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ESPREITAR OS CONTEÚDOS > 11º ANO > LÍNGUAS E HUMANIDADES     

4.1. POPULAÇÃO DA EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII: CRISES E CRESCIMENTO


ECONOMIA E POPULAÇÃO

Economia pré­industrial:

Base agrícola
Debilidade tecnológica
Expansão demográfica limitada pela produção de recursos alimentares
Crescimento e recessão coincidem com aumento ou diminuição da população

Evolução demográfica da época moderna:

Crescimento pujante no séc. XVI
Abrandamento ou retrocesso no séc. XVII
Expansão a partir dos anos 40 do séc. XVIII

Explicação radica no sistema económico que vigorou até ao fim do séc. XVIII (economia pré­industrial) e ainda:

Utensílios rudimentares
Sem fertilizantes químicos
Sem meios de combater pragas
Camponês estava totalmente à mercê da fertilidade natural dos solos e das condições climatéricas
Fraqueza tecnológica condicionava a produção
Impedia o seu aumento e colocava um teto aos recursos alimentares
Este teto estabelecia também o limite máximo de número de homens

Equilíbrio entre recursos alimentares e contingente populacional rompia­se com frequência
Picos súbitos de mortalidade – característica do modelo demográfico antigo

EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA
O modelo demográfico do Antigo Regime

Elevada mortalidade (normalmente 35/mil)
Era necessário 2 nascimentos para produzir 1 adulto
Natalidade era alta
Quando não havia calamidades, a população crescia
Os ganhos populacionais reduziam­se facilmente em pouco tempo (c/ fome ou epidemias)
E havia uma crise demográfica
Depois havia acalmia e recuperação
Crescia a diferença entre o n.º de nascimentos e o de óbitos
Crises de mortalidade são característica permanente do modelo demográfico antigo
Séc. XVI = crescimento e prosperidade (mas também houve crise de mortalidade)
Séc. XVII = séc. trágico – elevação brutal dos óbitos era intensa e continuada

O século XVII

Séc. XVII – tempo de desgraças e dificuldades: fome, peste, guerra
Terá existido um arrefecimento climático: Invernos rigorosos, verões frescos e húmidos (apodrecem colheitas)
A fome trazia a doença

Corpos debilitados em que a infecção se instalava facilmente
Contágio rápido
Bandos de esfomeados percorriam os caminhos – disseminam

As epidemias completavam a catástrofe
Fugia­se para o campo e só ficavam os pobres na cidade
A guerra também foi permanente no séc. XVII
A Guerra dos Trinta anos destaca­se (1618­1648 – devastou regiões inteiras da Alemanha – pop. Das cidades terá decrescido 33% e do campo, 40%)

Balanço demográfico

Historiadores chamam­lhe: Século sombrio, tempos difíceis
Época c/ problemas demográficos e económicos, turbulência social e devastadoras guerras
Mas, no seu conjunto, o número de europeus não diminuiu – estagnou ou teve um ligeiro aumento

O século XVIII

Conjuntura depressiva do séc. XVII prolonga­se pelas primeiras décadas do XVIII
1730­40 – a situação altera: população começa a crescer e não mais se inverterá esta situação, na História

Uma nova demografia em meados do séc. XVIII

Crescimento deveu­se a acentuada diminuição da mortalidade
Factores do recuo da morte: Inovações da agricultura, progressos da indústria, desenvolvimento dos transportes, conquistas da medicina
A fome e a doença diminuíram na Europa – deu acentuado crescimento demográfico
O clima: favorável, com anos de boas colheitas e adverso às epidemias
Descobriu­se a vacina
A prática médica ganha terreno (muito na obstetrícia: surgem ensinamentos nas universidades e formação de parteiras)
Recuo da mortalidade, rejuvenesceu a população europeia e prolongou a vida
O crescimento foi tão evidente que preocupou os contemporâneos
Thomas Malthus – Ensaio sobre o princípio da população (visão quase apocalíptica do futuro da humanidade – preconizava a limitação de nascimentos)

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