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hAbscessos do periodonto;
hPeriodontite associada com lesão endodôntica;
hDoenças periodontais necrosantes.
Abscessos do periodonto

hCom base na localização,são subdivididos em gengivais, periodontais


e pericoronários( pericoronarites).

hNo tratamento a primeira etapa,geralmente de caráter de urgência, é


feita a descontaminação local pro meio da drenagem da coleção purulen-
ta.

hSubsequentemente, a instrumentação periodontal com ou sem acesso


cirúrgico, seguido de um meticuloso controle do biofilme dental.

hDeve-se avaliar a real necessidade de antibioticoterapia no caso dos


abscessos em fase inicial, quando ainda não é constatada a presença de
sinais de disseminação local ou manifestações sistêmicas do processo
infeccioso ( dificuldade de abertura da boca, linfadenite e febre).
÷rotocolo farmacológico complementar à drenagem cirúrgica
hMedicação pré-operatoria: Quando houver indicação do uso de antibióticos,
deve-se considerar que a microbiota presente nos abcessos periodontais inclui os
p  pdo gupo  
p e bactérias anaeróbias estritas gram-negativas. Isto
dá suporte ao uso da amoxicilina,iniciando o tratamento com uma dose de 1g, 45
minutos antes da drenagem. ÷ara os alérgicos às penincilinas,prescrever azitromi-
cina 1g ou clindamicina 600mg.

hSedação consciente: Em função do tipo e tempo de duração do procedimento e


das condições emocionais do paciente, usar midazolam ( 7,5 ou 15mg ), por via
oral, administrado concomitantemente com a medicação antimicrobiana.

hAnti-sepsia intrabucal: Bochecho por parte do paciente de 15ml de solução aquo-


sa de digluconato de clorexidina 0,2% por 1 minuto.

hAnti-sepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%.

hAnestesia local: Lidocaína ou mepivacaína 2% ou articaína 4%, associadas a epi-


nefrina 1:100.000. Em contra indicação de epinefrina, solução de prilocaína 3%
com felipressina. Intervenções prolongadas com bloqueios regionais na mandíbu-
la,uso da bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:20.000, que propicia maior tempo de
duração da anestesia e maior grau de analgesia pós-operatória.
Medicação pós-operatória

hAmoxicilina 500mg a cada 8h. ÷ara pacientes alérgicos às penincilinas, azitromi-


cina 500mg a cada 24 horas ou clindamicina 300mg a cada 8 horas.

h÷rescrição das doses de manutenção deve ser feita inicialmente por um período
de 3 dias.

hReavaliar o quadro antes de 72 horas de tratamento e com base na anamnese e


no exame físico, decidir pela manutenção ou não da terapia antibiótica.

h ÷ara controle da dor após a drenagem dos abscessos, administrar uma dose de
dipirona sódica 500mg ou paracetamol 750mg, logo após a intervenção.

hDoses de manutenção com intervalos de 4 horas para dipirona e 6h para parace-


tamol, por um período de 24h pós-operatórias, caso persista a dor.
÷eriodontite severa, com formação de abscesso periodontal
÷eriodontite associada com lesão endodôntica

h÷ouco ainda se sabe dos efeitos da doença periodontal sobre a polpa.

hDiagnóstico simples,desde que se tenha acesso a informações e imagens


radiográficas de um determinado período de tempo, que permitam avaliar
a evolução do quadro.

TRATAMENTO:

hO tratamento endodôntico convencional, associado à terapia periodontal


básica, pode restaurar a função nos casos de severa perda dos tecidos de
sustentação que ocorrem nas lesões endopério.

hA terapia medicamentosa não traz uma grande contribuição para a resolu-


ção do problema, a não ser que o processo infeccioso apresente sinais de
disseminação local,quando o uso de antimicrobianos pode ser considerado,
empregando-se o mesmo protocolo indicado no tratamento dos abscessos
periodontais.
Doenças periodontais necrosantes

hGUN ( gengivite ulcerativa necrosante) ± doença infecciosa aguda, sua instala-


ção é repentina e apresenta curta duração,caracterizada pela ulceração e necro-
se da margem gengival e destruição das papilas interdentais.Acomete mais os
adultos jovens.

hAs bactérias mais frequentes são as espiroquetas,bacilos fusiformes e espéci-


es como a ÷  
e o  
 
.

hO estresse, diminuição da quimiotaxia de neutrófilos, consumo de álcool,taba-


gismo, higiene oral deficiente e má nutrição podem ser considerados fatores
predisponentes secundários da GUN, pois propiciam condições adequadas pa-
ra a proliferação de bactérias.

hA GUN não é considerada uma doença transmissível em humanos.


Características clínicas da GUNÔ

hNecrose papilar e ulceração nas pontas da papilas interdentais;

hFormação de pseudomembrana de cor amarelo-acinzentada;

hTendência a sangramento gengival espontâneo;

hDor gengival intensa;

hMal-estar;

hFebre;

hLinfadenite;

hHálito fétido.
Gengivite ulceratica necrosante
÷UN ( ÷eriodontite Ulcerativa Necrosante)

hAfeta cerca de 2 a 6% de pacientes com HIV;

hCaracterizada pela destruição rápida e generalizada do periodonto de inserção


e osso alveolar;

hApresenta dor severa,sangramento gengival espontâneo,necrose de tecido mole


e rápida destruição do ligamento periodontal.

hGeralmente acarreta a perda dos elementos dentários.


Tratamento

Os aspectos do tratamento da GUN e da ÷UN são semelhantes:

hAnestesia local infiltrativa submucosa;

hRemoção dos depósitos grosseiros de placa e cálculo pela instrumentação


suave e cuidadosa das áreas envolvidas,limitando-a até o limite de tolerãncia do
paciente.

hAté quando possível a instrumentação deve ser supra e subgengival.

h÷ode-se utilizar o ultra-som com irrigação abundante.

hApós a instrumentação,irrigar com solução fisiológica(cloreto de sódio 0,9%), pa-


ra a remoção de coágulos e outros detritos.

h÷rescrever bochechos com 15ml de uma solução de digluconato de clorexidina a


0,12%, não diluída, a cada 12 horas, por uma semana.
hReforçar a orientação quanto aos cuidados para controle de placa dental.

h÷rescrever dipirona sódica 500mg ou paracetamol 750mg para aliviar a dor,


com intervalos de 4 ou 6 horas, pelo período de 24 horas.

hAgendar uma consulta de retorno após 24 ou 48 horas.


Doenças periodontais crônicas

hO principal objetivo do tratamento é modificar a microbiota subgengival presente


nos sítios comprometidos pela doença.

hA raspagem e alisamento radicular, combinada ou não com cirurgia, constitui-se


na base da terapia.

hO uso de antibióticos é questionado, onde alguns autores os indicam apenas nos


casos em que certos patógenos escapam da ação da instrumentação mecânica,
por sua habilidade de atingir superfícies anatômicas inacessíveis aos instrumen-
tos periodontais.

hOutro argumento fala que apenas 4 a 8% dos pacientes portadores de doenças


periodontais crônicas respondem mal à terapia convencional, sendo assim, o uso
racional de antibióticos pode se constituir num adequado complemento terapêuti-
co.
hDe acordo com a AA÷ (    
   
 os antibióticos
devem ser considerados como adjuntos dos procedimentos de ordem local no
tratamento das doenças periodontais crônicas.

O seguinte protocolo sintetiza as recomendações práticas da AA÷;

hA terapia periodontal inicial deve incluir debriamento mecânico radicular, seguido


por cirurgia de acesso se necessária.

hOs antibióticos podem ser prescritos com base na necessidade de futuros trata-
mentos clínicos,nos achados dos testes microbiológicos, no estado sistêmico
atual e na medicação de uso contínuo que o paciente faz uso.

hA resposta clínica deve ser avaliada 1 a 3 meses após o término da terapia mecâ-
nica. Se a doença periodontal aparenta progredir ou a inflamação não for resolvida,
um exame microbiológico da microbiota subgengival pode ajudar a determinar a
presença e a quantidade de patógenos periodontais remanescentes.
hSe o exame clínico indicar que está tudo em ordem, 1 a 3 meses depois da tera-
pia antibiótica sistêmica, outro teste microbiológico pode ser necessário para veri-
ficar a eliminação dos ³patógenos-alvo´ subgengivais e rastrear a presença de
possíveis microorganismos associados a superinfecções.Níveis subgengivais sig-
nificativo de espécies de ë  p 
p  p    são su-
gestivos de saúde periodontal ou doença mínima.

hApós a resolução da infecção periodontal,o paciente deve ser inserido num pro-
grama individual de manutenção. O controle de placa supragengival na fase de
tratamento de suporte da doença periodontal pode auxiliar a prevenir a recoloniza-
ção de patógenos periodontais. A recorrência da doença progressiva requer um
imediato teste microbiológico e subsequente terapia antibiótica contra os microor-
ganismos identificados.
÷eriodontites agressivas

hCaracterizadas pela presença do    p      p 


cujo tratamento é beneficiado pelo uso sistêmico de antibióticos,particularmente
nos adolescentes.

hNa terapia destas doenças inclui-se o debridamento mecânico,complementado


pelo uso de uma associação de amoxicilina e metronidazol.

hOs regimes mais comumente utilizados associam a amoxicilina 375mg ou 50mg


com o metronidazol 250mg, a cada 8h, pelo período de 7 dias.

h÷ara alérgicos ás penincilinas ou metronidazol,recomenda-se o uso da doxicicli-


na 100mg, em dose única diária,p pelo período de 14 a 21 dias.
÷eriodontite Agressiva
÷eriodontite do adulto

hO uso adjunto de antibióticos deve ser limitado somente aos pacientes que
exibem uma perda contínua do suporte periodontal.

hNão existe um protocolo padrão com relação ao uso de antibióticos no trata-


mento da periodontite do adulto,que não respondem à terapia mecânica inicial.

hCom base na AA÷, as drogas e regimes mais empregados atualmente são os se-
guintes:

Metronidazol ± 500mg a cada 8h por 8 dias


Clindamicina ± 300mg a cada 8h por 8 dias
Doxicilina ou minociclina ± 100 a 200 mg a cada 24h por 21 dias
Ciprofloxacina ± 500mg a cada 12h por 8 dias
Azitromicina ± 500mg a cada 24h por 4 a 7 dias.
Metronidazol + amoxicilina ± 250mg de cada droga, a cada 8h por 8 dias.
Metronidazol + ciprofloxacina ± 500mg de cada droga, a cada 12h por 8 dias.
O uso de doses subantimicrobianas de doxiciclina ( 20mg por dia, por um período
de 9 meses), pode acarretar algum benefício no tratamento das periodontites se-
veras nos adultos.
÷rotocolos farmacológicos para as cirurgias periodontais

- Intervenções de menor complexidade:

Cuidados pré-operatórios: remoção de cálculos grosseiros e placa dental por


meio de raspagem e aplicação de jato de bicarbonato de sódio( com o auxílio de
pedra-pomes e taxa de borracha).

Sedação consciente por meios farmacológicos:Somente em casos de ansiedade


aguda que não podem ser controlados por métodos não farmacológicos. Adminis-
trar midazolam 7,5 a 15mg ou diapezam 5 a 10 mg, 45 a 60 minutos antes do aten-
dimento.

Anti-sepsia intrabucal: Orientar ao paciente a bochechar solução aquosa de diglu-


clonato de clorexidina 0,2% por 1 minuto.

Anti-sepsia extrabucal: solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%.

Anestesia local: Lidocaína 2% ou mepivacaína 2% ou articaína 4%, associadas


à epinefrina 1:100.000. Na contra indicação de epinefrina, prilocaína 3% com feli-
pressina.
Medicação pós-operatória: Administrar dipirona sódica 500mg ou paracetamol
750mg,logo após a intervenção. Doses de manutenção com intervalos de 4h para
a dipirona e 6h para paracetamol, durante as 24h pós-operatórias.
Intervenções de maior complexidade

Envolvem maior grau de trauatismo tecidual.

Medicação pré-operatória: Administrar 4mg de dexametasona ou betametasona,


dose única, 1h antes do procedimento,para controle da hiperalgesia e controle do
edema pós operatório. Considerando o tempo de duração da cirurgia e condição
emocional do paciente,considerar sedação consciente por meio do uso de mida-
zolam( 7,5 a 15mg),via oral,administrado ao mesmo tempo do corticosteróide.

Anti-sepsia intrabucal: Bochecho de 15 ml de solução aquosa de digluconato de


clorexidina 0,2%, por 1 minuto.

Anti-sepsia extrabucal: Solução aquosa de digluconato de clorexidina 2%.

Anestesia local: Lidocaína ou mepivacaína 2% ou articaína 4%,associadas à epine-


frina 1:100.000. No caso de contra indicação à epinefrina, prilocaína 3% com feli-
pressina. Em intervenções prolongadas, bupivacaína 0,5% com epinefrina
1:200.000 , propiciando maior tempo de duração da anestesia.
Medicação pós-operatória: Dipirona sódica 500mg ou paracetamol 750mg logo
após a intervenção. Doses de manutenção com intervalos de 4h para dipirona
e 6h para paracetamol, nas 24h pós operatórias.
Conclusão

As cirurgias periodontais apresentam um baixo risco de infecção pós-operató-


ria,desde que sejam obedecidos os princípios de técnica cirúrgica e normas rí-
gidas de assepsia e anti-sepsia.

O CD deve ter um bom senso de analisar as particularidades de cada caso,como


o grau de complexidade e tempo de duração da cirurgia e o estado geral do pa-
ciente,entre outros fatores,para que possa avaliar o risco/benefício e custo/
benefício da prescrição de antibióticos de forma profilática.

Quando a profilaxia for necessária, sugere-se a administração de 1 a 2g de amo-


xicilina ou 300 a 600mg de clindamicina, aos alérgicos às penincilinas,1 hora
antes da intervenção.
Enxerto gengival,exemplo de cirurgia plástica periodontal

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