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A COMÉDIA LATINA &

LISÍSTRATA
Reginaldo de Oliveira Martins
Leonardo da Silva Felipe
PLAUTO E TERÊNCIO
• 1. Plauto
• Nasceu em 254 a.C., em Sarsina e
morreu em 180 a.C.
• Viveu durante o período republicano
• Escreveu 21 peças
• Algumas peças:
Amphitruo, Asinaria, Aululária, Báquides,
Captivi, Casina, Cistellaria, Curculio,
Epidicus.
• 2. Terêncio:
• Nasceu na África por volta de 185 a.C.
• Vendido como escravo
• As suas obras são escritas em verso
e seu estilo é “puro”.
• Os personagens de suas comédias são,
muitas vezes, de classes sociais altas.
Obras:
Andria, Hécira (sogra em grego),
Heautontimoroumenos
(o que se pune a si próprio- em grego),
Eunuco, Formião, Os Adelfos (os irmãos)
ARISTÓFANES
• Atenas(448-380 a.C.)
• Dramaturgo
• Viveu no auge do desenvolvimento econômico, político e cultural de
Atenas, no chamado “Século de Péricles”.
• Algumas obras: As Nuvens, As Vespas, Lisístrata, As rãs,
Assembleia de mulheres, Os pássaros.
• Características: escreveu sátiras com duras críticas políticas sociais
(seus alvos eram políticos, filósofos, poetas e ricos comerciantes),
uso de linguagem obscena, uso de diálogos, seus personagens
defendiam aspectos tradicionais de Atenas
HISTÓRIA DA COMÉDIA
• Grécia: 500 a.C., pessoas comuns da pólis grega; textos em
versos, sátiras políticas, críticas sociais, intrigas sentimentais,
ironia e sarcasmo, humor e estilo burlesco; Comédia Antiga
(500-400 a.C.), Comédia Intermediária (400-330 a.C.),
Comédia Nova (330-150 a.C.).
• Roma: final do século II a.C. (República); Paliata (imitação da
Comédia Nova) e Togata (tem por assunto algum fato
romano); problemas abordados: domésticos, eróticos e
dinheiro; criação dos “tipos cômicos” (fanfarrão, avarento).
AGOSTINHO DA SILVA
• Nasce na Cidade do Porto, em 1906, e morreu em Lisboa, em 1994.
• Filósofo, poeta e ensaísta
• 1924-1928  curso de Filologia Clássica
• 1929  Dissertação: “O Sentido Histórico das Civilizações
Clássicas”
• 1931  parte como bolseiro para Paris
• 1947  instala-se definitivamente no Brasil
• 1969  regressa a Portugal após a doença de Salazar
• Escreveu 8 livros: A vida de Pasteur, Sanderson e a escola de Oundle,
Moisés e outras páginas bíblicas, Um Fernando Pessoa, Um Fernando
Pessoa e Antologia de Releitura, Quadras inéditas, Do Agostinho em
Torno do Pessoa, Uns poemas de Agostinho.
MILLÔR FERNANDES
• Nasceu no RJ, no ano de 1924, e morreu na mesma cidade em
2012
• Estreou muito cedo no jornalismo
• Estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro
• Trabalhou no Diário da Noite, Tribuna da Imprensa e Correio
da Manhã.
• Publicou trinta livros, entre os quais: Esta é a verdadeira
história do paraíso (Francisco Alves, 1972), Poemas (L&PM,
1984), Millôr definitivo – A bíblia do Caos (L&PM, 1994) e
Crítica da razão impura ou O primado da ignorância
(L&PM, 2002).
MILLÔR E O TEATRO
• São 112 trabalhos, entre peças de sua autoria, como Flávia,
cabeça, tronco e membros, O homem do princípio ao fim,
Liberdade, liberdade, com Flávio Rangel, Bons Tempos,
hein?, Um elefante no Caos.
• Adaptações e traduções teatrais, como Don Juan, o convidado
da pedra (Molière), Fedra (Racine), Hamlet (Shakespeare),
A megera domada (Shakespeare),O rei Lear (Shakespeare),
O jardim das cerejeiras (Tchekhov).
ESTRUTURA DA OBRA
• Comédia Latina: estrutura métrica dividida em diuerbia (partes
dialogadas) e cantica (partes cantadas e recitadas, seis pés jambicos),
relacionadas com a forma de encenar as passagens nelas contidas,
obedecendo critérios de composição.

• Lisístrata: apresenta diálogo em forma de versos, utilizando o iambo,


construção linguística constante “(...)”, são 1320 versos, divididos em:
• Prólogo (versos 1 a 253), Párodo (versos 254 a 386), 3 Episódios:
(versos 387 a 466; 608 a 613; 706 a 780), Ágon (versos 467 a 607), 3
Cantos Corais (versos 614 a 705; 1014 a 1042; 1043 a 1215), 3
Cenas Líricas (versos 781 a 828; 829 a 1013; 1216 a 1320)
PROBLEMÁTICA HISTÓRICA
• Comédia Latina: Critica a escravidão existente na Grécia, assim
como nas demais sociedades da Antiguidade

• Lisístrata: Crítica a uma guerra que já durava vinte anos, que


contrapõe Atenas e Esparta (Guerra do Peloponeso), propondo amor e
paz.
SENTIDO DA OBRA
• Comédia Latina: informar sobre a vida cotidiana de escravos e donos
de terras na Grécia Antiga, assim como em outras sociedades antigas.

• Lisístrata: informar a respeito da greve do sexo se os homens não pôr


fim a guerra que Atenas estava envolvida contra Esparta.
A COMÉDIA LATINA
• Surgiu seguindo o modelo da Comédia Nova grega
• 195 – 186 a.C.

• Adaptação das peças gregas e prática do contaminatio

• Explorava temas da vida privada: amor, relações familiares e sociais

• Aululária  Comédia da Panela

• Prólogo e mais cinco atos

• Prólogo: apresentação do Deus Lar da Família (p. 94)


• ATO I:
• Diálogo entre Euclião e Estáfila
• Euclião  senhor
• Estáfila  escrava de Euclião
• Relação entre senhor e servo

• Euclião: Já lá para fora, vamos! Lá para fora, já disse! Tens que


ir mesmo lá para fora, minha espia, sempre de olho esbugalhado!
• Estáfila: Ah, pobre de mim! Por que é que me bates?
• Euclião: Para que sejas mesmo uma “pobre de mim!” e para que,
por seres má, tenhas a má vida que é digna de ti.
• (...) (p. 95)
• Uso da ironia

• Euclião (à parte): Agora saio de casa já com o espírito bem


descansado: vi que lá dentro tudo está salvo. (A Estáfila) Volta já para
casa e deixa-te estar de guarda.
• Estáfila (Ironicamente): De guarda a quê ? É para que ninguém leve
a casa? Porque realmente nós já não temos mais nada que sirva para
ladrões: o que há lá por dentro é só coisa nenhuma e teias de aranha.
(...). (p. 96).
LISÍSTRATA
• Sátira de cunho político

• Critica a participação dos homens na Guerra do Peloponeso

• Lisístrata  aquela que dissolve o exército

• Peça: reflexão sobre a precariedade do ser humano, falas originais,


expressões fortes, poder feminino.

• Início da peça  predominância do diálogo com Cleonice


• Juramento jônio (p. 29)

“Eu não deixarei que nenhum homem do mundo, marido, amante, ou até
mesmo amigo se aproxime de mim de membro em riste. Se for tentada,
reagirei, me transformando na própria tentação. Me farei provocante,
usando minha túnica mais leve pra que meu homem se queime no fogo
do meu desejo. (...)”

Corifeu x Corifeia (pp. 40-44)


Chegada do Comissário (p. 44)
Os soldados ficaram com medo das mulheres (pp. 46-48).
Uso da ironia (pp. 52-53).
Tecelagem como lição política (pp. 63-64).
Algumas mulheres pensaram em desistir da causa (pp. 71-78).

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