Você está na página 1de 25

Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo
Perda de Carga na Instalação
A perda de carga na instalação consiste na resistência oferecida pelas tubulações e
acessórios que são rugosos ao escoamento do fluido que é viscoso.
Pode ser:

Contínua: perda de carga nos trechos retos de tubulação.

Localizada ou acidental: perda de carga nos acessórios das tubulações.

Fatores que interferem na perda de carga:

 Natureza do fluido.
 Estado superficial da parede
 Diâmetro da tubulação
 Regime de escoamento: laminar ou turbulento

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Perda de Carga na Instalação

 Comprimento da tubulação.

 Material da tubulação: Estado superficial-rugosidade que é função do material.

 Processo de fabricação do tubo: Com ou sem costura.

 Revestimentos especiais:Contra corrosão.

 Estado de conservação: Limpeza periódica das tubulações.

 Tempo de uso: Quanto maior o tempo de uso,maior a rugosidade.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Perda de Carga na Instalação


Tubulações de ferro fundido

As tubulações de ferro fundido


sofrem ataque do fluido (oxidação)
e surgem tubérculos que
restringem a passagem do fluido.
Fig.1:Tubérculos em tubulação.Disponível em:www.scielo.br.Acesso
As substâncias sólidas presentes em 08/02/2015.

no fluido podem se acumular ao


longo das paredes da tubulação,
restringindo a passagem do fluido
pela formação de camadas
aderentes e que interferem na
rugosidade da tubulação.
(incrustação). Fig.2:Incrustação em tubulação.Disponível
em:www.daescs.sp.gov.br.Acesso em 08/02/2015.

.
Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999
Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Cálculo da Perda de Carga Contínua


Uso conjugado da fórmula de Darcy - Weissbach com o ábaco de Moody.

L V2
DH  f (1)
D 2g
Onde:
DH: Perda de carga, em m.
L:comprimento do tubo, em m.
D:Diâmetro do tubo, em m.
f:Coeficiente de atrito(depende do regime de escoamento e da rugosidade relativa da
parede da tubulação.
g: aceleração da gravidade, em m/seg2.
V:velocidade média de escoamento, em m/seg.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Cálculo da Perda de Carga Contínua


A velocidade média é dada pela Equação da continuidade aplicada a condutos
circulares:
4Q Q:vazão em m3/seg
V (2)
D:diâmetro da tubulação,em m.
D 2 V:velocidade média de escoamento,em m/seg.

Para o cálculo do coeficiente de atrito(f), devemos considerar:

Regime Laminar (Re<2000):


64
f  (3)
Onde: Re
VD V:velocidade média em m/seg.
(4) Re  D:diâmetro do tubo, em m.
u
u:viscosidade cinemática do fluido,em m2/seg.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Cálculo da Perda de Carga Contínua


Regime Turbulento (Re>4000)

O coeficiente de atrito f, além de ser função do regime de escoamento,


depende também da rugosidade relativa da tubulação (e/D ou K/D).

Fig.3:Tubo cortado.Djalma Carvalho,1999 .


A rugosidade relativa pode ser obtida
por meio de ábaco ou tabela.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Tabela 1: Rugosidade em função do tipo de material.Disponível em:


http://slideplayer.com.br/slide/1833574/ Acesso em 08/02/2015

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Figura 4: Ábaco: Rugosidade relativa das tubulações.Djalma Carvalho, 1999.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Conhecendo-se o número de Reynolds e a rugosidade relativa,o coeficiente


de atrito f é dado pelo ábaco 2.(Ábaco de Moody).

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .

Figura 5: Ábaco de Moody.Disponível em: http://ww:


w.ebah.com.br/content/ABAAAeoksAJ/perda-carga?part
Acesso
em 08/02/2015
Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .
Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Uso do Ábaco de Hazen - Williams

Monograma de pontos alinhados que fornece,


conhecidos Q e D,os valores de J/K (em m/Km) e
V(em m/seg) para tubos com C=100.
C Caracteriza o material da tubulação.
(ver figuras 7 e 8).
Para se determinar J para C  100 deve
procurar na tabela o valor do fator de correção
K e relativo ao material da tubulação.

J  C 100  J / K  C 100 xK  C 100 (5)

Fig.6:Ábaco de Hazen Williams para :C=100.Disponível em:


http://pt.slideshare.net/GilsonBraga/aula-09-mec-fluidos-2012-05

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Uso do Ábaco de Hazen - Williams


Observações:

Quanto maior o valor de C, melhor é o acabamento superficial da parede do


tubo.

Para valores de C>100,K<1 e J<J/K

DH J- perda de carga unitária, em m/Km.


J (6) DH- perda de carga total, em m.
L L- comprimento do tubo, em Km.

DH  JxL (7)

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Uso do Ábaco de Hazen - Williams


Valores de C em função do material e tempo de uso da tubulação

Figura 7: C para diferentes materiais.Djalma Carvalho, 1999.


Figura 8: C para diferentes tempos de uso.Djalma Carvalho, 1999.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Uso do Ábaco de Hazen - Williams

Como os diâmetros de sucção e recalque são diferentes,torna-se necessário


efetuar as operações, separadamente e a perda de carga total será dada por:

DH  DH s  DH r (8) DHs:perda de carga na sucção, em m.


DHr:perda de carga no recalque, em m.

O Ábaco de Hazen Williams poderá fornecer tanto o valor da perda de carga


contínua como o valor da perda de carga total na linha. Fornecerá a perda de
carga contínua se L ,considerar apenas o comprimento das tubulações retas e a
perda de carga total quando, em (8),considerarmos, não simplesmente L, mas LV
(comprimento virtual da linha).

Lv: Comprimento virtual da linha=Comprimento do trecho reto + Comprimento equivalente dos acessórios da linha.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo
Perda de carga em canalizações de PVC rígido

Para cálculo de
perda de carga
contínua em
tubulações de PVC
rígido pode ser
usado,diretamente,
o ábaco fornecido
pelo fabricante.

Figura 9: Ábaco para cálculo de perdas de


carga em PVC.Disponível
em:http://www.sociedadedosol.org.br/projetos/
asbc/informacoes-tecnicas/

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Cálculo da Perda de Carga Localizada


Método dos comprimentos equivalentes:

O acessório é substituído por um comprimento reto de mesmo diâmetro e


material com perda de carga igual a do acessório.

As tabelas abaixo fornecem estes comprimentos equivalentes dos acessórios


em ferro fundido e PVC.Estas tabelas são fornecidas pelos fabricantes de
acessórios e deve ser confirmada quando da execução do projeto.

O comprimento total da linha é chamado de comprimento virtual

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Fig.10: Tabela de comprimentos equivalentes para aço e ferro fundido

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Fig.11: Tabela de comprimentos equivalentes para PVC rígido.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo
Cálculo da Perda de Carga Localizada
Método direto:

A perda de carga localizada é dada diretamente por:

V2
DH l  K
2g
DHl: perda de carga no acessório, em m.
V:velocidade ,média do escoamento,em m/seg.
K:característica do acessório
g:aceleração da gravidade , em m/seg2

A perda de carga total DHL será dada por:


V2 A tabela abaixo dá os valores aproximados de K
DH L   K para diversos acessórios e o diagrama o valor de
2g V2/g para v até 3,0m/s.
Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999.
Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Fig.12 Tabela de perdas localizadas K para acessórios.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Figura 13:Diagrama para determinação de V2/2g

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo

Medição direta da Altura Manométrica

Numa instalação de bombeamento em funcionamento poderá haver a


necessidade de variar a vazão em função do consumo. Essa variação feita
válvula de recalque, altera o valor da altura manométrica.
O acompanhamento dessa variação é feito com a instalação de uma
manômetro á saída da bomba e de um vacuômetro á entrada da mesma.

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Centro Universitário Belo Horizonte

Máquinas de fluxo
Caso 1: A bomba tem sucção positiva (está montada acima do N>A
do reservatório de sucção.

Seja Y o desnível entre o


manômetro e o vacuômetro e
ainda :
1-índice referencial das
grandezas relativas á entrada
da bomba e

2-índice referencial das


Figura 14: Instalação com sucção positiva grandezas á saída da bomba
.
Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999

Altura manométrica é definida como sendo a energia


absorvida por um 1 Kg de fluido que atravessa a bomba

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Máquinas de fluxo

 P2 V22   P1 V12 
H man     Y      (1)
H man  E2  E1 (2)
  2g    2g 

Considerando as pressões em termos de pressão absoluta:

M
P2
 abs   Patm  abs  (3)
V
Patm
 abs   P1  abs  (4)
   

Aplicando-se 3 e 4 em 1, teremos:

P2
M V   abs   P1  abs  (5)
 
A energia cinética pode ser considerada
desprezível e levando 5 em 1 temos:
H man  M  V  Y (6)

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Máquinas de fluxo

Caso 2: A bomba tem sucção negativa (afogada -Está montada abaixo do reservatório
de sucção).

 P2 V22   P1 V12 
H man     Y      (1)
  2g    2g 

Considerando as pressões medidas em termos de


pressão efetiva, teremos:

P2
 efet   M (7)

Aplicando-se Bernoulli entre o N.A do reservatório
de sucção (A) e a entrada da bomba:

Figura 15:Instalação com bomba afogada (sucção negativa).

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .


Máquinas de fluxo

PA VA2 P1 V12
 h  (8)
 2g  2g

Mas, sendo:
PA Patm
  0 (9) Em termos de pressão efetiva
 

VA2  V12 (10) Variação da energia cinética: desprezível


2g
Aplicando-se 11 em 1temos:
Logo:
P1 Ou quando h=Y
 efet   h (11) H man  M  (h  Y )
H man  M

Fonte:Instalações Elevatórias –Bombas.Djalma Carvalho,1999 .

Você também pode gostar