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CUIDADOS DE SAÚDE DO

IDOSO
ANÁLISE DEMOGRÁFICA
Análise Demográfica

O que é?
- A Demografia é uma área da Ciências Sociais que estuda
a dinâmica populacional humana. O seu objeto de estudo
engloba as dimensões, estatísticas, estrutura e distribuição das
diversas populações humanas. Estas não são estáticas, variando
devido à natalidade, mortalidade, migrações e envelhecimento.
A análise demográfica centra-se também nas características de
toda uma sociedade ou um grupo específico, definido por
critérios como a educação, a nacionalidade, religião e grupo
étnico.
Análise Demográfica

O que significa o “Envelhecimento”?

• Um processo fisiológico natural;


• Cada ser vivo nasce, cresce e morre;
• Cronologicamente, este
Envelhecimento individual

Tem-se prolongado, cada vez mais, fruto do

Aumento da esperança média de vida


Análise Demográfica

Dentro de duas décadas, um


quarto dos trabalhadores
portugueses serão “velhos”!
De acordo com o relatório anual sobre
a zona euro, do Fundo Monetário
Internacional (FMI), Portugal está
entre os países europeus (de um
grupo de 20) onde o peso dos
trabalhadores “velhos” no total da
população ativa mais vai crescer até
2035. Só Espanha, Grécia e Itália
registam aumentos mais Em 2035 Portugal será dos países a ter uma
pronunciados. população ativa mais envelhecida
ADELAIDE CARNEIRO (foto)

Raquel Martins, Público,


08/07/2016
Análise Demográfica

Entre 1960 e 2014, a população portuguesa ganhou, em média, 16,7 anos


à nascença (EMV em 1960=63,6 anos em média; EMV em
2014=80,3 anos em média)
Análise Demográfica
Envelhecimento coletivo, com duas perspetivas:
• Envelhecimento demográfico (ou da população)
- Considera categorias etárias com limites
convencionais:
- Jovens - 0 a 14 anos
- Ativos -15 a 64 anos
- Idosos - 65 e + anos
- Expressa-se, também,
pelo
- Aumento da idade média
da população
- Aumento do índice de
envelhecimento
(idosos/100
jovens)
• Envelhecimento societal (ou
Análise Demográfica

Os Índices de envelhecimento (27,3% em 1960; 127,8% em 2011) e de longevidade (33,6% em


1960; 47,9% em 2011) sofreram um agravamento significativo entre 1960 e 2011.
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Fatores do
envelhecimento:
• Descida da natalidade
• Redução do número de jovens
• Diminuição do índice de fecundidade
• Incapacidade de renovação das gerações
• Aumento da esperança média de vida
• Reforço do peso da “quarta idade” (80 e mais anos de
idade)
• Redução da mortalidade Idade média da
1950 2000 2010 2050
população
(anos)
Na Europa 30 38 40 47
Em Portugal 26 38 41 50
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Duplo
envelhecimento:
- Base a “estreitar”
- Topo a “alargar”

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_p_etarias&menuBOUI=13707095&contexto=pe&selTab=tab4
Análise Demográfica
2020

2050

O “inverno demográfico” será irreversível se nada o


contrariar.
É notório o envelhecimento demográfico da
população portuguesa evidenciado através
das projeções do INE para as próximas
décadas. A meio do século, a pirâmide
mostra já uma inversão, mais marcada nas
2060 mulheres do que nos homens.
Portugal já estará a perder população.
Análise Demográfica
Evidências demográficas em Portugal no século
XXI:
• A população está muito mais envelhecida – 10 341 330 em 2015, -33 492
indivíduos do que em 2014.

• A idade média da populacã̧ o aumentou de forma mais rápida do


que na Europa – 38 anos em 2000 e 41 anos em 2010.
• O envelhecimento demográfico é influenciado pela redução dos níveis
de mortalidade e de fecundidade.
• A esperança média de vida é elevada e continuará a aumentar –
60 anos em 1960 e 83 anos em 2015.

• Não há capacidade de renovação de gerações – 3,2 filhos por mulher em 1960


e 1,3 em 2015.

• Redução do número de ativos por idosos – 7,9 ativos em 1960 e 3,5 ativos
em 2011.
Análise Demográfica

A fecundidade geral em 1961 foi de 95,7% e, em 2015, foi apenas de 36,0%


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De país natalista no início da segunda metade do século XX, o país passou a uma situação
própria de um país demograficamente envelhecido: TN=8,9‰ e TM=10,5‰
Análise Demográfica

Enquanto em 1960 havia 8 ativos por cada indivíduo de 65 e mais anos, em 2011 esse número
reduziu para cerca de metade, 3,5 ativos. Daí, falar-se da sustentabilidade da segurança social.
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“O envelhecimento é mau porque:

*A população estagna;

*Não há renovação de gerações;

*A produtividade diminui;

*Põe em risco a sustentabilidade da


Segurança social
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Qual o panorama com que se confronta a sociedade
portuguesa?
• Saldo natural negativo: 85 500 nascimentos contra 108 511 óbitos em 2015.
• Saldo migratório negativo: 29 896 imigrantes contra 40 377 emigrantes em 2015.
• População em decréscimo: menos 33 492 indivíduos em 2015 em relação a 2014.

• Agravamento dos índices de produtividade em relação aos países mais


desenvolvidos: Portugal não acompanhou as primeiras fases da revolução industrial; até 1960 o
país era essencialmente agrícola.

• Decréscimo da taxa de atividade até aos 25 anos: 67,6% em 1983 contra 33,4% em
2015 (consequência do aumento de anos de escolaridade obrigatória para 12 anos).

• Diminuição da taxa de atividade geral: 62,8% em 1983 contra 58,5% em 2015.


• Baixa qualificação da população portuguesa: 10,3% da população com ensino
secundário em 1998 contra 19,9% em 2015; 6,1% com ensino superior em 1998 contra 17,1 em 2015
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Em 2014, entre o valor mais elevado – 180,6 do Luxemburgo – e o valor mais baixo – 43,3 da Bulgária
– Portugal alcançou um valor de 70, portanto, inferior à média da UE (EU28=100)
Análise Demográfica

A baixa qualificação dos portugueses e a consequente menor produtividade, refletem-se num PIB per
capita, em paridade do poder de compra, igualmente, inferior à média europeia: 76 em 1995 e 78 em
2014.
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A taxa de atividade atinge os valores mais elevados nos grupos etários entre os 25 anos e os 54
anos: 89,1% dos 25-34 anos; 91,6% dos 35-44 anos e 84,9% dos 45-54 anos.
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Em 2015, ainda se registou um valor de 8,3% de portugueses sem qualquer nível de escolaridade. Com o
ensino secundário verificou-se um aumento de 10,3% para 19,9% de 1998 para 2015. O ensino superior
apresentou uma melhoria de 6,1 para 17,1% entre 1998 e 2015. Todavia, o esforço ainda é insuficiente.
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Soluções?

• Apoios à natalidade (Horários diferenciados; apoios sociais;


desagravamento de impostos; abono de família)
• Abertura à imigração (apesar dos riscos de descaraterização cultural)
• Criação de emprego
• Aposta na qualificação profissional
• Diversificação das propostas de percursos escolares mais
vocacionadas para o mercado de trabalho
• Investimento na sociedade do conhecimento (Portugal não acompanhou a
revolução industrial, não adotou a segunda fase, a da automatização, não pode
perder a revolução digital, a indústria 4.0)

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