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LEGIONELLA

FORMANDOS:

SANDRA RAMIREZ

JOSÉ ANTÓNIO FUGETT

ROSA PEREIRA

RITA DIAS
O QUE É A LEGIONELLA PNEUMOPHILA?

• Legionella é uma infeção respiratória bacteriana


grave originada pela bactéria Legionella
Pneumophila, que provoca pneumonias,
potencialmente mortais.

• O nome da doença remonta ao ano de 1976,


altura em que se realizou um congresso no
Bellevue Stratford Hotel (Filadélfia), Estados
Unidos, durante o qual faleceram
inesperadamente 34 participantes e 221
contraíram uma pneumonia grave.
POTENCIADORES
DESENVOLTOS DA BACTÉRIA
• Temperatura da água entre os 20°C e 45°C
(mais predominante dos 35°C aos 45°C);

• pH entre 5 e 8;

• Humidade relativa superior a 60%;

• Zonas de reduzida circulação de água;

• Processo de corrosão ou incrustação;

• Materiais porosos (silicone/redes prediais)


potenciam o crescimento da bactéria ;
ONDE SE DESENVOLVE

• A legionella tem como habitat natural reservatórios de água


como rios, lagos, nascentes, fontes hidrotermais e solos
húmidos;

• A bactéria pode ser igualmente encontrada em sistemas


artificiais de circulação de água como circuitos de água
quente sanitária (chuveiros), circuitos de água fria para
consumo humano, rega por aspersão, filtros de aparelhos de
ar condicionado e suas condutas, sistemas de refrigeração,
desumidificadores, nebulizadores e fontes decorativas;
FORMAS DE TRANSMISSÃO
• Ocorre por inalação (via respiratória) de
aerossóis contaminados pela bactéria;

• Através da inalação de gotículas de águas


contaminadas com a bactéria;

• Não é transmissível por ingestão de água


contaminada ou de pessoa para pessoa;
INCUBAÇÃO

• O período de incubação varia entre 2


a 10 dias e, a nível geral, decorridos
cerca de 5 a 6 dias depois de se
terem inalado as bactérias presentes
nas gotículas de água podem surgir
os primeiros sintomas.
DIAGNÓSTICO

• O exame laboratorial mais comum é a deteção de


constituintes da bactéria numa amostra de urina (antigénica)
através de anticorpos específicos.

• Teste sanguíneo;

• Radiografia pulmonar para confirmação de pneumonia, em


doente legionário.
EFEITOS/CONSEQUÊNCIAS

• Alojar-se nos pulmões,

• Pode provocar uma pneumonia


grave, também conhecida como
doença dos legionários.
SINTOMAS

• Os sintomas provocados pela legionella são


semelhantes aos de uma gripe forte, sendo os
mais comuns febre alta, tosse, expetoração
hemorrágica (eventualmente com sangue),
diarreia, vómitos, dores de cabeça e
musculares, arrepios, confusão mental e
dificuldade respiratória.
• A legionella pode provocar o aparecimento de uma
outra forma clínica (rara), conhecida por ‘ Febre de
Pontiac’, uma infeção que se caracteriza pelo
desenvolvimento de um quadro clínico semelhante ao
anterior mas com menor intensidade. Esta forma de
infeção por legionella é mais ligeira, não levando à
pneumonia ou acarretando complicações.
PREVENÇÃO
• A legionella é capaz de sobreviver por
longos períodos de tempo em condições
ambientais hostis;

• O ser humano corre um risco maior de


ser exposto a este agente;

• Não é uma bactéria fácil de prevenir;

• É importante a revisão periódica dos


sistemas de água;

• Dos sistemas de refrigeração dos edifícios;

• Todos os locais possíveis de foco infecioso;


UTILIZAÇÃO DE EPI

• Os EPI devem proporcionar proteção adequada aos profissionais de saúde;

• Luvas adequadas ao utilizador e ao procedimento a que se destinam;

• Avental e/ou Batas de manga comprida;

• Proteção ocular/ facial (óculos ou máscara com viseira) quando existe risco de projeção de
salpicos de fluidos orgânicos e sempre durante procedimentos geradores de aerossóis (ex:
entubações traqueais, endoscopias brônquicas);

• Touca devidamente ajustada de forma a cobrir todo o cabelo;

• Procedimento asséptico (ex: colocação de cateter vascular central); substituída/eliminada entre sessões ou, se estiver
contaminada com fluidos orgânicos.

• Quando estamos a menos de um metro de distancia do paciente;


GRUPOS DE RISCO
• Nem todos os indivíduos expostos à bactéria desenvolvem a
doença.

• O sistema imunitário dos indivíduos saudáveis pode,


eventualmente, combater a bactéria e não desenvolver infeção;

• O problema mais grave coloca-se, quando os indivíduos


debilitados (com sistema imunológico enfraquecido), entram • Doentes sujeitos a tratamentos de quimioterapia ou
em contacto com a bactéria e desenvolvem a infeção; com corticoides, doentes com patologia respiratória
crónica, asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva
Crónica), idosos, correm risco elevado, uma vez
contactando com a bactéria, desenvolvem quadros
de tal forma graves de pneumonia, que podem
conduzir à morte.

• Sendo extremamente rara em crianças e


adolescentes abaixo dos 20 anos, a doença afeta
sobretudo indivíduos do sexo masculino, fumadores e
• A taxa de mortalidade varia entre os 5 e 15% pessoas acima dos 30 anos.
Tratamento

• O tratamento faz-se através da administração


de antibióticos.

• A terapêutica deve ser iniciada assim que haja


suspeita de infeção, de forma empírica e
ajustada consoante o resultado dos exames.
Limpeza e desinfeção

• Torres de arrefecimento;

• Condensadores evaporativos;

• Humidificadores e sistemas de ar condicionado;

• Tubagem de recirculação;

• Permutador de calor;

• Tanques de fornecimento de águas…

• Devem ser periodicamente limpos e desinfetados com clorexidina

Clorexidina:
• Anti-séptico químico, com ação antifúngica e bactericida, capaz de eliminar bactérias gram-positivas e gram-negativas.
• Possui ação bacteriostática, inibindo a proliferação bacteriana.
Áreas criticas
• Unidade de lavagem/
• Bloco operatório
desinfeção/esterilização

• Espaços delicados
onde existe alto risco
• Endoscopia digestiva de infeção, tais como: • Sala de diálise
Áreas semi-críticas

• Unidade de oncologia • Morgue

• Internamento/urgência

• Laboratórios • Cozinha
de analises
Áreas não críticas:

• Serviços administrativos • Armazém de roupa

• Vestiários • Lavandaria
ÁREAS INTERVENIENTES

• A distribuição correta dessas áreas é um procedimento fundamental no


projeto e construção dos centros hospitalares;

• Cada um destes espaços, deve estar devidamente identificado e


estruturado;

• A classificação dos mesmos é obrigatória, evitando ameaças de contágio e


entradas indesejadas. Além disso, as salas de alta devem estar isoladas ou
afastadas de outras menos propensas.
Zona potencialmente contaminada

• Inalação

Colonização orofaríngea
e microaspiração
O ABC DO CONTROLO DA
Legionella
NO MEIO HOSPITALAR Desinfeção
das
águas
Design e sanitárias
Vigilância manutenção
clínica das
instalações

Vigilância
ambiental
Qualidade dos serviços (Públicos)

• No Sistema Público, a saúde está relacionada a condições de vida , sejam elas econômicas ou sejam sociais;
• O Público organiza-se a partir de princípios – universalidade, integralidade e equidade;
• O sistema Público tem como princípio, a equidade, isto é, trata de forma diferente os "diferentes", para atingir a
universalidade e a integralidade;
• Enfermarias conjuntas;
• Em caso de surto/ emergência capacidade de resposta
mais eficaz e imediata…
Qualidade dos serviços (Privados)

• No Privado, a doença é entendida como uma mercadoria/ “comércio”


• O Privado seleciona e segmenta a clientela;
• No sistema Privado, os direitos dependem do poder aquisitivo, capacidade
económica;
• Quartos particulares, mais confortáveis, com direito a acompanhante;
• Ao selecionar e segmentar os pacientes, os privados têm um menor tempo de
espera que para consultas, exames e/ou cirurgias;
• Capacidade de resposta mais rápida;
Meio hospitalar

• Quem se encontra hospitalizado, apresenta alguma fragilidade,


seja ela inspiradora de cuidados mais ou menos relevante;

• Um paciente hospitalizado ou por si só estando de passagem pelas


urgências, tem que se cingir as “comodidades” que lhe são
facultadas;

• Quartos de banhos partilhados,

• Os valores das taxas são de importância reduzida


Meio hoteleiro

• Num hotel, o cliente está hospedado por lazer ou profissionalmente,


qualquer uma das circunstancias é mais confortável do que estar hospitalizado.

• Tem opção de escolha, paga por todas as comodidades que lhe são
postas a disposição, quer seja um simples quarto, quer seja uma suite com
jacúzi e todas as comodidades inerentes a um Hotel de luxo.

• Tudo isto tem um preço e o cliente estará disposto a pagar…

• A alimentação é mais cuidada.


Protocolo de Comunicação

• Paços a seguir para comunicar ao paciente/familiar o estado de saúde fragilizado


INFORMAÇÃO ADICIONAL

• Instituto Ricardo Jorge promove nos dias 19 e 20 de dezembro, nas


suas instalações em Lisboa, um curso sobre deteção, identificação
e quantificação de Legionella species em amostras de água por
métodos de biologia molecular, mais especificamente PCR em
Tempo Real. A iniciativa tem como destinatários técnicos de
laboratório, professores e investigadores, empresas e profissionais
na área da Saúde Pública interessados na temática.

• O método cultural de pesquisa é o mais utilizado para


detetar Legionella species em amostras ambientais. Contudo, a
bactéria pode encontrar-se em concentrações muito baixas ou em
formas não cultiváveis, não sendo possível a sua deteção através
deste método, pelo que se torna assim indispensável a utilização de
métodos de biologia molecular que, além de fornecerem uma
resposta mais rápida, podem também detetar bactérias viáveis mas
não cultiváveis.
Bibliografia

• https://www.seisamed.com/como-se-distribuyen-las-areas-criticas-
de-un-hospital
• http://www.alagoas24horas.com.br/504515/medicos-treinam-para-
dar-noticias-ruins-para-pacientes-e-familiares/

• http://redehumanizasus.net/83764-as-diferencas-no-sistema-de-
saude-publico-e-privado/

• http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cadernos_tematicos/4/
frames/fr_pesquisa.aspx

• https://www.sns.gov.pt/noticias/2018/11/30/legionella-species/

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