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Apresentação Técnicas

Experimentais I
Ana Beatriz Verdi Emilio

Ensaio de Flexão Beatriz Montilha Tirich


Daniel Cunha
Douglas da Silva
Larissa Braga de Proença
Ensaio de flexão

- Aplicação de carga P
- Curva carga aplicada vs. deflexão

Figura 2

Figura 1

Figura 1: Ilustração de ensaio de flexão. Fonte: adaptado de wikipedia <https://en.wikipedia.org/wiki/Flexural_modulus>


Figura 2: Curva resposta do ensaio de flexão. Fonte: GARCIA, 2012
Tipos de ensaio
Ensaio em 3 pontos Ensaio em 4 pontos

Figura 3 Figura 4

Figura 3: Ilustração de ensaio de flexão em 3 pontos. Fonte: GARCIA, 2012


Figura 4: Ilustração de ensaio de flexão em 3 pontos. Fonte: GARCIA, 2012
Considerações
• Corpo de prova retilíneo
• Material homogêneo e isotrópico
• Validade da Lei de Hooke para parte elástica
• Existência de uma linha neutra no interior do corpo de prova -> sem
tensão normal

Aplicações
• Materiais frágeis
• Materiais com alta dureza
• Principalmente em cerâmicas

Figura 5

Figura 5: Ilustração das forças atuando durante ensaio de flexão. Fonte: BORGES, L. 2016
Prática na pós-graduação
• Objetivo: avaliar as propriedades mecânicas dos materiais
ensaiados quando submetidos à flexão
- Máquina WDW 30E
- Flexão em 3 pontos

Figura 7
Figura 6
Figura 6: Máquina utilizada para ensaio de flexão
Figura 7: Ajuste do corpo de prova na máquina
Materiais e métodos

• Material A Polimetilmetacrilato
Polímeros
• Material B Policarbonato

• Material C
• Material D
Vidros
• Material E Parâmetros variados
Velocidade do ensaio
• Material F Espessura do corpo de prova
Resultados
• Curva gerada pela máquina: carga vs. flecha
2500
A1 B1
A4-5 2000
B4-5
2000

1500

Carga (N)
Carga (N)

1500

1000
1000

500
500

0 0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 0 2 4

Flecha (mm) Flecha (mm)


Figura 8

- Mesmo material, mesma velocidade, diferentes espessuras


- Quanto maior a espessura do CP, maior a resistência à flexão

Figura 8: Curvas de flexão obtidas para polímeros (a)A e (b)B, com diferentes espessuras
Gráficos tensão x deformação

3𝑃𝐿
𝜎=
2 𝑐 𝑒2

6𝑣𝑒
Ɛ= 2
𝑙

P = carga
L = comprimento útil
c = comprimento do CP
e = espessura do CP
v = flecha (deformação)
l = largura do CP Figura 9

Figura 9: Curva tensão x deformação do polímero A na mesma velocidade, em diferentes espessuras


Amostras coladas
• Maior espessura -> maior deformação
• Duas inflexões no gráfico

140 140
B1 - 2 mm/min
120 B4-5 - 2 mm/min 120

100 100

Tensão (MPa)
Tensão (MPa)

80 80

60 60

40 40

20 20 B2-10mm/min
B6-7 - 10mm/min
0 0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

Deformação Figura 10 Deformação

Figura 10: Curva tensão x deformação do polímero A e B na mesma velocidade, em diferentes espessuras
Figura 11: Corpo de prova B4-5 após ensaio de flexão
Efeito da velocidade
• Velocidade que apresentou maior deformação
• Polímero A: 2 mm/min
• Polímero B: 50 mm/min

120
100
A1- 2mm/min
A2 - 10mm/min 100
80 A3- 50mm/min

Tensão (MPa)
Tensão (MPa)

80
60

60

40
40

20 B1 - 2mm/min
20 B2- 10mm/min
B3- 50mm/min
0 0
0,00 0,02 0,04 0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14
Deformação Deformação
Figura 12 Figura 13

Figura 12: Curva tensão x deformação do polímero A na mesma espessura, em diferentes velocidades
Figura 13: Curva tensão x deformação do polímero B na mesma espessura, em diferentes velocidades
Propriedades mecânicas Tabela 1

Amostra E (Gpa) MOR (Mpa) Ut (MJ/m3)


A1 2,364 98,082 0,301
3
𝑃𝐿
𝐸= A2 2,716 67,662 0,125
4 𝑙 𝑣 𝑒3
A3 2,841 101,622 0,269
A4-5 1,888 82,196 0,265
3𝑃𝐿 A6-7 1,876 75,376 0,224
𝑀𝑂𝑅 =
2 𝑙 𝑒2 B1 1,198 120,506 0,898
B2 1,039 121,665 1,055
B3 0,916 121,538 1,195
2𝑃𝑣
𝑈𝑡 = B4-5 0,330 69,422 1,083
3𝑆𝐿
B6-7 0,170 70,127 2,144
C1 6,994 13,757 0,002

S = área transversal do CP D1 5,945 24,936 0,008


E1-2 9,054 59,980 0,029

Tabela 1: Propriedades obtidas com o ensaio de flexão paraE3 27,754


os corpos de prova ensaiados 76,307 0,016
F1 2,026 23,695 0,021
Polímeros
Polímero A fraturou

120

100 PMMA (acrílico): fratura frágil


Tensão (MPa)

80

Figura 15
60
A1- 2mm/min Polímero B não fraturou
40 A2 - 10mm/min
A3- 50mm/min
B1 - 2mm/min
20 PC: polímero dúctil B2- 10mm/min
B3- 50mm/min
0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12
Deformação
Figura 14
Figura 16

Figura 14: Curva Tensão x Deformação para polímeros A e B não colados


Figura 15: Foto mostrando que CP do polímero A fraturou
Figura 16: Foto mostrando que CP do polímero B não teve fratura total.
Vidros
• Mesmo material, mesma velocidade, diferentes espessuras
• F1 (maior espessura) tem maior deformação e duas inclinações

Figura 18

Figura 17

Figura 17: Gráfico tensão x deformação dos vidros D1 e F1, na mesma velocidade (0,5 mm/min)
Figura 18: Foto comparando a espessura dos CPs D e F
Vidros
• D1: curva atípica – possível mudança de • E1-2 e E3: vidros espelhados; mais finos
direção na propagação da trinca que os outros vidros -> menores
deformações

80
25 D1
E1-2
70 E3
20 60
Tensão (MPa)

Tensão (MPa)
50
15
40

10 30

20
5
10

0
0
0,000 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007
0,000 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005
Deformação
Deformação
Figura 19 Figura 21
Figura 19: Gráfico tensão x deformação dos vidros D1 e F1, na mesma velocidade (0,5 mm/min)
Figura 20: Foto comparando a espessura dos CPs D e F
Figura 21:Gráfico tensão x deformação para os vidros espelhados.
Figura 22: Foto dos corpo de prova E1-2 e E3 fraturados após ensaio
Vidro C1
• Módulo de elasticidade consideravelmente alto (E = 6,99 Gpa)

• Duas rupturas

• CP laminado colado com PVB (polivinil butiral)

• Amostra não teve fratura total

14 C1

12
Tensão (MPa)

10

0
0,000 0,001 0,002
Deformação
Figura 23 Figura 24

Figura 23: Gráfico tensão x deformação do vidro C1


Figura 24: Corpo de prova após ensaio de flexão.
Comparação de métodos

Fórmula x gráfico 140


B3
• Módulo de elasticidade (E): 120

inclinação da reta no regime 100

Tensão (MPa)
elástico
80

• Módulo de ruptura (MOR): 60


Tensão na qual o material
rompe
40

• Módulo de tenacidade (Ut):


20

Área sob o gráfico 0


0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14
Deformação
Figura 25

Figura 25: Gráfico tensão x deformação do polímero B3


Comparação de métodos
Divergências devido à:

• Duas fraturas

• Tenacidade admite gráfico parabólico Tabela 2


Fórmula Gráfico
ID E (Gpa) MOR (Mpa) Ut (MJ/m3) E (Gpa) MOR (Mpa) Ut (MJ/m3)
A1 2,364 98,082 0,301 2,460 98,083 2,220
A2 2,716 67,662 0,125 2,750 67,680 0,843
A3 2,841 101,622 0,269 2,900 99,098 1,789
A4-5 1,888 82,196 0,265 2,000 82,357 1,783
A6-7 1,876 75,376 0,224 2,000 76,169 1,536
B1 1,198 120,506 0,898 2,310 116,453 8,272
B2 1,039 121,665 1,055 2,290 110,179 10,613
B3 0,916 121,538 1,195 2,220 103,885 11,908
B4-5 0,330 69,422 1,083 1,080 68,395 10,939
B6-7 0,170 70,127 2,144 1,190 68,884 24,052
C1 6,994 13,757 0,002 45,880 48,421 0,026
D1 5,945 24,936 0,008 8,370 24,914 0,028
E1-2 9,054 59,980 0,029 22,750 40,839 0,169
E3 27,754 76,307 0,016 47,870 73,931 0,059
F1 2,026 23,695 0,021 3,120 23,673 0,080

Tabela 2: Valores obtidos com a fórmula e a partir do gráfico


Conclusão

• Aprender sobre ensaio de flexão


• Diferenciar os tipos de fratura

• Avaliar os resultados do aumento de espessura em


vidros e polímeros
• MORvidros < MORpolímeros
• Polímero A -> PMMA

• Polímero B -> PC
Referências
• BANDEIRA, M.; VERDI, S. T.; FOLLE, L. F. Relato de experimento em
laboratório: ensaio de flexão em peças de MDF. XI Semana de Extensão,
Pesquisa e Pós-Graduação. Porto Alegre: SEPesq. 2015. p. 1-9.
• DE MELO, N. S. Comportamento mecânico do policarbonato exposto à
radiação gama. Dissertação (Mestrado) - Instituto Militar de Engenharia.
Rio de Janeiro, p. 93-98. 2004.
• FREDEL, MÁRCIO C.; ORTEGA, PATRÍCIA; BASTOS, EDSON. Propriedades
mecânicas: Ensaios fundamentais – Vol. 1. Santa Catarina: UFSC –
CERMAT CERÂMICA, 2012.
• GAMA, D.P.N. Análise das propriedades de tensão e flexão de
compósitos sanduíche. Universidade Federal Fluminense. Julho, 2017.
• GARCIA, A.; SPIM, J. A.; DOS SANTOS, C. A. Ensaios de Materiais. 2ª. ed.
Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, v. I, 2012.

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