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HISTÓRIA ESPECÍFICA

SEMANA 07 – 1º REINADO (1822-1831), PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) E 2º REINADO (1840-1889)

1. (Uerj 2018)
DEZ PROVÍNCIAS COM MAIOR POPULAÇÃO ESCRAVA SEGUNDO O
CENSO DE 1872
Número de pessoas livres
Província Número de escravos
para cada escravo
Minas Gerais 370.459 4,51
Rio de Janeiro 292.637 1,67
São Paulo 156.612 4,35
Bahia 107.824 11,24
Pernambuco 89.028 8,45
Maranhão 74.939 3,79
Rio Grande do Sul 67.791 5,41
Município Neutro* 48.939 4,62
Alagoas 35.741 8,74
Ceará 31.913 21,61
*Designação da cidade do Rio de Janeiro de 1834 a 1889.

O total de escravos e a quantidade de pessoas livres para cada escravo são indicadores das atividades econômicas
desenvolvidas nas províncias do Império do Brasil no século XIX.
A partir da tabela, cite a principal atividade econômica nas três províncias com maior concentração de população escrava.
Aponte, ainda, uma razão para a proporção de pessoas livres nas províncias que atualmente integram a região Nordeste
do Brasil.

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2. (Uerj 2017)

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O anúncio exemplifica uma prática que se tornou comum na imprensa brasileira no século XIX: a divulgação de oferta
de recompensas por escravos fugidos. Tal prática possibilita situar a importância dessa mão de obra em diversas
atividades econômicas.
A partir das informações do anúncio, identifique duas características da condição de vida dos escravos, no Brasil, naquele
momento. Indique, também, a principal transformação no mercado de compra e venda de escravos ocorrida em 1850
que justifique o pagamento de uma recompensa.

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3. (Uerj 2016)

A missa campal em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 17 de maio de 1888, foi uma celebração de Ação de Graças
pela libertação dos escravos no Brasil, decretada quatro dias antes, com a assinatura da Lei Áurea. A festividade contou
com a presença da princesa Isabel, regente imperial do Brasil, e de seu marido, o conde D´Eu, príncipe consorte, que,
no detalhe assinalado na foto, está ao lado da princesa. Cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes.
Adaptado de brasilianafotografica.bn.br.
A abolição da escravatura no Brasil resultou de manifestações políticas e sociais que mobilizaram diferentes grupos,
como ilustra a fotografia.
Cite dois grupos sociais diretamente envolvidos no movimento abolicionista. Identifique um grupo opositor a esse
movimento e uma das razões para seu posicionamento contrário.

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4. (Uerj 2016)
MALHA FERROVIÀRIA NO BRASIL E NOS E.U.A
(em quilômetros)
Ano Brasil E.U.A.
1860 216 49.008
1870 808 85.440
1880 3488 135.028,8
1890 16225,6 258.235,2
Os dados sobre a malha ferroviária do Império do Brasil e dos E.U.A. estão relacionados a importantes transformações
ocorridas no século XIX.

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Cite um grupo social ou setor econômico que financiou a construção de ferrovias no Brasil nesse período. Apresente,
também, duas transformações econômicas, uma no Brasil e outra nos E.U.A., associadas aos ritmos das alterações nas
malhas ferroviárias.

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5. (Uerj 2015) Observe as obras de pintores brasileiros reproduzidas abaixo. A primeira se insere no contexto do
Romantismo, no século XIX, e a segunda no do Modernismo, no século XX, movimentos culturais que difundiram
características e símbolos distintos para a identidade nacional.

A partir de elementos presentes nas pinturas, indique uma proposta do Romantismo e uma do Modernismo que explicitem
a forma de cada um representar a composição étnica do povo brasileiro.

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6. (Uerj 2013) Trecho da carta de despedida de D. Pedro I a seu filho Pedro II
Meu querido filho e imperador... Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada,
não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem
aqueles que cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar... Eu me retiro para a Europa: assim é
necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade
de que é capaz.
Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver.
D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831
Ainda permanece a imagem de Pedro I como um dos responsáveis pela autonomia política do Brasil. Contudo, nove
anos após proclamar o 7 de setembro de 1822, o imperador abdicava de seu trono e retornava à Europa. A instabilidade
política e econômica foi a marca de seu breve reinado.
Cite um setor da sociedade brasileira da época que se opunha à manutenção do governo de Pedro I e uma razão para
essa oposição. Em seguida, aponte um motivo para a instabilidade econômica que caracterizou esse governo.

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7. (Uerj 2012)

O poder moderador de nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais
forte da liberdade dos povos. É princípio conhecido pelas Luzes do presente século que a soberania reside na nação
essencialmente, logo é sem questão que a mesma nação ou pessoa da comissão é quem deve esboçar a sua
constituição, purificá-la das imperfeições e afinal estatuí-la.
Frei Joaquim do Amor Divino Caneca
Crítica da constituição outorgada, 1824
A Confederação do Equador, ocorrida em 1824, apresentou propostas alternativas à organização do Império do Brasil,
sendo, porém, reprimidas pelo governo de Pedro I.
Explicite o motivo central para a eclosão da Confederação do Equador e cite duas de suas propostas para a organização
do poder de Estado.

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8. (Uerj 2010) Gonçalves Dias é um dos principais representantes do Romantismo no Brasil, movimento contemporâneo
ao processo de consolidação do Estado monárquico brasileiro e que forneceu elementos simbólicos para a construção
da identidade nacional. Observe este fragmento de um de seus poemas:

Canção do Tamoio – “Não chores, meu filho; / Não chores, que a vida / É luta renhida: / Viver é lutar. / A vida é combate,
/ Que os fracos abate, / Que os fortes, os bravos / Só pode exaltar. (...)
E pois que és meu filho,/ Meus brios reveste; / Tamoio nasceste, / Valente serás. / Sê duro guerreiro, / Robusto, fragueiro,
/ Brasão dos tamoios / Na guerra e na paz. / (...)
Porém se a fortuna, / Traindo teus passos, / Te arroja nos laços / Do inimigo falaz! / Na última hora / Teus feitos memora,
/ Tranquilo nos gestos, / Impávido, audaz. / (...)”
Antônio Gonçalves Dias
Identifique, em Canção do Tamoio, um elemento integrante da proposta de construção da identidade nacional brasileira.
Justifique também a utilização desse elemento pelo movimento romântico.

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9. (Uerj 2011) Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador e entreguei o governo ao seu substituto legal. E
em nome do Rio Grande do Sul, digo que nesta província extrema, afastada da Corte, não toleramos imposições
humilhantes. O Rio Grande é a sentinela do Brasil que olha vigilante o Rio da Prata. Não pode e nem deve ser oprimido
pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos
interesses, ou, com a espada na mão, saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.
Carta escrita em 1835 por Bento Gonçalves, líder farroupilha, ao Regente Feijó.
Adaptado de PESAVENTO, S. J. A Revolução Farroupilha. São Paulo: Brasiliense, 1990.
Rio-grandenses! Tenho o prazer de anunciar-vos que a guerra civil que por mais de nove anos devastou esta bela
província está terminada. Os irmãos contra quem combatíamos estão hoje congratulados conosco e já obedecem ao
legítimo governo do Império do Brasil.
União e tranquilidade sejam de hoje em diante nossa divisa. Viva a religião, viva o Imperador Constitucional e Defensor
Perpétuo do Brasil. Viva a integridade do Império.
Proclamação feita pelo Barão de Caxias em 1845, fim da Revolução Farroupilha.
Adaptado de SOUZA, A. B. de. Duque de Caxias: o homem por trás do monumento.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
A consolidação do Império do Brasil, entre as décadas de 1830 e 1850, significou a vitória de determinado projeto político
e também o combate de propostas, como as defendidas pelos que lutaram na Revolução Farroupilha.
Aponte uma das propostas dos líderes farroupilhas e explique por que esse movimento foi considerado ameaçador pelos
dirigentes do Império do Brasil.

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10. (Uerj 2006 - Adaptada)
Na ilustração anterior, o imperador Pedro II está recebendo buquês de camélias. Segundo Eduardo Silva, essa flor é
vista como um emblema do movimento abolicionista radical, que reivindicava o fim da escravidão de forma imediata e
incondicional.

a) Sabemos, hoje, que a Abolição da Escravatura foi resultado de um processo que envolveu negros e brancos partícipes
de movimentos abolicionistas, além do Governo Imperial e a promoção de leis abolicionistas. Isso posto, aponte duas
medidas legais do Governo Imperial, anteriores à Lei Áurea, que tenham contribuído, ainda que de forma não
completamente efetiva, para a emancipação dos escravos no Brasil.

b) Apesar da Abolição da Escravidão, em 1888, o escritor Lima Barreto comentava, em 1919: "ninguém quer ser negro
no Brasil". Explique a relação entre a frase de Lima Barreto e a inserção – ou não – dos negros na sociedade brasileira
após a Lei Áurea e a Proclamação da República.

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1. (Uerj 2021) Essa ideia de que as pessoas saíram correndo e
comemorando, isso é lenda. Depois do 13 de maio, meu
bisavô e a maioria dos escravos continuaram vivendo onde
trabalhavam. Registros históricos mostram que alguns
receberam um pedaço de terra para plantar. Mas poucos
passaram a ganhar ordenado, e houve quem recebesse
uma porcentagem do café que plantava e colhia − conta o
historiador Robson Luís Machado Martins, que pesquisa a
história de sua família, e a do Brasil, desde a década de
1990.
Adaptado de O Globo, 12/05/2013.
A fotografia e a reportagem registram aspectos
particulares sobre os significados da abolição, os quais
podem ser associados aos seguintes fatores do contexto
da época:
O tráfico de escravos africanos, maior movimento
de migração forçada documentado pela história, forneceu
a) crise monárquica − exclusão social
a mão de obra que impulsionou o desenvolvimento
b) estagnação política − ruptura econômica
econômico das Américas nos primeiros séculos de c) expansão republicana − reforma fundiária
colonização europeia e moldou a composição genética das d) transição democrática − discriminação profissional
populações de norte a sul do continente. De 1514 a 1866,
quando ocorreram, respectivamente, a primeira e a última
3. (Uerj 2012)
das quase 35 mil viagens registradas de navios negreiros,
cerca de 12,5 milhões de pessoas de diferentes regiões da
África foram trazidas contra a vontade para o Novo Mundo.
A maioria – quase 7,6 milhões, ou 61% do total – veio em
um intervalo de tempo curto, entre 1750 e 1850. Esse
período de maior tráfico transatlântico de escravos
coincidiu com o aumento da miscigenação nas Américas,
identificada em um estudo publicado em uma revista
científica renomada. Segundo o geneticista Eduardo
Tarazona Santos, “o número de pessoas deslocadas
nessa diáspora forçada foi tão grande que trouxe para as
Américas representantes de toda a diversidade genética
da África”.
Ricardo Zorzetto
Adaptado de revistapesquisa.fapesp.br, 03/03/2020. Diversas experiências históricas da sociedade
Ao investigar a diversidade das populações brasileira interferiram nas variações dos fluxos imigratórios
africanas e seus vínculos com a miscigenação das nos séculos XIX e XX. Para o período situado entre 1880
populações afro-americanas, a pesquisa mencionada e 1899, a variação indicada no gráfico associou-se ao
contribui para a crítica do racismo por valorizar o seguinte seguinte fator:
aspecto:
a) expansão cafeeira
a) hierarquização das heranças de matriz étnica b) crise da monarquia
b) descrição das práticas de orientação eugênica c) abolição da escravidão
c) redefinição das dinâmicas de mobilidade geográfica d) modernização industrial
d) caracterização das relações de ancestralidade biológica
4. (Uerj 2019) Quando chegar o feliz momento da abolição,
2. (Uerj 2014) A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio não será devido nunca à inclinação sincera do povo ou do
de 1888, reuniu uma multidão em frente ao Paço Imperial, governo, a menos que venham a sofrer grande mudança.
no Rio de Janeiro. Pois quase me aventuraria a dizer que não há dez pessoas
em todo o Império que considerem esse comércio um
crime ou o encarem sob outro aspecto que não seja o de
ganho e perda, de simples especulação mercantil, que
deve continuar ou cessar conforme for vantajoso ou não.
Acostumados a não fazer nada, os brasileiros em geral
estão convencidos de que os escravos são necessários
como animais de carga, sem os quais os brancos não
poderiam viver.
HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico,
em 31/12/1823. Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e
personagens em torno de um regime. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1960.

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Após a emancipação política do Império do Brasil,
o debate sobre o fim do tráfico intercontinental de escravos
e da escravidão esteve em pauta, como abordado por
Henry Chamberlain em 1823.
Naquele contexto, de acordo com o diplomata
britânico, as resistências à abolição do tráfico e da
escravidão estavam associadas à conjuntura de:

a) desqualificação do trabalho braçal


b) vigência da sociedade burguesa
c) instabilidade do regime jurídico
d) decadência da estrutura agrária

5. (Uerj 2010)

Um segmento social que participou ativamente da


derrubada da monarquia brasileira e uma das
consequências políticas desse movimento estão indicados
em:

a) burguesia cafeeira paulista - implantação do federalismo


b) aristocracia rural fluminense - imposição do
bipartidarismo
c) camadas populares urbanas - instituição do
presidencialismo
d) profissionais liberais urbanos - estabelecimento do
parlamentarismo

Essa tela foi produzida entre 1886 e 1888, 8. (Uerj 2006)


momento de crise do Estado Imperial e de expansão do
republicanismo.
A imagem da independência do Brasil nela
representada enfatiza uma memória desse acontecimento
político entendido como:

a) ação militar dos grupos populares


b) fundação heroica do regime monárquico
c) libertação patriótica pelos líderes brasileiros
d) luta emancipadora face ao domínio estrangeiro

6. (Uerj 2016) Sobretudo compreendam os críticos a


missão dos poetas, escritores e artistas, neste período
especial e ambíguo da formação de uma nacionalidade.
São estes os operários incumbidos de polir o talhe e as A economia cafeeira começou a prosperar
feições da individualidade que se vai esboçando no viver significativamente na região do Vale do Paraíba
do povo. fluminense e paulista na década de 1840 e entrou em
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e decadência a partir dos anos de 1870.
a jabuticaba pode falar com igual pronúncia e o mesmo Um dos fatores que contribuíram para essa
espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a decadência está descrito em:
nêspera?
José de Alencar, prefácio a Sonhos d’ouro, 1872. a) doação das terras devolutas aos colonos, em
De acordo com José de Alencar, a caracterização consequência da Lei de Terras
da identidade nacional brasileira, no século XIX, estava b) redução do número de escravos, devido à proibição
vinculada ao processo de: imposta pela Lei Euzébio de Queiroz
c) baixa produtividade agrícola, em razão da falta de
a) promoção da cultura letrada escravos gerada pela Lei do Ventre Livre
b) integração do mundo lusófono d) proibição do tráfico de escravos interprovincial, em
c) valorização da miscigenação étnica função das imposições do Bill Aberdeen
d) particularização da língua portuguesa
9. (Uerj 2015)
7. (Uerj 2006)

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11. (Uerj 2004)

A pintura histórica alcançou no século XIX


importante lugar no projeto político do Segundo Reinado.
Esse gênero artístico mantinha intenso diálogo com a
produção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Por (Caricatura de Angelo Agostini (1888)
meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e A caricatura acima procura demonstrar o clima
monumental, em que toda a população pudesse se sentir político existente no final do império do Brasil, quando da
representada nos eventos gloriosos da história nacional. O abolição da escravatura em 1888.
trabalho de Araújo Porto-Alegre como crítico de arte e A melhor interpretação da conjuntura política, que
diretor da Academia Imperial de Belas Artes possibilitou a levou à deposição do imperador Pedro II, é:
visibilidade da pintura histórica com seus pintores oficiais,
Pedro Américo e Victor Meirelles. a) existência de conflitos entre republicanos e militares,
CASTRO, Isis Pimentel de. que possuíam uma posição antiabolicionista
Adaptado de periodicos.ufsc.br. b) tensões nos setores pobres e excluídos da população
Considerando as imagens das telas e as urbana, que temiam o retorno da escravidão com a
informações do texto, as pinturas históricas para o governo República
do Segundo Reinado tinham a função essencial de: c) perda de apoio de parte das elites proprietárias de
escravos e terras, que se sentiu traída pela abolição da
a) consolidar o poder militar escravatura
b) difundir o pensamento liberal d) críticas da imprensa abolicionista e republicana, que
c) garantir a pluralidade política responsabilizava os proprietários de terras pela
d) fortalecer a identidade nacional manutenção da escravidão

10. (Uerj 2015) A um grito de “Fora o vintém!”, os 12. (Uerj 2001) Em 1988, quando se comemorou o
manifestantes começaram a espancar condutores, centenário da Lei Áurea, comentava-se em muitas cidades
esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo do Brasil, de forma irônica, que existiria uma cláusula no
da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o texto dessa lei que revogaria a liberdade dos negros depois
Largo de São Francisco, postando-se parte da tropa em de cem anos de vigência.
frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de O surgimento de tais comentários está relacionado
Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. A multidão à seguinte característica social:
dispersou-se e, salvo pequenos distúrbios nos três dias
seguintes, estava findo o motim do vintém. A cobrança da a) surgimento do "apartheid"
taxa passou a ser quase aleatória. As próprias companhias b) permanência do racismo
de bondes pediam ao governo que a revogasse. c) formação da sociedade de classe
Desmoralizado, o ministério caiu a 28 de março. O novo d) decadência do sistema de estamentos
ministério revogou o desastrado tributo.
Adaptado de CARVALHO, José Murilo de. 13. (Uerj 1999)
A Guerra do Vintém. Revista de História, setembro/2007.
Ocorrida entre o final de 1879 e o início de 1880, a
Revolta do Vintém representou a manifestação de
segmentos populares descontentes com a decisão do
governo de aumentar os preços das passagens dos
bondes puxados a burro, que trafegavam na então capital
do Império.Um dos principais efeitos dessa revolta naquele
momento foi:

a) politização dos oficiais militares


b) privatização dos serviços públicos
c) modernização dos meios de transporte
d) enfraquecimento das instituições monárquicas

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TÁVORA, Araken. D. Pedro II e o seu mundo. Rio de b) a intransigência das Cortes de Lisboa na aceitação das
Janeiro: Documentário. 1976. liberdades brasileiras
A charge anterior retrata uma prática política c) o ideal republicano em consonância com o das antigas
vigente durante o Segundo Reinado, que permite colônias espanholas
caracterizar a monarquia nesse período como: d) o movimento separatista das províncias do norte em
processo de união com Portugal
a) unitária e conservadora, em que "o Imperador reina,
mas não governa" 16. (Uerj 1997) Ai, filha! Você não entende deste riscado.
b) federativa e multipartidária, em que o Imperador tinha a Neste mundo não existe coisa alguma sem sua razão de
função de mediar e moderar ser. Estas filantropias modernas de abolição! É chover no
c) centralizada e "parlamentarista", em que o Imperador molhado - preto precisa de couro de ferro como precisa de
era o árbitro entre os "partidos políticos" angu e baeta. Havemos de ver no que há de parar a
d) constitucional e unicameral, em que o poder moderador lavoura quando esta gente não tiver no eito. Não é porque
era a chave da administração política eu seja maligno que digo e faço estas coisas. É que sou
lavrador, e sei dar o nome aos bois. Enfim, você pede, eu
14. (Uerj 1998) Acompanhei com vivo interesse a solução vou mandar tirar o ferro. Mas são favas contadas - ferro
desse grave problema [a extinção do tráfico negreiro]. tirado, preto no mato.
Compreendi que o contrabando não podia reerguer-se, (RIBEIRO, Júlio. A Carne. Rio de Janeiro, Francisco
desde que a "vontade nacional" estava ao lado do Alves, 1952 - com adaptações.)
ministério que decretava a supressão do tráfico. Reunir os O autor do romance A Carne (1888) antecipa, no
capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito trecho acima, uma preocupação de muitos proprietários de
comércio e fazê-los convergir a um centro onde pudessem terra, escravistas, quanto às consequências da abolição
ir alimentar as forças produtivas do país, foi o pensamento dos escravos para a agricultura brasileira.
que me surgiu na mente, ao ter certeza de que aquele fato Esta posição pode ser resumida da seguinte
era irrevogável. forma:
(Visconde de Mauá - Autobiografia.
Citado por MATTOS, Ilmar R. & GONÇALVES, Marcia. a) A grande lavoura não teria futuro sem a mão de obra
O Império da boa sociedade. São Paulo, Atual, 1991.) escrava.
Os centros urbanos brasileiros, principalmente a b) A abolição provocaria a superação da lavoura pela
capital - a cidade do Rio de Janeiro, passaram por grandes indústria.
transformações a partir da segunda metade do século XIX. c) A agricultura ficaria restrita à produção para o mercado
Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, foi um dos interno.
principais personagens desse processo de mudanças. d) O fim da escravidão transformaria as lavouras em terras
No período citado, a capital do império sofreu, improdutivas.
dentre outras, as seguintes transformações:
17. (Unicamp 2023) Observe abaixo duas pinturas
a) criação de indústrias metalúrgicas e siderúrgicas, históricas oitocentistas que se tornaram cânones visuais
surgimento de bancos e diversificação da agricultura da História do Brasil, e que são acionadas, por exemplo,
b) crescimento da economia cafeeira, utilização da mão de nas comemorações do Bicentenário da Independência.
obra imigrante assalariada e mecanização do cultivo
c) diminuição da importância da economia
agroexportadora, desenvolvimento de manufaturas e
exportação de bens de consumo manufaturados
d) aplicação de capitais na modernização da infraestrutura
de transportes, no aprimoramento dos serviços urbanos e
desenvolvimento de atividades industriais

15. (Uerj 1997) Que tardamos? A época é esta: Portugal


nos insulta; a América nos convida; a Europa nos
contempla; o príncipe nos defende. Cidadãos! soltai o grito
festivo... Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o
Senhor D. Pedro I.
(Proclamação. Correio Extraordinário do Rio de Janeiro.
21 de setembro de 1822.)
Este texto mostra o rompimento total e definitivo
com a antiga metrópole como necessário para a
construção do Império Brasileiro. Nele também está
implícito um dos fatores que contribuíram para o processo
de construção da independência do Brasil.
Esse fator foi:

a) a ajuda das potências europeias em função de seus


interesses econômicos

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obtendo alforrias através de uma multiplicidade de
estratégias, desde o período colonial.
d) O alto número de libertos antes de 1888 reflete o
impacto da abolição dos escravos por parte do Imperador
D. Pedro II, pois a família real era a maior proprietária de
cativos durante o século XIX, na região do Vale do Paraíba.

19. (Uerj 2014)

A partir de seus conhecimentos, assinale a


alternativa correta a respeito da produção do passado
histórico.

a) As duas telas encenam dois fatos históricos


fundamentais da memória nacional: o descobrimento do
Brasil e a fundação da nação independente. Inseridas no
panteão histórico nacional, elas valorizam a história global
e a Europa.
b) Prática do ideário nacionalista oitocentista, a
celebração, na pintura histórica, dos fatos nacionais estava
associada à produção – do ponto de vista dos
trabalhadores retratados na tela – de uma visão de
passado da nação.
c) Celebrar eventos do passado foi estratégico para as
identidades coloniais criadas no século XIX. Assim,
pertencer a uma nação significava herdar um passado de
valorização da diversidade étnica e igualdade social.
A restituição da passagem
d) Estas pinturas inseriam-se em políticas de memória que
As famílias chegadas a Santos com passagens de
construíam e traduziam valores fundamentais das
3ª classe, tendo pelo menos 3 pessoas de 12 a 45 anos,
identidades nacionais. Elas ensinavam sobre as origens da
sendo agricultores e destinando-se à lavoura do estado de
nação e estabeleciam referências identitárias para os
São Paulo, como colonos nas fazendas ou estabelecendo-
cidadãos.
se por conta própria em terras adquiridas ou arrendadas
de particulares ou do governo, fora dos subúrbios da
18. (Unicamp 2020) Os números indicam que antes da
cidade, podem obter a restituição da quantia que tiverem
abolição de 1888 restavam pouco mais de setecentos mil
pago por suas passagens.
escravos no Brasil. Conforme estimativa do censo de
Adaptado de O immigrante, nº 1, janeiro de 1908
1872, elaborada pelo IBGE, a população total do país era
A publicação da revista O immigrante fazia parte
de 9.930.478 habitantes. Isso indica que grande parte da
das ações do governo de São Paulo que tinham como
população de cor (pretos e pardos) já havia adquirido a
objetivo estimular, no final do século XIX e início do XX, a
liberdade por seus próprios meios antes da Lei Áurea.
ida de imigrantes para o estado. Para isso, ofereciam-se
(Adaptado de Wlamyra Albuquerque, A vala comum da
inclusive subsídios, como indica o texto.
‘raça emancipada’: abolição e racialização no Brasil,
Essa diretriz paulista era parte integrante da
breve comentário. História Social, , n. 19, p. 99, 2010.)
política nacional da época que visava à garantia da:
Com base no excerto e nos conhecimentos sobre
a história da liberdade no Brasil, assinale a alternativa
a) oferta de mão de obra para a cafeicultura
correta.
b) ampliação dos núcleos urbanos no interior
c) continuidade do processo de reforma agrária
a) A maioria da população negra já era liberta antes de
d) expansão dos limites territoriais da federação
1888, porque as províncias escravistas do Sudeste,
almejando abrirem-se para a imigração italiana, vinham
adotando medidas abolicionistas desde o fim do tráfico, em
20. (Uerj 2013)
1850.
b) Em termos globais, o grande percentual da população
livre de cor reflete o peso demográfico da população liberta
concentrada nas províncias pouco dependentes da
escravidão, como Santa Catarina e Paraná.
c) A maioria da população africana e seus descendentes
já era livre quando a Lei Áurea foi aprovada, porque vinha

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O romance Iracema, de José de Alencar,
publicado em 1865, influenciou artistas, como José Maria
de Medeiros, que nele encontraram inspiração para
representar imagens do Brasil e do povo brasileiro no
período imperial (1822-1889).
Na construção da identidade nacional durante o
Império do Brasil, identifica-se a valorização dos seguintes
aspectos:

a) clima ameno / índole guerreira dos ameríndios


b) grandeza territorial / integração racial das etnias
c) extensão litorânea / sincretismo religioso do povo
d) natureza tropical / herança cultural dos grupos nativos

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HISTÓRIA
SEMANA 07 – GABARITO DISCURSIVAS

Resposta da questão 1: Atividade econômica: cafeicultura.

Uma das razões:


- expansão da cafeicultura no Sudeste
- crise do modelo dos engenhos centrais
- declínio da atividade açucareira nos engenhos
- aumento do preço do escravo após o fim do tráfico Atlântico
- tráfico interno de mão de obra escrava para o sudeste cafeeiro

Resposta da questão 2: A condição de vida dos escravos era muito precária, comprometendo a saúde, com escassez
de alimentos e intensa jornada de trabalho. Mesmo com a independência do Brasil e a Constituição de 1824, os negros
permaneceram na condição de escravos, sem acesso à cidadania e exercendo as mais diversas atividades econômicas.
Em 1850, com a aprovação da Lei Eusébio de Queirós, o comércio intercontinental de escravos foi proibido ocorrendo,
a partir desta data, um comércio interprovincial de escravos em geral saindo do Nordeste brasileiro (que estava em crise
econômica) para o Sudeste em função da expansão da lavoura cafeeira.

Resposta da questão 3: Grupos que defenderam a abolição da escravidão no Brasil: exército após a Guerra do
Paraguai, irmandades religiosas descontentes com o Padroado e Beneplácito, classe média urbana, intelectuais e
profissionais liberais.
Contra a abolição: proprietários de terras e escravos que resistiam à ideia de abolição sem indenização, por ter
investido capital na aquisição dos escravos.

Resposta da questão 4: A partir da segunda metade do século XIX aumentou de maneira considerável a malha
ferroviária no Brasil e nos Estados Unidos vinculado diretamente a Primeira Revolução Industrial que começou na
Inglaterra no final do século XVIII. A elite econômica destes países tinha muito interesse na ampliação da malha
ferroviária para escoar seus produtos até o porto. No caso brasileiro, havia uma elite agrária apoiada no trabalho escravo
que desejava transportar a produção de café do interior até o porto de Santos. Foi muito importante o investimentos do
setor privado, por exemplo, o poderoso Barão de Mauá. A partir de 1850, ocorreu uma modernização econômica no
Brasil vinculada ao café (no plano interno) e a Revolução Industrial (no plano externo). Nos Estados Unidos estavam
ocorrendo a denominada “Marcha para o Oeste” surgindo ferrovias que ligavam o Atlântico ao Pacífico. A descoberta de
ouro na Califórnia em 1848 contribuiu muito para o crescimento das ferrovias naquele país. Nos dois países, o setor
financeiro estrangeiro como os bancos ingleses investiram na ampliação da malha ferroviária.

Resposta da questão 5: O aluno pode fazer referência ao Romantismo (século XIX, a obra de Victor Meirelles) que
idealizou o indígena como símbolo nacional e a ênfase da presença portuguesa na ação colonizadora enquanto o
Modernismo (século XX, a obra “Café” de Candido Portinari) defendeu o caráter miscigenado do povo e a valorização
da presença de negros e mulatos entre os trabalhadores.

Resposta da questão 6: Um dos setores e uma das respectivas razões:


• traficantes de escravos / discordância em relação ao acordo assinado com a Inglaterra pelo fim do tráfico de escravos
• comerciantes nativos / insatisfação com as vantagens e privilégios dispensados pelo imperador aos comerciantes
portugueses e ingleses
• grandes proprietários de escravos e terras / insatisfação com os altos impostos, com a centralização política imposta
por Pedro I e com o acordo relativo ao final do tráfico
• grupos médios urbanos liberais / defesa do federalismo, reivindicação de reformas à Constituição de 1824, crítica ao
endividamento do Estado, aos rumos da Guerra da Cisplatina e ao envolvimento do Imperador na sucessão portuguesa
Um dos motivos:
• crise da economia açucareira
• gastos com a estruturação do Estado Imperial
• dívidas geradas pelas Guerras de Independência e da Cisplatina
• acordos comerciais desfavoráveis assinados, principalmente, com Portugal e Inglaterra

Resposta da questão 7: A Confederação do Equador foi a principal rebelião contra a política autoritária e centralizadora
de D. Pedro I, após outorgar a Constituição de 1824, quando impôs a nomeação de Francisco Paes Barreto como
presidente da província de Pernambuco; em lugar de Pais de Andrade, apoiado pelo povo. A Confederação foi um
movimento separatista, de caráter republicano e liberal, que pretendia a organização de um novo Estado reunindo as
províncias do norte (nordeste), constituído a partir da organização dos três poderes de Estado.

Resposta da questão 8: Uma das propostas:


• defesa do federalismo.

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• abolição da escravidão.
• possibilidade de separatismo.
• defesa do regime republicano.
• revisão da política tributária imperial relativa ao charque sulino.

Os farroupilhas criticavam a monarquia e principalmente sua política centralizadora e unitarista, ameaçando a


integridade territorial da nação e o ideal de unidade estabelecido pela Constituição de 1824.

A principal ameaça da rebelião gaúcha era o separatismo, que romperia a integridade do império do ponto de
vista político e territorial. A Revolução Farroupilha iniciou-se no período regencial, marcado pela reorganização do Estado
brasileiro e por lutas que ameaçam a estrutura tradicional de poder e encerrou-se já durante o Segundo Reinado, após
forte repressão, mas com a preocupação de reconciliação, como se depreende do discurso de Duque de Caxias.

Resposta da questão 9: Valorização do indígena ou indianismo.


A valorização e a idealização do indígena eram formas de destacar a originalidade do povo brasileiro,
diferenciando-o do português colonizador e tentando apagar a presença do negro, significativa por conta da escravidão
africana.
A idealização e valorização do indígena como elemento da identidade nacional foi uma característica básica do
romantismo no Brasil.

Resposta da questão 10:


a) Podemos citar a Lei Eusébio de Queiróz, a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários.
b) A Lei Áurea contribuiu para a não inserção dos negros na sociedade de forma adequada, uma vez que não estabeleceu
bases legais para que isso fosse feito no país. De maneira geral, podemos dizer que os negros foram relegados à própria
sorte após a Abolição, em um país majoritariamente escravocrata e racista. Além disso, a primeira Constituição
republicana (1891) não corrigiu esse problema. Pelo contrário, o ampliou, a partir da exclusão dos analfabetos do direito
ao voto.

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HISTÓRIA
SEMANA 07 – GABARITO OBJETIVAS

Resposta da questão 1: [D]


O texto enfatiza que existiu uma pluralidade biológica muito grande na diáspora africana, ou seja, os negros
escravizados trazidos para o Brasil eram plurais – no sentido biológico – e isso proporcionou uma miscigenação muito
diversa no país. A imagem que acompanha a questão corrobora essa diversidade.

Resposta da questão 2: [A]


A abolição foi concedida em um momento de crise do Segundo Reinado, devida, em grande parte, à própria
questão abolicionista. A Princesa Isabel teria ouvido, inclusive, que “havia ganhado o jogo, mas que havia perdido o
trono” ao assinar a Lei Áurea. De fato, a monarquia acabou dois anos depois da assinatura da Lei.
A Lei Áurea, ao libertar os escravos, não programou socialmente o que fazer com eles, o que gerou uma grande
exclusão social e a não inserção do negro na sociedade brasileira.

Resposta da questão 3: [C]


O fim da escravidão determinada pela Lei Áurea de 1888 ocorreu num contexto de expansão da lavoura de café
no interior de São Paulo, exigindo maior volume de mão de obra livre, fato que está associado à crise econômica
europeia, que atingiu diversos países, notadamente a Itália.

Resposta da questão 4: [A]


Somente a alternativa [A] está correta. Historicamente, desde a antiguidade, o trabalho braçal foi desqualificado
e associado à escravidão e as camadas inferiores. Basta observar que na Grécia antiga o tempo livre era associado à
liberdade, cidadania e ao ócio criativo. No Brasil no contexto colonial e imperial também ocorreu uma desqualificação do
trabalho pesado e braçal.

Resposta da questão 5: [B]


Pedro Américo foi pintor e poeta do estilo romântico brasileiro no século XIX e produziu importantes pinturas a
serviço do governo imperial destacando-se a obra Independência ou Morte, produzida entre 1886 e 1888 a pedido do
governo paulista da época que desejava uma tela comemorativa da Proclamação da Independência.
Ao representar o Grito do Ipiranga como um gesto heroico de Dom Pedro I, a obra remete à fundação heroica
da monarquia brasileira que perdurou de 1822 a 1889.

Resposta da questão 6: [D]


[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
O texto do escritor José de Alencar está vinculado ao Segundo Reinado, 1840-1889. José de Alencar, 1829-
1877, é considerado um precursor do Romantismo no Brasil. Em suas obras procurou valorizar a língua falada no Brasil
no cotidiano das pessoas, as particularidades da língua portuguesa. Daí o autor afirma que “o povo que chupa o caju, a
manga, o cambucá e a jabuticaba pode falar com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera,
o damasco e a nêspera?”.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Português]
No Brasil, o Romantismo da primeira fase adquiriu características especiais, defendendo os motivos e temas
brasileiros, mais próximos da fala e da realidade popular brasileira. A interrogação de natureza retórica que finaliza o
excerto expõe a preocupação de José de Alencar em adaptar a língua portuguesa às circunstâncias locais, valorizando
tradições, costumes, história e natureza de um país em construção. Na prosa alencariana, são frequentes tupinismos e
brasileirismos, assim como infrações intencionais a regras da gramática normativa de colocação pronominal ou
concordância verbal para que os escritos se moldassem às características da linguagem local, visando à afirmação de
uma identidade nacional brasileira. Assim, é correta a opção [D].

Resposta da questão 7: [A]

Resposta da questão 8: [B]

Resposta da questão 9: [D]


Como o texto deixa claro, “por meio da pintura histórica, forjou-se um passado épico e monumental, em que toda
a população pudesse se sentir representada”. Logo, as pinturas eram usadas para fortalecer a identidade nacional.

Resposta da questão 10: [D]


A Revolta do Vintém enquadra-se no quadro de crise do Segundo Reinado, deflagrada, principalmente, após
a Guerra do Paraguai. Esse quadro de crise incluía o fortalecimento do Exército e a ampliação dos movimentos
Republicano e abolicionista. Nesse contexto, a opinião pública e a população em geral passaram a defender mudanças
de cunho político, econômico e social do país. Quando o governo da capital decidiu cobrar um imposto sobre o preço da

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passagem de bonde, a população, já insatisfeita com os rumos do país, revoltou-se, o que serviu para abalar ainda mais
o já conturbado ambiente da Monarquia brasileira em fins da década de 1870.

Resposta da questão 11: [C]

Resposta da questão 12: [B]

Resposta da questão 13: [C]

Resposta da questão 14: [D]

Resposta da questão 15: [B]

Resposta da questão 16: [A]

Resposta da questão 17: [D]


Passados históricos constroem-se, em especial, a partir das narrativas daqueles que estão no poder. Sendo
assim, a construção das memórias ao longo da História do Brasil foi influenciada pela ideia de nação e identidade que
interessava aos projetos dos governos nos quais ela estava sendo feita.

Resposta da questão 18: [C]


Desde os tempos coloniais, a concessão espontânea de alforrias por parte dos senhores e a compra de alforrias
através de acumulação de recursos próprios pelos escravos de ganho já constituíam possibilidades de liberdade aos
cativos. Durante o Segundo Reinado, leis como a Eusébio de Queiroz, a do Ventre Livre e a dos Sexagenários ajudaram
a aumentar o número de libertos.

Resposta da questão 19: [A]


[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
A cafeicultura era o carro-chefe da economia do Segundo Reinado brasileiro e, por isso, tinha total atenção do
governo. Devido à pressão inglesa pelo fim da escravidão e à consequente assinatura da Lei Eusébio de Queiroz, o
governo brasileiro passou a incentivar a vinda de imigrantes europeus para suprir a falta dos escravos nas nossas
lavouras.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]
Como mencionado corretamente na alternativa [A], a imigração estrangeira garantia a demanda da mão de obra
para a cafeicultura, substituindo a mão de obra escrava. Estão incorretas as alternativas: [B], porque o objetivo da
imigração era a absorção pela cafeicultura; [C], porque a redistribuição de terras não era pertinente no século XIX; [D],
porque o objetivo era a absorção da mão de obra nas fazendas, e, portanto, o povoamento do território nacional.

Resposta da questão 20: [D]


[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]
A construção da identidade nacional no período histórico mencionado se dá com a valorização da natureza
tropical, como citado corretamente na alternativa [D], em que se faz apologia à paisagem quente e úmida composta pela
vegetação exuberante, elementos que destoam da paisagem temperada a qual estava associada à antiga metrópole
europeia.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
A ideia de “identidade cultural” formou-se durante o Império, com a preocupação de valorizar os elementos típicos
do Brasil, buscando certo distanciamento dos valores tradicionais portugueses. Nesse sentido o elemento indígena e a
natureza são ressaltados e valorizados. Vale lembrar que o destaque dado ao índio não significa que ele foi valorizado
e a cultura europeia desprezada, apenas que alguns aspectos da cultura indígena, como a bondade e simplicidade são
mais valorizados.

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