Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SECRETARIA DE GESTÃO DO
TRABALHO E DA EDUCAÇÃO
NA SAÚDE
SECRETÁRIO
Heider Aurélio Pinto
CENTRO DE PESQUISAS
AGGEU MAGALHEÃES
DIRETOR
Sinval Pinto Brandão Filho
SECRETARIA ESTADUAL DE
SAÚDE DE PERNAMBUCO
SECRETÁRIA EXECUTIVA
Ana Maria Martins Cézar de Albuquerque
SECRETARIA EXECUTIVA DE
GESTÃO DO TRABALHO E
EDUCAÇÃO EM SAÚDE
SECRETÁRIA EXECUTIVA
Cinthia Kalyne de Almeida Alves
Recife
2014
Diagramação
Tuane Garcia Duarte Ferreira
Catalogação na fonte:
Bibliotecária Joselly de Barros Gonçalves, CRB4-1748
Inclui referências.
ISBN 978-85-415-0496-6 (v.1)
ISBN 978-85-415-0497-3 (v.2)
ISBN 978-85-415-0498-0 (v.3)
Eduardo Freese
Pesquisador do Nesc/CPqAM/Fiocruz
RESUMO
INTRODUÇÃO
40%
35% 34,9%
32,9%
30%
27,8%
26,2%
25%
23,2%
20%
16,8%
15%
11,0%
10%
5%
0%
1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Fonte: IBGE1
Para que tal determinação fosse cumprida, foi criado o Sistema Único de
Saúde (SUS). Mesmo com recursos públicos escassos e disputados por diferentes
áreas, o Brasil viveu uma grande evolução no atendimento à população.
As dificuldades para implementação da determinação constitucional de
universalização dos serviços de saúde e suas normas posteriores eram muito
grandes. Em 1980, mais de 40 milhões de brasileiros não tinham acesso aos
serviços de saúde, ou seja, 1/3 da população daquela época4.
O sistema de saúde pública anterior atendia apenas a parcela da população
integrada ao mercado formal de trabalho. Com recursos restritos e numa situação
econômica adversa, o SUS teve que atender à demanda de toda a população. E
ainda, sem investimentos e com a compressão nos valores da remuneração dos
GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: A VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM FOCO I 25
agentes, progressivamente a qualidade do serviço foi se degradando5.
Outro elemento que contribuiu para a expansão da política de saúde foi a
Emenda Constitucional nº 29, de 13 de setembro de 2000, que estabeleceu os
percentuais mínimos de recursos a serem aplicados nas ações e serviços públicos
de saúde para os três entes da Federação. Para a União, os recursos tinham como
referência o gasto do ano anterior atualizado pela variação nominal do Produto
Interno Bruto (PIB). Para os Estados e o DF, 12% do produto da arrecadação
de impostos e das transferências constitucionais. Para os Municípios, 15% da
arrecadação de impostos e das transferências constitucionais.
A PNAD 2008 aponta que existiam 140,7 milhões de habitantes sem
cobertura de planos de saúde e 49,1 milhões com cobertura, ou seja, 25,8%
têm planos de saúde. O primeiro grupo, que representa aproximadamente ¾ da
população brasileira, é, portanto, dependente do sistema público de saúde.
O processo de crescimento ou decrescimento da população humana é
chamado de transição demográfica. No Quadro 1 são apresentados, de forma
sintética, como se comportam os coeficientes em cada fase, conforme definido
por Pereira6:
RESULTADOS
Fonte: IBGE3
Fonte: IBGE12
Tabela 2 - Distribuição relativa das mulheres unidas de 15 a 44 anos, segundo o uso de métodos
anticoncepcionais e tipo de método, PNDS, 1996 e 2006.
Fonte: IBGE12
Fontes: IBGE-PNAD15.
(*) a) Pessoas Pobres cálculo dos autores com base no número de
domicílios/PNAD; b) PNAD
Fonte: IBGE.16
Fonte: IBGE17.
Fonte: IBGE7
Fonte: IBGE7.
DISCUSSÃO
Segundo o IBGE, Taxa de Fecundidade(*) Total é o número de filhos que, em média, teria uma mulher, pertencente a uma coorte hipotética de
mulheres, que durante sua vida fértil tiveram seus filhos de acordo com as taxas de fecundidade por idade do período em estudo e não estiveram
expostas aos riscos de mortalidade desde o nascimento até o término do peíodo fértil.
RESUMO
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
Nota: PVHIV - Pessoas Vivendo com HIV. HCP- Hospital Correia Picanço. ARV- antirretrovirais.
Fonte: Elaborada pelas autoras.
Fonte: Elaborada pelas autoras. Nota: PVHIV- Pessoas Vivendo com HIV. HCP: Hospital
Correia Picanço.
*Escrito no prontuário que a baciloscopia do escarro foi positiva.
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base no que foi visto no decorrer desta pesquisa, pode-se apontar,
como resposta ao problema exposto, que as mulheres alcoolistas apresentaram
explicações de caráter psicológico para o uso de álcool sem controle, em
suas vidas. Embora essas teorias etiológicas sejam marcadamente revestidas
de caráter social. Ou seja, ainda que haja uma forte tendência às explicações
genéticas para o alcoolismo em geral, as mulheres pesquisadas indicaram uma
dimensão psicossocial para a ocorrência do alcoolismo em suas vidas.
Percebeu-se que as participantes fazem uso excessivo de álcool
relacionado a situações sociais de privação econômica e perdas afetivas - como
uma separação conjugal ou morte de entes queridos. Refletimos que o aumento
do uso de álcool, entre as mulheres, está ligado à alteração de seu papel social,
à medida que a censura social frente à embriaguez da mulher vai diminuindo e
se aproximam os hábitos de beber entre os sexos.
Com relação às consequências do uso, o que chamou a atenção foi a
informação das entrevistadas com relação aos problemas psicológicos, dentre
os quais são fortemente citadas a depressão e a solidão. O achado está em
concordância com os estudos realizados sobre comorbidades, atestado que
as mulheres alcoolistas têm frequentemente transtornos depressivos, o que
permite então supor que as tentativas de suicídio têm alguma correlação com
esses quadros depressivos. E ainda mais: parece existir, além da urgência de se
desenvolverem estratégias de sensibilização das mulheres ao tratamento, algum
tipo de trilha a ser cursada no âmbito da dinâmica do sofrimento das mesmas.
Estas mulheres demandam espaços relativos a medidas de caráter
preventivo, podem ser organizadas, a fim de vencer o isolamento e o ápice do
sofrimento, que pode ocasionar o suicídio.
As representações do alcoolismo feminino, que circulam no tecido social
e que incluem uma invisibilização da questão como um problema de saúde
GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA: A VIGILÂNCIA EM SAÚDE EM FOCO I 73
pública, podem ter um efeito iatrogênico: a intolerância, a condenação e a
exclusão contribuem para a depreciação das alcoolistas, afastando-as das [ou
retardando as] possibilidades de enfrentamento e superação dos desafios que se
estabelecem na vida social e familiar. Em outras palavras, somente acrescentam
prejuízos maiores que o próprio consumo das bebidas alcoólicas.
REFERÊNCIAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
Fonte: Aragão21
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
Fonte: Aragão 21
Fonte: Aragão 21
Nunca este tipo de avaliação foi realizado em nível municipal; até mesmo,
em nível estadual (VI Geres), se verificou a necessidade desta intervenção.
Além disso, é importante salientar que muito provavelmente, quanto mais uma
avaliação for bem-sucedida, mais ela abrirá caminhos para novas perguntas. Ela
semeia dúvidas, sem ter condições de dar todas as respostas e não pode nunca
terminar realmente, devendo ser vista como uma atividade dinâmica no tempo,
apelando para atores numerosos, utilizando métodos diversos e envolvendo
competências variadas12.
Partindo do contexto de que o Programa Vigiágua no município,
anteriormente não estava implantado, foi necessário se averiguar em que nível
de operacionalização estava o seu grau de implantação. O grau de implantação
é a contribuição das três dimensões – Estrutura, Processo e Resultado -
verdadeiramente implantados no programa; estimado de forma ponderada; e o
conceito de implantação refere-se à extensão da operacionalização adequada de
uma intervenção14.
A partir deste estudo, se verificou, por meio de Avaliação, que o Programa
Vigiágua no Município de Buíque, ainda está em nível Insatisfatório.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
RESULTADOS
REFERÊNCIAS
1. Cortez SAE. Acidente do trabalho: ainda uma realidade a ser desvendada. [Dis-
sertação] São Paulo: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo; 2001.
2. Oliveira JTA, Bergamasco SMPP. Impactos ambientais de sistemas de produção
segundo as lógicas produtivas. Rev. Eletr Mestrado em Educação Ambiental.
2003; 10:51-61.
3. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria Interministerial nº. 800, de
03 de maio de 2005. Aprova a Política Nacional de Segurança e Saúde do Traba-
lhador. Brasília, 2005. [Acesso em: 4 nov. 2011]. Disponível em : < http://www.
previdencia.gov.br/arquivos/office/3_081014-105449-562.pdf >.
4. Brasil. Ministério da Previdência Social. Acidentes do trabalho. In: Anuário esta-
tístico da previdência social. Brasília: 2009.
5. Rehder M. Crescem acidentes de trabalho com retomada das obras. São Paulo,
2012. [Acesso em 4 fev. 2012]. Disponível em < http://veja.abril.com.br/noticia/
economia/crescem-acidentes-de-trabalho-com-retomada-das-obras >.
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilân-
cia epidemiológica. 6. ed. Brasília : 2005. 816 p. – (Série A. Normas e manuais
técnicos).
7. Corrêa MJM, Merlo ARC, Mendes JMR, Facchini LC. A Vigilância epidemioló-
gica em saúde do trabalhador no SUS: um desafio à organização e a integralidade
da atenção. In: Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador, 3., 2005, Brasília,
Coletânea de Textos. Brasília, 2005. p. 13-16.
8. Brasil. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana de Saúde. Fundação
Oswaldo Cruz. A experiência brasileira em sistemas de informação em saúde.
Brasília : 2009. (Série B. Textos básicos de saúde).
9. Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Processo de regionalização. Recife,
2008. [Acesso em: 2 nov. 2011]. Disponível em < http://www.geastpernambuco.
RESUMO
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
Fonte: Elaborado pelos autores. Nota1: (1): Através do teste Exato de Fisher.
Nota2: * Solteiro / Separado / Divorciado / Viúvo. Nota3: ** Casado / Companheiro
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
14. Martinez MC, Latorre MRDO, Fischer FM. Capacidade para o trabalho: revisão
de literatura. Ciên Saúde Col. 2010; 15(s.1): 1553-61.
15. Ilmarinen J. The work ability index (WAI). Occupat Environ Med. 2007(57):160.
16. Ilmarinen J. 30 years of work ability and 20 years of Age Management in Finland.
Paper given to 4th Symposium on Work Ability. Helsinki: Tampere, 2010.
17. Tuomi K. et al. Índice de capacidade para o trabalho. 2 ed. São Carlos: Editora da
Universidade Federal de São Carlos, 2005.
18. Organização Mundial da Saúde. Vieillissement et capacité de travail: Rapport
d’un Groupe d’Étude de l’OMS. Genève, 1993. (Série de rapports techniques, n.
835).
19. Gould, R. et al. Dimensions of work ability: results of the health 2000 survey.
Helsinki: Waasa Graphics Oy, 2008.
20. Andrade CB, Monteiro MI. Envelhecimento e capacidade para o trabalho dos
trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. Rev Esc de Enferm USP. 2007;
41(2):337-44.
21. Costa IMAR. Trabalho por turnos, saúde e capacidade para o trabalho dos en-
fermeiros. 2009. Dissertação (Mestrado em Saúde Ocupacional). Faculdade de
Medicina, Universidade de Coimbra, 2009.
22. Gaspary LT, Selau LPR, Amaral FG. Análise das condições de trabalho da Polícia
Rodoviária Federal e sua influência na capacidade para trabalhar. Rev Gestão Ind.
2008; 4(2):48-64.
23. Goedhard R, Goedhard W. Work ability and perceived work stress. In: Costa G.;
Goedhard W, Ilmarinen J. (editores). Assessment and promotion of work ability,
health and well-being of ageing workers. Helsiki: Elsevier, 2005, p. 79–83.
24. Martinez MC. Estudo dos fatores associados à capacidade para o trabalho em
trabalhadores do Setor Elétrico. 2006. Tese (Doutorado em Saúde Pública). Facul-
dade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, 2006.
25. Martinez MC, Latorre MRDO. Saúde e capacidade para o trabalho em trabalha-
dores de área administrativa. Rev Saúde Públ. 2006; 40(5): 851-8.
26. Martinez MC, Latorre MRDO. Saúde e capacidade para o trabalho de eletricitá-
rios do Estado de São Paulo. Ciênc Saúde Col. 2008; 13(3): 1061-71.
28. Silva LG. et al. Capacidade para o trabalho entre trabalhadores de higiene e lim-
peza de um hospital universitário público. Rev Eletr Enferm. 2010;12(1): 158-63.
Disponível em http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n1/v12n1a19.htm. Acesso em 12
de dezembro de 2011.
29. Campos RS. Avaliação dos desconfortos musculoesqueléticos e da capacidade
para o trabalho em servidores do Tribunal Regional do Trabalho de Goiânia – GO.
Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Faculd Ciênc da Saúde, Universi-
dade de Brasília, 2011.
30. Fischer FM. et al. Work ability of health care shift workers: what matters?, Chro-
nobiol Internat. 2006; 23(6): 1165-79.
31. Fischer FM, Martinez MC. Work ability among hospital food service professio-
nals: multiple associated variables require comprehensive intervention. Work.
2012(41):3746-52.
32. Hägglund K, Helsing C, Sandmark H. Assistant nurses working in care of ol-
der people: associations with sustainable work ability. Scand J Caring Sci.
2011(25):325-32.
33. Hilleshein EF. Capacidade para o trabalho de enfermeiros de um hospital univer-
sitário: interface entre o pessoal, o laboral e a promoção da saúde. 2011. Disser-
tação (Mestrado em Enfermagem). Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2011.
34. Ilmarinen J. Challenges of the aging of the workforce in the European Union. In:
Rantanen, J. et al., editors. Work in the global village: Proceedings of the Con-
ference International Conference on Work Life in the 21st Century (People and
Work Research Reports 49). Helsinki, Finland: Finnish Institute of Occupational
Health; 2002. p. 57–63.
35. Menegon FA. Atividade de montagem estrutural de aeronaves e fatores associa-
dos à capacidade para o trabalho e fadiga. Tese (Doutorado em Saúde Ambiental)
- Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, 2011.
36. Milosevic M. et al. Work ability as a major determinant of clinical nurses’ quality
of life. J Clin Nursing, Croatian, 2011;(20): 2931-38.
37. Negeliskii C. O estresse laboral e a capacidade para o trabalho de enfermeiros no
Grupo Hospitalar Conceição. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola
de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
38. Negeliskii C, Lautert L. Estresse laboral e capacidade para o trabalho de enfer-
meiros de um grupo hospitalar. Rev Latino–amer Enferm. 2011;19(3).
39. Pohjonen T. Key components of work ability and how to maintain them. Newslet-
ter Finnish Institute. 1999; 1:4-5.
40. Silva Júnior SHA. Avaliação de qualidades psicométricas da versão brasileira do
Índice de Capacidade para o Trabalho. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública)
- Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro,
2010.
41. Sjögren-Rönkä T. et al. Physical and psychosocial prerequisites of functioning in
RESUMO
Os altos índices de infestação pelo Aedes aegypti registrados, desde 1997, em Santa Cruz
do Capibaribe-PE (IIP = 5,8 a 13,2%), nos ciclos bimestrais do Programa de Controle da
Dengue, indicaram a necessidade de utilizar novos métodos de abordagem objetivando
resultados que apresentassem maior impacto sobre o vetor dos vírus da Dengue. Neste
sentido, um Sistema de Monitoramento e Controle Populacional do Aedes aegypti
(SMCP-Aedes), desenvolvido pela rede Saudável-Sistema de Apoio Unificado para
Detecção e Acompanhamento em Vigilância Epidemiológica, foi testado no município,
desde 2008, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e a Fiocruz-PE. O sistema
incluiu: a) uma rede de 262 ovitrampas-sentinela (OVT-S) georreferenciadas, com
coleta mensal de 524 palhetas (suportes de oviposição das OVT-S), contagem dos
ovos e repasse das informações para um banco de dados geográficos que analisa e gera
mapas de distribuição de densidades; b) remoção mecânica massiva de ovos e de alados
do ambiente, utilizando ovitrampas-controle (OVT-C) e aspiradores mecânicos, em
locais priorizados com base na vigilância entomológica. A avaliação dos resultados da
aplicação do SMCP-Aedes em Santa Cruz do Capibaribe, de maio/2008 até abril/2010,
revelou que eles produziram uma compreensão mais clara da ocupação do território
urbano pelo vetor, mostrando níveis altos de infestação geral e indicando as áreas
com maior concentração populacional de Ae. aegypti. O sistema, muito sensível para
detectar e distinguir baixas e altíssimas densidades do inseto, permitiu medir o impacto
das ações integradas de controle mecânico, que resultaram na eliminação de 4,5 milhões
de ovos de Aedes, em seis meses, e de 10.819 culicídeos adultos, causando redução
significativa da densidade do vetor. As ferramentas e estratégias empregadas neste
sistema favoreceram a compreensão da biologia do vetor, pelos habitantes. A inserção
dessas ferramentas estimulou maior compromisso e, como consequência, melhor
atuação da equipe responsável pelo controle da doença.
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Monitoramento do vetor
Figura 1 - Mapa da área de estudo em Santa Cruz do Capibaribe indicando a localização das
ovitrampas (detalhe de uma ovitrampa sentinela, palhetas e tubos com Bti)
Fonte: Arquivos da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Capibaribe13; Banco de Dados Geográficos
SAUDAVEL-SMCP-Aedes14.
Controle do vetor
No PNCD:
RESULTADOS
Monitoramento
Remoção de ovos
Aspiração de mosquitos
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. Regis L, Souza WV, Furtado AF, Fonseca CD, Silveira Jr. JC, Ribeiro Jr. PJ. et
al . An entomological surveillance system based on open spatial information for
participative dengue control. An Acad Bras Ciênc 2009; 81(4):655-62.
2. Tauil PL. Perspectivas de controle de doenças transmitidas por vetores no Brasil.
Rev. Soc Bras Med Trop. 2006; 39(3):275-7.
3. Teixeira MG, Costa MCN, Barreto F, Barreto ML. Dengue: twenty-five years
since reemergence in Brazil. Cad Saúde Públ. 2009; 25(s. 1):7–18.
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de
epidemias de dengue. Brasília: 2009. (Série A. Normas e manuais técnicos).
5. Medronho RA. Dengue no Brasil: desafios para o seu controle. Cad Saúde Públ.
2008; 24(5):948-9.
6. Morato VCG, Teixeira MG, Gomes AC, Bergamaschib DP, Barreto ML. Infesta-
tion of Aedes aegypti estimated by oviposition traps in Brazil. Rev Saúde Públ
2005; 39(4):553-8.
7. Regis L. et al. Plano de Implantação do Sistema de Monitoramento e Controle
Populacional do Aedes aegypti em municípios de Pernambuco. Recife: Centro de
Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 2008.
8. Braga C, Luna CF, Martelli CM, Souza WV de, Cordeiro MT, Alexander N, et
al. Seroprevalence and risk factors for dengue infection in socio-economically
distinct areas of Recife. Acta Trop. 2010; 113(3):234–40.
9. Barreto ML, Teixeira MG, Bastos FI, Ximenes RA, Barata RB, Rodrigues LC.
Successes and failures in the control of infectious diseases in Brazil: social and
environmental context, policies, interventions, and research needs. Lancet. 2011;
377(9780):1877-89.
RESUMO
INTRODUÇÃO
Avaliação em saúde
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
Fonte: Elaboração pelos autores, com base em informações obtidas no Cievs nacional
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
O principal objetivo deste trabalho é analisar a utilização das ferramentas de acesso aos
dados dos Sistemas de Informações em Saúde – SIS, disponibilizadas pelo Departamento
de Informática do SUS, por parte dos gerentes e coordenadores da Secretaria Estadual
de Saúde de Pernambuco – SES - PE. Para tanto, foi realizada uma pesquisa quantitativa
e qualitativa, de natureza exploratória, a partir de um estudo de caso. A pesquisa foi
dividida em duas fases: na primeira, foi aplicado um questionário estruturado com
perguntas objetivas. A população respondente foi composta por todos os gerentes e
coordenadores integrantes das Secretarias Executivas da SES-PE. Foram então
identificados os gerentes e coordenadores, entrevistados na segunda parte da pesquisa,
de natureza qualitativa, devido às características do objeto de estudo. As entrevistas
foram semiestruturadas. A coleta de dados foi interrompida quando ocorreu a saturação
de informação. Entrevistou-se 15 gerentes e coordenadores, e a partir da análise narrativa
de conteúdo, criaram-se três categorias: relação com os dados de saúde na rotina de
trabalho; conhecimento e utilização das ferramentas de acesso aos dados dos SISs e uso
dos dados dos SISs captados pelas ferramentas de acesso. Na sua rotina de trabalho, os
gerentes e coordenadores solicitam levantamentos de dados a terceiros, porém também
utilizam as ferramentas estudadas para acessá-los. As ferramentas mais utilizadas são o
Tabwin, Tabnet, Cadernos de Informação de Saúde, Indicadores de Dados Básicos e o
Tabdos. Há necessidade de ampliar e redefinir os treinamentos nas ferramentas dentro
da SES-PE. A utilização dos dados dos SISs, levantados pelas ferramentas de acesso,
tem influenciado diretamente na tomada de decisão e no planejamento das ações. A
utilização das ferramentas de acesso aos dados dos SISs vem sendo fortalecida e sua
qualidade melhorada para utilização da informação na gestão da saúde.
INTRODUÇÃO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
RESULTADOS
Foram identificadas várias formas de captação dos dados dos SISs. Uma
fração depende da ação de terceiros, outra levanta seus próprios dados utilizando as
ferramentas aqui estudadas, e por último existem os que captam tais dados diretamente
dos SISs. A maioria dos entrevistados executava seu próprio levantamento através
de alguma ferramenta. Porém, eles não deixavam de também solicitar a terceiros,
de acordo com o tempo e conveniência na ocasião da necessidade.
Treinamento
Esse estudo identificou que havia uma baixa utilização do Tabdos por parte
dos entrevistados. Porém, os poucos que o utilizavam, enfatizaram a importância
desta ferramenta, principalmente com relação a análises envolvendo grande
número de variáveis. Este resultado pode ser explicado pela visão equivocada
que os “usuários” em potencial têm de sua utilização. Esse equívoco sobre a
utilidade do Tabdos foi evidenciado por um entrevistado. Ou seja, o fato de que
o Tabdos é executado no sistema operacional DOS não o dissocia das bases
de dados atuais, pois tanto em DOS como em Windows, a base de dados dos
SIS do Datasus é sempre disponibilizada para tabulação em arquivos do tipo
“.DBF” (base de dados DBASE).
Verifica-se uma baixa utilização dos CISs. Esse fato deve ser consequência
da forma estática (não pode ser alterado) e agregada por município, como os
CISs são organizados. O objetivo dos CIS é bem apontado pelo depoimento de
dois dos entrevistados: “Caderno de Informação? Utilizo muito pouco” (C007).
“O Caderno de informações? Uso muito pouco também” (C005).
Treinamentos
REFERÊNCIAS
Formato
14,8 x 21 cm
Tipografia
Times New Roman
Papel
Capa em Triplex 250g/m2
Miolo em Offset 75g/m2