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Introdução à Hidrologia e

Hidrodinamica Aplicada

Dr. Franziska Steinbruch

Curso de Mestrado em Engenharia e Gestão de Água

1
Teste 2

2
Capitulos

0. Introdução
1. Demanda de água
2. Disponibilidade de água
3. Medição e monitoria de águas superficiais
4. Estimação de escoamentos e caudais
5. Determinação de fluxos extremos
6. Teoria do fluxo de águas subterraneas
7. Exploração e monitoria das águas subterraneas
8. Estruturas hidraulicas
9. Sistemas de drenagens em centros urbanos
10.Outros sistemas de drenagens
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Estimativa do balanço hídrico
Não é nada trivial. É sempre bastante complexo.

O melhoramento das lacunas no registo de dados ou


na instrumentação das componentes do balanço
hídrico requere grandes investimentos.

Muitas das vezes usa-se estimativas destas


componentes, dos quais não há medições.

4
(Gupta 2014)
5
Medição em

mm/tempo = L/m2/tempo

Regra básica para conversão das


medições feitas em várias estações
durante um determinado tempo para
volumes por área neste determinado
tempo

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Componentes do ciclo hídrico – Precipitação,
Evaporaçao / Evapotranspiração

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Componentes do balanço hídrico

Precipitação faz parte das medições routineiras em


muitas regiões
Registo em mm/dia (ano) ou m2/s numa estação (ponto)
 Deve ser convertido em quantidade de precipitação
por área (bacia hidrográfica)

Evapotranspiração não faz parte das medições


routineiras e muitas das vezes é estimada a partir de
dados meteorológicos
Registo em várias unidades, por exemplo Watts/m2 ,
mm/dia (ano)
 Deve ser convertido em quantidade de evaporação
por área (bacia hidrográfica)

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Grande desafio 0.8 0.8

Alta 0.4
variação temporal
A01 - A06 e espacialEvent
1.2
do8 processo hídricos
A08 - B03
0.4 64
Event
1.2
(segundos
0 – millennias, m – 1000 km) 0
Differences in rain intensity[mm min-1]

0.8 0.8

-0.4 0.4 A01 - A06 -0.4 0.4


A08 - B03
Event start: 29.06.94, 14:00 Event start: 14.06.95, 03:20 1.2
--» -0.8
quais dados recolher,
0
Stations' distance: 975 mone colocar estações
Stations' distance: 1079 m -0.8 0

Differences in rain intensity[mm min-1]


0.8
-0.4 -0.4
0 10 20 30 40 50Event60 0 Temporal
40 14:00
start: 29.06.94,
80 120 160
variability200 240
Event start: 14.06.95, 03:20 0.4
-0.8 Stations' distance: 975 m Stations' distance: 1079 m -0.8
Event start: 27.07.95, 19:00 Event start: 26.08.96, 18:30 0

Differences in rain intensity[mm min-1]


1.2 0 10 20 30 40 50 60 0 40 80 120 1601.2
200 240
Stations' distance: 740 m Stations' distance: 583 m
-0.4
0.8 Event start: 27.07.95, 19:00 Event start: 26.08.96, 18:30
0.8
1.2 Stations' distance: 740 m Stations' distance: 583 m -0.8 1.2

0.4 0.8 0.4 0.8


0

0.4 0.4
0 0
1.2
0 0
-0.4 -0.4 0.8
B01 - B02
-0.4
A02 - A08 -0.4
B01 - B02 A02 - A08
-0.8 Event 71 Event 116 -0.8 0.4
-0.8 Event 71 Event 116 -0.8
0
0 40 80 1200 160
40 80 0120 40
160 800 120
40 160
80 120 160
Time since start of event
Time [min]
since start of event [min] -0.4
9
(Fiener et al., 2009) -0.8
Medição da precipitação

A medição é feita em estações udometricas


Deve ser interpolada para obter a distribuição e as
quantidades de precipitação na área da bacia hidrográfica

Se as estações são distribuídas uniformamente e a


precipitação não varia muito:
Pareal= Média da precipitação das estações

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Medição da precipitação
Se as estaões são distribuidas desigualmente ou a
distribuição de precipitação varia muito, é necessário
fazer a interpolação entre as estações

I) Metodo de poligónos (THEISSEN), quando a topologia


na área é semelhante:

Pareal = (F1*P1)+(F2*P2)… / (F1+F2+..)

F1,2,..: Área partial


P1,2,..: Estação pluviométrica

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Medição da precipitação
II) Construção de isoietas -linhas curvas que representam
pontos de igual pluviosidade (Interpolação)

Tem a vantagem de incluir condições locais da topografia


como serras, vales.

Pareal = A1/A * (P1-P2) /2 + P2

P – Precipitação areal
A1 – Área de interesse
A – Área entre isoietas P1 e P2
P1, P2 – Isoietas da área de
interesse 12
nicholson/papers/rainvary.pdf
Instrumentos de medição de precipitação

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Subestimação da
precipitação
dependente da
instrumentação, tempo,
clima, proximidade de
obstaculos, ...

(WMO, 2008)
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Hellmann 200 cm²
Instrumentos de
medição de
precipitação

100 cm

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Udómetro com udógrafo

© TOSS

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Evaporação
Fenômeno lento no qual átomos ou moléculas no
estado líquido (ou sólido, se a substância se
sublima) ganham energia suficiente para passar ao
estado gasoso.

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Processo de evaporação

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Relevância da Evaporação

>60% da precipitação está a evaporar, mas muitas


das vezes tratado no balanço hídrico como o
restante

Calculo atraves do balanço hídrico ou energético

Medições são raras vezes feitas porque os


instrumentos precisam de manutenção
permanente (adicional água doce) e precisam de
instrumentos (dados) meteorologicos

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Onde há evaporação
 Evaporação da água contida no
solo (humidade)
 Evaporação direta da água de
rios, lagos e oceanos, água
interceptada

Transpiração
Planta respiram vapor de água
como mecanismo regulatório
do organismo
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Típos de Evaporação
Evaporação potencial:

Máxima quantidade de água que pode evaporar de


uma superfície com disponibilidade de água não
limitada

Evaporação real / Evapotranspiração:

A evaporação num determinado sítio e periodo.


-» muda com a cobertura do solo, epoca do ano,..
Dependente da água disponível no subterrânea
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Medição da Evaporação potencial
Determina-se pelas condições meteorologicas/ atmosfericas
no local (a evaporação dum lago corresponde a evaporação
potencial)
Medição com tina evaporimétrica
EP = ΔS-P

EP : Evaporação da tina
P – Precipitação
ΔS – Redução do volume
(nível)
num determinado periodo

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Correção para obter Evaporação Potencial

EL ou Epot=K*EP

EL, Epot: Evaporação dum Lago ou Evaporação potencial


EP: Evaporação da tina
K: Factor de correção

Com base de Linsley et al. (1982): K = 0,6-0,8

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Correção para obter Evaporação Potencial
Depende de condições locais pode ser necessário a
correção
Pela troca de calor entre água na tina e atmosfera
Ou
Efeitos do vento (energia advectada)

EL= K’ *(esL-eZ) / (esp-ez) *EP [mm]

esL: pressão de vapor de saturação para a temperatura maxima na


camada superficial de água dum lago
esp: pressão de vapor de saturação para a temperatura maxima na
tina
eZ: pressão de vapor média do ar em altura z acima da superfície do
lago 24
Medição da Evaporação real / Evapotranspiração -
Lisímetro
Construido dum bloco de solo não perturbado e
coberdo da vegetação local
•Colecção da água, que passou pelo solo e medição do
volume desta água
•Precisa-de da medição sincronisada da precipitação,
escoamento, humidade do solo

ETreal= P – R – ΔS

P – Precipitação
R- Escoamento
ΔS – Mudança no armazenamento 25
26
http://slideplayer.com.br/slide/372779/
Lisímetro

27
Atmômetros

Superficie humida porosa, que pode simular a superficie do redor


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Calculo da Evapotranspiração
Modelo de balanço de massa

Formula de difusão (DALTON)

Ea = M*(eS-ez)*uz [mm/t]

es: pressão de vapor de saturação na temperatura de água


eZ0: pressão de vapor de saturação do ar em altura z acima da
superfície da água
eZ: pressão de vapor do ar numa temperatura na altura z acima
da superfície da água
uz: velocidade do vento na altura z
M: coeficiente de transferência de massa
Ea: Evaporação 29
M= 0,622 * ra*CE / rW*P [m2/Pa]

ra : Densidade do ar
rW : Densidade da agua
P: pressão atmosferica na altura z
CE: Coeficiente de evaporação bruta (sem dimensão)

CE: 1,15E-3 – 1,4E-3 (unidades metricas e z=8m)


Com base de pesquisas feitas

30
Calculo da Evapotranspiração
Modelo de balanço energético

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Calculo da Evapotranspiração
Modelo de balanço energético

Uma formula mais usada na África é do PENMAN


 ET0   Rn  G  
 

f  v  es  ed 
 

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Dados necessários são:

 ET0   Rn  G  
 
• Localização do campo (latitude em graus) 
f  v  es  ed 
• Elevação do campo (nível médio do mar)  
• Temperatura média do ar por tempo específico - para medir
• Umidade relativa média para tempo específico - para medir
• Radiação Solar Diária - medir
• Velocidade média do vento para tempo específico - para medir
• inclinação da curva pressão-temperatura do vapor à temperatura
média do ar - da tabela de referência
• Calor latente de vaporização de água à temperatura média do ar -
a partir da tabela de referência
• Pressão parcial da água no ar para a temperatura do ar - a partir
da tabela de referência
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Componentes do ciclo hídrico-
Escoamento superficial, escoamento
subterrânea

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Componentes do balanço hídrico

Caudal fazem parte das medições routineiras em


muitas regiões

Registo em mm/dia (ano) ou m2/s numa estação (ponto)


 Deve ser convertido em quantidade de precipitação
por área (bacia hidrográfica)

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Componentes do balanço hídrico
Mudanças no armazenamento não faz parte das
medições routineiras e são estimadas com base de:
• Mudanças nos níveis de lagos ou reservatórios
• Mudanças na humidade de solos,
• Mudanças nos nívels freaticos em furos de água

Escoamento de água subterrânea raras vezes


determinado atraves de medições (em nascentes ou
furos)
Calculado com base de modelos de fluxo ou estudos
de tracer
•Resultados não fazem parte dos relatórios regulares
•Aparece em várias unidades 36
Exercisios
Calcule a precipitação aérea com a abordagem Thiessen-Polygon:

Precipitação anual nas estações: S1 = 725 mm, S2 = 735, S3 =


788, S4 = 811, S5 = 765, S6 = 800, S7 = 743, S8 = 798;
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área de bacia hidrografica 21.75 km²

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