadeiro Homem

O Autor da Salvação
Lc. 2:7,12,40: Lc 2:14: Jo. 4:6: At. 1:11:
• Com isto você aprendeu que Jesus possui
duas naturezas. Uma que é 100%
humana (possui corpo, alma e espírito
humano) e outra que é 100% divina
Jesus: Deus-Homem
(Deus todo-poderoso e todos os atributos
da divindade estavam nEle).
O Autor da Salvação
• Inquestionavelmente, restaurar o pacto quebrado é o objetivo da
encarnação (que deve ser entendido como o ato soberano de Deus
se tornar homem). Contudo, a presença do próprio Deus entre nós,
nos trouxe muitos outros benefícios. Jesus ao viver entre nós:
• Revelou o Deus invisível. (Jo. 1:18; Hb. 1:1-3)
• Tornou-se o único mediador entre Deus e o homem. (Jo. 14:6; I
Tm. 2:4; Hb. 2:17; 4:15)
• Deu-nos um padrão de conduta. (I Jo. 2:6; Lc. 6: 46-48; Jr. 23:5,6)
• Cumpriu as promessas do V.T. (Is. 11:1,10; Lc. 1: 32,33; At. 2:19-
O Propósito da
22)

Encarnação
• Proveu tudo o que se fazia necessário para solucionar o problema
do pecado. (I Pd. 2:24; Cl. 19:10; I Jo. 1:7 )
O Propósito da Encarnação
VELHO TESTAMENTO JESUS CRISTO
Derramamento de sangue para Jesus derrama o Seu próprio sangue ( vida)
remissão de pecados. em nosso favor uma vez por todas.
( Hb. 9:23- 28 )
Em quaseque
Sacerdote todosintercede
os livrospelo
doRasga-se
V.T. encontramos simbologias
o véu do Santo dos Santos, do que
e Ele se
Jesusdiante
povo iria realizar.
de Deus. Analise os seguintes paralelos:
torna o nosso Sacerdote ( Hb. 4:14-16 )

Sacrifícios para retirar a culpa Jesus é o Cordeiro de Deus, que a Si mesmo


pelo pecado e conceder perdão. se oferece, e agora para sempre perdoa o
pecado e livra o pecador da culpa. (Hb. 9)
O Templo era o lugar Sagrado Jesus transforma os nossos corpos em
que simbolizava a santa presença templos da habitação de Deus.
de Deus. ( I Co. 6:19,20 )
Profetas no V.T. falavam a Jesus, o próprio Deus, mostrou como viver a
vontade de Deus ao povo. vontade divina.
• Talvez você esteja achando estranhas as expressões “Extra-
Nós” e “Intra-Nós’. Elas apenas significam a parte do plano da
salvação divina que foi providenciada fora da nossa esfera
humana (Extra-Nós) e a parte da salvação que nos atinge Extra
diretamente.
• A salvação Extra-Nós diz respeito a Deus, sua própria justiça e
soberania. Por outro lado, a obra Intra-Nós, refere-se ao novo
nascimento, a conversão, nossa santificação e futura
glorificação. Nestas aulas seremos abençoados descobrindo as
maravilhas que Deus realizou Extra-Nós.

Extra-Nós e Intra-Nós
Por hoje é só!
IGREJA PRESBITERIANA
MEMORIAL DO IPSEP
2011

A DOUTRINA DA
Pr. Jânio Clímaco

AULAS 05/06
A Salvação Extra-Nós
• Antes de qualquer consideração, pare um pouco e escreva
a seguir o seu conceito sobre os seguintes assuntos.

1. Eleição divina é:
2. Predestinação é:

A Salvação Extra-Nós
Eleição
IMPORTANTE:
• Você sentiu dificuldade em oferecer uma boa definição
dos termos? E que tal agora procurar explicar como as
duas doutrinas se relacionam? Vamos com calma!
Primeiro é preciso descobrir a realidade bíblica da
doutrina, em seguida estabelecer o nosso entendimento da
mesma.

A Salvação Extra-Nós
• Verificando na Bíblia
• Sobre eleição e predestinação, leia o texto indicado à esquerda e faça
um breve resumo do seu ensino, em relação ao assunto.
• Atos 13:48
• Rm. 8:28-30
• Efésios 1:4-5
• João 15:16
• II Ts. 2:13-14
• Textos complementares (João 6:39; 16:8-10; I Ts. 5:9; Tg. 1:18;I Co.
2:10,12, II Co. 3:3-6; II Tm. 1:8-9, Ez. 36:26-27; Dt. 30:6)

A Salvação Extra-Nós
• Interpretando estes textos a nossa Confissão de Fé de Westminster diz o seguinte
sobre a eleição e predestinação:

• “Todos aqueles que Deus predestinou para a vida, e só esses, é Ele servido, o tempo por
Ele determinado e aceito, chamar eficazmente pela sua palavra e pelo seu Espírito,
tirando-os por Jesus Cristo daquele estado de pecado e morte em que estão por natureza, e
transpondo-os para a graça e salvação. Isto Ele o faz, iluminando os seus entendimentos
espiritualmente a fim de compreenderem as coisas de Deus para a salvação, tirando-lhes
os seus corações de pedra e dando-lhes corações de carne, renovando as suas vontades e
determinando-as pela sua onipotência para aquilo que é bom e atraindo-os eficazmente a
Jesus Cristo mas de maneira que eles vêm mui livremente, sendo para isso dispostos pela
sua graça”. (Cap. X)

A Salvação Extra-Nós
• Confissão de Fé de Westminster: Dos Eternos Decretos de Deus – Parte III e
IV:

• Seção III. Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns
homens e alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros
preordenados para a morte eterna. Referências bíblicas: I Tim.5:21; Mar. 5:38;
Jud. 6; Mat. 25:31, 41; Prov. 16:4; Rom. 9:22-23; Ef. 1:5-6.

• Seção IV. Esses homens e esses anjos, assim predestinados e preordenados, são
particular e imutavelmente designados; o seu número é tão certo e definido,
que não pode ser nem aumentado nem diminuído. Referências bíblicas: João
10: 14-16, 27-28; 13:18; II Tim. 2:19

Ainda a Confissão …
Qual é o objetivo da predestinação?
• A resposta que se daria a esta pergunta seria: escolher alguns e rejeitar a outros. Todavia, ainda
que seja uma resposta verdadeira, não expressa toda a verdade sobre esta questão.

• A nossa Confissão de Fé afirma que o alvo dos decretos de Deus – especialmente a


predestinação – é a glória do soberano de todas as coisas. O alvo de tudo o que Deus realiza, e
planeja na história é para manifestar a sua glória neste mundo!

• Exaltar a majestade e a soberania de Deus tem sido o objetivo do seu decreto – Romanos
11.33-36. A riqueza da sabedoria de Deus, pois, os seus planos são insondáveis, sua mente não
pode ser perscrutada pelo simples mortal, ele continua sendo Deus - nós mero homens, que

O alvo da Predestinação
simplesmente viemos a este mundo para manifestar a Sua glória em nós e apensar de nós! A
implicação disso tudo é que nada que a finalidade suprema de tudo o que existe é a glória de
seu criador – Deus.
A dupla Predestinação

• O segundo aspecto que aprendemos na Confissão de Fé é que essa


predestinação é dupla. O que isso significa? Bem, para alguns, Deus só
predestina para a vida – e nunca para a morte – todavia, lendo a Bíblia os
Puritanos ( e nós também) perceberam que a Escritura Sagrada apresenta
a predestinação com duas facetas -
Eleição e reprovação.
• Como é isso? Imagine uma moeda de duas faces (cara e coroa) a moeda
seria a predestinação e as duas faces duas ações:
A dupla predestinação abarca os seres morais criados por Deus a confissão de fé
nos declara que existem:
Anjos eleitos (2 Timóteo 5.21).

VEJA O GRÁFICO
Anjos reprovados (Judas 6).
Homens eleitos (Romanos 9.23; Efésios 1.3-5).
Homens reprovados (Romanos 9.22).
• Na seção de número 4 a Confissão de Fé reconhece que a predestinação
é imutável. Ou seja, a soma total dos eleitos e dos reprovados não pode
ser alterada. O número é tão certo e definido que não pode ser
aumentado e nem diminuído. Tantos os eleitos como os reprovados não
podem ser a soma total alterada em sentido algum.

A Predestinação é
• Os eleitos são conhecidos e protegidos pelo Pai e pelo filho (Jo. 14-16,
27-28).
imutável
• Os reprovados não possuem o selo de que são do Pai (2 Timóteo 2.19).
• A predestinação de Deus é uma determinação divina,
soberanamente antecipada, mesmo antes da criação do mundo (Ef
1:3), quando Deus escolhe aqueles a quem Ele deseja salvar.
Nesse caso, podemos perceber que a predestinação está
intimamente ligada a eleição. A única diferença é que a eleição se
refere ao ato amoroso de escolha, enquanto que a predestinação
diz respeito a finalidade dessa escolha, ou seja ao glória de Deus.

Predestinação
• Antony Hoekema, um de nossos conceituados estudiosos e teólogos,
ensina que a grande dificuldade do crente é querer entender a
mente de Deus. Os critérios da eleição soberana de Deus, ao escolher o
pecador por seu amor e predestiná-lo para a vida eterna, colocados em
paralelo com a responsabilidade humana pela sua escolha, não podem
ser compreendidos por nós. Hoekema afirma que esta é uma verdade
que só encontra harmonia na mente de Deus

Predestinação
• Portanto há dois aspectos que a bíblia atesta e que são resumidos a seguir:
• Deus elege aqueles a quem quer salvar. Ele convida, chama eficazmente, dá a
vida e restaura, segundo a sua soberana vontade. O homem, ao quebrar o pacto,
tornou-se incapaz de por si só fazer alguma coisa a seu favor. Ele morreu
espiritualmente, e como está morto, não tem vida, não tem desejos ou qualquer
ação espiritual.
• O Homem é responsável pela sua situação de pecado e rejeição do chamado
divino. O pecador é o único responsável pelo seu estado de desgraça e rejeição,
não tendo Deus a obrigação de salvar quem quer que seja.

Predestinação
• Assim, a eleição é um ato amoroso da soberania de Deus,
que foi executado antes da fundação do mundo segundo a santa
e perfeita vontade divina (Ef. 1:4-5,10), através do qual Ele
elege alguns para a vida eterna. A estes Deus chama,

Predestinação e
justifica, santifica e glorifica (Rm. 8:30).

Eleição
Estabeleça isto:

• De uma vez por todas: entender esta verdade e dar à nossa


mente uma explicação razoável, está fora de nossa
possibilidade humana de compreensão. Trata-se, para nós, de
um paradoxo, porém, plenamente harmonizado na mente de
Deus.
Justificação Pela Obra de
Cristo

Próxima semana
Por hoje é só!
Justificação Pela Obra de Cristo

• Já vimos que a quebra do pacto significou a quebra da lei divina, e


trouxe sobre o pecador as condenações da lei.
• A obra de salvação que Jesus providenciou além de atingir o ser
humano em si, agiu primeiramente em relação a justiça divina, e é
isto que você deve procurar entender.
• “Agora já não há nenhuma condenação para os que vivem em união
com Jesus Cristo. Por que a lei do Espírito de Deus, que nos trouxe
vida em união com Cristo, me livrou da lei do pecado e da morte”.
(Rm. 8:1-2 – BLH – grifo nosso)
Para que a justificação possa ser entendida, é preciso termos
consciência dos seguintes fatos:
•O homem quebrou a lei estabelecida no pacto.
•A quebra da lei trouxe a quebra do pacto e a maldição da morte.
•A justiça exige que dano causado seja restaurado e o culpado punido,

A Salvação Extra-Nós
corrigido pelo erro cometido.
•Fazer justiça não se pode significar dar uma explicação, mas sim,

Justificação Pela Obra de


oferecer o perfeito cumprimento da lei, ação que por hipótese alguma
pode passar em branco.
•O mal gerado e suas conseqüências necessitam ser total e
Cristo
integralmente reparados.
•Deus não desconsidera sua justiça, nem diminui as suas exigências,
Ele é 100% Justo.
• A justificação é um ato declarativo ou judicial e não um processo. O pecador
eleito não é tornado justo e sim declarado justo. Este ato foi executado por
Jesus e diz respeito a justiça de Deus.
A Salvação Extra-Nós
• Trata-se da plena e perfeita satisfação dada à justiça divina. Foi um ato que
ocorreu Extra-Nós.

Justificação Pela Obra de


• O Senhor Jesus, ao tomar sobre si os nossos pecados, assumiu a
responsabilidade de executar uma dupla tarefa:
• 1) Sofrer a penalidade pelo pecado de Adão e por todos os pecados que
Cristo
seu povo cometeu (e ainda comete)
• 2) Oferecer a Deus perfeita obediência que Adão deveria ter oferecido e
não fez.. Esta é a obra da justificação. Como Jesus fez isto?
• Assumiu a forma humana (encarnação - Jo. 1:14; Fl. 2:5-7). O ser
humano havia quebrado a lei, se fazia necessário que o próprio ser
humano vivesse plenamente os requisitos da lei, sofresse as penas da
quebra que já havia ocorrido e reparasse o estrago gerado pelo pecado.
Foi por isto que Jesus disse ter vindo para cumprir e não para revogar a
lei (Mt. 5:17).
• Assumiu as penas do pecado (expiação – Is. 53:4-6; Rm. 5:8-9). Deus

A Salvação Extra-Nós
colocou sobre Cristo o peso e a punição de nossos pecados. Jesus não
pecou, porém morreu. Por quê? Porque o salário do pecado é a morte, e

Justificação Pela Obra de


Ele se fez pecado em nosso lugar (Gl. 3:13-14), e por isso a maldição
da quebra caiu sobre Ele.
• Assumiu a reparação dos danos (ressurreição – Ef. 2:1-2; Rm. 8:11).
Cristo
A ressurreição de Jesus é a total reparação dos danos causados pelos
nossos pecados. A morte é reparada com a vida, a desobediência com a
obediência, a separação com a comunhão, a corrupção e o pecado com
a incorrupção e a santidade de vida (I Co. 15:42-49)
• A nossa confissão de fé no capítulo XI.1, diz o seguinte sobre a
Justificação:

• “Os que Deus chama eficazmente também livremente justifica. Esta


justificação não consiste em Deus infundir neles a justiça, mas em
perdoar os seus pecados e em considerar e aceitar suas pessoas como
justas. Deus não os justifica em razão de qualquer coisa neles ou por eles
feita, mas somente em consideração à obra de Cristo... imputando-lhes a

A Salvação Extra-Nós
obediência e a satisfação de Cristo, quando eles o recebem e se firmam
nele pela fé, fé esta, que possuem não como oriunda de si mesmos, mas
como Dom de Deus.”

Justificação Pela Obra de


Cristo
• A fé é a condição para nossa justificação, e não a base
para sermos justificados. Nunca se esqueça que a
justificação é uma obra que foi executada Extra-Nós, foi
resultado da maravilhosa ação de Cristo fruto do Seu
amor pelo pecador. Os efeitos da justificação só são
percebidos na vida dos eleitos, quando estes respondem
A Salvação Extra-Nós
ao chamado do evangelho e são regenerados.

Justificação Pela Obra de


Cristo
• O perdão dos pecados (Rm. 4:7,8; Ef. 1:7)
• A remissão da pena (Rm. 6:23; Cl. 2:14; Is. 51:5)
• Liberdade da condenação (Jo. 8:36; Rm. 8:1)

A Bíblia ensina que a


• Restauração do favor de Deus (II Co. 5:18,19; Ef. 2:13)
• Recebimento da justiça de Cristo (II Co. 5:21; Rm. 4:5,6)
• Herança celestial (Tt. 3:7)

• justificação produz os
Segurança da salvação (Is. 32:17)
Condução à pratica da justiça (Rm. 6:18-20)

seguintes resultados nos


• Vida firmada na fé em Cristo e vocação para fazer o que é reto (Rm. 1:17; I Jo.
3:7)
• Paz com Deus (Rm. 5:1)

salvos:
• Glorificação futura no céu (efeito escatológico - Rm. 8:30)
• 1. Nossa Adoção Como Filhos de Deus
• Não se trata de nosso novo nascimento (assunto que estudaremos mais adiante), mas
do ato legal através do qual somos restaurados à família de Deus. Este ato nos
reconduz aos privilégios que apenas os filhos e filhas de Deus têm.Assim,
• “A adoção é um ato gratuito da graça de Deus pela qual somos recebidos entre o
número dos filhos de Deus, com direitos e todos os privilégios”(Westminster-
Catecismo menor) . Leia: Rm. 8:14-17; I Jo. 3:1; Ef. 1:5,6; Gl. 4:4-7.
• 2. O Direito à Vida Eterna
• O que vem a ser “vida eterna”? Não é todo ser humano possuidor de um espírito

Os Dois Benefícios da
eterno? Vamos avaliar estas questões, porém antes, responda as seguintes perguntas:
• Todo ser humano viverá para sempre a eternidade ? Sim/Não

Justificação
• O espírito nunca morre, ele será eternamente condenado se rejeitar Jesus? S /Não
• O espírito de quem rejeita a Cristo viverá até o julgamento final e será destruído?
S/N
• Fisicamente ninguém é eterno? Sim/ Não
• Quando a Bíblia fala de vida eterna ela se refere a uma
qualidade de vida e ao mesmo tempo a uma vida de
qualidade que só Cristo pode oferecer. O espírito humano é
eterno e não será destruído após o juízo, mas isso não significa
que ele gozará a vida maravilhosa que foi preparada por Deus.
Jesus nos ensinou dizendo: “E a vida eterna é esta: que te
conheçam a ti, o único e verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem
ouviste” (João 17:2). Isto significa que a vida eterna deve ser
vista como uma possessão presente.

IMPORTANTE!
Por hoje é só!
Chamada Eficaz

• É fundamental entender que Jesus, o Deus que se fez carne, com o seu sacrifício e
ressurreição, solucionou definitivamente o problema gerado pelo pecado.
• Jesus, ao morrer na cruz, tornou-se o cumprimento de toda a promessa de Deus, a
começar em Adão (Gn. 3:15).
• Mesmo sendo a solução uma graça dada pelo Santo querer de Deus, a quem Ele
quer, e ainda sendo Ele poderoso para salvar a todos (Tt. 2:11), o próprio Deus
estabelece condições: Arrependimento e Fé. A salvação é um presente de Deus,
que o ser humano pode tomar posse através da fé. Contudo o homem age sempre
de acordo com a sua natureza, e sendo ele um pecador não atingido pela graça
regeneradora de Deus, sua situação é de morte.
Qual a vontade de um morto?
Pode ele desejar a salvação?
Pode demonstrar arrependimento?
Pode querer fazer algo em direção a Deus?
É a partir desta ótica que você deve avaliar o primeiro passo da salvação Intra-Nós.
Logo de início é preciso fazer uma diferenciação entre o Convite do
Evangelho e a Chamada Eficaz.
• O primeiro significa o anúncio das boas novas da salvação de Cristo que
deve ser dirigido a todas as pessoas indistintamente (At 1:8; Rm. 1:14-16).
• Esta pregação não implica que todos os que a ouvirem crerão em Cristo.
Surge então a pergunta : O que faz uma pessoa se interessar em ouvir e
crer e outra não?
Ora, já sabemos que apenas Deus pode fazer o homem se arrepender dos seus
A Salvação Intra-Nós

pecados e crer na mensagem do Evangelho.
• Isto significa dizer que a diferença está na ação divina chamando o pecador para a
Sua graça.

Chamada Eficaz
• No texto de Romanos 8:30, Paulo ensina que “Aos que (Deus) predestinou, a
estes também chamou”.
• Note que o uso do “também” significa a continuação de ação divina.
• Chamado ou vocação eficaz é a ação soberana do
Espírito Santo que toca no coração do pecador,
abrindo-o e capacitando-o para crer.

VERDADE BÍBLICA
• Leia os textos a seguir e escreva ao lado o que eles dizem sobre a
vocação eficaz:
• I Co 2:14
• Rm. 8:7
• Ef 2:4-5

A Salvação Intra-Nós
• I Co 1:22-24
• I Pe. 2:9

Chamada Eficaz
• II Pe. 1:10
• Analise suas respostas para os textos de 1 a 3 e compare com os seus
comentários dos 3 últimos textos (4 a 6).
• Notou a diferença? O que você escreveria a seguir?
• A não ser que Deus soberanamente transforme o coração
da pessoa que recebe o convite do evangelho, ela não
poderá responder com fé para salvação. Esta
transformação do coração acontece na chamada eficaz e
gera a regeneração.
IMPORTANTE
• Para que Deus nos chama? Com que propósito? Descobrir essa verdade é
associar o amor de Deus que nos escolheu para salvação com o propósito
divino de salvar alguns para Sua glória. Eis aí os alvos do chamado divino:

• Comunhão com Jesus (I Co 1:9)


• Vida eterna com Deus (I Tm 6:12)

• Os alvos da chamada
Vida de santidade (I Ts 4:7; II Tm 1:9)
Seguir a Cristo com um exemplo de sofrimento (I Pe. 2:21)
• Liberdade e paz (Gl 5:13; Cl 3:15)


eficaz
Servir ao Reino e a glória de Deus (Rm. 6:18; I Ts 2:12; Ef 5:1-2)
Ganhar o prêmio (Fp 3:14)
• Alguns podem a esta altura perguntar: Se só os que são
divinamente chamados estão aptos para crer, por quê
simplesmente não esperar que Deus chame eficazmente
os seus eleitos? Parece uma pergunta coerente, mas não é.
As Escrituras nos ordenam pregar o Evangelho como
meio de conduzir alguém à fé (Rm. 10:14; Mt. 28:18-20;
At 1:8)

IMPORTANTE
• A doutrina da vocação eficaz não seria uma boa base
interpretativa para o indivíduo se desculpar de não ter aceito o
Evangelho? Leia os textos a seguir e responda porque as pessoas
creram:
• Jo 5:39-40
• At 13:46
• Você nunca vai encontrar na Bíblia dizendo que alguém rejeitou
o convite do Evangelho porque Deus não o chamou eficazmente.
A rejeição do Evangelho é sempre atribuída à recusa humana. A

De volta ao paradoxo
Confissão de fé da Igreja reformada da Holanda (Cânones de
Dort) resume bem esta questão dizendo o seguinte: “Em Deus
não está, de forma alguma, a causa e culpa da incredulidade. O
homem tem essa culpa, assim como a de todos os demais
pecadores.”
• Se a vocação eficaz é só um trabalho de Deus, não significa dizer que Ele está
tratando os homens como robôs? O professor de teologia Rev. Hoekema responde:

“Depende da antropologia (maneira como você acredita acerca do homem e o


pecado) de cada um da perspectiva do estado natural do homem após a queda. Se
você acredita que o estado do ser humano caído é neutralidade moral e espiritual
de modo que ele pode fazer o bem ou o mal, como quiser, então você nem sente
necessidade de uma vocação eficaz nem de uma regeneração. Se você acredita que
nosso estado é de enfermidade moral e espiritual, mas que ainda temos capacidade
de responder afirmativamente ao convite do Evangelho, você não precisa de uma
vocação eficaz. Se você acredita que ainda que sejamos parcial ou totalmente
depravados, Deus dá a todos suficiente graça capacitadora de maneira que
qualquer que ouça o Evangelho está apto para aceitá-Lo em cooperação com essa
graça, então você não sente a necessidade de uma vocação eficaz. Mas se você
crer que estamos por natureza totalmente mortos nos nossos pecados e, assim,
incapacitados para responder favoravelmente ao Evangelho apenas se Deus, em

De volta ao paradoxo
Sua graça soberana, transformar nossos corações tornando-nos vivos
espiritualmente, você entende quão desesperadamente precisa da vocação eficaz
de Deus”.

• Este ultimo ponto de vista reflete a posição de nossa igreja e cremos ser a que
mais fielmente mostra o ensino bíblico.
Por hoje é só!
Próxima semana Estudaremos sobre Regeneração
Definição
• Podemos definir regeneração como uma recriação interna
da natureza humana decaída, através da soberana ação
graciosa do Espírito Santo. Trata-se de uma ação divina
no interior do pecador, dando à ele uma nova natureza.

A Salvação Intra-Nós
Regeneração
A Necessidade de Regeneração
• Jesus disse a Nicodemus: “Em verdade, em verdade eu digo, se alguém não
nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3:3).
• A palavra “de novo” é a mesma usada no versículo 31, portanto uma
tradução mais esclarecedora seria “renascer do alto”.
• Isto significa nascer de Deus. Ora, a ênfase de Jesus era que a regeneração é
A Salvação Intra-Nós
algo sobrenatural, uma ação de Deus que o homem não pode fazer por si só
(leia Jo 6:44; 64-65). Em adição a isso, o homem por causa do pecado está
morto, o estado de pureza e santidade foi destruído, há uma necessidade de
Regeneração
RE-GERAÇÃO, de RE-DOAÇÃO de vida (leia Jo 3:36).
Quem É o Autor da Regeneração?
• Antes de tercemos considerações sobre quem é o autor da regeneração, responda as seguintes
perguntas:
• 1. O homem é responsável pelos seus erros e pecados?
___SIM ___NÃO

A Salvação Intra-Nós
• 2. É o homem, que ao ouvir o Evangelho, decide se quer ou não ser regenerado?
___SIM ___NÃO
• 3. A regeneração é uma obra que Deus opera com a permissão e colaboração do homem?

Regeneração
___SIM ___NÃO
• 4. Na regeneração o homem é totalmente passivo, e é Deus que age soberanamente?
___SIM ___NÃO
• Difícil de responder? Se você chegou a esta conclusão e deseja
obter respostas, então você está no lugar certo. Através de alguns
textos da Bíblia, vamos agora aprender um pouco mais do grande
amor de Deus para conosco.

A Salvação Intra-Nós
Regeneração
• Deus regenera agindo por si mesmo, e faz isto sem nenhuma
ajuda, cooperação ou consentimento daqueles a quem Ele
escolhe regenerar

Verdade bíblica
• As três figuras mais usadas na Bíblia para regeneração são: “Novo
nascimento”, “Uma ressurreição para a vida”, e “Uma nova criação”.
Responda: o que você fez para o seu nascimento físico? Ou O que pode
um morto fazer para retornar à vida? As ilustrações bíblicas enfatizam
com clareza a total passividade de quem é regenerado.
• Jesus disse que o homem está fora desse controle (Jo 3:7-8). O exemplo
dado por Cristo é do vento que sopra e nós passivamente o percebemos,
sentimos mas não controlamos, assim é o agir do Espírito Santo na
regeneração.
• Segundo Paulo em Efésios 2:1-5, Cristo nos deu vida “quando

Conhecendo as provas
estávamos mortos em nossas transgressões.” O homem morto
espiritualmente não pode cooperar com a graça de Deus.
• João afirma que a vontade do homem não é fator que participa do novo
nascimento (Jo 1:12-13).
• O homem tornou-se Escravo do pecado e seguidor de satanás. (At 26 17-18;

Relembrando o que a
I Jo 3:10; Rm 6:20)
• Não pode entender as verdades espirituais (I Co 2:14)
• Gerou inimizade com Deus (Rm 8:7)
queda do homem
• Provocou o afastamento de Deus (Rm 3:10,23)
• Passou a ver o Evangelho como loucura (I Co 1:18)
provocou:
• Seu coração tornou-se mau e corrupto (Ec 9:3; Jr 17:9)
A regeneração torna a conversão possível, pois a conversão é a
evidência externa de que a regeneração já aconteceu. Sabendo
disto, leia os textos indicados e liste os efeitos que a regeneração
produz. 1-Arrependimento para a vida
1. Atos 11:18
2-Coração aberto para entender

A Salvação Intra-Nós
2. Atos 16:14 3-Viva esperança
3. I Pe 1:3 4-Livramento do maligno
4. I Jo 5:18

Regeneração
5. II Tm 2:25-26 5-Arrependimento e retorno à sensatez
6. I Jo 3:9 6-Não praticar o pecado
7. II Co 5:17
8. I Jo 5:1 7-Nova criatura
9. I Jo 5:4 8-Crer que Jesus é o Cristo
9-Vencer o mundo
• Coração na bíblia é o centro de todas as
atividades, fonte de onde saem nossas
experiências mentais e espirituais:
pensamento, emoção, vontade, crença,
orações, louvor, etc. É essa fonte que é
renovada na regeneração.
IMPORTANTE
Por hoje é só!
Próxima semana Estudaremos sobre Conversão
• Já descobrimos que a conversão é a evidência externa da
regeneração, e ao olharmos para o regenerado, dizemos
que conversão é falar da sua nova direção de vida,
distanciando-se do pecado e indo para Deus.
• Assim podemos definir conversão como “O ato
consciente de uma pessoa regenerada no qual ela se
volta para Deus em arrependimento e fé”.

A Salvação Intra-Nós
Conversão
Para melhor compreendermos esta obra de Deus e do
homem, vamos identificar os elementos da conversão:
• Deus ilumina a mente, e o pecador passa a conhecer o pecado
como ele é e que o mesmo desagrada a Deus. (Ez. 33:11)
• Autêntica tristeza pelos pecados cometidos.
• Humilde confissão de pecados, tanto para com Deus quanto
para com os que foram ofendidos (I Jo. 1:9; Tg. 5:16)
• Ódio ao pecado e decisão de fugir dele (Rm. 7:22-23; II Tm.
2:22-26)
• Retorno à família de Deus e exercício da fé que Jesus perdoa
os pecados (I Pe. 2:9-10; I Jo. 2:1,12)
A Salvação Intra-Nós
• Amor genuíno por Deus e pelos outros, juntamente com o
prazer de servir a Deus (I Jo. 4:19-21; 5:1-2; Fp. 1:21-26).
Conversão
3.• Segundas
Estudando um pouco mais esse assunto, poderíamos dizer que
Conversões
há quatro
Mesmo
Conversão tipos de conversões:
que a verdadeira
verdadeira
conversão venha a se expressar, pode acontecer do crente
se desviar de Deus e precisar se converter à Ele. Foi o caso de Davi, onde o Salmo 51
Esta só ocorre uma única vez na pessoa. A Bíblia dá muitos exemplos deste fato :
mostra sua “segunda conversão”. O mesmo pode ser visto em Pedro (Lc. 22:31-32).
Zaqueu (Lc. 19:8-9); Cornélio (At. 10:44-48); o carcereiro de Filipos (At. 16:14);

A Salvação Intra-Nós
Não se trata de uma nova regeneração, mas de um novo arrependimento pelo
Manassés (II Cr. 33:12-13).
afastamento e uma nova volta em fé, para o caminho de Deus.
Conversão Temporária
Conversão Nacional

Conversão
É quando uma nação inteira se volta para Deus. Nínive (Jn. 3:1-10); Ezequias (II Cr.
4. Como a conversão tem uma parte do homem, pode acontecer que o interesse de
29:10-36); Josias (II Rs. 23:1-3). Na verdade este tipo de conversão não significa que
alguém pelo Evangelho não venha ser fruto da regeneração gerada pelo Espírito
cada membro da nação teve uma conversão verdadeira, mas que houve um
Santo. Tais casos geram mudanças em direção a Deus, mas é uma falsa conversão.
movimento espiritual de dimensões nacionais.
Jesus fala deste tipo de conversão em Mt. 13:20-22 na parábola do semeador, e no
N.T. encontramos o caso de Himeneu, Alexandre e Fileto (I Tm. 19:20; II Tm. 2:17-
18), e também Demas (II Tm. 4:10).
• Conversão gradual
Este é basicamente o caso de filhos de pais crentes. Veja o relato que
Paulo faz de Timóteo (II Tm 3:15). Isto não quer dizer que filhos
nascidos em lares evangélicos não necessitem de conversão, apenas
dizemos que, provavelmente, não haverá transformações dramáticas, e
sim um processo gradual até a maturidade da fé.

Variações da Conversão
• Conversão instantânea ou de crise

verdadeira
Talvez o exemplo bíblico mais marcante desse tipo de conversão é a do
apóstolo Paulo. Ele “respirava ameaças de morte” contra os cristãos, e
indo para Damasco no propósito de prendê-los, ele encontrou-se com
Jesus. A transformação foi radical e total (leia os detalhes em At 9:1-19 e
o testemunho do próprio apóstolo em At 22:3-14).
Emoção?

• A conversão de algumas pessoas é acompanhada do fator emoções, tais


como choro, tristeza, alegria, entusiasmo, etc.
• Para outros a conversão se apresenta como uma constatação da verdade,
uma decisão de entrega, e um firme desejo de mudar, uma decisão
“racional” (Lembre-se que conversão é arrependimento e fé).
• Qual das duas ocorrências é a certa? Resposta: ambas! Foi assim também
que pensou Jonathan Edward, considerado “o teólogo do coração”. Ele foi
um dos maiores teólogos de sua época. Edward foi um pastor norte
americano consagrado e um dos principais responsáveis pelo grande
reavivamento naquele país em 1740. Para ele a emoção não era um
elemento a ser excluído da fé.
• Elemento 1
Arrependimento

Os Dois Elementos da
• ELEMENTO 2

Conversão FÉ
• Leia Mt 26:7 e 27:3-5. Comparando o que aconteceu com
Pedro e Judas, marque quando for verdade para o
personagem.

Pedro Judas

Reconheceu que pecou

Lamentou pelo erro

Compare:
cometido

Se arrependeu do que
fez
• Embora o arrependimento seja precedido pela tristeza dos erros cometidos, ele
não significa remorso, medo da punição ou crise emocional. O arrependimento
gera a alegria da nova vida, e o lamento por não ter mudado antes. Isto está
intimamente ligado com o resultado da regeneração, pois arrependimento
significa uma mudança de mente ou coração, e isto envolve a pessoa toda,
sua maneira de ver e agir na vida. É mudança no pensamento, sentimento e
vontade. Isto significa dizer que a ação gerada no arrependimento é
simultaneamente:

Volitivo (vontade)
Emocional - Há verdadeira
- Trata-setristeza
do desejo
por interior
causa dosverdadeiro
pecados
• Intelectual: Intelectual - Há conhecimento da santidade e majestade

Arrependimento e as
cometidos,
de afastar-se
masdonãopecado,
por causa
querendo
das conseqüências
agir de formapor eles
que
de Deus (Is. 6:5) e o reconhecimento dos próprios pecados
geradas a(IIDeus
agrade Co. (Mt.
7:10).16:24).
A tristeza
É nodearrependimento
Judas o levou queao
e culpa, associando a aceitação de misericórdia e perdão
suicídio, porém
decidimos fazer amorrer o “velho
de Pedro homem”,
conduziu ao arrependimento
e desejamos que
ea
• Emocional: divinos.

mudanças
“novo
ouma eu”, submisso ao Espírito divino, assuma o
vida vitoriosa.
controle.
• Volitivo:
O Arrependimento é uma atividade para a
vida toda.
• No começo da vida cristã há o que podemos
chamar de arrependimento inicial. Este é o
ponto de retorno, de mudança de direção que
agora está orientada para Deus. Este
arrependimento é só o começo.
• O pecador regenerado tem uma jornada que será

Verdade bíblica
marcada por novos arrependimentos, sempre que
um desvio vier a acontecer.

Texto a Ser Lido
Hebreus 11:6
I Pedro 1:5
Salmo 25:2

Segundo Elemento
Salmo 57:1
Efésios 5:8-9
Isaías 26:3
• No V.T. ter fé significava dizer “Amém” para Deus, e no N.T.
é dizer “Amém” para o Evangelho. É por esta razão que
dizemos que no tempo do V.T. a fé olhava para o redentor que
viria, e no tempo do N.T. a fé olha para o Salvador que veio.
• Em ambos os casos a fé tem que estar voltada única e
exclusivamente para Jesus (Hb. 12:2).


• Fé exige conhecimento. Ninguém pode crer no que não conhece. Calvino
afirmou que a “fé é o firme e certo conhecimento da bondade de Deus para
conosco, fundado na verdade de promessa livremente feita em Cristo,
revelado às nossas mentes e selando os nossos corações através do Espírito
Santo.”
• Fé é firme aceitação. Quer dizer da absoluta aceitação dos ensinos da Palavra
de Deus como verdadeiros.
• Fé é confiança. A fé implica em uma confiança que está fora de nós, significa
O conceito de fé
depender e descansar na obra consumada de Cristo, e apropriação do que Ele
fez.
A fé que é ao mesmo tempo um ato da ação soberana de Deus
que concede ao seus eleitos a disposição para crer, é também um
tarefa que o homem executa por uma decisão da sua razão. Veja
como esses dois aspectos “paradoxais” são verdade na Bíblia:
Fé é dom de Deus
• Resultado de regeneração - I Jo. 5:1
• Fruta da operação do Espírito Santo - I Co. 12:3
• Jesus é o autor da fé – Hb. 12:2
• Deus é o doador da fé – Fp. 1:29; Ef. 2:8

De volta ao paradoxo
Fé tarefa do homem
• Resultado do conhecimento – Jo. 20:30-31
• Condição colocada diante do homem - Jo 5:24; Rm. 10:9
• Resposta humana ao Evangelho - Jo 3:16; Rm. 3:28; 5:1
Por hoje é só!
Próxima semana Estudaremos sobre Santificação
• Normalmente se tem a idéia de que ser santo é não pecar.
Outros acham que uma pessoa santa vive totalmente
desligada das coisas deste mundo, uma espécie de gente
que não parece sentir o que todos nós sentimos.
Santidade, porém, é a vontade de Deus para a vida de
todos os cristãos (I Ts 4:3).
• O que vem a ser santificação?
• Pode alguém nesta vida ser santo?

A Salvação Intra-Nós
Santificação
Como os cristãos das seguintes igrejas foram chamados?
Roma (Rm. 1:7)
Corinto (II Co. 1:1)
Éfeso (Ef. 1:1)
Filipos (Fl. 1:1)

Pedro afirma em sua primeira carta cap. 2 vers. 9 que o povo de Deus é nação:
 Abençoada  Poderosa X Santa  Pura
De acordo com I Coríntios 7:14, os filhos de crentes são:

Vamos
 Especiais
fazer
X Santos
um
Identifique o nosso propósito em:
exercício
 Herdeiros  Salvos

Ef.de
4:24pesquisa bíblica:
I Ts. 4:7
• Não foi difícil descobrir que os participantes da família de
Deus, são chamados de santos, e a santidade de vida é o desejo
de Deus para todos os seus filhos.
• Podemos agora definir santificação “como a graciosa
operação do Espírito Santo, envolvendo a nossa participação
responsável, através da qual Ele nos limpa da poluição do
pecado, renovando a nossa natureza interna segundo a
imagem de Deus, e torna possível viver de forma que agrada a
Deus.”(Antony Hoekema)

Santificação
• Para compreendermos melhor a definição é necessário fazer uma diferenciação
entre culpa e poluição do pecado.
• Culpa: é a responsabilidade pela prática do erro, identificação de nossa autoria do
pecado.
• Poluição: é o resultado que o pecado gera em nossas vidas, uma vez praticado.
• Enquanto vivermos aqui, não conseguiremos nos libertar totalmente da influência
do pecado. Embora o crente regenerado passe a pecar menos, esta realidade
poluidora continua presente.
• Diante disso você pode perguntar: “Como a bíblia pode chamar de santos aqueles
que ainda não atingiram a santidade?”
• A resposta a esta questão está no fato de que santidade é, ao mesmo tempo, um ato
soberano e imediato do Espírito Santo, e um processo que opera em nós.

CULPA E POLUIÇÃO
• Esta é a tarefa realizada exclusivamente pelo Senhor
Jesus, através do Santo Espírito. Cristo ao purificar o
pecador, perdoa-lhe o pecado e o coloca,
posicionalmente, diante de Deus como um santo eleito,
sem pecado (Ef 1:4).

Santificação: um ato de
Deus
Estamos diante de uma tarefa que é fruto da ação de Deus. A
ação regeneradora do Espírito Santo na vida dos eleitos produz
a contínua responsabilidade de uma resposta. Veja o exemplo:
• Ação Resposta
• Deus ordena Nós obedecemos
• Deus orienta Nós seguimos
• Deus condena Nós rejeitamos
• Deus se agrada Nós fazemos
Separado do Pecado
• O processo de santificação nos conduz a sermos separados da
prática do pecado (I Jo. 3:9) e buscarmos dedicação a Deus (Rm.
6:4-5, 18).
• João Calvino, nas suas Institutas, ao se referir a este efeito da
santificação Intra-Nós disse: “Enquanto Cristo permanece fora de
nós, e nós estamos separados dele, tudo o que Ele sofreu e faz pela
salvação da raça humana, permanece sem utilidade e sem valor
para nós”.
• Só podemos pensar em santificação se já estamos em Cristo (I Co.
1:30).
• É a partir da geração da nova vida em nós, que este processo tem o
seu início em nós.
• A ação santificadora em nossas vidas possui dois meios:
1.A Palavra de Deus 2. A nossa fé
A Bíblia ocupa um lugar especial no processo de
santificação da vida do crente. Leia os três textos a seguir
e faça um breve comentário sobre como a Palavra de
Deus afeta a nossa santificação.

Salmo 109:11
João 17:16-17
II Timóteo 3:16-17

Santificação pela Palavra


• Não há como agradar a Deus sem levar a sério a busca pela
instrução revelada na Palavra escrita de Deus, a Bíblia.

Verdade bíblica
• Já aprendemos que a justificação se dá pela fé. Esta foi a grande verdade
descoberta por Lutero na época da reforma. Mas, será que podemos dizer que a
santificação também é pela fé? Vamos avaliar isto.
• 1. É pela fé que continuamos seguros em nossa filiação em Cristo, e estar em
Jesus é “o coração da santificação”. (Hoekema). Leia : Ef. 3:17; Gl. 2:19-20
• 2. Pela fé em Cristo o pecado não tem mais poder sobre nós. Não somos mais

Santificação pela Fé
seus servos (Rm. 6:6).
• 3. Pela fé no Espírito Santo somos capacitados a fazer morrer as obras da
carne (Rm. 8:13). Esta fé se torna assim o nosso “escudo contra os dardos do
maligno”. (Ef. 6:16)
• 4. A fé em Cristo produz obras (Gl. 5:6; I Ts. 1:3), ao ponto de Tiago dizer que
“a fé sem obras é morta” (Tg. 1:5).
• Diante disto não fica difícil concluir que a fé que temos em
Cristo também nos capacita a desenvolver a nossa salvação em

Santificação pela Fé
santidade.
• Não devemos ver a santificação apenas como boas obras, mas
primeiramente como a ação do Espírito Santo que nos conduz
a ser como Jesus é.
• Cristo é o nosso modelo, e é segundo o seu padrão que a
santidade deve ser produzida.
• Não temos apenas que amar, perdoar, dar ao pobre, ser
paciente ou bondoso. Temos que fazer tudo isto e outras coisas
mais.
• Como Jesus nos mostrou, temos que ser seus imitadores (Ef.
5:1-2), buscar obedecer o plano de Deus para nós como Ele
obedeceu.
O Padrão de Nossa
Santificação
• Com o propósito de solidificar esta verdade na sua mente, examine
você mesmo e veja este valioso ensino nas Escrituras. Para cada
texto, identifique uma ou mais ações que as Escrituras nos ordenam a
ser como Jesus.
• Romanos 8:9
• João 13:14
• Lucas 22: 25-27
• Efésios 4:32
• Filipenses 2:5
• I Pedro 2:21

O Padrão de Nossa
Santificação
• Não é raro, para quem se envolve com a tarefa da
evangelização, às vezes, ouvir alguém dizer: “os
crentes só querem ser os santinhos”. Lá no fundo isto é
verdade mesmo.
• O desejo do crente é ser santo como Deus o é. Porém,
entendendo erroneamente a questão da santificação
Gente Diferente
como separação, alguns grupos denominacionais, e até
nós mesmos, buscamos nos separamos das pessoas e
não dos pecados que elas cometem.
• Não dá para esquecer que a santificação progressiva nos afasta do pecado e sua
prática, aproximando-nos de Deus e moldando-nos à imagem de Cristo. Contudo,
santificação não nos afasta dos pecadores, pelo contrário, somos por ela levados a
amá-los para ganhá-los para Cristo.
• Não foi exatamente este o exemplo que Jesus nos deu?
• Não temos nós a ordem de estarmos com os incrédulos para anunciar-lhes as boas
novas?
• Podemos e devemos amar os pecadores, sem sermos coniventes com os pecados que
praticam. Nesta aspecto somos gente diferente, bem diferente! (I Pe. 2:9; Rm. 15:16;
I Ts. 5:23) e ter a sabedoria para ser amigo do pecador sem aprovar as suas obras, é
tarefa e uma obra que Deus ordenou a todo crente (II Co. 7:1; Hb. 12:14; At. 1:8).

Importante
“O Velho e o Novo Homem”

Vamos agora aprender algo importante para a nossa vida espiritual:


• A santificação progressiva não nos leva à perfeição aqui na terra, é
um processo que ainda está sendo feito em nós. Isto acontece porque
ainda atua em nós aquilo que o apóstolo Paulo chama de “velho
homem”, ou seja, a nossa antiga natureza pecaminosa que foi
marcada pelo pecado. Ela ainda é o agente influenciador que nos faz
sentir prazer pelo pecado. Por ela somos tentados, e é ela que nos
inclina para a prática do mal.
Velho Homem
A Nossa• Dupla Natureza
Paulo, as vezes o chama de “carne” (Gl 5:16-17; I
Co 9:26,27; Rm. 8:13; Cl 3:5,8)
“O Velho• No
e o Novo
crente o “velho homem” não é mais aquele que
controla (Cl 3:9-10; Rm. 6:6)

Homem” influência (Ef 4:20-24)


• Necessita ser cada vez mais diminuído em sua
Novo Homem
• Nossa submissão aos apelos do “velho homem” estão
agora sob total controle do “novo homem” (I Co 10:13;
A Nossa Dupla Natureza
Rm. 6)
• É uma nova criatura, mas luta constantemente contra sua

“O Velho e o Novo
velha natureza (I Tm 6:12; Ef 6:11-13)
• Tem uma imagem positiva de si mesma. Fomos
purificados por Cristo, e por Ele declarados justificados.

Homem”
Fomos enxertados em sua família, nos tornamos seus
filhos (Jo 1:12), somos pelo Espírito Santo guiados (Rm.
8:16).
IGREJA PRESBITERIANA
MEMORIAL DO IPSEP
2011

A DOUTRINA DA
Pr. Jânio Clímaco

AULAS 13-14
A Santificação
• Na regeneração que o Espírito Santo faz nos seus
filhos, uma nova natureza lhes é dada, porém a velha
não foi destruída. Ora, isto os torna seres diferente
dos que não foram tocados por Deus.
• O filho de Deus, pelo Espírito Santo, foi habilitado a
fazer o que agrada a Deus, foi nele gerada uma nova
natureza. Esta natureza dada por Deus não tem mais
prazer no pecado, e por isto provoca em nós uma luta
espiritual.
• Sendo a santificação em nossa vida natural um
processo progressivo, seu aumento ou decréscimo é
uma conseqüência de qual natureza nos controla

Preste atenção agora:


mais.
• Para não limitarmos a santificação a apenas algumas ações tais
como oração, leitura da bíblia, e participação na igreja, é preciso
que o crente compreenda que a sua santidade também deve ser
expressa em termos de ação no mundo. Jesus não nos convidou
para sair do mundo, mas para nele sermos sal, luz, pregadores,
Santificação Integral
bens feitores, influenciando-o positivo e significativamente.
• A bíblia nos ensina que a santificação é mais do que fazer indivíduos
santos de forma isolada, vivendo uma comunidade e afastado ,do
mundo. Santificação envolve também dimensões sociais e
ambientais. Vamos buscar algumas orientações nas Escrituras.
• Leia os textos a seguir e identifique uma ou duas ações que um crente
deve ter em relação ao mundo.
• Mateus 25:35-36,40
• Salmos 82:3
• Tiago 82:3
• Provérbios 19:17

Santificação Integral
• A Ação do crente no mundo faz com que ele seja observado, e
ao acontecer isto, o resultado deve ser a glória de Deus (Mt
5:13-16). Analise e discuta as implicações práticas destas duas
declarações do teólogo reformado Hoekema:
• “A santificação não é completa sem a preocupação social. A
santificação significa que devemos promover a justiça para
todos, através da legislação, da ação política e através
da mídia”.
• e ainda:
• “Crescer em santificação requer preocupação com o ambiente,
usando nossa influência para se opor à poluição do ar e da
água, ao corte irresponsável das florestas, etc. Isto significa
sofrer pela fome mundial e trabalhar pelo alívio da pobreza.”

Santificação Integral
IGREJA PRESBITERIANA
MEMORIAL DO IPSEP
2011

A DOUTRINA DA
Pr. Jânio Clímaco

AULAS 15-16
A Certeza da Salvação
• É uma prática dos crentes indagar dos novos na fé: “Você
tem certeza de que ao morrer vai para o céu?”.
• Via de regra, se a resposta à pergunta é dada com um firme
“sim”, seguido de um versículo bíblico indicando a
promessa de tal segurança, quem pergunta fica satisfeito.
• Na verdade, não fica claro, se a exigência comprovadora de
salvação reside em alguém saber que tal segurança existe,
ou se ele realmente a experimenta.

Certeza de salvação
• A doutrina da segurança da salvação, também denominada de
“segurança de fé” e “segurança cristã”, não deve ser analisada
como um ponto de partida ou de chegada.
• Isto se deve ao fato de que a segurança tem sua base em Deus e
é decorrente da fé, ou como diz a confissão de Westminster a
segurança é “a essência da fé”, fé que deve ser vista como
salvadora e diretamente relacionada com a obra redentora de
Jesus, gerada pela ação do Espírito Santo.

Certeza de Salvação
segurança de salvação,
surgem perguntas como:

• Qual o fundamento para tal confiança?


• A segurança plena surge de imediato com a fé ou é um
processo evolutivo?
• Pode um crente obter plena segurança e depois vir a perdê-la?
• que dizer da percepção pessoal do crente sobre sua segurança?
reflexão sobre o assunto
vamos estudar três aspectos:

• A Segurança Estabelecida que é aquela providenciada


integralmente por Deus para seus eleitos através da obra salvadora de
Cristo.
• A Segurança Oferecida, definida como a ação de Deus que confere
aos eleitos meios de assegurar a sua eleição.
• A Segurança Percebida que deve ser entendida como as evidências
ou sinais pessoais que podem ser identificados na vida do cristão
verdadeiro o qual exerce a fé autêntica em Cristo, confirmando a sua
salvação.
A Segurança Estabelecida

• Por segurança estabelecida devemos entender como aquela que é gerada


exclusivamente por Deus, e sendo “Extra-Nós” independe do que sentimos ou
percebemos.
• Embora a doutrina da salvação esteja intimamente ligada à segurança da salvação,
elas possuem bases diferentes. Enquanto a salvação é fruto do amor de Deus que
chama, justifica, santifica e glorifica aqueles a quem Ele elege, a segurança de
salvação tem sua base na veracidade da obra salvadora de Cristo.
• Não é apenas o cumprimento das profecias do Messias, mas também a execução
desta obra em nós. Cristo providenciou a salvação e o próprio Deus, pelo seu Santo
Espírito, aplica seus benefícios em nós. Ao sermos regenerados, somos então alvo
das promessas preparadas por Cristo e reveladas nas Sagradas Escrituras (Jo. 1:12,
6:37; Rm. 8:14,28-33; Ef. 1:1-4; I Jo. 5:2; I Pd. 2:9 e outras).
• Ao dizermos que a segurança da salvação, em primeiro
aspecto, é estabelecida por Deus, enfatizamos que a
garantia da nossa salvação:
• Não é o resultado do que sentimos ou fazemos
• É unicamente baseada no resultado da ação divina de
providenciar, conceder e assegurar a salvação a todos
aqueles que o Pai dá a Cristo (Jo. 6:39).

A Segurança
Estabelecida
• A salvação que Deus providenciou para os eleitos é um privilégio e
herança certa. Contudo, é requerido do crente, exercício de fé. Aqui
reside o fato de se questionar a segurança estabelecida, não que ela venha
a ser instável pela variação da fé , mas que esta variação afeta aqueles
que a exercem, levando-os a duvidar do que foi divinamente
estabelecido.
• Deus não é Deus de confusão ou de obras inacabadas, todo plano divino
está concluído no tempo certo dEle, e Ele mesmo decidiu tornar a
segurança da salvação conhecida para os seus. A segurança de salvação
estabelecida por Deus na esfera da sua soberania , é também comunicada
e oferecida à nossa realidade humana, podemos recebê-la e percebê-la.

A Segurança
Estabelecida
• Uma vez que já aprendemos que a segurança de salvação do crente foi
estabelecida no plano eterno de Deus, analisaremos agora o aspecto da
oferta de segurança. Ao estudarmos esta questão, podemos identificar
três fatores ou bases da segurança cristã:
• As promessas das Escrituras;
• O testemunho do Espírito Santo e;
• As evidências da nova vida, fruto da regeneração.
• Os dois primeiros são bases oferecidas e o terceiro trata-se mais do que
diz respeito a segurança percebida, pois é através das evidências da graça
que poderemos obter um sentimento pessoal da certeza da salvação.

Segurança Oferecida
• Anteriormente já verificamos que a Palavra escrita de
Deus nos garante a segurança da verdadeira fé em Cristo,
estabelecida por Deus. Tendo o pecador crente sido
regenerado, ele se torna capaz, pelo Espírito Santo, de
desenvolver sua salvação (Fp. 1:25 e 2:12). Seu primeiro
passo é fé na veracidade das promessas divinas. Isto gera
confiança no Deus que ao prometer é fiel para cumprir
(S.l. 125:1, Gn. 15:6).

Segurança Oferecida nas


Escrituras
• A segurança da salvação não é apenas algo de acordo
com o que está escrito na Palavra. A fé autêntica produz
características ou evidências pessoais. Tendo em vista a
íntima relação entre a fé e segurança de salvação, torna-se
necessário tecermos algumas considerações sobre a fé,
para lançarmos mais luz sobre o assunto.

Segurança Oferecida nas


Escrituras
• João Calvino define fé como: “um conhecimento firme e certo da
vontade de Deus a respeito de nós, fundado sobre a verdade da promessa
gratuita, feita em Cristo Jesus, revelada ao nosso entendimento e selada
em nossos corações pelo Espírito Santo”(Institutas v.I, p. 423). Ele não
admite a perda da fé verdadeira, pois esta é gerada e assegurada por
Deus. Contudo, Calvino admite uma “fé temporal” que segundo ele
“mostra uma certa aparência de obediência”, porém não pode produzir
segurança, pois os que a tem “enganam a si mesmos com uma falsa
opinião”.
• Parece-nos claro que Calvino coloca a fé temporal como uma origem
humana, algo gerado por opinião e decisão pessoal, ao contrário da fé
que é dom de Deus.

Segurança Oferecida nas


Escrituras
• Se por um lado admite-se que fé pode ser temporária, e vir a cair, não
se deve deduzir o mesmo da fé verdadeira. Esta possui a garantia
daquilo que já foi estabelecido por Deus (Ef. 1:1-3).
• Porém, é perfeitamente aceitável uma gradação da fé. O próprio
Calvino disse: “Esta oscilação (variação entre a carne e o espírito)
provém da imperfeição da fé, pois jamais nesta vida presente
chegaremos a felicidade de estarmos livres de toda desconfiança e
possuirmos a plenitude da fé”.
• Entendendo isto, podemos agora abordar os aspectos da segurança da
fé.

Segurança Oferecida nas


Escrituras
• Vamos retornar à questão de existência de uma gradação
da fé, e portanto, gradação da segurança. Jesus fala acerca
do assunto dizendo existir pessoas de:
• Pouca fé (Mt. 6:30);
• Fé pequena (Mt. 8:26, Mc. 4:40) ;
• Grande fé (Mt. 8:10,15:28).

Segurança Oferecida nas


Escrituras
• Comentando este assunto, o conhecido teólogo reformado
Berkhoff declara:

Segurança Oferecida nas


“fé envolve um sentimento pessoal de certeza e segurança.
Ansiedade e dúvida, medo e desconfiança, são atribuídos a

Escrituras
uma fé deficiente” (grifo nosso).
• Esta vacilação de fé não abala a segurança estabelecida, nem a
seguridade oferecida pela palavra de Deus, porém, afeta
Segurança Oferecida nas
diretamente aquele que possui tal fé.

Escrituras
• Podemos verificar que a segurança da fé não é uma simples
concordância com a verdade bíblica, há algo de pessoal que pode ser
percebido, experimentado e nisto Berkhoff é enfático ao dizer que “É
perfeitamente natural que o elemento confiança na fé deva envolver
um sentimento de segurança e certeza pessoal” (grifo nosso).
• Inquestionavelmente, ao colocarmos nossa fé nas Escrituras, surgirá
um forte sentimento de esperança segura, pois tal esperança se fez
segura por ser oferecida por Deus incondicionalmente a nós (II Co.
1:20; Hb. 6:18).

Segurança Oferecida nas


Escrituras
pelo Espírito Santo
• As promessas de Deus estabelecidas nas Escrituras não
constituem, por si só, uma garantia para todos aqueles que
nelas colocam sua fé. Não é o simples fato de acreditarmos nas
Escrituras ou declará-las verdadeiras que gerará segurança de
salvação.
• Há, indispensavelmente, a necessidade do próprio Deus
oferecer suas promessas para nós. A salvação é dom de Deus,
assim como a fé e as suas promessas (Ef. 2:8,9; Rm. 4:16-20).
• Além da segurança oferecida pelas promessas reveladas
nas Escrituras, o próprio Deus, através do Seu Espírito
Santo, oferece o seu testemunho de garantia.
• O texto do capítulo 8 de Romanos é particularmente
importante e apropriado para esse assunto.

Segurança Oferecida
pelo Espírito Santo
• O apóstolo Paulo, ao falar da obra da graça de Cristo no pecador
justificado, assegura duplamente:
• Primeiro que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são
filhos de Deus” (Rm. 8:14). Isto nos conduz aos efeitos da graça em
busca da santidade e de sermos imitadores de Cristo (Ef. 5:1,2),
aspecto que evidencia nossa segurança e que abordaremos mais
adiante.
• Segundo, que a segurança do crente é testemunhada pelo Espírito
Santo em nós: “pois o próprio Espírito testifica com o nosso espírito
de que somos filhos de Deus” (Rm. 8:16).

Segurança Oferecida
pelo Espírito Santo
• Ao associarmos o conceito de segurança estabelecida
com o da segurança oferecida, descobrimos que está no
próprio Deus a solidez de nossa certeza de salvação, pois
é Ele mesmo quem a estabelece e a oferece aos seus
eleitos. Resta-nos agora, considerar o lado humano da
segurança percebida.

Segurança Oferecida
pelo Espírito Santo

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