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DISNEY

Onde
Os Sonhos
Se
Tornam
Possíveis...
Por muito pouco,
Walt Disney não deu com o
queixo no fundo do poço em
meados da década de 30.
Depois de faturar alto criando
desenhos animados que
precediam os filmes de
Hollywood nos cinemas, o jovem
de 30 e poucos anos resolveu
apostar todas as suas fichas em
algo totalmente inovador, que
envolveria tecnologias nunca
antes usadas...
Apesar de ser chamado de louco por 99%
da imprensa e de seus colegas, Disney
estava decidido a criar o primeiro longa-
metragem comercial totalmente animado.
Quebrou no meio do caminho, pediu
socorro ao Bank of America e, por fim,
lançou Branca de Neve e os Sete Anões em
fevereiro de 1938, depois de três anos de
produção.
O filme faturou US$ 8 milhões em um ano
(cerca de US$ 100 milhões em dinheiro de
hoje)
e rendeu oito Oscars a seu criador –
um em tamanho convencional e sete
menores, um para cada anão.
Poucos personagens da história
do empreendedorismo americano
são tão fascinantes quanto
Walter Elias Disney (1901-1966).
Além de seu impressionante
talento, ele foi um visionário
como poucos. Vários dos
fundamentos tão perseguidos
pelas mentes mais sagazes do
século 21 estavam no DNA do
empresário nascido em Chicago.
Mas a grandeza de toda a idéia foi
sumindo do código genético de seus
executivos depois de sua morte.
Os parques temáticos
-a Disneyworld, em Orlando, Flórida, foi o
último empreendimento tocado por Walt -
viveram seu momento de glória nos anos
70 e 80, mas derraparam ao chegar à
Europa e ao Japão.
Nos cinemas, a supremacia continuou ao
longo dos anos, mas o gosto de novidade
só voltou a aparecer em 1995. O problema
é que a idéia de gênio não nasceu nos
corredores da empresa.
Naquele ano, a Disney tornou-se a
distribuidora dos filmes criados por um
pequeno estúdio de animação digital.
O primeiro lançamento chegou sem
fazer muito alarde aos cinemas,
uma fantasia sobre um grupo de
brinquedos que ganha vida quando não
há humanos por perto, liderado por um
caubói de pano e um astronauta de
plástico...
Toy Story tornou-se um marco, a
primeira animação em 3-D
totalmente feita em
computadores, com faturamento
de US$ 362 milhões em todo o
mundo.
O futuro havia chegado.
Porém a Disney funcionava
apenas como um mero vetor,
enquanto a Pixar - aquele
pequeno estúdio de animação
digital do meio do parágrafo -
ganhava o mundo.
À frente de todo esse
processo,
despontam duas criaturas
muito peculiares...
JOHN
LASSETER
Dizer que o computador cria a animação é como
dizer que a caneta escreve o livro."
STEVE
(ELE MESMO!)
JOBS
“Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade,
o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: isto é
óbvio. Por que não pensei nisso antes?
A certidão de nascimento de John
Lasseter é, no mínimo, premonitória.
Nascido em 12 de janeiro de 1957, em
Hollywood, Califórnia, ele parecia
fadado a tornar-se um dos maiores
nomes da indústria do entretenimento.
Filho de um gerente de uma loja de
automóveis e de uma professora de
arte, Lasseter cresceu em Los Angeles.
Depois de concluir a high school (o
nosso ensino médio) no California
Institute of Arts, ele foi bater às portas
da Disney cheio de expectativas.
Mas o garoto que sonhava ser
animador acabou como monitor da
Disneylândia, mais precisamente na
atração Jungle Cruise.
Sorte que o calvário durou pouco e
logo Lasseter estava à frente de uma
prancheta.
Já em seu segundo trabalho na
Disney, mostrou do que era capaz ao
misturar cinema convencional e
animação digital.
Tron (1982) marcou época e virou
um clássico instantâneo.
O agora diretor logo foi posto à frente
de um novo projeto, mas o passo foi
maior que a perna. Lasseter empolgou-
se demais, cometeu erros estratégicos
demais (dos quais ele detesta lembrar)
e acabou demitido.
Encontrou refúgio na Industrial Light &
Magic (ILM), empresa de efeitos visuais
de George Lucas.
Lá, desenvolveu seu primeiro curta
totalmente digital, The Adventures of
André and Wally B., que logo apareceu
piscando nos radares de Steve Jobs.
A Pixar Animation nasceu do casamento
entre os dois.
Nada mais lógico, afinal.
Qual a melhor maneira para mostrar as
funcionalidades de um software de animação
em 3-D para clientes em potencial? Exibindo
filmes feitos com ele, claro.
Mas o que fazer se não há viva alma
produzindo animação dessa maneira?
E exatamente nesse ponto o talento de John
Lasseter fez toda a diferença. Seu primeiro
curta na Pixar, Tin Toy, faturou o Oscar da
categoria.
E, exatamente quando Toy Story estava para
ser lançado, a parceria com a Disney virou
realidade.
Desde então, a lista de sucessos impressiona.
Além de ter se tornado sinônimo de inovação,
celeiro de cabeças privilegiadas localizado no
norte da Califórnia, o estúdio produziu sete
filmes (Ratatouille, lançado em 6 de julho
2007, não entra na conta) que renderam
incríveis U$ 3,7 bilhões nos cinemas de todo
o planeta e exatas duas dezenas de Oscars.
1998>>> 1995>>>Toy Story
Vida de Inseto >>> US$ 362 milhões
>>> US$ 363
milhões 1999>>>Toy Story 2
>>> US$ 485 milhões

2001>>> 2006>>>
Monstros S.A. Carros
>>> US$ 525 >>> US$ 462
milhões milhões

2003>>>
Procurando Nemo
2004>>> >>> US$ 864 milhões
Os Incríveis
>>> US$ 631
milhões
Hoje, a Pixar está à frente de uma tendência
crescente na indústria cinematográfica.
Três das dez maiores bilheterias de 2006 foram
animações - A Era do Gelo 2, Carros e Happy
Feet.
E os números de 2008/2009 prometem.
Shrek Terceiro tornou-se a animação
mais bem-sucedida da história, com US$ 120
milhões arrecadados em seu final de semana de
estréia nos Estados Unidos.
Em comum, todos esses filmes trazem o apelo
familiar "para todas as idades".
E aí está o pulo-do-gato que faz Hollywood
prosperar, apesar da pirataria
e dos “bit torrents” da vida.
Neste século 21, passar duas horas numa sala
escura continua um programa tão interessante
quanto nos anos 50.
Se você puder dividir esse prazer com seus
filhos, tanto melhor.
Enquanto a indústria fonográfica chora sobre o
próprio cadáver, os homens da tela grande
riem à toa.
Principalmente os que estão à frente dos
estúdios de animação.
Hoje, empresas como Dreamworks e Blue Sky
são quase tão importantes quanto Fox ou
Warner.
A grande notícia dos últimos tempos dentro do
segmento surgiu em janeiro de 2006.
Com o final iminente de sua parceria com a
Pixar, a Disney virou a mesa.
Comprou o estúdio por US$ 7,4 bilhões e
entregou o cargo de principal executivo de
criação de todo o grupo a John Lasseter.
Enquanto isso, Steve Jobs tornou-se o indivíduo
com mais ações da Walt Disney Company.
Exatos 7%.
O impacto da transação foi excelente para a
Disney.
De paquiderme estacionado no tempo e no
espaço, ela passou a ser considerada uma das
dez mais inovadoras companhias do mundo.
John Lasseter
é exageradamente
comparado a Walt
Disney –
mas há semelhanças,
sim, na carreira dos dois
criadores...
1928>>>Walt Disney e
Ub Iwerks criam o 1979>>>Tão logo
ratinho Mickey. termina a faculdade
Ele aparece pela (na foto), ele é aceito
primeira vez no desenho como estagiário no
animado Steamboat recém-inaugurado
Willie, pioneiro no uso departamento de
de trilha sonora. animação gráfica dos
Estúdios Disney.

1937>>>Branca de 1988>>>Contratado
Neve e os Sete Anões pela Pixar, cria a
é o primeiro longa de irreverente lâmpada
animação da história Luxo Jr., espécie de
do cinema. Em um Mickey da empresa
único ano rende US$ 8 de Steve Jobs.
milhões nos Estados A Luxo é o ícone da
Unidos. companhia

1995>>>Já
1955>>>Nasce a pela Pixar,
Disneylândia, o pai dirige o
de todos os parques primeiro longa-
de diversões, em metragem da
Anaheim, no estado história
da Califórnia. totalmente
O custo: US$ 17 produzido em
milhões computador,
Toy Story,
vencedor do
Oscar
Segundo levantamento anual feito pelo Boston
Consulting Group,
a corporação saltou do 46º lugar no ranking
em 2006 para o 8º em 2007, o maior pulo da
lista.
O faturamento da empresa, no ano passado,
foi de US$ 31,9 bilhões.
A nova etapa foi celebrada em janeiro passado
com pompa e circunstância,
em anúncios com personalidades como
Scarlett Johansson na pele de Cinderela e
David Beckham como o Príncipe Encantado,
Gisele Bundchen como Wendy,entre outras
celebridades em fotos feitas por
Annie Leibovitz.
Todos os funcionários do estúdio, sem
exceção, comungam do espírito
enriquecedor do lugar. Esqueça sua
cinzenta estação de trabalho e as lâmpadas
fluorescentes sobre sua cabeça.
Na Pixar, você pode ambientar seu espaço
como bem entender.
Paredes coloridas, lava lamps (aquele
abajur psicodélico), ukeleles (tipo de
cavaquinho havaiano), brinquedos e
bonecos os mais variados estão espalhados
pelas mesas de trabalho.
Quer decorar sua sala como se fosse uma
cabana do Velho Oeste?
Vá fundo.
Quem carrega o crachá da
empresa tem o privilégio de
freqüentar os cursos da
Universidade Pixar.
Localizada num prédio ao
lado dos escritórios,
promove cursos de
especialização de todo tipo,
de técnicas de animação de
última geração à cultura dos
nativos norte-americanos.
Quadras esportivas,
piscinas
e até mesmo um pequeno
anfiteatro estão sempre à
disposição de todos.
Apesar das partidas de minigolfe pelos
corredores,
das bermudas e dos torneios de aviões de
papel,
todos sabem que o trabalho ali é duro.
O comprometimento total
-leia-se qualidade e cumprimento de prazos
à risca –
é o que importa.
O espírito de Walt Disney não passa de uma
vaga lembrança nos corredores da Pixar.
Sua personalidade complexa e polêmica
literalmente é coisa do passado.
Dedicou sua vida às crianças, mas foi acusado
de ser simpatizante do nazismo e de bater na
própria mulher.
Seu lema ainda continua a ser aplicado no dia-a-
dia de todos.
"Você está morto se tentar conquistar apenas as
crianças.
No fundo, adultos são só crianças crescidas."

Lições de mestres estão aí para ser seguidas.


Para promover a Disneylândia
e a campanha mundial Year of a
Million Dreams (Ano do Milhão de
Sonhos),
a Disney lançou em março uma
ousada campanha de divulgação
recorrendo aos talentos da
renomada fotógrafa Annie Leibovitz
AAbela
belaeefera
fera

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