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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CENTRO MULTIDISCIPLINAR – PAU DOS FERROS


ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA
DISCIPLINA: FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA

BIOCOMBUSTÍVEIS

ALANA TICIANE
ANTONIO BATISTA
FRANCISCO SOARES
HELVES GUERRA
GUILHERME SANTOS
TALITA TÁSSIA

PAU DOS FERROS – RN


2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. BIODIESEL
3. BIOETANOL
4. BIOMETANOL
5. BIOGÁS
6. ÓLEO VEGETAL
7. H-BIO
8. COMBUSTIVEIS A BASE DE ÉTER
9. TRABALHO SOBRE O TEMA
INTRODUÇÃO
O QUE SÃO
FONTES DE
ENERGIA
RENOVÁVEIS?
Hidráulica Eólica

Maremotriz Solar

Geotérmica Biocombustíveis
DEFINIÇÃO
Biocombustíveis são de origem de biomassa
renovável para o uso em motores a combustão interna
ou, conforme regulamento, para outro tipo de geração
de energia, que possa substituir parcial ou totalmente
combustíveis de origem fóssil (BRASIL, 1978).
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Minimização da emissão de poluentes; • Plantio extensivo de seus insumos;
• Substituição de combustíveis fósseis; • Altos custos de produção;
• Derivação da biomassa renovável; • Aumento da fome mundial (ULHOA;
• Alta eficiência energética (CARVALHO et ALVIM, 2014);
al., 2015); • Corrosão metálica em veículos;
• Reduzida emissão de CO2 (CARVALHO; • Contaminação do solo pelo uso intenso de
FERREIRA, 2015); agrotóxicos;
• Geração de empregos em larga escala • Escassez de alimentos usados para a sua
(BRANCO, 2013). produção (CARVALHO et al., 2015);
MATÉRIAS-PRIMAS
• Produtos de origem vegetal e animal susceptíveis
de serem direcionados para o setor alimentar
(CARVALHO et al., 2015);
• Cana-de-açúcar;
• Milho;
• Soja;
• Semente de girassol;
• Madeira;
• Celulose;
• Material orgânico em decomposição e efluentes
domésticos (ULHOA; ALVIM, 2014).
PRIMEIRA GERAÇÃO SEGUNDA GERAÇÃO
Produzidos a partir das culturas de açúcar e de Matérias-primas residuais resultantes de
amido que são convertidos em etanol (conversão processos produtivos, mas de todas as formas de
biológica através de fermentação), e das culturas biomassa lignocelulósica (BRANCO, 2013).
que contêm óleo que é aproveitado para
produzir biodiesel (conversão química)
(ALBUQUERQUE, 2014).

TERCEIRA GERAÇÃO QUARTA GERAÇÃO


Aproveita-se de novas colheitas de energia Desenvolvimento particular da biologia de
especialmente projetadas. Os biocombustíveis plantas por meio da modificação genética,
dessa geração são produzidos a partir de propõe fornecimento de biomassa com elevado
microrganismos (ALBURQUERQUE, 2014). armazenamento de gás carbono e alta eficiência
de captação solar (BRANCO, 2013).
TIPOS DE BIOCOMBUSTÍVEIS
• Biodiesel;
• Bioetanol;
• Biogás;
• Biomassa;
• Biometanol;
• Bioéter dimetílico;
• Bio-ETBE;
• Bio-MTBE;
• Biohidrogênio;
• Óleo vegetal;
• H-Bio;
• Bio-óleo.
CENÁRIO MUNDIAL E NACIONAL
Figura 1: Fontes de energia no mundo, 1973 a 2016.

Fonte: Agência Internacional de Energia (2017) adaptado por Oliveira e


Gomes (2018).
Figura 2: Produção mundial de biocombustíveis em mil toneladas de óleo em 2018.

Fonte: Poder360 (2019).


Figura 3: Crescimento da produção de biocombustíveis nos principais mercados, 2019-2024.

Fonte: Agência Internacional de Energia (2019).


Figura 4: Matriz energética brasileira.

Fonte: BRASIL (2007).


BIODIESEL
DEFINIÇÃO

Combustível renovável derivado de óleos vegetais ou de


gorduras animais, usado em motores a diesel, em qualquer
concentração de mistura com o diesel. Produzido através
de um processo químico que remove a glicerina do óleo
conhecido como transesterificação. (Lei nº 11.097/2005)
REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO

Os triglicerídeos presentes nos óleos e gorduras animais ou vegetais, reagem


com o metanol, na presença de um catalisador, produzindo glicerol
(subproduto) e o éster metílico de ácido graxo (ANP, 2019).

Restrições industriais:
ASTM D6751 (internacional);
Regulamento Técnico nº 4/2012 da ANP.
MATÉRIAS PRIMAS

Óleos
Óleos ee Gorduras
Gorduras de
de Óleos
Óleos ee Gorduras
Gorduras de
de
origem
origem vegetal
vegetal origem
origem animal
animal
• Sebo;
• Soja; • Banha de porco;
• Colza; • Graxa amarela;
• Girassol; • Gordura de frango;
• Canola; • Óleo de peixe.
• Milho;
• Arroz;
• Amendoim;
• Algodão; Óleos
Óleos ee Gorduras
Gorduras
• Palma (Dendê); Residuais
Residuais
• Mamona;
• Buriti. • Escuma de esgoto;
• Resíduos industriais;
(TAPANES et al., 2013)
• Algas de ETEs.
APLICAÇÃO

Pode ser usado puro ou misturado ao diesel


em diversas proporções;
B2
Caracterizada pela letra B, juntamente com o nº
que corresponde a quantidade (percentual) de
B5 B2
biodiesel na mistura; 0
Degradação juntas e mangueiras de
borracha natural em veículos antigos;

Os filtros de combustível podem ficar


B 1 0 0
entupidos com partículas onde teria sido
usado petrodiesel.
(BIODIESELBR, 2019)
EVOLUÇÃO DO BIODIESEL NO BRASIL

2003 - 2005 Jul/ 2008 2009 2010 2014 2018 2019

Facultativo Em vigor a 4% (B4) 5% (B5) 7% (B7) 10% (B10) 11% (B11)


Lei n°
11.097/2005:
2% (B2)

(ANP, 2020)
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB)

Introdução do biodiesel na matriz energética


brasileira; (ANP, 2019)

Inclusão social e no desenvolvimento


regional;

Definição de um arcabouço legal e


regulatório (Lei nº 11.097/2005).
IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA NO BRASIL

A produção do biodiesel pode cooperar com o


desenvolvimento econômico de diversas regiões do
Brasil;

O consumo do biodiesel e de suas misturas BX


podem ajudar o país a diminuir sua dependência do
petróleo ;

Além de gerar alternativas de empregos em áreas


geográficas menos propícias para outras atividades
econômicas;

(ANP, 2019)
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Diminuição da poluição atmosférica (1000 • Plantio extensivo de seus insumos;
vezes menos óxidos de enxofre); • Esgotamento das capacidades dos solos;
• 50% menos emissões de CO e particulados
• Altos custos de produção;
(fumaça negra);
• Sofisticação do processo e equipamentos;
• 78% menos emissões de gases de efeito estufa;
• Produção mais baixa de energia;
• Maior lubricidade ao motor;
• Exagerada produção de glicerina;
• Mais biodegradável do que o açúcar (Não
tóxico); • Poucos postos de abastecimento.
• País com dimensões continentais;
• Geração de empregos no setor primário.
BIOETANOL
O QUE É
BIOETANOL?
O QUE É
BIOETANOL?

Fonte renovável produzida com o uso de


resíduos agroindustriais, ou seja, através do
processamento e fermentação desses produtos
pode-se obter o Etanol ou Álcool Etílico
(CH3CH2OH).
(ANP, 2020)
Programa Proálcool
• Diminuir a dependência do petróleo;
• Decreto Nº 76.593/75;
• Garantir a expansão da matriz energética com fontes limpas e proporcionar um
abastecimento contínuo e de qualidade .
(SILVA et al., 2019)
Fluxograma 1: Fases do Proálcool.
• Álcool anidrido;
• Veículo;
1ª FASE

• Choque do petróleo;
• Super produção alcooleira;
2ª FASE

• Queda de preço do petróleo;


• Falta de recurso para investir em fontes alternativas e crise de asbastecimento da
3ª FASE entresafra;

• Aumento da exportações e criações de orgão de regulação;


4ª FASE

• Expansão de usina e produção.


5ª FASE

Fonte: Autores, 2019.


Classificação da Geração
Classificação da Geração

De acordo com Silva (2016) no Brasil a produção de etanol se classifica em


primeira e segunda geração, elas se diferenciam pela forma de tratamento,
onde está ocorre de forma mais simples através da extração do açúcar através
da fermentação das plantas enquanto a outra necessita de um processo mais
elaborado com pré- tratamento e hidrólise.
u z o
pr o d
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C o m N O
E TA
B IO
Produção no Brasil BIOETANOL
Produção no Brasil BIOETANOL
Produção na Região Nordeste
BIOETANOL
VANTAGENS DESVANTAGENS
Emite 25% menos poluentes; Produção de Alimentos;

Geração de emprego; Exige uso de pesticidas e fertilizantes na


produção da matéria prima;
Redução do consumo de petróleo em 200
mil/barris dia; Necessidade de estudo e incentivos na
produção.
Não é tóxico como o metanol.
CURIOSIDADES
CURIOSIDADES
BIOMETANOL
DEFINIÇÃO
O biometanol é um biocombustível produzido por
meio de um processo de síntese usando o gás de
síntese obtido pela gaseificação de biomassa (Neto
et.al., 2008).
Esquema simplificado do processo de produção do biometanol 

Hamelinck et al., (2002)


1-PRÉ- TRATAMENTO
• Para gaseificar a biomassa, a matéria-prima
deve passar por um processo de pré-tratamento 2-GASEIFICAÇÃO
para que o tamanho de partículas da biomassa
e sua umidade, ao entrar no gaseificador, sejam • A gaseificação é um processo que se destina à
controlados (BASU, 2006). conversão de combustíveis sólidos em
gasosos por meio de reações termoquímicas,
envolvendo vapor quente e ar, ou oxigénio,
em quantidades inferiores à estequiométrica.
As etapas de um processo de gaseificação são
a secagem, pirólise e redução. O produto
3-LIMPEZA DO GÁS DE principal é um gás combustível (gás de
síntese) composto essencialmente por CO, H2
SÍNTESE (BASU, 2006).
• Para a limpeza do gás diversos processos podem
ser usados: processos físicos (filtração seca e
úmida), processos térmicos (quebra de alcatrão e
outros compostos por meio de aquecimento),
processos catalíticos (quebra de alcatrão e outros
compostos com uso de catalisador) e diferentes
combinações entre eles (JOHANSSON, 2013).
4-REFORMA DOS 5-AJUSTE DE H2/CO
HIDROCARBONETOS • O ajuste da relação H2/CO é feito por meio da
O reator que faz o processo é conhecido reação química do monóxido de carbono com
vapor de água, A razão de H2/CO é ajustada
como reformador autotérmico, no qual para obtenção de maior quantidade do
hidrocarbonetos como metano, etano e biometanol, sendo que uma razão de 2,1:1
etileno são transformados em monóxido de tem apresentado bons resultados para síntese
carbono e gás hidrogênio (JOHANSSON, de metanol (AQUINO, 2008).
2013).

6-REMOÇÃO DE CO2 7- PROCESSO DE SÍNTESE


O CO2 é retirado com absorção de aminas, (1) síntese em fase gasosa ou (2) síntese em
processo no qual uma contra-corrente líquida de fase líquida.
aminas (ácido fraco) reage exotermicamente com
o CO2 (base fraca), formando uma solução salina
aquosa, que é posteriormente recuperada e
reciclada (JOHANSSON, 2013)
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Baixas emissões de CO2; • Menor pressão de vapor que a gasolina, o
que deixa os motores mais lentos para
• Baixas taxa de octanagem; partirem frias e;

• Derivação da biomassa renovável; • Queima com uma chama invisível, o que


representa um risco, uma vez que é mais
difícil para trabalhadores de emergência
• Substituição de combustíveis fósseis. detectarem um acidente (KUMABE et.
al., 2008).
BIOGÁS
DEFINIÇÃO
• O biogás é um dos produtos da
decomposição anaeróbia
(ausência de oxigênio gasoso)
da matéria orgânica, que se dá
através da ação de
determinadas espécies de
bactérias.
BIOMASSA

Usar com fonte energética

GASEIFICAÇÃO
COMBUSTÃO DECOMPOSIÇÃO
DIRETA
ANAERÓBIA
(GERAÇÃO DE
BIOGÁS)
Impacto ambiental

 O biogás é composto principalmente por metano (CH4) e gás carbônico (CO2),


dois gases relacionados ao efeito estufa.

 Anualmente, a biodegradação natural de matéria orgânica em condições anaeróbicas


libera entre 590 e 800 milhões de toneladas de metano na atmosfera.

Papel dos aterros sanitários

 Segundo o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas


(IPCC), as emissões de metano provenientes de aterros sanitários variam entre 20
teragramas por ano (Tg/ano) e 70 Tg/ano, o que indica que os aterros são responsáveis
pela produção de 6% a 20% das emissões totais de metano por ano, em todo o mundo.
Emissões de metano em aterros
 Metano ainda nos primeiros três meses após a disposição, podendo continuar por
um período de 20, 30 ou até mais anos depois do encerramento do aterro.

 Emissões Antrópicas de Gases de Efeito Estufa

1990 1994 1990 1994


618 Gg 677 Gg 39 Gg 43 Gg
Brasil
geradas no tratamento dos
emissões de metano resíduos líquidos de origem
por resíduos sólidos doméstica e comercial
ATERRO DE RESÍDUOS SAÍDAS
SÓLIDOS = REATOR BIOLÓGICO  GASES E O CHORUME

ENTRADAS

RESÍDUOS E A ÁGUA
Composição do Biogás de Aterro
Gases presentes nos aterros de resíduos incluem:
 Metano (CH4);
 Dióxido de carbono (CO2); A distribuição exata do
 Amônia (NH3); percentual de gases variará
 Hidrogênio (H2); conforme a antiguidade do
 Gás sulfídrico (H2S); aterro.
 Nitrogênio (N2); e
 Oxigênio (O2).

 Fatores que podem influenciar na produção de biogás são:


Composição dos resíduos dispostos, umidade, tamanho das partículas, temperatura, ph, idade dos
resíduos, projeto do aterro e sua operação.
ALTERNATIVAS PARA APROVEITAMENTO DE
BIOGÁS GERADO EM ATERROS
 O biogás, por conter um elevado teor de metano (CH4 ), possui diversas
aplicações de caráter energético.

Secagem de grãos em propriedades rurais;


Secagem de lodo em estações de tratamento (ETEs);

Possíveis Queima em Caldeiras;


Aplicações Aquecimento de granjas;
Iluminação a gás; e
Tratamento de chorume.
Alternativas para uso do biogás
Geração de energia elétrica
 Motores Ciclo Otto
O motor ciclo Otto é o equipamento
mais utilizado para queima do
biogás, devido ao maior rendimento
elétrico e menor custo quando
comparado às outras tecnologias.
Geração de energia elétrica
 Microturbinas a gás
Geração de energia térmica
Geração de energia térmica
 Ciclo a vapor Rankine
Geração de energia térmica

 Produção de combustível
veicular
Apesar do biogás poder ser utilizado em qualquer aplicação destinada ao gás natural, para seu uso
veicular existe a necessidade de remoção de alguns de seus componentes, tais como: umidade, ácido
sulfídrico (H2 S), dióxido de carbono (CO2 ) e partículas.
Geração de energia térmica
 Evaporador de chorume
Geração de energia térmica
 Iluminação a gás

O objetivo do sistema de iluminação a gás é iluminar o local


onde será implementado. Neste sistema a iluminação acontece
com a queima direta do biogás.
ÓLEO VEGETAL
O uso de óleo vegetal
como combustível é uma
alternativa abundante e
renovável, extraído de
uma grande diversidade
de espécies.
Desde 2003, na União Europeia os
óleos vegetais são
biocombustíveis reconhecidos e
ÓLEO VEGETAL
CRISES MUNDIAIS regulamentados, sendo
COMO IMPORTANTE
DO PETRÓLEO amplamente utilizados em
OPÇÃO
caminhões, ônibus, picapes,
tratores, carros de passeio, barcos
e geradores.
FONTE PRIMÁRIA
O óleo pode ser extraído de diversas espécies de plantas que crescem em diferentes condições
ambientais.
 Dendê;  Macadâmia;  Girassol;
 Macaúba;  Pinhão;  Algodão;
 Babaçu;  Amendoim;  Linhaça;
 Tucum;  Soja;  Gergelim;
 Coco;  Canola;  Crambe;
 Buriti;  Nabo Forrageiro;  Cártamo;
 Noz pecã;  Pinhão-manso;  Nim e moringa.
 Castanha;  Tungue;
HISTÓRICO DO ÓLEO VEGETAL NO BRASIL

O Brasil possui um grande potencial de produção de óleo vegetal, capaz de alimentar boa parte
da população mundial e de produzir energia.

1940

1970

1983

2008
Produção do óleo vegetal
No caso mais simples, os óleos vegetais são
obtidos pelo esmagamento dos grãos e pela
subsequente prensagem a frio, sendo que os
materiais suspensos são separados do óleo
natural pela sedimentação e posterior filtragem.

É possível estabelecer numerosas pequenas usinas


de óleo descentralizadas.
COMPARAÇÃO COM OUTROS BIOCOMBUSTÍVEIS
COMPARAÇÃO COM OUTROS BIOCOMBUSTÍVEIS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Regenerativo;
• Necessário instalar um sistema de
• Neutro;
preaquecimento, posicionado antes da
• livre de enxofre, metais pesados e bomba injetora.
radioatividade;
• Não é finito como os derivados de petróleo;
• Não é inflamável e nem explosivo;
• Biodegradável;
• Boa densidade energética (comparável com o
biodiesel).
H-BIO
DEFINIÇÃO

• Refino de petróleo que utiliza


óleo vegetal como matéria-
prima para obtenção de óleo
diesel.
• Hidrogenação de mistura
diesel + óleo vegetal
PROCESSO DE PRODUÇÃO
VANTAGENS
• Permite o uso de óleos vegetais de diversas origens;
• Não gera resíduos a serem descartados;
• Incrementa a qualidade do óleo diesel, diminuindo o percentual de enxofre;
• Complementa o programa de utilização de biomassa na matriz energética, gerando  benefícios ambientais e
de inclusão social;
• Flexibiliza a composição da mistura (carga) a ser processada na Unidade de Hidrotratamento (HDT) e
otimiza a utilização das frações de óleo diesel na refinaria;
• Perspectiva de minimização de testes veiculares e laboratoriais, sendo o produto final o próprio diesel, já
utilizado pela frota nacional;
• Requisitos normais de manuseio e estocagem.

DESVANTAGENS
• Competição com outros biocombustíveis já consolidados
COMBUSTIVEIS A BASE DE ÉTER
BIOÉTER DIMETÍLICO (DME)

O Bioéter Dimetílio é produzido a partir do


metanol, o qual é fabricado com gás natural ou
carvão mineral. Outra facilidade do éter
dimetílico é a possibilidade de ser transformado
em líquido.
A conversão da biomassa vegetal em gás é realizada por um método de gaseificação por reator
aquecido.

Dantas (2015)
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Substituição de combustíveis fósseis;
• Derivação da biomassa renovável;
• Não gera particulados (fuligem);
• Custos associados;
• Tem índice de emissão de enxofre zero;
• Produzido a partir de várias matérias-primas e • Geração de subprodutos
por diferentes processos;
• Baixos índices de emissões de dióxido de
gasosos;
carbono (CO2) e óxidos de nitrogênio (NOx)
BIO-ETBE E BIO-MTBE

• O ETBE é produzido a partir do bioetanol, sendo a


porcentagem em volume de bio-ETBE tida como
biocombustível equivalente a 47% (KNOTHE,
2001). Já o MTBE é um combustível produzido com
base no biometanol, sendo a porcentagem em
volume de bio-MTBE considerada como
biocombustível de 36% ( (PARENTE et al., 2003).

.
BIO-ÓLEO
DEFINIÇÃO
O bio-óleo é um combustível renovável cuja matéria-
prima é a biomassa, ou seja, substâncias de origem
orgânica (vegetal, animal, etc.). Pode ser empregado
na geração de energia elétrica, aquecimento
doméstico, fertilizantes orgânicos, aditivos para
combustíveis e como combustíveis (após ser
refinado).
Esquema conceitual do processo de pirólise rápida (BRIDGWATER et al., 1999)
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Substituição de combustíveis fósseis; • Baixa volatilidade;

• Derivação da biomassa renovável; • A alta viscosidade;

• Formação de coque e;

• Corrosividade.
PAPER: BIOCOMBUSTÍVEIS
Paper a cerca do tema
Titulo: Produção de Bioetanol Utilizando Microalgas

Publicação: 2016 na revista Semina, Ciências Exatas e Tecnológicas.


Universidade Estadual de Londrina.

Autores: Francisco Magro , Andressa Decesaro , Ritielli Berticelli e Luciane


Colla

Encontra-se em: Portal da CAPES


Objetivo

Realizar uma revisão de literatura da aplicação de microrganismos


para a produção de Bioetanol, com as microalgas.
O que são microalgas?
De acordo com a EMBRAPA (2017), as microalgas são organismos unicelulares e
microscópicos que vivem em meios aquáticos, embora não sejam plantas, são capazes
de realizar fotossíntese e se desenvolver utilizando luz do sol e gás carbônico.
Elas se reproduzem muito rapidamente, gerando grandes quantidades de óleo e
biomassa em pouco tempo. A produtividade pode ser bem maior do que os cultivos
agrícolas tradicionais. (EMBRAPA, 2017) 
Microalgas como matéria prima para a produção de Bioetanol

Estudos têm demonstrado que algumas


espécies microbianas, podem ser usadas
como matérias primas para a produção
de biodiesel e bioetanol.

Experimentos de produção de etanol a partir de biomassa de


Spirulina sp., apresentou produtividade de 1,18 g/L de etanol,
utilizando 50% dos carboidratos provindos da biomassa e 50%
a partir da glicose. (MARGARITES, 2014)
Fatores de sua eficiência
Elevada eficiência de conversão fotossintética.

Rápido crescimento.

Elevado teor de lipídios e carboidratos.

Produtividade de óleo é cerca de 8 até 20

vezes superior à de óleo das culturas

energéticas terrestre.
Condições para produção da biomassa Microalgal

↑ Boa intensidade da luz ↓ Altas intensidades da luz

↑ Temperatura regular ↓ Grandes variações de temperaturas

↑ Pequenas quantidades de nutrientes ↓ Contaminação por espécies indesejáveis

↑ Qualidade da água
• CONDIÇÕES FAVORAVEIS PARA PRODUÇÃO
1ª FASE

• SISTEMA DE CULTIVO DAS MICROALGAS


2ª FASE

• PROCESSO DE COLHEITA DAS MICROALGAS


3ª FASE

• PROCESSO DE PRODUÇÃO DO BIOETANOL


4ª FASE

Fonte: Autores, 2019.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para tornar viável economicamente a produção de bioetanol a partir da biomassa
microalgal, deve-se buscar a microalga que possui maior potencial para aumentar a
porcentagem de carboidrato na célula.

Na produção de bioetanol de microalgas, a produção deve ser simultânea com


produtos de alto valor como pigmentos, proteínas e farmacêuticos obtidos das
microalgas em um conceito de biorrefinaria.
REFERÊNCIAS

ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Biodiesel. 2019.

Banco Nacional do Desenvolvimento. Biogás: a próxima fronteira da energia renovável, 2020.

BIODIESELBR. O Que é Biodiesel?. Site Biodieselbr. 2019.

Biodiesilbr. H-BIO: O novo diesel da Petrobras, 2011.

BRASIL. Embrapa. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Org.). Pesquisa encontra microalgas que crescem em
resíduos e geram biocombustíveis. 2017. Disponível em: <embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/20361833/pesquisa-
encontra-microalgas-que-crescem-em-residuos-e-geram-biocombustiveis>. Acesso em: 18 jan. 2020.

BRASIL. GOVERNOS LOCAIS PELA SUSTENTABILIDADE. Manual para Aproveitamento de Biogás. São Paulo: Copyright ©
Iclei, 2009. 80 p.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Aproveitamento Energético do Biogás de Aterro Sanitário. 2020. Disponível em:
<https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/politica-nacional-de-residuos-solidos/aproveitamento-
energetico-do-biogas-de-aterro-sanitario>. Acesso em: 19 dez. 2020.

DA SILVA, Paulo Henrique Alves. DESAFIOS NA INDÚSTRIA DE BIOCOMBUSTÍVEIS: BIOETANOL.


eCycle .Biogás: o que é e como ele é transformado em energia, 2020. Disponível em:
https://www.ecycle.com.br/2972-biogás. Acesso em: 19 jan, 2020.

GUERRA, Edson Perez; FUCHS, Werner. Biocombustível renovável: uso de óleo vegetal em motores. Revista Acadêmica
Ciência Animal, v. 8, n. 1, p. 103-112, 2010.

MAGRO, Francisco Gerhardt et al. Produção de Bioetanol Utilizando Microalgas: Uma Revisão. Semina: Ciências Exatas e
Tecnológicas, Londrina, p.159-174, 01 jun. 2016.

SILVA, Fabio Sousa Guedes; MIGOT, Beatriz Cristina; DA SILVA, Fabio Cesar. A importância do bioetanol dentro do
contexto brasileiro, comparação de sua síntese a partir de cana-de-açúcar e milho e bioetanol de segunda geração.
In: VIII JORNACITEC-Jornada Científica e Tecnológica. 2019.

TAPANES, NDLCO et al. Biodiesel no Brasil: matérias primas e tecnologias de produção. Acta Scientiae e Technicae, v. 1,
n. 1, p. 119-125, 2013. Disponível em: < http://www.uezo.rj.gov.br/ojs/index.php/ast/article/view/11>. Acesso em 18
jan. 2020.

TARGINO, Ivan; EMILIA DE RODAT, F. Moreira. Proálcool, meio ambiente e emprego rural na Paraíba. Anais, 2016, 79-97.

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