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Joseph

Alois
Schumpeter
Teórico da Inovação e dos
Ciclos
Joseph Alois Schumpeter nasceu em Triesch, na Morávia, em
1883, no mesmo ano da morte de Karl Marx e do nascimento
de John Maynard Keynes e faleceu em 1950, nos EUA.
A obra de Schumpeter é marcada pela sociologia alemã de
Max Weber e pela economia de Karl Marx. Ao interpretar a
teoria dos ciclos, Schumpeter se definiu como o teórico da
mudança e dos desequilíbrios do sistema capitalista, cuja
dinâmica se funda no papel do empreendedor e na difusão da
inovação

Principais Obras de Joseph Aloïs Schumpeter:

•Teoria do desenvolvimento econômico (1911).


•Ciclos de negócios (1939).
•Capitalismo, socialismo e democracia (1942).
Contexto Histórico
• Primeira era da globalização;

• Fim da Era dos Impérios;

• Ascensão do Estado Moderno;

• Schumpeter como produto de Viena;

• Moldado pelo período após 1914;


Teoria do Desenvolvimento
• Em seu primeiro livro importante, Teoria do
Desenvolvimento Econômico, 1911, Schumpeter
analisou a função do empreendedor na criação do
progresso e do avanço econômico.
• Schumpeter desenvolve os motivos que caracterizaram
o empreendedor e o impulso à ação.
• É um livro sobre crescimento e dinâmica capitalista.
Para Schumpeter existem cinco formas de inovação, as quais
foram apresentadas na sua Teoria do desenvolvimento
econômico, a inovação não consiste apenas no investimento,
nem na aplicação industrial do avanço técnico,quais sejam:

• A fabricação de um novo bem ou a transformação de um


produto antigo com acréscimo de uma nova qualidade, que o
torna diferente;
• A introdução de um novo método de produção;
• A abertura de uma nova saída para o produto;
• A conquista de uma nova fonte de matérias-
primas;
• A realização de uma nova organização
da produção.
Schumpeter leva sua analise adiante
em seu livro dos Ciclos Econômicos,
1939
Schumpeter recorre a três categorias de ciclos superpostos, da literatura
econômica.
• O ciclo longo ou ciclo de Kongdratieff;
• O ciclo intermediário ou ciclo de Juglar;
• O ciclo curto ou ciclo de Kitchin;

• Efeitos do Capitalismo;
• Características sociais do capitalismo;
• Conseqüências para o empreedendor;
Gráfico
• Para Schumpeter quanto pior o desempenho do sistema, maior
é a intervenção governamental, o que reduz ainda mais a
vitalidade do sistema e torna o socialismo inevitável, ele
acreditava que o socialismo substituiria o capitalismo a longo
prazo e achava que o capitalismo não poderia sobreviver.
• Questão para Schumpeter : “ O capitalismo vai sobreviver ?”
• sua resposta : “ não , eu não acho que possa”.
• Más será que ele estava realmente errado ?
• Podemos falar que Schumpeter estava errado a respeito do fim
do capitalismo.
• Que foi o sistema soviético que entrou em
colapso, enquanto o capitalismo de iniciativa
privada mostrava-se um sistema vibrante e
bem-sucedido.
• Entretanto se o sistema capitalista é tão confiante e
capaz de sua potencialidade , por que então existe
ainda uma temeridade de países como os Estados
Unidos frente ao sistema socialista?
• Por que Cuba enfrenta embargos econômicos dos
Estados Unidos?
• Por que existe um receio dos países capitalistas em
relação ao socialismo ?
Comparação com Keynes e
Schumpeter
Diferente de Keynes que achava que o capitalismo estava
intrinsecamente ameaçado pela possibilidade de estagnação e
que este dependia do apoio governamental, Schumpeter
achava que o capitalismo era intrinsecamente dinâmico e
orientado para o crescimento, ele não via necessidade de o
governo desgastar-se como uma ferramenta auxiliar
permanente, apesar de concordar que ele deveria
ser usado para avaliar perturbações sociais.
• Para Schumpeter a depressão era uma boa ducha fria. Ele
chegou a duas explicações através do seu livro “Ciclos
Econômicos:
• ele atribuía a severidade da depressão em parte ao fato de não
haver um mas sim 3 tipos de ciclos econômicos :
• um de duração muito curta,
• um segundo com um ritmo de sete a onze anos e
• um terceiro com pulsação mais ampla de cinqüenta anos,
associada as invenções da época ( locomotiva a vapor,
automóvel) e que esses três ciclos tinham chegado em seu
período de baixa ao mesmo tempo.
• A segunda razão era o impacto negativo de
fatores externos que iam desde a Revolução
Russa até uma política de governo inepta.
Capitalismo, Socialismo e
Democracia (1942)
O fato de que os fatores dinâmicos do capitalismo levavam a suas
deficiências foi desenvolvido por Schumpeter em seu melhor
livro, Capitalismo, Socialismo e Democracia, 1942. Ele
acreditava veementemente na eficiência do capitalismo em
produzir bens e serviços para todos.
Capitalismo, Socialismo e
Democracia
SCHUMPETER X MARX

• Crítica a Marx: sociólogo, historiador,


economista e o profeta – sendo relativamente
bem avaliados os dois primeiros;
• Schumpeter considera a teoria de Marx um caso
particular de uma teoria moderna
que, para ela, era mais abrangente (superior);
• Crítica ao Materialismo Histórico e
à Lógica de Marx;
Relação entre Capitalismo, Socialismo e
Democracia
Destaque para a Democracia:

• Democracia: regime no qual o povo tem a oportunidade aceitar ou recusar


as pessoas designadas para governar;
• Não há qualquer incompatibilidade entre democracia e socialismo ou
capitalismo;
• Para ele, o socialismo que funcionasse de forma a manter certa unidade no
coletivo poderia se utilizar do método democrático de maneira mais eficaz
do que no capitalismo;
• Papel do processo eleitoral e do eleitorado (povo) na democracia: produzir
um governo e desapossá-lo (alternância
no poder);
• A democracia se afasta tanto do “credo democrático”
do século XVIII quanto do esquema marxista: descarta
a idéia do “Bem Comum” propagada pela doutrina clássica
da democracia;
• rejeita o argumento marxista do socialismo
• indissoluvelmente casado com os valores democráticos;
Condições para o êxito no método
democrático nas grandes nações
industriais:

• “Material humano da política” de alta qualidade;


• Limitar o alcance efetivo da decisão política;
• Dispor dos serviços de uma burocracia bem-treinada,
de boa posição, de tradição e de forte senso do dever;
• “Autocontrole Democrático”;
• “Dose de Tolerância” por parte dos
protagonistas políticos
Conclusão
A contribuição de J.S foi riquíssimo e extremamente
influente nos últimos 70 anos. O economista, no
entanto, tornou-se pessimista: a busca pela inovação,
motor do progresso, visava – em última instância – a
superação da concorrência. Acreditava que o
socialismo substituiria o capitalismo precisamente
através da burocratização da inovação.

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