ELEMAQ Aula 02 Apres

Você também pode gostar

Você está na página 1de 49

ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

MANCAIS DE DESLIZAMENTO
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

DEFINIÇÃO

Elementos de apoio de eixos e árvores, que


permitem rotação e/ou deslizamento com
mínimo atrito e suportam cargas radiais e/ou
axiais.
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
TIPOS
Carregamento
• Sem cargas externas (apoios e guias)
• Com cargas externas radiais e/ou axiais
Posição:
• Horizontais (cargas radiais e/ou axiais)
• Verticais (cargas axiais, empuxo)
Lubrificação:
• Sem lubrificação (Atrito, magnéticos)
• Com lubrificação (Liquida, Gasosa, Sólida)
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento

LUBRIFICAÇÃO
Líquida:
• Água, óleo
Gasosa:
• Ar, outros gases
Sólida ou pastosa:
• Grafite, graxa
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
Aplicações em motores
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
mancais de deslizamento
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

CLASSIFICAÇÃO DOS MANCAIS

• COMPLETO
Munhão inteiramente envolvido pela superfície de apoio

• PARCIAL
Envolvimento parcial

• COM FOLGA
Diâmetro da superfície de apoio maior que o do munhão

• SEM FOLGA
Aplicável apenas aos mancais parciais
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

MATERIAIS (buchas)
Metálicos:
• Ferro fundido
• Ligas de cobre, Ligas de Estanho e Chumbo
• Ligas Sinterizadas, Grafitadas

Não metálicos:
• Madeira
• Elastômeros
MATERIAIS (estrutura)

• Ligas metálicas em geral

• Uso freqüente: Ferros fundidos, Aços


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

INDICAÇÕES DE USO

• Amortecimento de vibrações, choques e ruídos,


por grande área de lubrificação, se for o caso

• Menor contaminação por poeira

• Menores folgas

• Fabricação simples e barata

• Grande flexibilidade construtiva


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

MANCAIS LUBRIFICADOS A ÓLEO


CARACTERÍSTICAS:

• A película de lubrificante só se forma com o


movimento, tendo elevado atrito de partida

• A circulação e a manutenção da quantidade


de lubrificante requer atenção constante
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

MANCAIS LUBRIFICADOS A ÓLEO


TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO
• HIDRODINÂMICA
A película do lubrificante é espessa, separa as
superfícies metálicas, evita contato
• HIDROSTÁTICA
O lubrificante é introduzido sob alta pressão
• ELASTOHIDRODINÂMICA
Contato metal - metal
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
MANCAIS LUBRIFICADOS A ÓLEO
TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

FATORES FUNDAMENTAIS PARA PROJETO DE UM


MANCAL DE DESLIZAMENTO LUBRIFICADO A ÓLEO:

• Carregamento

• Velocidade de deslizamento do eixo

• Rugosidades superficiais

• Espessura da película de óleo


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
ETAPAS POSICIONAMENTO EIXO-MANCAL
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

PROJETO DE MANCAIS DE DESLIZAMENTO

PRIMEIRO GRUPO DE VARIÁVEIS

• Viscosidade

• Carga por unidade de área projetada

• Velocidade angular

• Dimensões do mancal
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

SEGUNDO GRUPO DE VARIÁVEIS

• Coeficiente de atrito

• Aumento da temperatura

• Fluxo de óleo

• Espessura mínima da película de óleo


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

NUMERO CARACTERÍSTICO DO MANCAL


S´ = (μ n/pi)(D/c)2

• S´ = numero característico (Sommerfeld)


• μ = viscosidade absoluta, lb.s/pol2
• D = diâmetro do mancal, pol
• c = folga radial, pol
• n = velocidade da árvore, RPM
• pi = carga p/ unid de área projetada, psi
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

VISCOSIDADE
Definições:
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

DEFINIÇÕES
τ = tensão de cisalhamento
F = força exercida na placa móvel
A = área resistente ao cisalhamento
h = espessura da camada de óleo entre
placas

F/A é proporcional a V/h


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

DEFINIÇÕES

A constante de proporcionalidade é Z
F/A = Z V/h
Então,
Z = (F/A) / (V/h) =

VISCOSIDADE ABSOLUTA DO FLUIDO


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

DEFINIÇÕES
Se F =1 dina é a força necessária para manter a placa
móvel com velocidade de 1 cm/s, sendo a área
constante e igual a 1 cm2 e as placas estando
separadas por 1 cm, então o lubrificante terá uma
viscosidade de 1 poise.
Assim, 1 poise = 1 dina.s / cm2
Na prática, a unidade é o
centipoise
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

No sistema Inglês, a unidade de viscosidade μ é


o reyn (de Reynolds), em lb.s/pol2.

A relação com o centipoise é:

Z (centipoise) = μ (reyns) x [ 6,9 x 106]


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
Temos também a Viscosidade cinemática
Saybolt Universal (τ ) ou SSU , em s

Viscosidade cinemática = Z / ρ , em centistokes,


onde ρ é a densidade do fluido em g/cm3
Para óleos, valor médio de ρ é 0,9
Relação entre Z e τ
Z = (0,22τ – 180/τ)
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
VARIAÇÃO DA VISCOSIDADE COM A
TEMPERATURA
Em graus Fahrenheit, t, temos:

ρ = ρ 60º - 0,000365 (t – 60º)

Conversão de temperaturas:

°C = (°F − 32) / 1,8


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

VISCOSIDADE SAE
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

CARGA POR UNIDADE DE ÁREA PROJETADA

p = P/LD
• D = diâmetro da árvore ou eixo
• P = carga aplicada no mancal
• L = comprimento do mancal
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

PERDA POR ATRITO NO MANCAL

Uf = f P vr

onde
vr = velocidade periférica = πDn
f = coeficiente de atrito
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
Roteiro de projeto para um mancal completo
Dados: D, carregamento, regime, RPM
1. Calcular carga radial
2. Estimar comprimento do mancal
3. Calcular espessura mínima do filme de óleo
4. Material: Norton, Karelitz, Grafico 215
5. Folga no mancal, tipo montagem, S´, Grafico 214
6. Pi, fi, Gráfico 212
7. Correção para fugas, gráfico 216
8. Pressão no mancal, p, ideal pi
9. Determinação viscosidade a partir de S´
10. Escolha e condições do óleo, gráfico 211
11. Coeficiente de atrito no mancal e Perdas por atrito
12. Perdas de potência no mancal
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Carga radial

Rx2 + Ry2 = R2

Comprimento do mancal

L = 1,5 D
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Espessura mínima do filme de óleo (ho )


Calcular:
• Área da superfície de apoio
• As = r βL = (D/2)βL
sendo β o arco, no caso 180° (π)
• Área projetada = LD
• Velocidade periférica
Vr = π D n em ft/min
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
CÁLCULO DA ESPESSURA MÍNIMA DO FILME DE ÓLEO (ho)
Com os dados anteriores, entrar no Gráfico 215, com:
• As e Vr e tirar ho
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Materiais
Usuais:
• Ligas de cobre, principalmente Bronzes
• Ligas de estanho e chumbo (Babbitt)

Valores práticos de ho:

• Karelitz: 0,00075 pol


• Norton: 0,00025 D em pol
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Folga no mancal (c)

• Depende da montagem
• Em geral, média (Classe 3)
• Folga mínima = 0,0009 D 2/3
• Tolerância = 0,0008 D 1/3
• Calculam-se então os valores max e min da
folga no mancal
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Determinação de S´

• Com c max calcula-se ho / c/2 entra-se no gráfico 214


ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Determinação da pressão e do coeficiente de atrito


para mancais ideais (sem fugas)
Determinação de fi D/c no gráfico 212
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Correção para mancais com fugas

• Comprimento de arco (La) / Comprimento axial (L) = x


• Entrar no gráfico 216
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Pressão no mancal

• p = R/DL

Pressão no mancal ideal

• pi = p / CL
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Determinação da viscosidade a partir do n°de


Sommerfeld (n° característico do mancal)

S´ = (μ n/pi)(D/c)2

donde

μ = [(S´pi )/n](c/D)2
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Condições de operação do mancal

Com a viscosidade, entra-se no gráfico 211 e obtém-se a temperatura média


de operação para cada tipo de óleo
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Coeficiente de atrito

f = fi CF
fi é obtido de fi (D/C) tirado do gráfico 212 e
CF do gráfico 216

Perdas de potência no mancal por atrito

Uf = f F vr
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
Dissipação de calor no mancal
Q = fcr AbΔ tb , onde:
Q = perda de calor no mancal por radiação
• Ab = área efetiva, em pol2, através da qual se
processa a transferência de calor
• Δ tb = elevação de temperatura na superfície do
mancal, acima da temperatura ambiente, em ºF
• fcr = coeficiente total de transmissão de calor em lb-
ft/min.pol2.ºF =
= fr (radiação)+ fc (convecção)
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II
• Por experiência, aceita-se um valor de
Q = 2 BTU/h.ft2
• Caso de radiação:
• fr = 0,108 lb-ft/min.pol2.ºF em ar calmo
• Δ tb = Δ to /2 , onde Δ to é a elevação de temperatura
no filme de óleo.
• Para a área efetiva, Norton sugeriu Ab = 25DL , mas
podendo variar de 6DL a 25DL.
• Caso de convecção:
• fc = 0,0172 va0,6 / D0,4 onde va é a velocidade do ar
sobre o mancal em ft/minuto
ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

TEMPERATURA DE OPERAÇÃO DO
MANCAL

Igualando-se as perdas por atrito no mancal, Uf,


com o calor dissipado, Q, poderemos obter o
valor da

temperatura de operação do mancal

Você também pode gostar