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Santa Francisca Romana viu no Purgatório almas que sofriam cruelmente, mas os anjos de Deus as visitavam e assistiam em seus sofrimentos.
A região mais baixa é repleta de um fogo violento, mas não tão obscuro quanto o do Inferno; trata-se de um vasto mar de fogo, do qual são expelidas chamas imensas. Inumeráveis almas
encontram-se mergulhadas nessas profundezas: são aquelas que se tornaram culpadas de pecados mortais, devidamente confessados, mas não suficientemente expiados em vida. A serva de Deus
então aprendeu que, por cada pecado mortal perdoado, resta à alma culpada passar por um sofrimento de sete anos [2]. Esse prazo não pode evidentemente ser encarado como uma medida
definitiva, mas como uma pena média, já que pecados mortais diferem em enormidade. Ainda que as almas estejam envoltas pelas mesmas chamas, seus sofrimentos não são os mesmos: eles
variam de acordo com o número e a natureza dos pecados cometidos.
Neste Purgatório mais baixo a santa notou a presença de leigos e de pessoas consagradas a Deus. Os leigos eram aqueles que, depois de uma vida de pecado, tiveram a alegria de se converterem
sinceramente; as pessoas consagradas a Deus eram aquelas que não haviam vivido de acordo com a santidade do seu estado de vida.
Naquele mesmo momento, ela viu descer a alma de um sacerdote conhecido dela, mas cujo nome ela não revela: o padre tinha a face coberta com um véu que escondia uma mancha. Embora
tenha levado uma vida edificante, este padre não havia sempre observado com rigor a virtude da temperança, tendo procurado mui ardentemente as satisfações da mesa.
Por cada pecado mortal perdoado, resta à alma culpada passar por um sofrimento de, em média, sete anos no Purgatório.
A santa foi conduzida então ao Purgatório intermediário, destinado para as almas que haviam merecido um castigo menos rigoroso. Aí havia três distintos compartimentos: um que lembrava um
imenso calabouço de gelo, cujo frio era indescritivelmente intenso; o segundo, ao contrário, era como um grande caldeirão de óleo e massa fervente; o terceiro tinha a aparência de um lago de
metal líquido semelhante a ouro ou prata fundidos.
O Purgatório
CIC 1030
Conceito – O purgatório não é um lugar, é um estado para aqueles
que morrem na Graça e na amizade de Deus
*O purgatório não é um castigo de Deus, mas uma manifestação da
misericórdia
Purgatório na Sagrada Tradição, Sagrado Magistério e Sagrada
Escritura
Concílio de Florença (1438-1445) e Concílio de Trento (1545-1563)
2 Macabeus 12,46; 12,44s
Indulgências e penitências pelas almas do purgatório (1032)
Hb 12,14 (só podemos ver a Deus em santidade)
1Cor 3,10
“No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo afirma
Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe
será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas
faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (CIC, §1031).
2. Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse
aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se no inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus.
4. Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.
5. São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer
qualquer imperfeição.
6. Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.
10. Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura, a caridade
que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.
11. O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem
são chamas de amor
Oração, Esmola, Penitência e
Indulgência
Sufrágio das almas
Comunhão dos santos
Batismo – Vida eterna