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OBJETIVO(S): Identificar a situação de um navio encalhado
quanto a sua estabilidade e os procedimentos para o
desencalhe.
Pontos de sondagem em
navios maiores de 200
metros de comprimento
O cálculo da força de reação, ou tonelagem de encalhe (R), exercida pelo
fundo sobre o navio, pode ser determinada pela diferença entre os
deslocamentos do navio flutuando e encalhado. Para obtenção deste
último, leva-se em consideração o calado médio após o encalhe, corrigido
para o trim.
Os efeitos de um encalhe na estabilidade do navio dependem da natureza desse
encalhe. Se o navio encalhar em uma superfície plana e paralela ao nível do fundo
do navio a estabilidade em princípio não é muito afetada, não pelo menos enquanto
o navio permanecer encalhado. Porém, se o navio encalhar em um fundo irregular,
com possibilidades de se manter livre para adernar ou variar o compasso, a
estabilidade pode ser seriamente afetada.
Considerando o encalhe na preamar ou
maré de vazante, é necessário prever as
consequências que podem ocorrer
quando a maré baixar de um valor “d”
centímetros. Entre elas podemos citar:
a) a pressão no ponto de apoio;
b) a diminuição da estabilidade; e
c) água aberta.
A diminuição nos calados (dTK) é equivalente a descarga de um peso igual à reação
em R no ponto A de encalhe, o que corresponde a se deslocar o centro de gravidade de
G para G1 (carga descarregada abaixo do centro de gravidade eleva o G) de uma
distância GG1 igual a :
GG1 = (w . d) / (W – w)
Outra maneira de se determinar a tonelagem de encalhe é multiplicando a variação
de calado (em polegadas) pelo valor de TPI, que pode ser obtido pela fórmula:
TPI = BL / 600
B = boca do navio (polegadas);
L = comprimento do navio (pés).
A fórmula acima é aplicável a navios de linhas finas, como cruzadores e
contratorpedeiros. Para navios de linhas moderadas como os cargueiros, o valor de
TPI obtido deve ser acrescido de 10%. Para navios com grande coeficiente de
bloco, acrescer 20%.
ESTABILIDADE DO NAVIO ENCALHADO
Ao estudarmos a estabilidade de um navio encalhado, devemos fazê-lo supondo
que um peso localizado sobre a quilha, no ponto de contato com o fundo e de valor
igual à tonelagem de encalhe, foi removido de bordo. Haverá uma redução de
estabilidade motivada pela elevação virtual do centro de gravidade, e ocorrerá
também mudança de posição do metacentro. Quando o navio for desencalhado,
comportar-se-á como se o centro de gravidade estivesse na sua posição original G
antes do encalhe.
O desenvolvimento virtual do centro de gravidade é expresso por:
GG1 = R x KG / W - R
GG1 = subida virtual do centro de gravidade (pés)
R = reação do solo (tonelagem de encalhe) (ton)
KG = altura do centro de gravidade em relação à quilha, antes do encalhe (pés)
W = deslocamento do navio antes da avaria (ton)
Se o ponto de contato for em uma das extremidades do navio, ter-se-á um trim
equivalente à remoção, nesse ponto, de um número de toneladas igual às
encalhadas, cujo valor poderá ser calculado pelo ábaco desde que se conheçam: o
comprimento do navio (L); a distância do centro de flutuação ao ponto de encalhe
(d); a variação de calado AV (D); e o valor de TPI.
G1M1=GM+/-MM1-GG1
TPI = BL / 600
onde:
B = boca do navio (polegadas);
L = comprimento do navio (pés).
A fórmula acima é aplicável a navios de linhas finas, como cruzadores
e contratorpedeiros. Para navios de linhas moderadas como os
cargueiros, o valor de TPI obtido deve ser acrescido de 10%. Para
navios com grande coeficiente de bloco, acrescer 20%.
ENCALHE E DESENCALHE
VARIAÇÃO DA FORÇA DE REAÇÃO COM A MARÉ
Quando o navio encalha na maré alta, a força de reação sobre o seu casco aumenta
até um valor máximo, que ocorre por ocasião da baixa-mar. A variação dessa força
de reação pode ser obtida pela fórmula:
VR = DF
((1/TPI) + (d² / (MTI . L))
VR = variação da força de reação (ton)
DF = diferença de maré (polegadas)
d = distância do ponto de encalhe à seção mestra (pés)
MTI = momento para alterar o trim de uma polegada (ton. pé/pol).
L = comprimento do navio (pé)
MTI = toneladas por polegadas de imersão (ton/pol)
ENCALHE E DESENCALHE
VR = DF
((1/TPI) + (d² / (MTI . L))
ENCALHE E DESENCALHE
ESTABILIDADE DO NAVIO ENCALHADO
Ao estudarmos a estabilidade de um navio encalhado, devemos fazê-lo supondo que
um peso localizado sobre a quilha, no ponto de contato com o fundo e de valor igual
à tonelagem de encalhe, foi removido de bordo. Haverá uma redução de
estabilidade motivada pela elevação virtual do centro de gravidade, e ocorrerá
também mudança de posição do metacentro. Quando o navio for desencalhado,
comportar-se-á como se o centro de gravidade estivesse na sua posição original G
antes do encalhe. O desenvolvimento virtual do centro de gravidade é expresso por:
GG1 = R x KG
W–R
GG1 = subida virtual do centro de gravidade (pés)
R = reação do solo (tonelagem de encalhe) (ton)
KG = altura de G em relação à quilha, antes do encalhe (pés)
W = deslocamento do navio antes da avaria (ton)
ENCALHE E DESENCALHE
O deslocamento do metacentro (MM1) poderá ser calculado pelas curvas
hidrostáticas, determinando-se os valores KM e KM1 antes e após o encalhe, e
subtraindo-se os resultados. A altura metacêntrica do navio encalhado será:
G1 M1 = GM ± MM1 - GG1
Se o ponto de contato for em uma das extremidades do navio, ter-se-á um trim
equivalente à remoção, nesse ponto, de um número de toneladas igual às
encalhadas, cujo valor poderá ser calculado por um ábaco, desde que se
conheçam: o comprimento do navio (L); a distância do centro de flutuação ao
ponto de encalhe (d); a variação de calado AV (D); e o valor de TPI.
ENCALHE E DESENCALHE
ENCALHE E DESENCALHE
Quando o ponto de contato estiver fora do plano longitudinal, o navio tomará uma
banda correspondente à remoção de peso lateral. Se o GM calculado for negativo,
deve-se leva em conta esse efeito sobre a banda. Um navio com boca pequena,
quando encalhado pela proa, poderá virar. Se, contudo, o encalhe se verificar sobre
uma superfície uniforme e em todo o comprimento do navio, ele não deverá
adernar, mesmo que esteja com peso alto e em condições LEVE.
ENCALHE E DESENCALHE
REDUÇÃO DA FORÇA DE REAÇÃO POR MEIO DE DESLOCAMENTO OU ALTERAÇÃO
DE PESO
A variação da força de reação pode ser obtida pelo deslocamento, adição ou remoção de
peso de bordo.
permite que se determine a variação da força de reação, desde que se conheçam os
valores.
L - comprimento do navio entre perpendiculares (pés)
d - distância do centro de flutuação ao ponto de encalhe (pés)
e - peso usado para alterar a força de reação (ton)
s - distância do centro de gravidade do peso ao centro de flutuação
Os valores obtidos serão:
R1 = variação da força de reação devida à adição de peso w (ton)
R2 = variação da força de reação devida ao deslocamento do peso w (ton)
R3 = variação da força de reação devida à remoção do peso w (ton)
ENCALHE E DESENCALHE