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MATERIAIS
& CONCEITOS DE TENSÃO E
DEFORMAÇÃO
Curso Básico de Estruturas Navais – Módulo 2
João Henrique Volpini Mattos
Engenheiro Naval
04/01/2020 1
Leis de Newton
• 1ª Lei (Lei da Inércia)
Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de
movimento uniforme em linha reta a menos que seja obrigado
a mudar por forças impressas
a ele.
dv
Não é preguiça, é inércia !
F 0
dt
0
4
Conversor de Unidades
Online
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5
Materiais
A maioria dos materiais, quando em serviço, são submetidos à forças ou cargas.
Exemplos :
• Liga de alumínio da asa de um avião
7
Introdução à Curva Tensão-Deformação
Aspectos mais detalhados da curva tensão-deformação serão vistos ao
longo deste módulo. Entretanto, para entendimento dos materiais, alguns
termos devem ser conhecidos.
lim it e d e ela sticida de
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Ten s ão
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8
Tipos de Materiais
• Metais : Grande número de elétrons livres. Resistência mecânica moderada a
alta. Plasticidade moderada. Alta tenacidade. Opacos. Bons condutores
elétricos e térmicos. Podem ser classificados em ferrosos e não ferrosos. Ex. :
aço, níquel, cobre.
• Cerâmicos : Combinação de elementos metálicos e não-metálicos. Duros e
frágeis. Isolantes térmicos e elétricos. Ex. : vidros, cerâmicas, concreto.
• Polímeros : Compostos orgânicos de cadeias muito grandes. Baixa densidade.
Alta flexibilidade. Tenacidade. Pouco resistentes à altas temperaturas.
‒ Elastômeros Termoplásticos : Alta capacidade de retorno à forma original. Recicláveis. Ex.
Borracha, PET
‒ Plásticos : Baixa capacidade de retorno à forma original. Ex. : isopor (poliestireno), PVC,
poliester
• Madeiras : Polímero natural resultante da fotossíntese. Baixa densidade, alta
resistência.
• Compósitos : Mais de um tipo de material (matriz e reforçador). Ex. : fibra de
vidro, fibra de carbono.
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Principais Metais
Estruturais : Ferro
O ferro fundido é uma liga de ferro com elementos a base de carbono (entre
2,11 e 6,67%) e silício (entre 1 e 3%), podendo conter outros elementos
químicos.
• Ferro fundido cinzento : O mais comum devido ao baixo custo.
Apresenta alta fluidez na fundição, permitindo a moldagem de peças
complexas. Utilizado em larga escala pela indústria de máquinas e
equipamentos.
• Ferro fundido branco : Utilizado em peças que necessitem de alta
resistência à abrasão, como equipamentos para moagem de minérios,
pás de escavadeiras, etc. Não é usinavel.
• Ferro fundido nodular : O carbono é apresentado em forma esferoidal,
permitindo uma maior ductibilidade que o aproxima do aço. Utilizado
em peças que necessitem maior resistência ao impacto e à tração.
O ferro forjado, ou ferro batido, possui uma pequena quantidade de
carbono com escórias, sendo resistente, maleável e facilmente soldável.
Deve ser conformado a quente através de martelo ou prensa. Atualmente
é substituído pelo aço.
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Principais Metais
Estruturais : Aço
A técnica de fabricação do aço foi estabelecida em meados do século XIX. É
uma liga formada basicamente de ferro e carbono, este último em
porcentagens entre 0,008 e 2,11%. Alguns outros elementos (níquel,
molibdênio, cromo, etc.) podem estar presentes para melhorar as
características do aço.
• Aço carbono : O mais usado em estruturas, chapas, tubos,
peças mecânicas, etc. O teor de elementos diferentes do ferro e
carbono é menor que 2%. Sua classificação em geral é feita em
função do teor de carbono (quanto mais carbono, maior a
tensão de escoamento). Por exemplo, o aço 1045 contém
0,45% de teor de carbono (os 2 primeiros dígitos indicam os
outros elementos).
• Aço-liga : Contém elementos controlados na sua composição
(cobre, níquel, cromo, etc.), de acordo com rígidas
especificações. Apresentam alta resistência à corrosão e
geralmente são conhecidos pelos seus nomes comerciais
(Niocor, Corten, etc.). O aço inoxidável, descoberto em 1912, é
um aço-liga contendo cromo, níquel e molibdênio, sendo
característico pela alta resistência à oxidação.
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Principais Metais
Estruturais : Alumínio
O alumínio é o metal mais abundante na crosta terrestre, sendo extraído da
bauxita por meios mecânicos e químicos e depois submetido a um processo
de eletrólise para retirar o oxigênio da alumina (Al2O3). Este último processo
demanda enormes quantidades de energia elétrica, daí o fato de ainda ser
um metal caro.
É um metal muito leve e resistente, com alta condutivade térmica e elétrica,
não magnético, maleável, muito dúctil, além de ter uma excelente
resistência a corrosão.
Quando utilizado em ligas (cobre, magnésio, silício, zinco, níquel, titânio,
cobalto, chumbo, etc.) pode apresentar elevada plasticidade, permitindo
laminados de pouca espessura (embalagens).
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Processos de Conformação Mecânica
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Tratamento Térmico
É o conjunto de operações de aquecimento e resfriamento a que são
submetidos os materiais metálicos, sob condições controladas de
temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de resfriamento, com
objetivo de alterar a dureza, resistência mecânica, resistência ao desgaste e
corrosão, remover tensões internas e melhorar a ductibilidade e
propriedades de corte.
• Recozimento (700-800°C) : Para a remoção de tensões devido a tratamentos
mecânicos a frio ou a quente. A velocidade de resfriamento é lenta.
• Normalização (400-800°C) : Semelhante ao recozimento, mas com velocidade
de resfriamento mais elevada, sendo aplicados em peças laminadas ou forjadas,
e como tratamento preliminar à têmpera e ao revenido.
• Têmpera (700°C) : Eleva a dureza e o limite de resistência da peça, embora
diminua a maleabilidade. É feita com o resfriamento rápido da peça.
• Revenido (200-700°C) : Feito após a têmpera, a peça é mantida em temperatura
elevada por um certo tempo, aliviando as tensões internas, corrigndo a dureza
excessiva e fragilidade do material, e aumentando sua resistência ao choque.
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Isotropia
• Materiais isotrópicos : São aqueles que possuem propriedades mecâ-
nicas e térmicas idênticas em qualquer direção. Por exemplo, os metais.
• Materiais ortotrópicos : São aqueles que possuem propriedades
distintas nas três direções perpendiculares. Por exemplo, madeira,
materiais compósitos, e alguns metais após sofrerem laminação.
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Massa Específica
Massa específica de um material é a razão entre a massa de uma porção
deste material e o volume ocupado por ele.
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Massas Específicas de
Alguns Materiais
Material μ (t/m3) Material μ (t/m3) Material μ (t/m3)
Aço forjado 7,86 Ferro 7,87 Petróleo 0,79 a 0,88
Aço fundido 7,50 Ferro fundido 7,25 a 7,50 Polietileno 0,96 a 1,40
Aço inox 7,85 Porcelana 2,29 a 2,50
Frejo 0,590
Aço sem liga 7,85
Gasolina 0,72 a 0,775 Prata 10,50
Água doce 1,00
Gesso 2,32 Querosene 0,82
Água salgada 1,017 a 1,030
Ipê 1,103 Rocha 2,6 a 2,9
Alumínio 2,70
Vidro 2,40 a 2,80
Alumínio fundido 2,56 a 2,84 Latão 8,40 a 8,50
Zinco 7,14
Alumínio laminado 2,69 a 2,75 Mármore 2,52 a 2,85
Borracha 0,95 a 1,45 Massaranduba 1,14 a 1,16
Bronze 8,83 Mercúrio 13,55
Cedro 0,485 Nylon 0,88 a 1,10 Na Engenharia Naval
Cerejeira 0,60 a 0,90 Óleo mineral Material μ (t/m3)
0,87
Chumbo 11,25 a 11,40
Óleo diesel 0,82 a 0,88 Aço 7,850
Cobre 8,89 a 8,90
Óleo lubrificante 0,88 a 0,94 Alumínio 2,700
Concreto simples 2,4
Óleo pesado (bunker) 0,98 Água de lastro 1,025
Concreto armado 2,5
Ouro 19,28
Cortiça 0,25 Diesel 0,840
Eucalipto 0,69 a 1,00 Pedra 2,60 a 2,80 Lubrificante 0,924
Esgoto oleoso 1,025
Águas servidas 1,025
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Exercícios
•• Qual
a densidade do Flutuante 9, sabendo que ele mede 7 x 7 x 1,9m e
tem massa de 15t. Qual o calado quando colocado na água salgada ?
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Exercício
Precisamos construir pesos para uma prova de inclinação, utilizando
tambores de óleo de 200 litros, feitos de aço, preenchidos com concreto
simples. Considerando as dimensões abaixo, e que o tambor é construído
com chapa de aço de 1,20 mm, calcule a massa do peso assim construído.
Despreze os reforços no tambor.
580 mm
Volume do material das tampas
Volume do tambor
Massa do concreto
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Tipos de Carregamento
Existem 4 principais meios pelos quais uma carga pode ser aplicada :
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Tensão Normal (normal
stress)
•
Tensão é a distribuição de forças por unidade de área em torno de um
ponto dentro de um corpo material ou meio contínuo.
Um caso particular é o da tensão uniaxial (ou normal), quando se aplica
uma força F uniformemente distribuída sobre uma área A. Neste caso, a
tensão é dada por
Entretanto, a tensão
normal em uma barra
prismática não é ne-
cessariamente unifor-
me. Mas na maioria
dos casos uma tensão
normal média pode
ser utilizada.
21
Exemplo
Em um tubo longo com raio r de paredes finas de espessura t, sujeito à
pressão interna P, determine como será o rompimento do tubo se a
pressão interna aumentar indefinidamente.
σ1 : tensão circunferencial
σ2 : tensão longitudinal
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Exemplo (continuação)
A tensão longitudinal é calculada pelo equilíbrio de forças na direção x.
Área em que a pressão atua : π.r2
Área em que a tensão nas paredes atua : 2.π.r.t
A tensão circunferencial () é o dobro da tensão
longitudinal (). Isto explica porque um tubo
submetido apenas à pressão interna sempre se rasga
no sentido longitudinal.
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Tensão de Cisalhamento
(shear stress)
•A tensão de cisalhamento τ é definida como o componente da tensão
coplanar à seção transversal, sendo derivada do componente de forças
paralelos à seção.
24
Exercícios
•• Determine
a tensão de compressão no picadeiro abaixo, entre :
a) O bloco de madeira de 100 x 120 x 400 mm e a base de concreto de 500 x 500 x
60 mm.
b) A base de concreto e o solo.
25
Deformação (strain)
• deformação de um corpo ou estrutura contínua é qualquer mudança na
A
configuração geométrica que leve a uma variação de sua forma ou
dimensões após a aplicação de uma força externa.
26
Ensaio de Tração
O corpo de prova é deformado até a fratura, com uma carga de tração que é
aplicada ao longo do seu eixo.
27
Resultado do Ensaio de
Tração
tensão máxima
A curva diminui porque há
uma redução significativa da
área da seção
fratura
limite de
tensão
elasticidade
deformação
28
Curva Tensão-Deformação
29
Deformação Elástica
O nível de deformação de uma estrutura depende da magnitude da tensão
aplicada.
A deformação elástica é reversível, ou seja, quando a carga é retirada, o
material volta às suas dimensões originais.
Na curva Tensão x Deformação, a região elástica é a parte linear inicial do
gráfico, e a relação entre a tensão e deformação é dada pela lei de Hooke.
𝜎 =𝐸 . 𝜀
tensão
coeficiente angular E
deformação
30
Módulo de Elasticidade
Até um certo limite (dependente do material e da temperatura), as tensões
aplicadas a um corpo são aproximadamente proporcionais às deformações.
A constante de proporcionalidade entre elas é chamada de módulo de
elasticidade ou módulo de Young, sendo conhecido pela letra E.
Quando maior este módulo, maior a tensão necessária para o mesmo grau
de deformação, e portanto mais rígido é o material.
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Módulo de Elasticidade (GPa)
Módulo de Elasticidade de Alguns
Materiais
Material E (GPa) Material E (GPa)
Alumínio 69 a 75 Latão 96 a 110
Aço 1010 a 1030 205 Monel 170
Aço 1040 e 1050 210 Madeiras paralela à fibra 11 a 14
Aço inox 304 e 316 193 Magnésio 45
Borracha 0,0007 a 0,0040 Níquel 207
Bronze 96 a 120 Nylon 2,1 a 3,4
Chumbo 14 Prata 72
Cobre 110 a 128 Polietileno 0,7 a 1,4
Concreto (compressão) 17 a 31 Rocha (compressão) 40 a 100
Ferro fundido cinzento 90 Titânio 96 a 120
Ferro fundido nodular 170 Tungstênio 340 a 407
Vidro 48 a 83
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Elasticidade Não Linear
Para alguns materiais (ex. borracha), a porção inicial da curva Tensão x
Deformação não é linear.
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Escoamento
É um fenômeno nitidamente observado em materiais de natureza
dútil, onde se caracteriza por um grande alongamento sem
acréscimo de carga.
O escoamento indica o fim da deformação elástica e início da
deformação plástica do material.
O conhecimento do limite de escoamento (yeld strength) é vital
no projeto de componentes, pois ele representa o limite superior
da carga que pode ser aplicada, sendo também importante para
várias técnicas de produção de materiais, como o forjamento,
laminação, etc.
Devido à dificuldade de obtermos precisamente o
limite de escoamento, este geralmente é deter-
minado pelo método da pré-deformação específica
de 0,002; ou seja, a tensão capaz de causar uma
deformação de 0,2% no material.
35
Deformação Plástica
Para a maioria dos metais, o regime elástico persiste até deformações em
torno de 0,005 (0,5%). Além deste ponto, a tensão não é mais proporcional
à deformação, a lei de Hooke não é mais válida, e ocorre uma deformação
não recuperável.
Quando a deformação não retorna a zero após a tensão ser removida, o
material comporta-se plasticamente, apresentando deformação perma-
nente. Isto é particularmente importante para processos de conformação a
frio.
Outro efeito importante da deforma-
ção plástica está relacionado ao novo
limite de escoamento maior que o
material apresenta após ter sido
deformado plasticamente.
Recuperação elástica 36
Limite de Resistência ou
Tensão Última
Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação plástica cresce
até um máximo, e a seguir decresce até a fatura eventual.
O limite de resistência à tração (ultimate strength) é o valor máximo atingido pelo
gráfico.
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Exercícios
• O diagrama Tensão x Deformação indicado na figura abaixo, foi obtido a
partir de um corpo de prova de uma liga de aço especial com alto módulo
de elasticidade. Determine
a) O módulo de elasticidade.
b) A tensão de escoamento.
c) O limite de resistência.
d) A deformação permanente
quando for retirada a carga
correspondente à tensão de
360 MPa.
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Resiliência
É a capacidade de um material estocar energia quando deformado
elasticamente e depois de aliviada a carga, ter esta energia recuperada.
O módulo de resiliência Ur representa a energia de deformação por
unidade de volume necessária para tencionar um material até sua tensão
𝜀𝑦
limite de escoamento.
𝑈 𝑟 =∫ 𝜎 ⅆ 𝜀
0
Na região elástica linear
Material Ur (MJ/m3)
Acrílico 0,029
Aço de alto carbono 2,26
Aço de médio carbono 0,23
Borracha 2,1
Cobre 0,0033
Duralumínio 0,11 39
Coeficiente de Poisson
• uma barra esbelta sujeita a carregamento puramente axial, as tensões
Para
nas outras direções são nulas.
40
Coeficiente de Poisson para Alguns
Materiais
41
Exercícios
• Determinar o módulo de Young e o coeficiente
de Poisson do material da barra ao lado, para
a condição de carregamento apresentada.
Obs : 1 μm (micrômetro) = 1 milionésimo do metro.
42
Cisalhamento e Torção
• metais também podem experimentar deformação elástica e plástica sob
Os
a influência de cargas cisalhantes e torcionais.
O comportamento Tensão-Deformação resultante é semelhante à curva
com componente de tração.
No cisalhamento a tensão e a deformação são proporcionais uma à outra
através da seguinte expressão : τ τ
τ τ
onde é a tensão de cisalhamento
o ângulo de cisalhamento
G é o módulo de cisalhamento.
Para materiais isotrópicos, o módulo de cisalhamento, o módulo de
elasticidade e o coeficiente de Poisson são relacionados pela seguinte
expressão :
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Tensão de Ruptura ou de
Fratura
É a tensão observada no teste de tração,
imediatamente antes do rompimento do material.
Nem sempre é a tensão máxima que pode ser
aplicada.
Materiais dúcteis
Materiais frágeis
45
Tensão de Ruptura e Ductibilidade de
Alguns Materiais
Material Ruptura (MPa) Ductibilidade (%)
Alumínio 70 a 230 20
Aço 1020 a quente/frio 500/360 22/18
Aço 1030 a quente/frio 550/480 18
Aço 1050 a quente/frio 750/650 15
Aço inoxidável recozido 1300 12
Bronze recozido 340 50
Cobre 60 a 320 45
Duralumínio 200 a 500 11
Ferro fundido cinzento 210 (tração) 800 (compr.) 4
Ferro fundido nodular 370 20
Latão temperado 330 62
Níquel 480 40
Magnésio 210 a 500 5 a 10
Molibdênio 655 35
Titânio em liga 1070 13
Titânio puro 520 25
46
Exercícios
• O diagrama tensão-deformação do
polietileno, material utilizado para revestir
cabos coaxiais, é determinado a partir do
ensaio de tração uniaxial em um corpo de
prova com 25 cm de comprimento inicial.
Determinar, aproximadamente, o seu
comprimento final (no limiar da ruptura).
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Tenacidade
A tenacidade é uma indicação da resistência à fratura de um material.
Simplificando, é a habilidade de um material em absorver energia até a sua
fratura, sendo uma propriedade desejável para peças sujeitas a choques e
impactos.
Para pequenas velocidades de deformação, a tenacidade pode ser medida
pela área sob a curva Tensão x Deformação, até o ponto de fratura.
Sua unidade é energia por unidade de volume (J/m3).
1. Módulo de elasticidade.
2. Tensão de escoamento.
3. Limite de resistência à tração.
4. Ductilidade.
5. Tenacidade.
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Resistência ao Impacto
O impacto é um esforço de natureza dinâmica, e o comportamento dos
materiais sob cargas dinâmicas é diferente de quando está sujeito à cargas
estáticas.
Embora a capacidade de um determinado material absorver energia de
impacto esteja ligado à sua tenacidade, este geralmente é medido com o
teste de Charpy.
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Dureza
É uma medida da resistência de um material ser deformado plasticamente
em um pequeno local (sofrer risco).
No ensaio de dureza, um pequeno penetrador é forçado contra a superfície
do material a ser testado, sob condições controladas de carga e taxa de
aplicação. Faz-se então a medida da profundidade da penetração
resultante.
A escala de dureza depende de como é feito o teste :
‒ Dureza Rockwell : Mais comum. Utiliza bolas de aço esféricas
de 1/16” a ½”, ou um cone de diamante para os metais mais
duros. A medição da dureza é feito pela profundidade da
penetração.
‒ Dureza Brinell : Penetrador esférico. A medição da dureza é
função do diâmetro da impressão resultante.
‒ Microdureza Knoop & Vickers : Penetrador de diamante
muito pequeno com geometria piramidal. A medição é
observada sob microscópio.
50
Fadiga
Um membro estrutural pode falhar devido à fadiga
em níveis de tensão muito abaixo da tensão de
ruptura, se estiver sujeito à muitos ciclos de
carregamento.
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Tensão Admissível
(allowable stress)
A premissa básica do projeto estrutural é que a tensão do
carregamento não ultrapasse um valor limite chamado tensão
admissível.
A tensão admissível não é uma propriedade do material. Ela
considera fatores de segurança em relação ao conhecimento do
material, dos métodos construtivos, e do quanto a aplicação é
crítica ou não.
Em várias aplicações as normas de projeto estabelecem as tensões
admissíveis para cada tipo de material.
Através de elementos finitos é possível
conhecer as tensões em cada ponto da
estrutura, possibilitando-se a análise dos
pontos quentes (hot spots) que apresentam
alta tensão localizada.
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Coeficiente de Segurança 1
Membros estruturais ou de máquinas devem ser dimensionados de
modo a trabalharem com tensões que não ultrapassem a tensão
admissível do material para aquela determinada aplicação.
𝜎𝑈 𝜎𝑒 𝜎𝑅
𝐶𝑆= ou 𝐶𝑆= ou 𝐶𝑆=
𝜎 𝐴𝐷𝑀 𝜎 𝐴𝐷𝑀 𝜎 𝐴𝐷𝑀
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