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COMPONENTE CURRICULAR: Geografia

TURMAS:
ANO: 3º ANO Médio 32 A - 1
32 A - 2
32 A - 3
32 A - 4

Professores: Sandra Lameira e Jorge França


FORMAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Sociedade brasileira Até 1534 não se pode falar em


uma organização econômica e social brasileira, uma
vez que a economia era essencialmente de
subsistência, com cerca de 4 a 8 milhões de índios
de diferentes etnias vivendo da roça itinerante, coleta
de frutos, raízes, tubérculos, caça e pesca.
Três grupos básicos deram origem à população
brasileira:
Índio
Branco
Negro

No início do século XX, mais um grupo veio integrar a população


brasileira: o amarelo, de origem asiática recente, principalmente
japoneses e, em menor quantidade, chineses e coreanos.
POVOS INDÍGENAS NO BRASIL
O contingente de brasileiros que se declaram índios
aumentou 150% na década de 1990, num ritmo quase
seis vezes maior que o da população em geral.
Dinâmica Populacional
 Estuda as variações na quantidade da população,
observando os elementos do crescimento e da
estrutura da população.

 Três tipos de indicadores: mortalidade, natalidade


e fecundidade, além das migrações.
 A mortalidade é calculada a partir da relação entre o
número de óbitos em um determinado ano por mil
habitantes
 A natalidade é calculada com base no número de
nascimentos em um dado ano, e depois multiplica-se o
resultado por mil;
 A taxa de fecundidade relaciona o número de crianças com
menos de cinco anos ao número de mulher em idade
reprodutiva (varia-se conforme o país, podendo ser de 15 a
44; 14 a 49; ou 20 a 44 anos).

Avaliando assim, a
quantidade de filhos
que uma mulher teria ao
final de sua idade
reprodutiva.
 Quando observado a estrutura da população, pode se
estudar dois elementos:

 a idade, mostrando o percentual de jovens, adultos e


idosos de uma população;

e o sexo, destacando a distribuição


percentual de homens e mulheres de uma população.
 A estrutura da população é representada em forma de
pirâmide
 Mudanças na dinâmica
populacional
 melhoria do padrão de vida da população

 Redução na taxa de mortalidade nos países mais


industrializados (redução das taxas de fecundidade), e
posteriormente em países não-industrializados.
 Redução foi mais acentuada após a II Guerra Mundial, e
não foi seguida pela queda da taxa de fecundidade.

 Isto provocou uma rápido crescimento populacional


 mito EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA (ALVES, 2008).
 Surgimento de teoriassobre as populações
(Neomalthusianos, 1968)
 políticas de controle populacional

 Redução das taxas de fecundidade e com a já baixa taxa


de mortalidade
 novo mito, IMPLOSÃO POPULACIONAL, (ALVES,
2008).
 com teorias que criticam o uso de meios contraceptivos
 Transição demográfica é o termo que os especialistas
empregam para descrever a dinâmica do crescimento
populacional.

 É o processo pelo qual, percebe-se uma tendência de


estabilização, crescimento ou redução populacional, tendo
em vista a evolução das taxas de natalidade e mortalidade.

 Três fases

FASE

Redução da mortalidade com


elevação das taxas de natalidade;

Há ampliação do crescimento
natural da população.

 EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA.

FASE

Natalidade e mortalidade estão em


queda, mais ainda persiste uma grande
diferença, com elevado crescimento
populacional.

ESTABILIZAÇÃO
DEMOGRÁFICA

FASE
Queda da natalidade é mais
acentuada que a da mortalidade; ou
seja, o crescimento natural diminui
e atinge o patamar inicial.

IMPLOSÃO
DEMOGRÁFICA
.
 O modelo de transição demográfico é apenas teórico;

 As transformações ocorridas nos séculos XIX e XX


reforçam as teorias de que os países passaram por uma
fase máxima de crescimento populacional, seguida por
uma fase de declínio ou estabilização.
 Na África e Oriente Médio, a maioria dos países encontra-
se na 1ª fase, de explosão demográfica.

 Em quase todas as nações da América Latina e Sudeste


Asiático, prevalecem a 2ª fase, de estabilização
demográfica.

 Já os países da América do Norte, e


Europa Oceania,ou
demográfica
predomina a 3ª fase, de implosão
regime demográfico
moderno.
Estrutura Etária da População

 Está diretamente ligado as taxas de natalidade,


mortalidade e crescimento vegetativo, sendo representado
por gráficos em forma de pirâmide.
Pirâmide Etária

É utilizada no estudo do
perfil populacional atual de
um determinado local;

É útil como base


comparação ou
para projeções de
futuras.
mesmo
 Análise de Pirâmide Etária

Formato: base larga / topo estreito.


Países subdesenvolvidos em de crescimento
fase acelerado.
Países africanos e do sudeste
asiático.

Características:
 País com população predominantemente jovem. (base)
Possui expectativa de vida reduzida. (topo)
 Condições médico-hospitalares precárias.
 Não há planejamento familiar, pois a população não possui informação e acesso aos
recursos anticoncepcionais.
Formato: base pouco estreita / restante triangular.
Países subdesenvolvidos industrializados em fase de
transição demográfica.
Países da América Latina e México.

Características:
Países com nível sociocultural um pouco mais elevado;
Maior planejamento familiar;
Maior acesso a recursos hospitalares e anticoncepcionais;
Maior participação da mulher no mercado de trabalho;
Custo elevado de criação de filhos;
Maior preocupação com o padrão de vida familiar;
Baixa expectativa de vida. (topo)
Formato: Forma irregular / topo
largo.
Países desenvolvidos em fase de
estabilização
demográfica.
América do Norte, Europa e
Oceania.

Características:
População predominantemente envelhecida;
Taxas de natalidade reduzidas. (base);
Maior expectativa de vida dos idosos. (topo);
Possui gastos elevados em previdência social;
O setor médico-hospitalar é caracterizado como de alta tecnologia, o que eleva a expectativa
de vida dos idosos;
A educação possui padrões elevados, devido a baixa quantidade de usuários.
Dinâmica Populacional Brasileira -
Histórico
 As linhas de nossa evolução econômica
tem sido propostas de fora para dentro:

• durante a colônia era explicito;


• depois da independência, a demanda externa suscitou o
novo ciclo do açúcar, café, algodão, cacau e borracha;
• abriram-se novos territórios à ocupação humana,
construíram-se cidades, portos, vias férreas, negros
escravizados foram trazidos da África, depois imigrantes
da Europa.
 Segundo Paul Singer, a Dinâmica populacional brasileira
resultou em grande medida desta dinâmica econômica
induzida do exterior.

 Não houve implicações econômicas, e sim movimentos


populacionais produzidos, e com objetivos econômicos
explícitos.

 Brasil, seria uma colônia de povoamento

 Ou seja, não houve apenas uma política econômica, mas


também uma política populacional no Brasil
 Povoamento do território com população sujeita aos
trabalhos dos colonizadores.
 Até 1850 as necessidades de mão de obra escrava eram
satisfeitas, de 1850 a 1888, o comércio interno de escravos
assumiu este papel.

 Assim houve transferência maciça de escravos do Nordeste


para o Centro-Sul tornou possível a rápida expansão da
cafeicultura nas províncias do RJ, SP e MG.

 A partir de 1880, o esgotamento do estoque de escravos, tanto


pela alforria quanto pela mortalidade, baixa fecundidade, e o
embranquecimento da população levaram os fazendeiros de
café a organizar a imigração subsidiada de trabalhadores
europeus para os cafezais
 Alguns autores: as primeiras políticas de cotas no Brasil
Gráfico de imigrantes entrados no Brasil - 1808/1973
Fonte: ADAS,2004
 Séc. XIX – XX – Europeus formaram colônias no PR, SC e
RS, inserindo-se de início na economia de subsistência
(autoconsumo)
 não proporcionou uma oferta ilimitada de força de trabalho
para atividades voltadas para o mercado

1930 - Com a crise do café, (junto com estagnação da


agroindústria no nordeste em 1900 e o fim do ciclo da
borracha em 1912) há o retorno de moradores à economia de
autoconsumo.

Há um acúmulo de população na economia de


autoconsumo, provocando o deslocamento desta população
para áreas onde o desenvolvimento econômico se concentrava
(SP).
 Com taxas de crescimento na ordem de
3% ao ano (1950 e 1960),
• população
e brasileiradá
com baixa taxaum salto
de de
mortalidade, a
crescimento, dobrando sua população.

•  Em 1970, o Censo encontrou fora do estado


natal 19,7% de mineiros, 11,6% de baianos e
11,5% dos cearenses.
•  Se não houvesse um crescimento natural populacional, nestas
regiões, as políticas de industrialização (1930) no SE não seriam
possíveis.
 Em 1970, com políticas não explícitas de métodos
contraceptivos e de planejamento familiar, e com
mudanças na sociedade (Mulher), houve um declínio da
fecundidade, e queda de crescimento.
 O maior impacto de longo prazo da queda da
fecundidade será sobre a estrutura etária e o
envelhecimento da população, resultando num forte
impacto sobre a previdência social.

 Teremos mais previdenciários para cada contribuinte,


que abrangem a população economicamente ativa (PEA)
na população em idade ativa
 Sintetizando, a população brasileira era de 3,3 milhões de
habitantes, em 1800, passando para 17,9 milhões em 1900,
no ano de 2000 atingiu 170 milhões.

 Em 200 anos, o número de brasileiros


aumentou 50 vezes.
Evolução da população brasileira
1800-2050
Fatores da dinâmica brasileira
 séc. XIX-XX - imigração teve peso decisivo (52 mi em
1950)

 séc. XX (pós 1950) - determinante principal foi


o
crescimento vegetativo, com quedas das taxas de
mortalidade (Maiores taxas em 1950 e 1960).
Mudanças na Distribuição Etária -
Envelhecimento populacional
 A queda de fecundidade em curso no país desde a
segunda metade dos anos 1960 vem provocando uma
redução da base da pirâmide.

 A queda da mortalidade, que inicialmente beneficiava


mais as crianças, hoje tem atingido mais a população
adulta e idosa.
 O aumento da proporção de idosos na distribuição
etária brasileira será acompanhada com a redução
da população abaixo de 15 anos (30% em 2000, para
23%
em 2020).
 Maior impacto da queda de fecundidade é sobre a
estrutura etária e o envelhecimento da população, o que
altera a agenda das políticas sociais.

 Saúde do Idoso.

 Haverá forte impacto sobre a previdência social.


 Mecanismos de financiamento de previdência social
deverão se alterar?

 “São as políticas sociais que devem se adaptar à nova


realidade demográfica e não a dinâmica demográfica que
deve se adaptar às políticas públicas” (José Eustáquio
Alves, 2008).
 Segundo Fausto Brito (2008), a situação demográfica é
favorável, o número de contribuintes potenciais
(População ativa) em 2010 foi cerca de 10 vezes maior do
que os idosos.

A dificuldade não se encontra nas relações


intergeracionais, mas na maioria da População Ativa que
não contribui gerando graves problemas para o seu
financiamento.
 Praticamente metade da população ocupada
não contribui com a previdência (Censo e IBGE,
2010).
Dívida Pública Brasileira
Dez (2014)
Dívida Externa – R$ 554 bi 93% do PIB (R$5,13
Dívida Interna – R$ 3,3 tri tri)

Para se pagar (p/ lei):


- Lucros de empresas estatais -> Dívida
- Receitas de Privatizações -> Dívida
- Tudo que sobra da Receita Federal ->
Dívida
Referências

ADAS, M. Panorama geográfico brasileiro. São Paulo:


Moderna, 2004.
ALVES, J. E. D. A transição demográfica e a janela de
oportunidades. São Paulo: Instituto Fernand Braudel de
Economia Mundial, 2008.
BRITO, F. Transição demográfica e desigualdades sociais
no Brasil. Rev. bras. Est. Pop., São Paulo, v. 25, n. 1, p.
5-26, jan./jun. 2008.
SINGER, P. Dinâmica populacional e desenvolvimento.
4 ed. São Paulo: Hucitec, 1998.

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