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•Assim sendo a castidade pode ser a base de incalculável serenidade mental, moral e
física, de prospera saúde, de bem–estar sobreabundante.
•Os efeitos da castidade, e a falta dela, apareceram melhor se pusermos diante de nós,
dois jovens, um que pratique a pureza e outro que se entregue à devassidão. Na
Inteligência: a do primeiro é aberta e luminosa, pois o homem experimenta inegável
vantagem no espírito em razão direta da reserva imposta aos sentidos; a outra torna-se
embotada e como luz que se extingue, a alma passa a viver em função da matéria e,
como já alguém disse, «ao mesmo tempo que o jovem se acende para a carne, apaga-se
para a ideia».
•A sensualidade é egoísta e cruel, pode até ir contra os planos de Deus Criador. Chegar
ao ponto de lembrarmos o dizer do velho Tertuliano: ela comete «infanticídios
prematuros». Estes inocentes deviam ter sido objeto de amor. Mas não! Foram fruto de
paixão sensual e são agora vítimas de egoísmo criminoso.
•Dr. Cruz Neves, médico português: “Mesmo não impedindo o nascimento, nem
matando nos primeiros dias de vida, certas doenças hereditárias são responsáveis por
uma percentagem elevadíssima de mazelas na criança, dando habitualmente origem a
uma legião de falhados e decaídos”.
•Longo e arrepiante cortejo de misérias morais e físicas pode trazer a vida do luxurioso:
casos de esgotamento, anemia cerebral, miopia, tremores, lesões arteriais, histeria,
idiotismo, loucura, morte precoce…
•Vai mais longe: o homem não peca só para si, peca também para os seus descendentes.
Os filhos pagam, por vezes, pesadíssimo tributo devido aos excessos dos pais. Vejamos
um relato contado por Mantegazza: “Emma, pobre rapariga, toma nas suas, as mãos
ardentes do pai que está enfermo, o qual convulsamente lhe fala assim: «sabes tu,
Emma, porque morrem os teus irmãos, porque morrem as tuas irmãs? É que eu tinha no
meu sangue o germe da doença de que sou vítima e que transmiti aos meus filhos.
Matei-os! Enveneneios com o meu sangue.»”
Mais Relatos
• Anatole France: “Há quem tenha inveja de mim e me julgue feliz. Se alguém pudesse
ler a minha alma ficaria aterrado. Não fui feliz um dia, uma hora em toda a minha vida.
Não encontrei a felicidade e sinto uma infinita lassidão”.
• Francisco Coppée: “tenho apenas 27 anos, mas se vós soubésseis como está velho o
meu coração”.
• Alfredo Musset: “No fundo dos vãos prazeres que eu chamo em meu auxílio encontro
um tal amargor que me sinto morrer… Apenas existe um ser que eu posso totalmente e
sempre conhecer, esse homem que sou eu, profundamente o odeio.”
•Shakespeare define este caminho assim: “Um desperdício de alma num deserto de
vergonha”
•Berlioz, célebre compositor francês num momento de desespero por motivo de louca
extravagância, deixou-nos este relato que de génio musical não tem nada: “Jamais tão
imensa dor devorou coração de homem; estou no sétimo círculo do inferno… Oh!
Condenação! Eu trituraria um ferro em brasa entre os meus dentes.”
• A célebre artista de teatro Eva Lavalière afirma desiludida: “sou a eterna orfã da terra
que procurou, mas debalde, o alimento para o coração”.
São patentes os estragos da luxuria. Mas poderá a castidade ter
inconvenientes?
• Prof. Fournier, eminente médico francês diz: “Se os perigos da continência existem eu
não os conheço, e apesar de médico, ainda não os verifiquei, muito embora não me
tenha faltado, em semelhante matéria, casos de observação”.
• Dr. Beale, Prof. do Colégio Real de Londres “Nunca será demais repetir que a
abstinência e a pureza (…) estão de acordo com as leis fisiológicas (…) e o contrário
não se justifica pela moral ou religião nem pela fisiologia ou psicologia”.
Vimos que a castidade não traz perigo nenhum à saúde, acaso será
vantajosa a prática de castidade?
• Héricourt afirma: “Nunca a saúde geral foi prejudicada pela castidade; ao contrário,
esta virtude tem sido muitas vezes a condição de produções intelectuais extraordinárias
nos domínios da ciência e da arte.”
• Renan: “A pureza dá sempre superioridade a uma raça em relação à outra que não a
pratique.”
• Júlio Payot: “Diz-se, por vezes, que a castidade prejudica a saúde… pelo contrário, a
continência dá ao organismo vigor e energia admiráveis.”
• Kant: “Duas coisas enchem a alma de admiração e respeito sempre crescentes: o céu
estrelado por cima de nós e a lei moral dentro de nós.”