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conhecimentos
A evolução demográfica
Relativamente à redução geral da Taxa de Mortalidade na Europa Ocidental, foram avançadas várias propostas de
explicação:
– os avanços na produtividade agrícola (que explicariam o recuo da fome, contribuindo para uma maior resistência à
doença);
– os progressos na higiene (pelo uso do sabão, nomeadamente);
– as conquistas na medicina (graças, por exemplo, à vacina contra a varíola, descoberta por Jenner, à prática da
quarentena para os enfermos de doenças contagiosas e ao desenvol- vimento, já referido, da obstetrícia);
– o desenvolvimento dos meios de transporte (facilitando o acesso aos bens essenciais de consumo);
– a ocorrência de menos guerras;
– o clima mais favorável (resultando em boas colheitas);
– o recuo da Peste (desde 1720).
Enfim, todo um conjunto de fatores (dos quais é difícil destrinçar o mais importante) concorreram para o surgimento
de um novo modelo demográfico. O recuo da mortalidade, juntamente com a manutenção de uma Taxa de Natalidade
elevada, provocaram o rejuvenescimento da população e o aumento da esperança média de vida. No século XVIII,
Thomas Malthus reflectia, na sua obra Ensaio Sobre o Princípio da População, as preocupações com este crescimento
populacional, ao preconizar a limitação dos nascimentos como único meio de evitar as catástrofes alimentares que
adviriam da desproporção entre o crescimento da população e o dos alimentos.