Você está na página 1de 10

Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambique

MERCADOS E PRODUTOS FINANCEIROS

FORMAS DE FINANCIAMENTOS

ISCTEM, 2020
FINANCIAMENTO DIRECTO

• Superavitários Deficitários:

• 1. Famílias 1. Firmas
FUNDOS
• 2. Firmas 2. Governo
• 3. Governo 3. Famílias

No financiamento directo não há intermediação, sendo que o superavitário (aforrador)


pode entrar em contacto com o tomador ( deficitário) e pode naturalmente obter todas
as informações sobre a capacidade de solvência do tomador de modo a tomar decisões
racionais. Não havendo intermediação, esta via de financiamento toma também o nome
de desintermediação financeira.

2
FINANCIAMENTO INDIRECTO

Intermediários
Financeiros
FU
ND
OS
DOS
N
FU

Superavitários Deficitários:
Mercados
FUNDOS FUNDOS
1. Famílias Financeiros 1. Firmas
2. Firmas 2. Governo
3. Governo 3. Famílias

No financiamento indirecto, os recursos financeiros são movimentados dos superavitários para os


investidores, através de intermediários financeiros. Os intermediários financeiros fazem essa
transferência tomando fundos emprestados ou aceitando depósitos dos superavitários e
ulteriormente usam tais fundos para conceder empréstimos aos investidores deficitários.
Sendo assim, por essa via não há qualquer contacto possível entre superavitários e os tomadores
finais dos empréstimos, pois, a passagem dos fundos dos primeiros para os segundos é feita pelo
intermediário financeiro.
Por essa razão, esta forma de financiamento é designada por intermediação financeira.
3
• O negócio de emprestar dinheiro dos outros, sujeito a levantamentos imediatos
desse dinheiro, coloca ao banqueiro um dilema entre rentabilidade e equilíbrio
financeiro. Trata-se de conciliar três objectivos, consideravelmente antagónicos:

• Solvência: Em economia é o estado do devedor que possui seu activo maior do que o
passivo. Capacidade de uma empresa/entidade para cumprir os compromissos
financeiros assumidos.

• Liquidez: É um conceito económico que considera a facilidade com que um activo


pode ser convertido no meio de troca da economia, ou seja, é a facilidade com que
ele pode ser convertido em dinheiro, representa a qualidade dos activos para serem
convertidos em dinheiro efectivo de forma imediata sem perder significativamente
seu valor.

• Rentabilidade: Indica o percentual de remuneração do capital investido na empresa.


É o grau de rendimento proporcionado por determinado investimento.

4
Sistema Financeiro Nacional

Subsistema Normativo

Sector/ SFN
Sector Interno
Subsistema de intermediação
Sector Real
Economia
Organismos Financeiros Internacionais (FMI, Banco Mundial)

Sector Externo
Sector Real

Este enquadramento é mais abrangente. Rigorosamente contempla apenas os subsistemas


normativos e de intermediação. Refira-se que a inclusão dos organismos financeiros
internacionais decorre da influência que estes exercem na definição das políticas económicas dos
países.
Continuação:

Monetárias (Ministério das Finanças e Banco Central)


Autoridades
BVM

Subsistema normativo

Financeira
Legislação
Bancária

6
Banco Central
Instituições Financeiras
Monetárias3 (IFM)

Instituições de Crédito (IC´s)


Sociedades Financeiras
1.2 Subsistema de Intermediação
Instituições auxiliares
Instituições Financeiras
Não Monetárias4 (IFNM) Seguradoras

Sociedades Gestoras
de Fundos de pensões
[3] IFM: Instituições que tem a capacidade de criação de moeda. Um banco por
exemplo, tem esta capacidade – através do crédito que concede cria/multiplica
depósitos bancários em benefício daquele que contrai o empréstimo.
[4] Por oposição, as IFNM, embora em alguns campos desenvolvam atividades
semelhantes às desenvolvidas pelas IFM, não têm capacidade de criar moeda.
Não tem autorização para colher depósitos. Ex: Sociedades de Seguros.

INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO – Lei nº 15/99 de 01 de Novembro


• São Instituições que realizam operações ativas (concessão de crédito) e operações
passivas (constituição de depósitos a prazo).
• São empresas cuja atividade consiste em receber do público depósitos ou outros
fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a
concessão de crédito.
• No caso do nosso país pode-se englobar nesta categoria os Microbancos.

8
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO – Lei nº 15/99 de 01 de Novembro
• Fazem parte das IC´s:
a) As IC´s universais (Bancos);

b) As IC´s especializadas:

 Casas (caixas) económicas.


 Cooperativas de crédito.
 Sociedade de Locação Financeira (Leasing).
 Sociedade de Factoring.
 Sociedade de Investimentos.
Estrutura do Sistema Financeiro Moçambicano

• Sector Interno, agentes económicos residentes que operam entre si, no mesmo espaço
económico e monetário nacional.

• Sector Externo, agentes económicos não-residentes que operam com os residentes.

• Sector Financeiro, o sector que tem a capacidade de criar moeda (monetário) e/ou de fazer uma
intermediação entre a poupança e o investimento (não monetário).

• Sector Não Financeiro, integra os Aforradores e utilizadores de crédito, ou seja a “clientela” em


geral.

• Sector Monetário, instituições de crédito que criam moeda ou meios de pagamento


nomeadamente com base em recursos alheios multiplicados através de crédito concedido.

• Sector Não Monetário, Sociedades financeiras impedidas de receber depósitos e apenas podem
efectuar as operações que sejam permitidas pelos Diplomas Legais específicos que regem a
respectiva actividade.

• A capacidade de criar moeda é a grande distinção entre monetário e não monetário.

Você também pode gostar