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A América Latina no século

XIX

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A América Latina o século XIX
 Consolidação do modelo primário exportador=> divisão internacional do
trabalho: centro x periferia (termo que será usado a partir da Segunda
Guerra)
 Produções: metais (Chile, Peru, Bolívia e Venezuela), cana-de-açúcar
(Caribe e Brasil), café (Colômbia e Brasil), cacau (Equador e República
dominicana), banana (Costa Rica, Panamá e Honduras), Pecuária
(Argentina, Uruguai), Borracha (Brasil) etc.
 Consolidação da Inglaterra como centro do capitalismo:
 Soberania sobre os mares (aprimoramento da tecnologia de navegação)
 Revolução industrial => grandes transformações na Europa
 Grande interesse inglês no comércio, particularmente aquele inserido no
modelo primário exportador: a Inglaterra importa alimentos e matérias
primas para sustentar o processo de urbanização e a revolução industrial
 Consolidação do poder das elites: proprietários de terra e comerciantes,
além da burocracia estatal (essa muda com a independência) =>
predomínio da cultura europeia
A América Latina o século XIX
 Crescimento da região: a América cresce com o
crescimento da Europa, com a nova fase de
imigração e com os investimentos diretos
estrangeiros, particularmente vindos da Inglaterra
=> ou seja, o motor do crescimento está no setor
exportador
 Predominância do positivismo como discurso:
ordem e progresso
 Predominância do preconceito de raças
 Tendência de se copiar aspectos sociais, culturais e
institucionais da Europa e depois dos Estados
Unidos
A América Latina o século XIX
 Concentração fundiária
 Grandes desigualdades sociais
 Nas cidades
 No campo
 Em regiões periféricas
 Heranças da escravidão
 Consolidação do poder local no interior: o
caudilhismo e do coronelismo
 Ausência de integração física entre os países
da região
A América Latina o século XIX
 Criação do Vice Reinado do Prata (final do século
XVIII – Argentina, Paraguai, Uruguai e parte da
Bolívia de hoje):
 Grande potencial para a produção de couros
 Pecuária
 Produção agrícola, particularmente de milho e trigo
 Forte processo de imigração
 Os setores dinâmicos das economias não exportam
os seus benefícios (inovações tecnológicas,
aumento de produtividade etc.)
Resumo do modelo que surge no século
XIX (Celso Furtado)
a) Existência de um núcleo com um avanço considerável no
processo de capitalização, que concentra a atividade industrial.
Também é o núcleo financiador, controlador da infra-estrutura e
do transporte internacional (O centro, particularmente a
Inglaterra)
b) Formação de um sistema de divisão internacional do trabalho
baseado na especialização
c) Criação de uma rede de transmissão de progresso técnico
- facilidade de exportação de capitais
- promoção de padrões de consumo que surgem no centro
- criação de novas técnicas de produção
Após a independência: oportunidades e
consequências
 Inexistência de políticas de inclusão
 Tributação para manter as cidades
 Ausência de reforma agrária
 Democracia frágil
 Ausência de Integração regional: tanto no
âmbito dos países quanto entre os países.
 Fragmentação da América Espanhola
Oportunidades com a independência

 Em termos gerais, apenas a burocracia muda


=> o poder se mantém nas elites.
 Não apenas não se coloca a questão da
exclusão como surgem teorias que passam a
justificar essa exclusão: os degenerados, os
mestiços, os bárbaros => justificativas
científicas para se manter a exclusão ou
evitar conflitos que desestabilizem a “ordem”.
Oportunidades com a independência

 Ou seja, com a independência, a estrutura


econômica e social não se altera.
 A América Latina cresce sem a devida
inclusão.
 Esse sistema de divisão internacional do
trabalho permanece até o início da Primeira
Guerra Mundial.
 Exceto o Brasil, toda a América sobre um
processo de fragmentação.
Bibliografia da aula

Hoje: Celso Furtado, capítulos 3 e 4.

Próxima aula: ruptura e experimentação:


consequências da guerra e da grande
depressão (Rosemary Thorp)

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