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A população na Europa nos séculos XVII e XVIII

Como se consegue estudar a população da Europa nos séculos XVII e XVIII?


O recurso à demografia histórica, assente nos trabalhos interdisciplinares de História e
Demografia é fundamental para o conhecimento da população da Europa nos séculos
XVII e XVIII.
A principal fonte para o estudo da população são os registos paroquiais que
permitem reconhecer, por aproximação, as oscilações e as estruturas demográficas
num determinado espaço e tempo, as listas de impostos e outros registos cruzados
com a análise de diferentes fontes históricas.

Trabalho de pesquisa
Demografia da Idade Moderna
- Séc. XVI e XVII

- Séc. XVIII (a partir de 1730-40)


XVI e XVII XVIII
A partir de 1730-40

Lento crescimento Progressivo


da população crescimento da
população
Antes da Revolução Industrial do séc. XVIII, a Europa caracterizava-se, no que diz respeito
modelo demográfico antigo ou
à população, por aquilo a que se chama o

modelo demográfico do Antigo Regime (séculos XV, XVI, XVII, primeira


metade do séc. XVIII), apresentando as seguintes características:
.

. Taxa de Mortalidade muito elevada, na ordem dos 35%0


. Taxa de Natalidade elevada, cerca de 40%0
. Taxa de Mortalidade Infantil muito elevada
. Crescimento lento da população (Tx. de Crescimento Natural)
. Existência de crises demográficas
A população oscilava frequentemente.
Para o historiador Fernand Braudel era o “sistema das marés”.
Ver doc.5 da pág.
16

A oscilação da população ficou a dever-se ao sistema económico que vigorou na


Europa, até ao fim da século XVIII, designado por ECONOMIA PRÉ-
INDUSTRIAL, caracterizada por:
- Uma base agrícola (ver doc.1 pág.12)
- Pelo atraso tecnológico.
- A população vivia no limiar da subsistência
A maior parte da população (cerca de 80%) dedicava-se à agricultura, utilizando
utensílios rudimentares (foice, enxada), empregando, exclusivamente, a força
animal e humana, praticando o pousio e desconhecendo o uso de fertilizantes. A
debilidade tecnológica não permitia aumentar a produtividade, logo, o aumento da
população era “bloqueado” pelas fomes.
Jacques Lagniet, O Nobre é a aranha e o camponês é a mosca, século XVII

Através do pagamento de impostos os camponeses alimentam os senhores e contribuem


para aumentar os seus rendimentos.
Razões que justificam a demografia do Antigo Regime

Fom
e
Razões que justificam a demografia do Antigo Regime
Razões que justificam a demografia do Antigo Regime
Reconhecer uma crise demográfica
(ver gráfico pág. 15 do manual)
No modelo demográfico antigo, as crises demográficas eram frequentes.
Caracterizavam-se por uma elevação brusca das mortes para o dobro ou o triplo da
Tx.M. (picos de mortalidade), acompanhada de uma quebra muito acentuada dos
nascimentos e dos casamentos [recuo da natalidade e da nupcialidade], a que se
seguia uma fase de recuperação da crise, restabelecendo-se os índices habituais de
mortalidade, natalidade e nupcialidade.
Estas crises eram geralmente de curta duração (alguns meses), são uma
característica do modelo demográfico antigo e explicam-se pela quebra do equilíbrio
entre a mortalidade e a natalidade, devido a uma fome ou a uma epidemia.
Período em que os óbitos ultrapassam as conceções.

Meados de 1693 até final de 1694


Por que razão se pode afirmar que esse período é de crise?

É de crise porque nesse período a mortalidade ultrapassa, em muito, as conceções.


O que origina essa crise?

A subida do preço do trigo.

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