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Insalubridade e Periculosidade

Palestrantes:

Luiz Ricardo Ciola Russi Marcelo Pedroso


Engenheiro de Produção – Mecânico; Engenheiro Eletricista;
Eng. Segurança do Trabalho; Eng. Segurança do Trabalho;
Perito Judicial: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª VT São José dos Técnico em segurança do trabalho;
Campos; 1ª e 2ª - VT Taubaté; 1ª e 2ª - VT Perito Judicial: 8ª, 23ª, 66ª e 82ª - VT de SP -
Jacareí; VT de São Sebastião; VT de Caçapava. Barra Funda;
Consultor em Segurança do Trabalho. Professor no curso de técnico em segurança do
trabalho no Senac;
Tel. (12) 3341.9055 / (11) 9.8388.8999 Consultor em Segurança do Trabalho.
www.periciatrabalhista.com.br
Tel. (11) 2369-0350 / 9.9818.7903
ricardo@periciatrabalhista.com.br
www.periciasmpedroso.com.br
marcelo@periciasmpedroso.com.br
Regulamentação

Insalubridade e Periculosidade
CLT Art. 192 CLT Art. 193
Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78 Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78
NR 15 – Atividades e NR 16 – Atividades e
Operações Insalubres Operações Perigosas
Objetivo

Apresentar avaliação de insalubridade e periculosidade


nas atividades de instalação e manutenção de
elevadores, contemplando as seguintes funções:

1. Técnico de manutenção preventiva


2. Técnico de manutenção corretiva
3. Montador
4. Ajustador
Estratégia
• Identificar atividades desempenhadas nas funções já
relacionadas;
• Identificar àquelas suscetíveis à insalubridade, considerando:
– EPI´s necessários para a eliminação e/ou neutralização dos possíveis agentes
insalubres, bem como prevenção através de fornecimento regular dos mesmos
(modelo de ficha de entrega de EPIs);
• Identificar as atividades suscetíveis à periculosidade,
ponderando:
– Cursos necessários para o caso de eletricidade (NR10);
– EPC´s para periculosidade por eletricidade;
– Escolha de cargo e concentração das atividades caracterizadas como
periculosas por eletricidade;
– A real necessidade de uso de motocicleta;
Identificação das atividades

Técnico de manutenção preventiva


• Realizar visitas mensais aos clientes, a fim de
verificar as condições de funcionamento do
elevador, quais sejam: ajustes, reapertos, limpezas
e lubrificações.

Técnico de manutenção corretiva


• Realizar substituição de equipamentos e
componentes mecânicos e/ou elétricos, com
objetivo de restaurar a capacidade operacional do
elevador.
Identificação das atividades

Montador
• Realizar a montagem e a instalação de novos
equipamentos ou reformas.

Ajustador
• Realizar o ajuste final do equipamento, testes
de funcionamento e liberação do mesmo ao
cliente.
INSALUBRIDADE
O QUE DIZ A NR-15 E SEUS ANEXOS?
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Anexos:
AGENTES FÍSICOS AGENTES QUÍMICOS AGENTES BIOLÓGICOS
1. Níveis de ruído contínuo ou 11. Agentes químicos – Análise 14. Agentes Biológicos
intermitente quantitativa.
2. Níveis de ruído de impacto 12. Poeiras minerais – Análise
quantitativa.
3. Exposição ao calor 13. Atividades ou operações,
Análise qualitativa.
4. Iluminação (Revogado)
5. Níveis de radiações
ionizantes
6. Condições hiperbáricas
7. Radiações não-ionizantes
8. Vibrações
9. Frio
10. Umidade
Riscos de insalubridade - Elevadores
Atividade Agentes Agentes EPI
Físicos Químicos recomendado

Técnico de manutenção Não há (*) Óleo mineral e/ou


preventiva Solvente aromático
Técnico de manutenção Não há (*) Óleo mineral e/ou
corretiva Solvente aromático Creme protetivo
para a pele e
Montador Não há (*) Óleo mineral, Tintas, Máscara para
Solvente aromático vapores
e/ou orgânicos.
Cola de contato
Ajustador Não há (*) Óleo mineral e/ou
Solvente aromático

(*) Níveis de pressão sonora similares a edificações residenciais e comerciais.


Existe previsão legal para o não pagamento do
adicional de insalubridade? Mesmo com
exposição habitual a agentes insalubres?
Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78, Norma Regulamentado
nº15 – Atividades e Operações Insalubres.

15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação


do pagamento do adicional respectivo.

15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

a) Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho


dentro dos limites de tolerância;

b) Com a utilização de equipamento de proteção individual.


Fornecimento de EPIs
• Simplesmente forneço os EPIs aos
funcionários?
• Qualquer luva ou creme de proteção pode se
considerado um EPI?
• Como cumprir com a legislação
pertinente?
PROBLEMA RESOLVIDO?
Falta de treinamento - uso inadequado de
EPIs
Modelo de ficha de entrega de EPIs
Alguns modelos de EPIs
Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78, Norma Regulamentado
nº 6 – Equipamento de Proteção Individual.

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação.
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.
Conclusão
É devido o pagamento do adicional de insalubridade no caso de não
fornecimento do EPI adequado e/ou ausência de comprovação do devido
fornecimento e substituição regular ao funcionário exposto, respeitando a
durabilidade do EPI.

• Agente físico ruído: NR-15, Anexo nº1, grau médio – 20%

• Agentes químicos como solventes e cola de contato à base de


hidrocarbonetos aromáticos: NR-15, Anexo nº13, grau médio – 20%

• Agentes químicos como óleo mineral e graxa: NR-15, Anexo nº13, grau
máximo – 40%.
PERICULOSIDADE
NR 16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
• Anexo 1 - Atividades e operações perigosas com explosivos;

• Anexo 2 - Atividades e operações perigosas com inflamáveis;

• Anexo 3 - Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou


outras espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial (após 02/12/2013);

• Anexo 4 - Atividades e operações perigosas com energia elétrica;

• Anexo 5 - Atividades perigosas em motocicleta (Após 13/10/2014);

• Anexo * - Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou


substâncias radioativas.
NR 16 - Periculosidade

Segmento de elevadores

Anexo nº4 Eletricidade Anexo nº 5 Motocicleta


NR-16, Anexo nº4 - Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica

1. Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores:

a) que executam atividades ou operações em instalações ou equipamentos


elétricos energizados em alta tensão;
– NOTA - Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente
alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre
fase e terra
NR-16, Anexo nº4 - Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade, conforme estabelece
a NR-10;
NR-16, Anexo nº4 - Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica
c) que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos
elétricos energizados em baixa tensão no sistema elétrico de consumo -
SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR10 -
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

NOTA - Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou


120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente
alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

d) das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes


do sistema elétrico de potência - SEP, bem como suas contratadas, em
conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco descritas no
quadro I deste anexo.
Vejamos o que diz a NR-10, item 10.2.8
10.2.8 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
10.2.8.1 Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas
e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante
procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança
e a saúde dos trabalhadores.
10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a
desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o
emprego de tensão de segurança.
10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem
10.2.8.2., devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como:
isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento
automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme
regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve
atender às Normas Internacionais vigentes.
Quanto ao conceito de desenergização,
segundo a NR 10.
10.5 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DESENERGIZADAS
10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas
para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência
abaixo:
a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação da ausência de tensão;
d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores
dos circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo II);
f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
NR-16, Anexo nº4 - Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica
2. Não é devido o pagamento do adicional nas seguintes
situações:

a) nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações


ou equipamentos elétricos desenergizados e liberados para o trabalho, sem
possibilidade de energização acidental, conforme estabelece a NR-10;

b) nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos


alimentados por extra-baixa tensão;

NOTA - Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente


alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra
NR-16, Anexo nº4 - Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica
NR-16, Anexo nº4 - Atividades e Operações
Perigosas com Energia Elétrica
NR-16, Anexo nº5 - Atividades Perigosas em
Motocicleta
1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou
motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas são
consideradas perigosas.
NR-16, Anexo nº5 - Atividades Perigosas em
Motocicleta
2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:

a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da


residência para o local de trabalho ou deste para aquela;

b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que


não exijam carteira nacional de habilitação para conduzi-los;

c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.

d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim


considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo
extremamente reduzido.
Riscos de Periculosidade- Elevadores
Atividade Periculosidade Treinamento e EPI
recomendado

Técnico de manutenção Eletricidade e motocicleta


preventiva

Técnico de manutenção Eletricidade e motocicleta


corretiva NR-10
Vestimenta para
Montador Não (1) eletricista.

Ajustador Eletricidade

(1) Sistema elétrico desenergizado.


Dúvidas?
MARCELO PEDROSO – Engenheiro Eletricista e Engenheiro de Segurança
do Trabalho
(11) 99818-7903 / pedroso67@gmail.com

LUIZ RICARDO CIOLA RUSSI – Engenheiro de Produção - Mecânico e


Engenheiro de Segurança do Trabalho
(11) 98388-8999 / ricardorussi@terra.com.br

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