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Aula de geografia

Professor Mauro Albués


População brasileira
População Brasileira
- O Brasil está no sexto lugar entre os países mais populosos, sobrepujado apenas pela China
(1,4 bilhão), Índia (1,3 bilhão), Estados Unidos (329 milhões) Indonésia (266 milhões),
Paquistão( 220 milhões)
- Apesar de toda população, temos em torno de 24,8 hab./km2, o que qualifica o país
como pouco povoado.
Formação da População Brasileira
- Historicamente, o povoamento do Brasil esteve ligado à expansão marítima europeia e ao
tráfico de escravos africanos que isso demandou.
- Entretanto, com a proibição do tráfico negreiro em 1850, inicia-se a escassez de escravos para
trabalharem na lavoura. Esse fato deu início a outros tipos de migração e imigração.
- Em 1930 teve início no Brasil um intenso processo de industrialização e urbanização, do qual
o sudeste fora a região mais afetada por ter se envolvido precocemente no processo de
industrialização. Por esse motivo, tornou-se a populosa região do país.
- Nos anos 50 é a vez do desenvolvimento urbano, quando cada vez mais pessoas deixam os
campos para trabalharem nas cidades, sobretudo nas regiões sudeste.
- Os principais fatores foram a industrialização e a construção de Brasília na região centro-oeste
a partir da década de 60.
- Nas cidades existiam melhores condições de vida, como saúde e saneamento básico e,
consequentemente, temos o enfraquecimento da taxa de mortalidade.
- As novas qualidades urbanas e a revolução no campo da medicina geraram um alto crescimento
vegetativo. Ou seja, a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade da população.
- Importante lembrar que na década de 60, temos o advento da pílula anticoncepcional, a vida
urbana e a entrada da mulher no mercado de trabalho. Esses fatores levaram a diminuição da taxa
de natalidade no país.
- Podemos notar que a dinâmica demográfica do Brasil incidiu por transformações durante as
últimas décadas.
- Observamos o decaimento da taxa de crescimento da população entre as décadas antecedentes a
década de 1970.
- Conferimos esse decaimento a uma redução acelerada da taxa de fecundidade, fenômeno esse
notado em todas as regiões brasileiras, urbanas e rurais.
- A direção da população brasileira, na primeira metade deste século, tanto pelo seu calibre
quanto pela sua estrutura etária, já está delineada. Tanto a mudança na taxa de mortalidade quanto
na de fecundidade, já estão muito adiantadas.
- A pirâmide etária brasileira, que possuía uma base larga e o topo estreito, apregoando a
superioridade de crianças e jovens, recentemente apresenta características de equilíbrio.
- Ou seja, enquanto a população idosa (65 e mais anos de idade) acrescentará a taxas elevadas,
de 2 % a 4% ao ano; a população jovem irá a diminuir.
- Conforme projeções da ONU, de 3,1%, em 1970, a população idosa brasileira passará a
aproximadamente 19% até 2050.
- Nesse momento, coexistirão no cerne das populações jovem e adulta, subgrupos etários com
crescimento negativo e positivo.
- Tal qual se demonstra nas nações envelhecidas, a trajetória etária brasileira gera desafios. Se
não solucionados, levarão o país a enfrentar dificuldades nas próximas décadas.
- O problema do déficit previdenciário está concorrendo com o papel importante representado
pelas aposentadorias na renda dos idosos, que muitas vezes são arrimos de família.
- Todavia, isso é um problema, já que Estado demonstra encontrar dificuldades para honrar
compromissos previdenciários.
Estrutura por idade, sexo e renda
- A estrutura por idade mostra o percentual de jovens, de adultos e idosos, e a estrutura por
sexo remete à distribuição da população com percentual de homens e mulheres.
- A estrutura da população é representada em forma de pirâmide, que é classificada em base larga
da pirâmide, corpo afunilado da pirâmide e o ápice da pirâmide. A base larga da pirâmide
corresponde ao número de jovens de um país, são considerados jovens os indivíduos com faixa
etária entre 0 e 19 anos, representando aproximadamente 40% da população brasileira. O corpo
afunilado da pirâmide corresponde às pessoas com faixa etária entre 20 e 59 anos, representando
cerca de 51% da população. O ápice da pirâmide corresponde às pessoas com idade superior a 59
anos, correspondendo a 9% da população
- Nas últimas décadas, houve uma mudança na estrutura etária brasileira decorrente de fatores
como queda das taxas de mortalidade e de natalidade, bem como elevação de expectativa de vida,
provocando automaticamente um acréscimo no crescimento natural/vegetativo.
- A população brasileira está estruturada de acordo com os setores de atividades econômicas, ou
seja, onde o brasileiro está ganhando seu sustento. Hoje, cerca de 50% das pessoas compõem o
PEA (População economicamente ativa), que representa as pessoas que trabalham ou estão à
procura de trabalho, e 32% formam a população inativa, pessoas que não estudam, não trabalham
e não estão à procura, ou ainda não possuem idade compatível.
- A população está dividida segundo seus rendimentos ou renda, nesse contexto, verifica-se um
alto grau de desigualdade, provocada pela concentração da renda, própria de países capitalistas,
que é caracterizada pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a maioria vive
em condições extremamente excludentes.
- A concentração da renda agrava as desigualdades sociais .
Pobreza no Brasil
- A pobreza no Brasil é um problema que atinge cerca de 28 milhões de pessoas.
- Os estados do Norte e do Nordeste concentram as populações mais carentes no país.
- Existem vários índices que buscam definir o que seria uma pessoa que vive em situação de
pobreza ou pobreza extrema. -
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) uma pessoa
pobre é aquela que não tem dinheiro para garantir uma refeição que forneça 1750 calorias por dia.
- Para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o índice é um pouco
maior. Para esta agência regional, o limite seria uma dieta de 2200 calorias diárias.
- Para a ONU, uma pessoa pobre é que tem uma renda equivalente a US$ 1,25 por dia ou cerca de
dois reais.
- Para a União Europeia, uma pessoa pode ser considerada pobre quando ganha 60% da renda
média do país. Na Dinamarca seria quem possui uma renda igual ou inferior a 2.500,00 reais.
Causas da pobreza
- Por conta do processo colonizador e da escravidão, o território brasileiro sempre foi um país
onde havia muitas pessoas pobres. Com o fim da escravidão e o êxodo rural, as cidades não
tinham infraestrutura para a chegada de mais gente. Assim, o fenômeno da pobreza se acentuou.
- No entanto, a partir dos anos 90 do século XX, com a estabilidade econômica, a renda per capita
 dos brasileiros foi aumentando gradativamente.
- A pobreza do Brasil também revela as disparidades regionais devido aos anos de concentração
da política e das indústrias no sul do país. Os estados do norte e nordeste têm os maiores índices
de pobreza, e Maranhão, Piauí e Alagoas são aqueles que possuem a maior proporção de pobres.
Abaixo o mapa mostra os estados que possuem a maior proporção de pobres :

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