Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. (Uerj 2018)
DEZ PROVÍNCIAS COM MAIOR POPULAÇÃO ESCRAVA SEGUNDO O
CENSO DE 1872
Número de pessoas livres
Província Número de escravos
para cada escravo
Minas Gerais 370.459 4,51
Rio de Janeiro 292.637 1,67
São Paulo 156.612 4,35
Bahia 107.824 11,24
Pernambuco 89.028 8,45
Maranhão 74.939 3,79
Rio Grande do Sul 67.791 5,41
Município Neutro* 48.939 4,62
Alagoas 35.741 8,74
Ceará 31.913 21,61
*Designação da cidade do Rio de Janeiro de 1834 a 1889.
O total de escravos e a quantidade de pessoas livres para cada escravo são indicadores das atividades econômicas
desenvolvidas nas províncias do Império do Brasil no século XIX.
A partir da tabela, cite a principal atividade econômica nas três províncias com maior concentração de população escrava.
Aponte, ainda, uma razão para a proporção de pessoas livres nas províncias que atualmente integram a região Nordeste
do Brasil.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
2. (Uerj 2017)
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
O anúncio exemplifica uma prática que se tornou comum na imprensa brasileira no século XIX: a divulgação de oferta
de recompensas por escravos fugidos. Tal prática possibilita situar a importância dessa mão de obra em diversas
atividades econômicas.
A partir das informações do anúncio, identifique duas características da condição de vida dos escravos, no Brasil, naquele
momento. Indique, também, a principal transformação no mercado de compra e venda de escravos ocorrida em 1850
que justifique o pagamento de uma recompensa.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
3. (Uerj 2016)
A missa campal em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 17 de maio de 1888, foi uma celebração de Ação de Graças
pela libertação dos escravos no Brasil, decretada quatro dias antes, com a assinatura da Lei Áurea. A festividade contou
com a presença da princesa Isabel, regente imperial do Brasil, e de seu marido, o conde D´Eu, príncipe consorte, que,
no detalhe assinalado na foto, está ao lado da princesa. Cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes.
Adaptado de brasilianafotografica.bn.br.
A abolição da escravatura no Brasil resultou de manifestações políticas e sociais que mobilizaram diferentes grupos,
como ilustra a fotografia.
Cite dois grupos sociais diretamente envolvidos no movimento abolicionista. Identifique um grupo opositor a esse
movimento e uma das razões para seu posicionamento contrário.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
4. (Uerj 2016)
MALHA FERROVIÀRIA NO BRASIL E NOS E.U.A
(em quilômetros)
Ano Brasil E.U.A.
1860 216 49.008
1870 808 85.440
1880 3488 135.028,8
1890 16225,6 258.235,2
Os dados sobre a malha ferroviária do Império do Brasil e dos E.U.A. estão relacionados a importantes transformações
ocorridas no século XIX.
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
Cite um grupo social ou setor econômico que financiou a construção de ferrovias no Brasil nesse período. Apresente,
também, duas transformações econômicas, uma no Brasil e outra nos E.U.A., associadas aos ritmos das alterações nas
malhas ferroviárias.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
5. (Uerj 2015) Observe as obras de pintores brasileiros reproduzidas abaixo. A primeira se insere no contexto do
Romantismo, no século XIX, e a segunda no do Modernismo, no século XX, movimentos culturais que difundiram
características e símbolos distintos para a identidade nacional.
A partir de elementos presentes nas pinturas, indique uma proposta do Romantismo e uma do Modernismo que explicitem
a forma de cada um representar a composição étnica do povo brasileiro.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
6. (Uerj 2013) Trecho da carta de despedida de D. Pedro I a seu filho Pedro II
Meu querido filho e imperador... Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada,
não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem
aqueles que cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar... Eu me retiro para a Europa: assim é
necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade
de que é capaz.
Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver.
D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831
Ainda permanece a imagem de Pedro I como um dos responsáveis pela autonomia política do Brasil. Contudo, nove
anos após proclamar o 7 de setembro de 1822, o imperador abdicava de seu trono e retornava à Europa. A instabilidade
política e econômica foi a marca de seu breve reinado.
Cite um setor da sociedade brasileira da época que se opunha à manutenção do governo de Pedro I e uma razão para
essa oposição. Em seguida, aponte um motivo para a instabilidade econômica que caracterizou esse governo.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
7. (Uerj 2012)
O poder moderador de nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais
forte da liberdade dos povos. É princípio conhecido pelas Luzes do presente século que a soberania reside na nação
essencialmente, logo é sem questão que a mesma nação ou pessoa da comissão é quem deve esboçar a sua
constituição, purificá-la das imperfeições e afinal estatuí-la.
Frei Joaquim do Amor Divino Caneca
Crítica da constituição outorgada, 1824
A Confederação do Equador, ocorrida em 1824, apresentou propostas alternativas à organização do Império do Brasil,
sendo, porém, reprimidas pelo governo de Pedro I.
Explicite o motivo central para a eclosão da Confederação do Equador e cite duas de suas propostas para a organização
do poder de Estado.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
8. (Uerj 2010) Gonçalves Dias é um dos principais representantes do Romantismo no Brasil, movimento contemporâneo
ao processo de consolidação do Estado monárquico brasileiro e que forneceu elementos simbólicos para a construção
da identidade nacional. Observe este fragmento de um de seus poemas:
Canção do Tamoio – “Não chores, meu filho; / Não chores, que a vida / É luta renhida: / Viver é lutar. / A vida é combate,
/ Que os fracos abate, / Que os fortes, os bravos / Só pode exaltar. (...)
E pois que és meu filho,/ Meus brios reveste; / Tamoio nasceste, / Valente serás. / Sê duro guerreiro, / Robusto, fragueiro,
/ Brasão dos tamoios / Na guerra e na paz. / (...)
Porém se a fortuna, / Traindo teus passos, / Te arroja nos laços / Do inimigo falaz! / Na última hora / Teus feitos memora,
/ Tranquilo nos gestos, / Impávido, audaz. / (...)”
Antônio Gonçalves Dias
Identifique, em Canção do Tamoio, um elemento integrante da proposta de construção da identidade nacional brasileira.
Justifique também a utilização desse elemento pelo movimento romântico.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
9. (Uerj 2011) Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador e entreguei o governo ao seu substituto legal. E
em nome do Rio Grande do Sul, digo que nesta província extrema, afastada da Corte, não toleramos imposições
humilhantes. O Rio Grande é a sentinela do Brasil que olha vigilante o Rio da Prata. Não pode e nem deve ser oprimido
pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos
interesses, ou, com a espada na mão, saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
Carta escrita em 1835 por Bento Gonçalves, líder farroupilha, ao Regente Feijó.
Adaptado de PESAVENTO, S. J. A Revolução Farroupilha. São Paulo: Brasiliense, 1990.
Rio-grandenses! Tenho o prazer de anunciar-vos que a guerra civil que por mais de nove anos devastou esta bela
província está terminada. Os irmãos contra quem combatíamos estão hoje congratulados conosco e já obedecem ao
legítimo governo do Império do Brasil.
União e tranquilidade sejam de hoje em diante nossa divisa. Viva a religião, viva o Imperador Constitucional e Defensor
Perpétuo do Brasil. Viva a integridade do Império.
Proclamação feita pelo Barão de Caxias em 1845, fim da Revolução Farroupilha.
Adaptado de SOUZA, A. B. de. Duque de Caxias: o homem por trás do monumento.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
A consolidação do Império do Brasil, entre as décadas de 1830 e 1850, significou a vitória de determinado projeto político
e também o combate de propostas, como as defendidas pelos que lutaram na Revolução Farroupilha.
Aponte uma das propostas dos líderes farroupilhas e explique por que esse movimento foi considerado ameaçador pelos
dirigentes do Império do Brasil.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
10. (Uerj 2006 - Adaptada)
Na ilustração anterior, o imperador Pedro II está recebendo buquês de camélias. Segundo Eduardo Silva, essa flor é
vista como um emblema do movimento abolicionista radical, que reivindicava o fim da escravidão de forma imediata e
incondicional.
a) Sabemos, hoje, que a Abolição da Escravatura foi resultado de um processo que envolveu negros e brancos partícipes
de movimentos abolicionistas, além do Governo Imperial e a promoção de leis abolicionistas. Isso posto, aponte duas
medidas legais do Governo Imperial, anteriores à Lei Áurea, que tenham contribuído, ainda que de forma não
completamente efetiva, para a emancipação dos escravos no Brasil.
b) Apesar da Abolição da Escravidão, em 1888, o escritor Lima Barreto comentava, em 1919: "ninguém quer ser negro
no Brasil". Explique a relação entre a frase de Lima Barreto e a inserção – ou não – dos negros na sociedade brasileira
após a Lei Áurea e a Proclamação da República.
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
1. (Uerj 2021) Essa ideia de que as pessoas saíram correndo e
comemorando, isso é lenda. Depois do 13 de maio, meu
bisavô e a maioria dos escravos continuaram vivendo onde
trabalhavam. Registros históricos mostram que alguns
receberam um pedaço de terra para plantar. Mas poucos
passaram a ganhar ordenado, e houve quem recebesse
uma porcentagem do café que plantava e colhia − conta o
historiador Robson Luís Machado Martins, que pesquisa a
história de sua família, e a do Brasil, desde a década de
1990.
Adaptado de O Globo, 12/05/2013.
A fotografia e a reportagem registram aspectos
particulares sobre os significados da abolição, os quais
podem ser associados aos seguintes fatores do contexto
da época:
O tráfico de escravos africanos, maior movimento
de migração forçada documentado pela história, forneceu
a) crise monárquica − exclusão social
a mão de obra que impulsionou o desenvolvimento
b) estagnação política − ruptura econômica
econômico das Américas nos primeiros séculos de c) expansão republicana − reforma fundiária
colonização europeia e moldou a composição genética das d) transição democrática − discriminação profissional
populações de norte a sul do continente. De 1514 a 1866,
quando ocorreram, respectivamente, a primeira e a última
3. (Uerj 2012)
das quase 35 mil viagens registradas de navios negreiros,
cerca de 12,5 milhões de pessoas de diferentes regiões da
África foram trazidas contra a vontade para o Novo Mundo.
A maioria – quase 7,6 milhões, ou 61% do total – veio em
um intervalo de tempo curto, entre 1750 e 1850. Esse
período de maior tráfico transatlântico de escravos
coincidiu com o aumento da miscigenação nas Américas,
identificada em um estudo publicado em uma revista
científica renomada. Segundo o geneticista Eduardo
Tarazona Santos, “o número de pessoas deslocadas
nessa diáspora forçada foi tão grande que trouxe para as
Américas representantes de toda a diversidade genética
da África”.
Ricardo Zorzetto
Adaptado de revistapesquisa.fapesp.br, 03/03/2020. Diversas experiências históricas da sociedade
Ao investigar a diversidade das populações brasileira interferiram nas variações dos fluxos imigratórios
africanas e seus vínculos com a miscigenação das nos séculos XIX e XX. Para o período situado entre 1880
populações afro-americanas, a pesquisa mencionada e 1899, a variação indicada no gráfico associou-se ao
contribui para a crítica do racismo por valorizar o seguinte seguinte fator:
aspecto:
a) expansão cafeeira
a) hierarquização das heranças de matriz étnica b) crise da monarquia
b) descrição das práticas de orientação eugênica c) abolição da escravidão
c) redefinição das dinâmicas de mobilidade geográfica d) modernização industrial
d) caracterização das relações de ancestralidade biológica
4. (Uerj 2019) Quando chegar o feliz momento da abolição,
2. (Uerj 2014) A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio não será devido nunca à inclinação sincera do povo ou do
de 1888, reuniu uma multidão em frente ao Paço Imperial, governo, a menos que venham a sofrer grande mudança.
no Rio de Janeiro. Pois quase me aventuraria a dizer que não há dez pessoas
em todo o Império que considerem esse comércio um
crime ou o encarem sob outro aspecto que não seja o de
ganho e perda, de simples especulação mercantil, que
deve continuar ou cessar conforme for vantajoso ou não.
Acostumados a não fazer nada, os brasileiros em geral
estão convencidos de que os escravos são necessários
como animais de carga, sem os quais os brancos não
poderiam viver.
HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico,
em 31/12/1823. Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e
personagens em torno de um regime. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1960.
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
Após a emancipação política do Império do Brasil,
o debate sobre o fim do tráfico intercontinental de escravos
e da escravidão esteve em pauta, como abordado por
Henry Chamberlain em 1823.
Naquele contexto, de acordo com o diplomata
britânico, as resistências à abolição do tráfico e da
escravidão estavam associadas à conjuntura de:
5. (Uerj 2010)
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
11. (Uerj 2004)
10. (Uerj 2015) A um grito de “Fora o vintém!”, os 12. (Uerj 2001) Em 1988, quando se comemorou o
manifestantes começaram a espancar condutores, centenário da Lei Áurea, comentava-se em muitas cidades
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo do Brasil, de forma irônica, que existiria uma cláusula no
da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o texto dessa lei que revogaria a liberdade dos negros depois
Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em de cem anos de vigência.
frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de O surgimento de tais comentários está relacionado
Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão à seguinte característica social:
dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias
seguintes, estava findo o motim do vintém. A cobrança da a) surgimento do "apartheid"
taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias b) permanência do racismo
de bondes pediam ao governo que a revogasse. c) formação da sociedade de classe
Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo d) decadência do sistema de estamentos
ministério revogou o desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. 13. (Uerj 1999)
A Guerra do Vintém. Revista de História, setembro/2007.
Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a
Revolta do Vintém representou a manifestação de
segmentos populares descontentes com a decisão do
governo de aumentar os preços das passagens dos
bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital
do Império.Um dos principais efeitos dessa revolta naquele
momento foi:
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
TÁVORA, Araken. D. Pedro II e o seu mundo. Rio de b) a intransigência das Cortes de Lisboa na aceitação das
Janeiro: Documentário. 1976. liberdades brasileiras
A charge anterior retrata uma prática política c) o ideal republicano em consonância com o das antigas
vigente durante o Segundo Reinado, que permite colônias espanholas
caracterizar a monarquia nesse período como: d) o movimento separatista das províncias do norte em
processo de união com Portugal
a) unitária e conservadora, em que "o Imperador reina,
mas não governa" 16. (Uerj 1997) Ai, filha! Você não entende deste riscado.
b) federativa e multipartidária, em que o Imperador tinha a Neste mundo não existe coisa alguma sem sua razão de
função de mediar e moderar ser. Estas filantropias modernas de abolição! É chover no
c) centralizada e "parlamentarista", em que o Imperador molhado - preto precisa de couro de ferro como precisa de
era o árbitro entre os "partidos políticos" angu e baeta. Havemos de ver no que há de parar a
d) constitucional e unicameral, em que o poder moderador lavoura quando esta gente não tiver no eito. Não é porque
era a chave da administração política eu seja maligno que digo e faço estas coisas. É que sou
lavrador, e sei dar o nome aos bois. Enfim, você pede, eu
14. (Uerj 1998) Acompanhei com vivo interesse a solução vou mandar tirar o ferro. Mas são favas contadas - ferro
desse grave problema [a extinção do tráfico negreiro]. tirado, preto no mato.
Compreendi que o contrabando não podia reerguer-se, (RIBEIRO, Júlio. A Carne. Rio de Janeiro, Francisco
desde que a "vontade nacional" estava ao lado do Alves, 1952 - com adaptações.)
ministério que decretava a supressão do tráfico. Reunir os O autor do romance A Carne (1888) antecipa, no
capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito trecho acima, uma preocupação de muitos proprietários de
comércio e fazê-los convergir a um centro onde pudessem terra, escravistas, quanto às consequências da abolição
ir alimentar as forças produtivas do país, foi o pensamento dos escravos para a agricultura brasileira.
que me surgiu na mente, ao ter certeza de que aquele fato Esta posição pode ser resumida da seguinte
era irrevogável. forma:
(Visconde de Mauá - Autobiografia.
Citado por MATTOS, Ilmar R. & GONÇALVES, Marcia. a) A grande lavoura não teria futuro sem a mão de obra
O Império da boa sociedade. São Paulo, Atual, 1991.) escrava.
Os centros urbanos brasileiros, principalmente a b) A abolição provocaria a superação da lavoura pela
capital - a cidade do Rio de Janeiro, passaram por grandes indústria.
transformações a partir da segunda metade do século XIX. c) A agricultura ficaria restrita à produção para o mercado
Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, foi um dos interno.
principais personagens desse processo de mudanças. d) O fim da escravidão transformaria as lavouras em terras
No período citado, a capital do império sofreu, improdutivas.
dentre outras, as seguintes transformações:
17. (Unicamp 2023) Observe abaixo duas pinturas
a) criação de indústrias metalúrgicas e siderúrgicas, históricas oitocentistas que se tornaram cânones visuais
surgimento de bancos e diversificação da agricultura da História do Brasil, e que são acionadas, por exemplo,
b) crescimento da economia cafeeira, utilização da mão de nas comemorações do Bicentenário da Independência.
obra imigrante assalariada e mecanização do cultivo
c) diminuição da importância da economia
agroexportadora, desenvolvimento de manufaturas e
exportação de bens de consumo manufaturados
d) aplicação de capitais na modernização da infraestrutura
de transportes, no aprimoramento dos serviços urbanos e
desenvolvimento de atividades industriais
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
obtendo alforrias através de uma multiplicidade de
estratégias, desde o período colonial.
d) O alto número de libertos antes de 1888 reflete o
impacto da abolição dos escravos por parte do Imperador
D. Pedro II, pois a família real era a maior proprietária de
cativos durante o século XIX, na região do Vale do Paraíba.
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
O romance Iracema, de José de Alencar,
publicado em 1865, influenciou artistas, como José Maria
de Medeiros, que nele encontraram inspiração para
representar imagens do Brasil e do povo brasileiro no
período imperial (1822-1889).
Na construção da identidade nacional durante o
Império do Brasil, identifica-se a valorização dos seguintes
aspectos:
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
HISTÓRIA
SEMANA 07 – GABARITO DISCURSIVAS
Resposta da questão 2: A condição de vida dos escravos era muito precária, comprometendo a saúde, com escassez
de alimentos e intensa jornada de trabalho. Mesmo com a independência do Brasil e a Constituição de 1824, os negros
permaneceram na condição de escravos, sem acesso à cidadania e exercendo as mais diversas atividades econômicas.
Em 1850, com a aprovação da Lei Eusébio de Queirós, o comércio intercontinental de escravos foi proibido ocorrendo,
a partir desta data, um comércio interprovincial de escravos em geral saindo do Nordeste brasileiro (que estava em crise
econômica) para o Sudeste em função da expansão da lavoura cafeeira.
Resposta da questão 3: Grupos que defenderam a abolição da escravidão no Brasil: exército após a Guerra do
Paraguai, irmandades religiosas descontentes com o Padroado e Beneplácito, classe média urbana, intelectuais e
profissionais liberais.
Contra a abolição: proprietários de terras e escravos que resistiam à ideia de abolição sem indenização, por ter
investido capital na aquisição dos escravos.
Resposta da questão 4: A partir da segunda metade do século XIX aumentou de maneira considerável a malha
ferroviária no Brasil e nos Estados Unidos vinculado diretamente a Primeira Revolução Industrial que começou na
Inglaterra no final do século XVIII. A elite econômica destes países tinha muito interesse na ampliação da malha
ferroviária para escoar seus produtos até o porto. No caso brasileiro, havia uma elite agrária apoiada no trabalho escravo
que desejava transportar a produção de café do interior até o porto de Santos. Foi muito importante o investimentos do
setor privado, por exemplo, o poderoso Barão de Mauá. A partir de 1850, ocorreu uma modernização econômica no
Brasil vinculada ao café (no plano interno) e a Revolução Industrial (no plano externo). Nos Estados Unidos estavam
ocorrendo a denominada “Marcha para o Oeste” surgindo ferrovias que ligavam o Atlântico ao Pacífico. A descoberta de
ouro na Califórnia em 1848 contribuiu muito para o crescimento das ferrovias naquele país. Nos dois países, o setor
financeiro estrangeiro como os bancos ingleses investiram na ampliação da malha ferroviária.
Resposta da questão 5: O aluno pode fazer referência ao Romantismo (século XIX, a obra de Victor Meirelles) que
idealizou o indígena como símbolo nacional e a ênfase da presença portuguesa na ação colonizadora enquanto o
Modernismo (século XX, a obra “Café” de Candido Portinari) defendeu o caráter miscigenado do povo e a valorização
da presença de negros e mulatos entre os trabalhadores.
Resposta da questão 7: A Confederação do Equador foi a principal rebelião contra a política autoritária e centralizadora
de D. Pedro I, após outorgar a Constituição de 1824, quando impôs a nomeação de Francisco Paes Barreto como
presidente da província de Pernambuco; em lugar de Pais de Andrade, apoiado pelo povo. A Confederação foi um
movimento separatista, de caráter republicano e liberal, que pretendia a organização de um novo Estado reunindo as
províncias do norte (nordeste), constituído a partir da organização dos três poderes de Estado.
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
• abolição da escravidão.
• possibilidade de separatismo.
• defesa do regime republicano.
• revisão da política tributária imperial relativa ao charque sulino.
A principal ameaça da rebelião gaúcha era o separatismo, que romperia a integridade do império do ponto de
vista político e territorial. A Revolução Farroupilha iniciou-se no período regencial, marcado pela reorganização do Estado
brasileiro e por lutas que ameaçam a estrutura tradicional de poder e encerrou-se já durante o Segundo Reinado, após
forte repressão, mas com a preocupação de reconciliação, como se depreende do discurso de Duque de Caxias.
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
HISTÓRIA
SEMANA 07 – GABARITO OBJETIVAS
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq
passagem de bonde, a população, já insatisfeita com os rumos do país, revoltou-se, o que serviu para abalar ainda mais
o já conturbado ambiente da Monarquia brasileira em fins da década de 1870.
Licenciado para: Juliana Pereira Abrantes | jujuabrantslmly@gmail.com | 16863322706 | Protegido por AlpaClass.com #B4x4uUtq