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Introdução ao Direito Fiscal

FISCALIDADE

Lei n.º 03/14, de 21 de Outubro


INTRODUÇÃO A FISCALIDADE

Fiscalidade é um processo que visa garantir a arrecadação de receitas por parte do


estado tendo em vista a satisfação das necessidades dos cidadãos no geral.

A fiscalidade é a parte da legislação que visa prevenir, garantir e sancionar a execução e


normalidade legal determinada por um governo. Assim sendo fiscalizar é:

Prevenir que as entidades económicas cumpram com as suas obrigações legais


mediante a aplicação de politicas adequadas incluindo informações, seminários,
capacitações etc.

Garantir que as entidades económicas executem as suas obrigações legais


mediante a liquidação e recepção das receitas fiscais.

Sancionar as entidades económicas que no decorrer das actividades, não


cumpram com as suas obrigações fiscais.
IMPOSTO

IMPOSTOS são prestações monetárias ou em espécies, de caracter obrigatório e não


retroativas de forma directa, pagas pelos cidadãos ao estado, no sentido de garantir a
funcionalidade dos serviços públicos.

A palavra imposto deriva do latim e significa o passado da palavra impor. Assim sendo é
graças a sua característica impostora que dá o direito de sancionar as entidades que não
cumprem com as suas exigências.

Em regra geral, e na maior parte das vezes os impostos são fruto de uma base que
multiplica pela alíquota que é a percentagem ou valor fixo a ser aplicada sobre a base
para encontrar o justo valor do imposto a pagar.

Os impostos são as principais formas de financiamento de um estado, e destinam-se


ao bem comum como segurança, saúde, educação, etc., sem caracter de retribuição
direta ou equitativa aos cidadãos.
PROPORCIONALIDADE DOS IMPOSTOS

Com base na Justiça tributária, os impostos devem ser proporcionais e equitativos


baseando-se sempre alíquota e na incidência dos mesmos. Assim sendo os impostos podem
ser:

Regressivo – Quando a taxa efectiva de imposto diminui a medida que a base tributária
aumenta. Neste tipo de proporcionalidade os maiores rendimentos tem uma certa redução
em detrimento dos menores rendimentos.

Proporcional – Quando a taxa efeciva mantem enquanto a base tributarias aumenta ou


diminui. Este método gera uma equidade do ponto de vista percentual.

Progressivo – Quando a taxa efectiva de imposto aumenta a medida que a base


tributaria aumenta. Gerando mais impostos para os que rendem mais e menos impostos
para os que rendem menos. Como é o caso do escalão do IRT por conta de outrem.
TIPOS DE IMPOSTOS

Os impostos podem incidir ao agentes económicos de diversas formas, sendo que o seu
impacto pode ser tido de forma directo ou indirecta. Neste sentido os impostos
independentemente da sua natureza jurídica podem ser:

Impostos Directo - Incide sobre o bem ou serviço de forma separada, sem afectar ou
criar sobrevalor ao original. Geralmente tem as bases como um trampolim de confirmação
e determinação.

Impostos Indirectos - está incluído no bem ou serviço e acresce valor ao mesmo.


Geralmente acontecem nos trespasses quer sejam de forma onerosa ou gratuita, desde
que afetem o principal.

Ex: um imposto sobre a venda de um bem é considerado indireto, e o imposto


sobre a posse ou propriedade do mesmo bem é direto.
INCIDÊNCIA DOS IMPOSTOS

Os impostos estão representados também de acordo a natureza da base sobre a qual


incide a alíquota, e geralmente apresentam características e taxas diferenciadas nos
subgrupos e afetação aos contribuinte. Assim sendo os impostos subdividem-se em:

Incidência Sobre o Rendimento – Quando a base aplica-se sobre actividads de


rendimento como é o caso do Imposto de Rendimento do Trabalho, Imposto Industrial,
Imposto sobre aplicação de capitais, etc.

Incidência Sobre o Património – Quando a base aplica-se sobre propriedades e


património como é o caso do SISA, Imposto Predial Urbano etc.

Incidência Sobre o Consumo – Quando a base aplica-se sobre o consumo de bens e


serviços como é o caso do Imposto sobre o valor acrescentado, Imposto de consumo.

Incidência Sobre as Despesas – Quando a base aplica-se sobre as despesas suportadas


pelas entidades, como é o caso do imposto de selo.
PRINCIPAIS IMPOSTOS EXISTENTES EM ANGOLA
Embora alguns académicos concordam que deveria existir apenas um único imposto, que
representasse todos, no sentido de minimizar o esforço extra suportado pelos
contribuintes e garantir maior celeridade nos processos tributários, a desagregação, trás
uma maior transparência aos contribuinte, embora haja burocracia no processo.

Os principais impostos existentes em Angola São:

Imposto de Rendimento de Trabalho por conta própria


Imposto de Rendimento de Trabalho por conta de outrem
Imposto de Selo (consultar tabela dos diferentes selos existentes)
Imposto de Consumo (consultar tabela dos diferente consumos existentes)
Imposto Industrial
Imposto Predial Urbano
Imposto SISA
Imposto Produção Petróleo
Imposto Sobre a Aplicação de Capitais
JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
Sendo o imposto a principal fonte de rendimento de um estado, há sempre a necessidade
de se implementar politicas que sensibilizem os contribuintes a participar. Por outro lado
sendo que não há uma contrapartida equitativa, deve haver pelo menos justiça no acto
contributivo.

Na maior parte das vezes as autoridades tributarias procuram encontrar a melhor


forma de subdividir de forma justa as arrecadação das receitas e por outro lado a
distribuição dos benefícios.

A utilização de percentagem na base contributiva aparenta ser uma forma justa


pois a mesma incide sobre montantes diferentes de forma equitativa, mas não
olha para a capacidade contributiva dos agentes económicos.

Um sistema é justo quando incide sobre a capacidade individual de poder pagar,


desde o mais rico ao mais pobre. Do mesmo modo a distribuição das receitas
deve ser de acordo as necessidades individuais, desde o mais rico ao mais pobre.
ISENÇÕES, BENEFICIOS E EXCEPÇÕES

O estado pode atribuir algumas isenções ou benefícios fiscais para certas entidades,
olhando sempre nos benefícios de contrapartida e ou na incapacidade dos agentes de
honrarem com as suas obrigações.

O estado também pode atribuir isenções a representações diplomáticas ou similares, desde que
haja reciprocidade e espirito de boas relações.

As isenções e benefícios devem estar pautados nos documentos, decretos, diários etc., e
estarem disponíveis ao publico no geral, respeitando a transparência dos actos.
RECONHECIMENTO, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO

Tendo como base o principio da justiça tributária, o imposto só deve ser devido, no
memento em que for certificado que o factor gerador de imposto foi determinado com
fiabilidade, e que as partes, ou pelo menos uma das partes esteja satisfeita. Assim sendo
as fazes do imposto são:

1º Ocorrência de facto patrimonial gerador de imposto;

2º Satisfação dos agentes intervenientes no facto patrimonial gerador de imposto;

3º Liquidação do imposto, baseado no facto patrimonial gerador de imposto

4º Pagamento do imposto liquidado.

5º Apresentação dos modelos anuais


OBRIGADO A TODOS PELA PRESENÇA

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