Você está na página 1de 18

• Falta de dados observados na bacia hidrográfica

• Inconsistências nos dados observados que levam a


séries não homogêneas

• Falha na série histórica

• Extensão da série histórica

• Desenvolvimento de pesquisas
utilizada nos projetos de
obras hidráulicas como:
 Bueiros;
 Galerias pluviais;
 Sarjetas de rodovias;
 Vertedores de barragens...
permite
determinar o volume do escoamento superficial, que é de
interesse da engenharia para resolver os problemas de
armazenamento da água para diversos fins:
 abastecimento
 Irrigação
 Geração de energia
 Projetos de bacia de detenção
 Bacia de detenção para atenuação de enchente
O método racional traz resultados bastante aceitáveis para o
estudo de pequenas bacias (áreas ≤ 2 km2) ,tendo em vista a
sua simplicidade de operação bem como da existência de outro
método de melhor confiabilidade.

O método racional baseia-se nas seguintes hipóteses:

– Precipitação uniforme sobre toda a bacia;

– Precipitação uniforme na duração da chuva;

– A intensidade da chuva é constante;

– O coeficiente de escoamento superficial é constante;

– A vazão máxima ocorre quando toda a bacia está


contribuindo;

– Aplicável em bacias pequenas (A ≤ 2 km2).


• O método se baseia na equação do coeficiente de
escoamento superficial C.

Vescoado
C
Vprecipitado
Onde:
 Vescoado é o volume do escoamento superficial da bacia;

 Vprecipitado é o volume da precipitação na bacia, que é definido


como sendo:
V precipitado  P  A
onde: P é a lâmina precipitada e A é a área da bacia.
• Vescoado = a área do hidrograma
Ao compararmos a área do hidrograma
tc com a área de dois triângulos retângulos,
Qs Qsmax temos que:
B

Vescoado  QsMax 
tc t  t 
 QsMax  b c
2 2
t
Vescoado  QsMax  b
2
A D
t
Para pequenas bacias tb = 2tc, então
tb -tc
substituindo na equação acima temos que:
tb
Vescoado  QsMax  tc
Substituindo as equações do volume escoado e do volume
precipitado na equação do coeficiente de escoamento superficial
C e exprimindo QsMax tem-se:.

P
QsMax  C   A
tc
A relação P/tc é a intensidade da chuva referida ao tempo de
concentração da bacia, i.e., quando toda a bacia está contribuindo
para o escoamento superficial.

Como i = P/t é a intensidade da chuva, pode-se exprimir a


equação como:

QsMax  C  i  A
Se consideramos as unidades da intensidade em
mm/min e da área em ha, a equação pode ser reescrita
como
QsMax  0,1667  C  i  A
onde:
- C é o coeficiente de deflúvio (runoff);
- Qs é a vazão superficial máxima(m3/s);
- i é a intensidade de chuva (mm/min.) referente
ao tempo tc
- A é a área da bacia (ha).

Deve-se lembrar que: tc é o tempo de concentração,


que ocorre quando a intensidade é máxima e a vazão é
máxima já que neste tempo toda a bacia está
contribuindo;
O valor da bacia hidrográfica é determinado mediante
o desenho de seus limites, ou da linha do divisor de
águas, em uma planta altimétrica. A medida da área da
figura resultante pode ser feita por qualquer método
que permita razoável precisão, como uso de
planímetro, softwares, figuras geométricas, etc..
Um dos princípios do Método Racional é a adoção
de um coeficiente único (C) ou runoff, estimado
com base em características da bacia, e que
representa seu quadro de impermeabilização ou
urbanização. Quanto menor a possibilidade de
água precipitada infiltrar-se no solo, ou de ficar
retida pela vegetação, maior será a parcela que se
transformará em escoamento superficial direto,
resultando em m valor mais elevado para o
coeficiente C.
Valores de C
Uso do Solo ou Grau de Mínimos Máximos
Urbanização

Área totalmente urbanizada 0,50 1

Área parcialmente 0,35 0,50


urbanizada
Área predominantemente de 0,20 0,35
plantações, pastos...
As estimativas da intensidade de
precipitação são feitas pelas análises
estatísticas de séries de dados
pluviométricos relativos à região de estudos
Representa o risco assumido no
dimensionamento de uma obra hidráulica,
refletindo a freqüência com que a chuva ou vazão
utilizada no dimensionamento venha a ser
igualada ou ultrapassada num ano qualquer.
0,911 0,9256   TR 
it ,TR  47,8273  (t  30)  19,2043  (t  30)   0,482  0,9273  ln  ln  
  TR  1 
10 ≤ t ≤1440 min.
t = duração da chuva (min.)
TR = tempo de recorrência ou período de retorno (em
anos)
It.TR = intensidade de chuva (mm/min.) correspondente a
duração t e ao período de retorno TR
TR ( Anos)
Obra Seção Geométrica Área Área
Urbana Rural
Trapezoidal 50
A céu Análise
Canalização aberto caso a
Retangular 100
caso
Contorno fechado 100
Travessias:
pontes,
bueiros e Qualquer 100 100
estruturas
afins
Considera-se :

Admite-se então, que a bacia é suficientemente pequena para


que essa situação ocorra, pois a duração é inversamente
proporcional à intensidade.

Em bacias pequenas, as condições mais criticas se devem a


precipitações convectivas, ou seja, de pequena duração e
grande intensidade.
É o tempo que demora para a partícula de chuva que cai no
ponto mais distante da bacia chegar até a seção de interesse.

A determinação do tempo de concentração (tc) é realizada por


vários
métodos. Para melhor avaliar o tc de uma bacia hidrográfica ,
pode-se aplicar o método cinemático, que considera as
condições naturais e as canalizações existentes na bacia
(necessita de levantamento topográfico).
Um dos métodos recomendados é expresso pela formula:

Tc = tempo de concentração (min.)


L = comprimento do talvegue do curso d’água (km)
Δh = desnível (m)

DEVE-SE PRESTAR MUITA ATENÇÃO ÀS UNIDADES!


Após obter o periodo de retorno (TR) e calculado a duração da chuva
crítica ( t = tc , onde tc ≥ 10 minutos) pode-se substituir esses valores
numa equação de chuvas intensas e determinar o valor da intensidade
da chuva do projeto ( i ).
Com esses valores de:

É possível calcular o valor da vazão de cheia através da formula do

Q = K . C . i . AD , ou ainda, Q = C . i . A

Você também pode gostar