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TEORIA GERAL DO DIREITO

MÓDULO I
A DEFINIÇÃO DE DIREITO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Através do fenômeno jurídico, compreende-se que o Direito
surge da ação humana através de um fato social e histórico que
constrói e regulamenta o convívio em sociedade para
estabelecer uma ordem social.

A existência do Direito, então, se faz necessária na medida em


que o Homem: ou nasce bom e acaba sendo corrompido pela
sociedade, como destaca Rousseau; ou nasce mau, tendo que
ser corrigido pela sociedade e pelo Direito, conforme salienta
Hobbes.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Neste sentido, de uma forma ou de outra, a sociedade clama
por regras ou normas que venham fixar limites na liberdade do
Homem. Observamos que essas regras ou normas de conduta
social, que se destinam a resolver os conflitos de interesse dos
homens ou promover a solidariedade dos interesses humanos,
são precisamente as normas jurídicas (também proveniente de
jus/juris – de origem latina que designa “direito” ou “justo”).
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
GRÉCIA = Fundamental para a compreensão do Direito
enquanto fenômeno é a implementação da democracia
ateniense. No século VI a.C., na Cidade-Estado de Atenas, foi
adotado um regime inovador em que a maioria da população
(com direitos políticos) governava. Trata-se da “democracia” – a
junção de dois termos gregos: demos (povo) + kratia ou kratos
(governo). A democracia ateniense tendia para a igualdade de
todos perante as leis.
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
ROMA = Roma se funda, após a expulsão dos reis, essencialmente
como uma república. Trata-se de uma república diferente da
grega, pois se revelou mais aristocrática, quer dizer, governada
por poucos.

Os juristas romanos, munidos com o legado grego como a


filosofia, a retórica, a lógica e a dialética, por exemplo,
começaram a produzir e interpretar leis e elaborar definições
jurídicas que servem de fonte até os dias de hoje, como a Lei das
Doze Tábuas e as Institutas, de Gaio e Justiniano.
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
IDADE MÉDIA = No início da Idade Média, com as monarquias
germânicas, o Direito está intimamente ligado à figura do rei. Curioso é
que havia um grande movimento filosófico e político, que tinha por
objetivo fazer com que o rei governasse dentro dos limites expostos na
lei, controlando, assim, seus abusos.
Diante dessa necessidade de organizar e estruturar esta sociedade,
cada vez mais complexa, surgem os primeiros centros de estudo
descentralizados e organizados: as Universidades. A primeira a ser
criada, de maneira espontânea, na Europa foi a Universidade de
Bolonha (considerada a mais antiga do mundo, uma vez que foi
fundada no ano de 1088).
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
SÉCULO XVII = Um dos fatores mais importantes para os
“iluministas”, talvez a maior fonte de inspiração, foi a Revolução
Francesa. Esta revolução deita por terra a monarquia absolutista,
pois havia já rompido a ligação afetiva do monarca francês com seus
súditos. Assim, podemos enquadrar neste “movimento” pensadores
que, até os dias atuais, são fundamentais para a compreensão do
Direito: Montesquieu, Voltaire e Rousseau. Contudo, ao contrário
daquilo que geralmente se toma como verdadeiro, não foram os
filósofos os inspiradores da Revolução, mas foi ela que buscou sua
legitimidade no pensamento dos filósofos do século XVIII.
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Neste período, em França, a História deixa bem claro que o
mês de agosto de 1789 foi o ápice deste século. Na sessão de 4
de agosto daquele mês, na Assembleia francesa, foi decidido
que a futura Constituição (a de 1791) seria precedida de uma
Declaração dos Direitos do Homem. Assim, entre os dias 20 e
26 de agosto, os franceses discutem os artigos desta
declaração.
DIREITO COMO OBJETO DO
CONHECIMENTO
Direito-objeto consiste em compreender as indagações de caráter
geral, comuns às diversas áreas do direito que são abordadas e
analisadas. Os conceitos gerais, como o de Direito, fato jurídico,
relação jurídica, lei, justiça, segurança jurídica, por serem
aplicáveis a todos os ramos do Direito, fazem parte do objeto de
estudo da teoria geral do direito. Os conceitos específicos, como
o de crime, mar territorial, ato de comércio, desapropriação,
aviso prévio, fogem à finalidade da disciplina, porque são
particulares de determinados ramos, em cujas disciplinas deverão
ser estudados. A técnica jurídica, vista em seus aspectos mais
gerais, é também uma de suas unidades de estudo.
DIREITO COMO OBJETO DO
CONHECIMENTO
Surgindo a Teoria Geral do Direito que, de índole positivista e
adotando subsídios da Lógica, é disciplina formal que apresenta
conceitos úteis à compreensão de todos os ramos do Direito. A
sua atenção não se acha voltada para os valores e fatos que
integram a norma jurídica e por isso a sua tarefa não é a de
descrever o conteúdo de leis ou formular a sua crítica. Seu
objeto consiste na análise e conceituação dos elementos
estruturais e permanentes do Direito, como suposta e
disposição da norma jurídica, coação, relação jurídica, fato
jurídico, fontes formais.
INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL
Com o intuito em regrar e limitar as relações interpessoais são os
denominados instrumentos de controle social. O Direito é, sem
dúvida, um deles, mas não o único. A Moral, a Religião e a
Etiqueta oriundo do trato social são também processos
normativos que acabam por atingir esse fim. De todos, porém, é o
Direito o que melhor cumpre este papel, em razão de sua força
coercitiva.

É certo que hoje não podemos confundir as diferentes esferas


normativas. Cada instrumento de controle social possui uma faixa
de atuação, um objetivo específico.
INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL
A faixa de atuação do Direito é regrar a conduta social, visando à ordem
e o bem comum. Por este motivo, ele irá disciplinar apenas os fatos
sociais mais relevantes para o convívio social. Ele irá disciplinar,
principalmente, as relações de conflitos e, quanto às relações de
cooperação e competição, somente onde houver situação
potencialmente conflituosa.

Ao direito não visa ao aperfeiçoamento interior do homem, essa meta


pertence à moral. Ao Direito não pretende preparar o ser humana para
uma vida supreterrena, ligada a Deus, cuja finalidade é buscada pela
religião. E nem ao Direito se preocupa em incentivar regras de trato
social, que procuram a aprimorar o nível das relações sociais.
DIREITO E RELIGIÃO
Por muito tempo, desde as épocas mais recuadas da história, a
Religião exerceu um domínio absoluto sobre as coisas humanas.
A falta do conhecimento científico era suprida pela fé. As crenças
religiosas formulavam as explicações necessárias. Segundo o
pensamento da época, Deus não só acompanhava os
acontecimentos terrestres, mas neles interferia. Por sua vontade
e determinação, ocorriam fenômenos que afetavam os interesses
humanos. Diante das tragédias, viam-se os castigos divinos; com
a fartura, via-se o prêmio. O Direito era considerado como
expressão da vontade divina. Em seus oráculos, os sacerdotes
recebiam de Deus as leis e os códigos. Pela versão bíblica, Moisés
recebeu das mãos de Deus, no Monte Sinai, o famoso decálogo.
DIREITO E RELIGIÃO
Nesse largo período de vida da humanidade, em que o Direito
se achava mergulhado na Religião, a classe sacerdotal possuía o
monopólio do conhecimento jurídico. As fórmulas mais simples
eram divulgadas entre o povo, mas os casos mais complexos
tinham de ser levados à autoridade religiosa.

Os dois processos normativos possuem ativos elementos de


intimidação de conotações diversas. A sanção jurídica, em sua
generalidade, atinge a liberdade ou o patrimônio, enquanto
que a religiosa limita-se ao plano espiritual.
DIREITO E MORAL
A pesquisa quanto ao nível de relação entre o Direito e a Moral exige o
conhecimento prévio das notas essenciais destes dois setores da Ética.
A moral se identifica, fundamentalmente, com a noção de bem, que
constitui o seu valor. As teorias e discussões filosóficas que se
desenvolvem em seu âmbito giram em torno do conceito de bem.

Consideramos bem tudo aquilo que promove o homem de uma forma


integral e integrada. Integral significa a plena realização do homem, e
integrada, o condicionamento a idêntico interesse do próximo. Dentro
desta concepção tanto a resignação quanto o prazer podem constituir-
se em um bem, desde que não comprometam o desenvolvimento
integral do homem e nem afetem igual interesse dos membros da
sociedade.
DIREITO E MORAL
A Moral, enquanto social, constitui um conjunto predominante
de princípios e de critérios que, em cada sociedade e em cada
época, orienta a conduta dos indivíduos. Socialmente cada
pessoa procura agir em conformidade com as exigências da
Moral social, na certeza de que seus atos serão julgados à luz
desses princípios. Os critérios éticos não nascem, pois, de uma
determinada consciência individual.
DIREITO E AS REGRAS DE TRATO SOCIAL
As Regras de Trato Social, chamadas também
Convencionalismos Sociais e Uso Sociais. As Regras de Trato
Social são padrões de conduta social, elaboradas pela
sociedade e que, não resguardando os interesses de segurança
do homem, visam a tornar o ambiente social mais ameno, sob
pressão da própria sociedade. São as regras de cortesia,
etiqueta, protocolo, cerimonial, moda, linguagem, educação,
decoro, companheirismo, amizade etc.

Pode-se falar que essas normas buscam um valor particular,


que é o aprimoramento das relações sociais.
OBJETIVO DA TEORIA GERAL DO
DIREITO
• A Teoria Geral do Direito busca, através do amparo científico, que
se pressupõe de caráter metodológico, conhecer e equacionar os
elementos essenciais determinantes da existência do Direito.

• Contribui ao desenvolvimento do raciocínio jurídico.

• O objeto da TGD é o próprio Direito.

• Como tem por meta o desenvolvimento de um pensar


metodologicamente organizado acerca dele, acaba construindo seu
conteúdo a partir dos pontos essenciais da manifestação jurídica
NECESSIDADE DE UMA TEORIA GERAL
DO DIREITO

• Necessidade conceptual: é a solidez dos conceitos


o que define os rumos de nossa formação.

• Necessidade prática: a praxis do Direito, essência


dele inseparável, determina recorramos a todo
instante à formação teórica, se a desejamos ocorra
de modo responsável.
O DESAFIO DA DEFINIÇÃO DE DIREITO
• O propósito definidor não deve ser concebido de forma
rígida e final, mas sim de acordo com a perspectiva de
estabelecer parâmetros essenciais em relação ao objeto da
definição.

• O Direito não se define a partir da lei.

• Da mesma forma, não deve ser definido em termos


puramente ideais (Ex.: Direito como sinônimo de Justiça).
O DIREITO
O Direito regula as relações humanas: onde existe
sociedade, existe o Direito!

• O Direito domina e absorve a vida humana.

• Direito: fator social – homem como um ser gregário.

• Ubi societas, ibi ius.


O QUE É DIREITO?
• O Direito (ius), no dizer do brocardo romano
tradicional, a arte do bom e do equitativo (ars
boni et aequi).

• Observamos o Direito como arte e como ciência.

• A palavra direito é palavra com vários significados


ainda que ligados e que se entrelaçam.
DIREITO COMO ARTE OU TÉCNICA

Procura melhorar as condições sociais ao


sugerir e estabelecer regras justas e
equitativas de conduta. Pois é justamente
como arte que o Direito na busca do que
pretende, se vale de outras ciências como
Filosofia, História, Sociologia, Política, etc.
DIREITO COMO CIÊNCIA
• Enfeixa o estudo e a compreensão das normas postas pelo
Estado ou pela natureza do Homem. O Direito não se limita a
apresentar e classificar regras, mas tem como objetivo analisar
e estabelecer princípios para os fenômenos sociais tais como os
negócios jurídicos; a propriedade; o casamento, etc.

• Dualidade: o direito posto pelo Estado, ou seja, o ordenamento


jurídico ou direito positivo (positivismo) e por outro lado a
norma que se sobreleva e obriga independentemente de
qualquer lei imposta, o idealismo, cuja maior manifestação é o
chamado direito natural ou jusnaturalismo. O sentido do que é
justo independe da lei.
DEFINIÇÕES SUBSTANCIAIS
A substancialidade do Direito é decorrente de sua
construção diuturna através do pensamento
jurídico.
• Idealismo;
• Positivismo;
• Positivismo sociológico;
• Positivismo jurídico;
Não é possível separar o pensamento
jurídico, responsável pela materialidade do
Direito, dos fins buscados a partir dele.

– Justiça;
– Ideologia;
– Garantias individuais;
• A formalização do Direito ocorre a
partir das regras.
• Noção de prescrição jurídica ex art. 121
• Diversidade das prescrições.
• O problema da generalização e da
abstração.
FINALIDADE DO DIREITO

“O Direito está em função da vida social. A


sua finalidade é a de favorecer o amplo
relacionamento entre as pessoas e os grupos
sociais, que é uma das bases do progresso da
sociedade”
(Paulo Nader)
Finalidade básica -> COEXISTÊNCIA PACÍFICA

Máxima em Direito: “NINGUÉM PODE ALEGAR


DESCONHECIMENTO DA LEI” (art.3°, da Lei de
Introdução as Normas do Direito Brasileiro)

“O fim atribuído ao Direito não é o de criar uma


ordem ideal, mas uma ordem real de convivência”.
Thomas Hobbes (1588-1679)
GRANDES DICOTOMIAS
Direito Natural (jusnaturalismo) x Direito Positivo

Direito Objetivo x Direito Subjetivo

Direito Público x Direito Privado

Direito Material x Direito Processual


DIREITO NATURAL
O Direito Natural revela ao legislador os princípios fundamentais
de proteção ao homem que forçosamente deverão ser
consagrados pela legislação a fim de que se obtenha um
ordenamento jurídico justo.

O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade e


nem é formulado pelo Estado. É um Direito espontâneo que se
origina na natureza social do homem e que é revelado pela
experiência e razão. Princípios de caráter universal e imutáveis.

Ex: o direito à vida, direito à liberdade.


DIREITO POSITIVO

É o Direito institucionalizado pelo Estado.


É a ordem jurídica obrigatória em
determinado tempo e lugar.

Ex: Código Civil, Código Penal.


DIREITO POSITIVO X DIREITO NATURAL
DIREITO POSITIVO X DIREITO NATURAL

DIREITO POSITIVO DIREITO NATURAL

Manifestação de “Expressão de
poder, no processo de exigências éticas e
criação da norma. racionais, superiores às
do Direito positivo”
(Miguel Reale).
DIREITO OBJETIVO
E constituído por um conjunto de regras destinadas
a reger um grupo social, cujo respeito é garantido
pelo Estado (norma agendi). O Direito é norma de
organização social.

Ex: Código Civil, Código Penal.


DIREITO SUBJETIVO
O Direito subjetivo identifica-se com as prerrogativas ou
faculdades implícitas aos seres humanos, às pessoas, para
fazer valer “ seus direitos”, no nível judicial ou extrajudicial.

Corresponde às possibilidades ou poderes de agir que a


ordem jurídica garante a alguém. Assim, quando
afirmamos por exemplo que é proibido.

Ex: Beltrano tem direito à indenização por danos morais.


PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
• Direito objetivo é sinônimo de ordenamento jurídico
enquanto direito subjetivo é sinônimo de prerrogativa;
• Direito objetivo também é chamado de norma
agendi enquanto direito subjetivo também é chamado
de facultas agendi;
• Direito objetivo equivale ao termo inglês “law”
enquanto o direito subjetivo equivale ao termo inglês
“right”;
• O direito objetivo garante os direitos subjetivos.
RAMOS DO DIREITO
Toda ciência, para ser bem estudada, precisa ser dividida,
ter as suas partes claramente discriminadas. A primeira
divisão que encontramos na história da Ciência do Direito
é a feita pelos romanos, entre Direito Público e Privado,
segundo o critério da utilidade pública ou particular da
relação: o primeiro diria respeito às coisas do Estado,
enquanto que o segundo seria pertinente ao interesse de
cada um.
DIREITO PÚBLICO
O Direito público divide-se em interno e externo:

• Direito Público Interno: encontra-se a União, os Estados,


os municípios, as empresas públicas, as autarquias, as
sociedades de economia mista.

• Direito Público Externo: governos estrangeiros, as


organizações estrangeiras de qualquer natureza que
tenham constituído, dirijam ou tenham investido em
funções públicas.
DIREITO PÚBLICO INTERNO
• Direito Constitucional;
• Direito Administrativo;
• Direito Tributário;
• Direito Financeiro;
• Direito Processual;
• Direito Penal;
• Direito Eleitoral;
• Direito Militar;
DIREITO PÚBLICO EXTERNO
Direito Internacional Público: consiste em um
conjunto de normas que regem as relações dos
direitos e deveres quanto aos tratados, acordos e
convenções entre as nações
DIREITO PRIVADO
• Direito Civil;
• Direito Empresarial;
• Direito do Trabalho*;
• Direito Internacional Privado
DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO

DIREITO PÚBLICO DIREITO PRIVADO


Regula as relações em que Regula as relações entre
o Estado é parte: particulares:
• Direito Constitucional • Direito Civil
• Direito Administrativo • Direito Empresarial
• Direito Internacional Público • Direito do Trabalho
• Direito Tributário • Direito do Consumidor
• Direito Econômico • Direito Bancário
• Direito Processual
• Direito Penal
DIREITO DIFUSO*
• Os Direitos Difusos são aqueles cujos titulares
não podem ser especificados. São os fatos que
determinam a ligação entre essas pessoas, cujos
direitos não podem ser partidos: são indivisíveis.

• Por exemplo: Direito do Trabalho, Direito


Ambiental.
DIREITO MATERIAL
• O direito material é o conjunto de normas que
atribuem direitos aos indivíduos, trata
das relações entre as partes, é o interesse
primário, a própria relação subjetiva, por
exemplo o direito à vida, o direito ao nome, o
direito à privacidade, etc.
DIREITO PROCESSUAL
• Quando o direito material é violado, entra em
cena o direito processual, que é o conjunto de
regras que organizam o instrumento pelo qual se
buscará o reparo à violação do direito material, é
um interesse secundário, e que se trata de uma
relação triangular, pois o juiz passa a intermediar
o conflito entre as partes.
RAMOS DO DIREITODireito de Família;
Direito das Obrigações;
Direito das Coisas;
Direito dos Contratos;
DIREITO CIVIL Direito das Sucessões;
Direito do Consumidor;
Responsabilidade Civil;

Direito Individual;
Direito Coletivo;
DIREITO DO TRABALHO Direito Previdenciário;
Direito Sindical;

Direito Societário;
Direito Contratual;
DIREITO EMPRESARIAL Direito Bancário;
Direito Cambiário.

Direito Penal Militar;


DIREITO PENAL Direito Processual Penal;
Direito Tributário;
DIREITO ECONÔMICO Direito Financeiro;
Direito Fiscal;

Direito Internacional Penal;


DIREITO INTERNACIONAL Direito Internacional Privado;
Direito Internacional Público;
FATOS JURÍDICOS
• Fatos jurídicos são todos os acontecimentos
(provindos da atividade natural ou humana)
capazes de influenciar na órbita do direito por
criar, modificar ou extinguir relações jurídicas. O
instituto "fato jurídico" como um todo é
chamado de "fato jurídico lato sensu". 
FATOS JURÍDICOS
FATOS NATURAIS (STRICTO SENSU)
• São os fatos que decorrem da ação da natureza.
Exemplo: nascimento, morte, avulsão etc. Podem ser
classificados em:
• Ordinários: como o nascimento e a morte, que
constituem o termo inicial e final da personalidade,
bem como a maioridade, o decurso do tempo, todos
de grande importância, entre outros.
• Extraordinários: enquadram-se, em geral, na
categoria do caso fortuito e da força maior:
terremoto, raio, tempestade etc. 
FATOS HUMANOS
(JURÍGENO OU ATO JURÍDICO)
• São os atos que decorrem da atividade humana, isto é, ações
humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem
direitos. Exemplo: casamento, contrato etc. Podem se subdividir
em:
• Lícitos: são aqueles em que o ordenamento jurídico permite que
os efeitos almejados pelo agente decorram de seu ato. Em outras
palavras, por estar de acordo com o ordenamento jurídico, o ato
humano irá produzir efeitos na esfera jurídica.
• Ilícitos: são aqueles que por lhe faltar licitude, produzem EFEITOS
diversos dos almejados por seu agente, ou seja, são atos
contrários ao ordenamento jurídico (podendo ser aplicada a
responsabilidade civil - art. 186 a 188 c.c. art 927 do Código Civil).
ATOS JURÍDICOS LÍCITOS
(FATOS HUMANOS)
• Ato jurídico strictu sensu: é a simples manifestação da vontade que determina a
produção de efeitos legalmente previstos. Não tem nenhum conteúdo negocial e
tem como finalidade a mera realização da vontade do titular de um determinado
direito. Ex.: pagamento, fixação de domicílio, reconhecimento de filho, entre outros. 

• Negócio jurídico: trata-se de uma declaração expressa de vontade dirigida à


provocação de determinados efeitos jurídicos (com conteúdo negocial). Neste caso,
temos a criação de um instituto jurídico especializado para a composição do
interesse das partes, cuja finalidade é alcançar um objetivo aceito pela lei. O
exemplo clássico dos negócios jurídicos são os contratos.

• Ato-fato jurídico: "é o fato jurídico qualificado por uma atuação humana. No ato-
fato jurídico não importa a intenção da pessoa que realizou o ato, tendo relevância
apenas os efeitos que o ato produziu. Ex.: menor de idade comprando uma água",
segundo preceitua André B. C. Barros.
TRIPARTIÇÃO DE PODERES
PODER LEGISLATIVO
• Poder Legislativo é um dos três poderes do Estado ao
qual é atribuída a função legislativa, ou seja,
a elaboração das leis que regulam o Estado, a conduta
dos cidadãos e das organizações públicas e privadas.

• No Brasil, o Poder Legislativo é composto pela Câmara


dos Deputados (que representa os cidadãos
brasileiros) e pelo Senado Federal (que representa os
Estados e o Distrito Federal), formando o Congresso
Nacional, que se localiza em Brasília.
PODER LEGISLATIVO
• O poder legislativo pode atuar em três esferas: no Governo
Federal, no Governo Estadual ou Distrital e na Prefeitura.
• O Poder Legislativo Municipal é representado pela Câmara de
Vereadores e é exercido pelos vereadores, que devem ter uma
relação de proximidade com os elementos de uma comunidade.
• O Poder Legislativo Estadual é representado pela Assembleia ou
Câmara Legislativa, sendo exercido pelos deputados estaduais.
• No caso do Poder Legislativo Federal, que é representado pelo
Congresso Nacional, o poder é praticado pelos senadores e
deputados federais.
PODER JUDICIÁRIO
• Poder Judiciário é um dos três poderes do Estado a qual é
atribuída a função judiciária, ou seja, a administração da
Justiça na sociedade, através do cumprimento de normas
e leis judiciais e constitucionais.

• O Poder Judiciário ou Poder Judicial é constituído por


ministros, desembargadores, promotores de justiça e
juízes, que têm a obrigação de julgar ações ou situações
que não se enquadram com as leis criadas pelo Poder
Legislativo e aprovadas pelo Poder Executivo, ou com as
regras da Constituição do país.
PODER JUDICIÁRIO
• O Poder Judiciário é subdivido em órgãos que atuam em
áreas específicas, como: 

Supremo Tribunal Federal; 


Superior Tribunal de Justiça; 
Tribunais Regionais Federais; 
Tribunais do Trabalho; 
Tribunais Eleitorais e 
Tribunais Militares.
PODER EXECUTIVO
• Poder executivo é o poder que tem como objetivo
governar o povo e administrar os interesses públicos,
cumprindo as ordenações legais e a Constituição do seu
país, seja no âmbito nacional, estadual ou municipal.

• O executivo tem várias faces, depende do sistema em


que ele está inserido. No presidencialismo, o líder do
poder executivo é o Presidente, escolhido pelo povo,
para mandatos regulares e também tem a função de
chefe de estado e chefe de governo.
PODER EXECUTIVO
• O Brasil, por ser um país presidencialista, o Poder
Executivo é representado pelo presidente da república
em exercício.

• Neste contexto, o Poder Executivo é subdividido em três


esferas: Poder Executivo Federal (representado pelo
Presidente), o Poder Executivo Estadual (representado
pelo Governador de cada estado) e o Poder Executivo
Municipal (representado pelo Prefeito de cada cidade).
FUNÇÃO TÍPICA E ATÍPICA

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