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CLÍNICA PSICANALÍTICA
Aula 01: Breve história da clinica psicanalítica
INTRODUÇÃO À PRÓXIMOS
HISTERIA PASSOS
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HISTÓRICO
Introdução à histeria
Introdução à histeria
Introdução à histeria
• Desde a antiguidade e em particular com Hipócrates a histeria já era usada para designar
transtornos nervosos em mulheres que não haviam tido gravidez.
A palavra histeria – histeros, que em grego, quer dizer útero — ao longo da história estava, por definição,
ligada de forma indissociável ao feminino e com o sexual.
Na Idade Média a histeria passou a ser definida como possessão pelo demônio.
No Século XVIII
• A loucura e a histeria perdem suas prerrogativas divinas que tiveram em toda a Idade Média e
passam a ser vistas como doenças da dimensão humana.
• A desconstrução começou com a descoberta da Lei da Gravitação Universal com os físicos Johannes
Kepler (1571-1630) e Isaac Newton (1642-1727)
(Coleção memórias da Psicanálise – Freud e o despertar do inconsciente)
Introdução à histeria
Século XIX
Charcot distinguiu a histeria da epilepsia. Ele investigava a histeria
através da hipnose.
Desenvolvimento Histórico
Paracelso — 1493-1541
• Em 1766, o vienense Mesmer afirma que a atração universal de Kepler e Newton pode ser
aplicada ao corpo e à alma humana chamando-a de “magnetismo animal”.
• A teoria da “atração universal animal” afirma que os seres vivos veiculam um “fluido universal”
que é transmitido de um corpo a outro através de um ímã e esta transmissão restabelece um
afluxo de energia permitindo sua livre circulação que estaria bloqueada em um órgão doente.
(Coleção Memórias da Psicanálise – Freud e o despertar do inconsciente)
A cuba de Mesmer
• Seu tratamento incluía as imposições das mãos e a cuba terapêutica. Na cuba, os doentes eram
unidos por uma corda e ligados à cuba por uma barra de metal em contato com o órgão doente.
Desenvolvimento Histórico
Mesmer — 1734-1815
• A outra parte da barra era mergulhada no líquido da cuba que possuía, em sem
interior, pedaços de vidro, areia, limalha de ferro e bastões de enxofre moídos (Coleção
Memórias da Psicanálise – Freud e o despertar do inconsciente)
• Grandes espelhos refletiam a imagem do grupo enquanto que uma música harmônica
era tocada.
• Com uma vara de ferro magnetizada, o terapeuta estimula as crises por meio de
“passes”. Quando as crises vêm os pacientes são transportados para outro cômodo
junto com o terapeuta.
Desenvolvimento Histórico
Desenvolvimento Histórico
• Deleuze acredita que o fluido magnético tem mais poder do que sua ação pessoal. Cria
sua forma de trabalhar com sessões que vão diminuindo de tempo e com o paciente
sonâmbulo ele dá passes magnéticos calmantes e procura a causa da doença.
• Afirma: “As doenças crônicas têm frequentemente como causa pesares secretos, dores
morais, sentimentos oprimidos”.
Desenvolvimento Histórico
Deleuze fala também que o magnetizador normalmente não é influenciado pelas dores
do paciente, mas algumas vezes ele pode experimentar essas dores de modo tão vivo que
as sente mesmo depois da sessão. Esse movimento, na futura Psicanálise, recebe o nome
de contratransferência.
Desenvolvimento Histórico
• O estudioso faz do sono o cerne de sua terapêutica abrindo uma reflexão para a
influência sugestiva da linguagem sendo precursor da psicoterapia verbal, embora ainda
inclui-se massagens terapêuticas e o relaxamento em seu trabalho.
• Ele critica os modelos anteriores que utilizavam a cuba ou fluido magnético partindo do
princípio que o sono lúcido como ele chamava, é que promove os sonhos ligados à intuição
(que deve ser mista – ligada à memória e à sensorialidade).
Desenvolvimento Histórico
• Ele diz que favorecendo o ambiente com penumbra, temperatura amena e outros, é
comum ao ser humano entrar em um estado de sonambulismo e o sujeito não esquece
quem o adormeceu, a não ser aparentemente. Neste estado, começa-se a fazer sugestões.
Desenvolvimento Histórico
Desenvolvimento Histórico
Em 1884, funda, junto com Hippolyte Bernheim (1840-1919), a Escola de Nancy, que
imediatamente faria oposição à Escola de Salpêtrière, chefiada pelo parisiense Jean-Martin
Charcot (1825-1893), famoso por seus estudos experimentais sobre a histeria.
A histeria e a hipnose foram razão da disputa entre Nancy e Salpêtrière, que se estendeu por 10
anos. Bernheim dizia ser a hipnose decorrente da sugestão verbal, e que tal técnica já estava
desmistificada, desvinculada do simples mesmerismo, desde fins de século XIX, quando a clínica da
palavra sobrepujava a do olhar.
Acusava Charcot de fazer mal uso da hipnose, já que dela se servia não para fins terapêuticos, senão
para provocar crises convulsivas em suas pacientes, manipulando-as de modo a conferir um status
de neurose à histeria.
O médico de Nancy afirmava ainda que os efeitos alcançados pelo hipnotismo poderiam advir por
simples sugestão dada em estado de vigília, estando aí o prenúncio do que mais tarde veio a se
chamar de psicoterapia.
(http://www.amigodaalma.com.br/2010/01/07/hipnose/)
Desenvolvimento Histórico
Desde 1870, o médico parisiense, chefe do Hospital Escola de Salpêtriére, tornara-se famoso por
seus estudos experimentais sobre a histeria.
Charcot valia-se da hipnose para diferenciação diagnóstica, capaz que era de fabricar sintomas
extraordinários nas histéricas submetidas à sugestão hipnótica, de modo a provar o caráter
neurótico dessa doença.
Desenvolvimento Histórico
Desenvolvimento Histórico
• O termo Psicanálise foi criado por Freud e aparece pela primeira vez em um artigo
chamado Novas observações sobre as neuropsicoses de defesa (1896), e buscava
nomear um novo método terapêutico para tratar as neuroses.
Histeria na Psicanálise
As influências de Charcot