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Belardo AAPC

Flávio Wolf

Projecto Editora FÉNIX

Versão 0.20

Objectivos:
Operacional: Angariar fundos para o crescimento auto-sustentado da
organização (editora).
Estratégico: Formar os potenciais recursos humanos da editora.
Prazo (V. 0.20): 3 Anos (início: 06/2020. Previsão do iníc. aulas: 08/2020).
Objectivos Estratégicos, tácticos e operacionais

OBJECTIVOS CORPORATIVOS
Incrementar o ROE e o ROI;
Perspectiva Investir em activos fixos corpóreos e incorpóreos;
financeira
Conquistar e manter fontes sustentável de receitas.
OBJECTIVOS NÃO FINANCEIROS
Conquistar e incrementar a reputação (a imagem) da organização no mercado;
Perspectiva (redigir aqui, se faz favor)
mercadológica
(de Clientes) Conquistar e fidelizar os clientes futuros;
Conseguir e incrementar a satisfação dos clientes.
Proporcionar experiências práticas únicas aos alunos;
Perspectiva de
Melhorar/aumentar a qualidade das aulas e diversificar os cursos;
processos internos
Conseguir um espaço para dar aulas.
Dar curso de formador aos docentes para poderem passar certificado;
Perspectiva de
recursos e Treinar as capacidades didáctico-pedagógicas dos professores;
capacidades
Ter internet permanentemente para a busca de novos conteúdos.
Linha do tempo do desenvolv. do projecto

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Belardo AAPC
Flávio Wolf

CURSO DE DESENHO
ARTÍSTICO

Editora FÉNIX
Julho de 2020
Programa do curso

Unidade I: Linhas e formas básicas do desenho.

1.1. Introdução ao desenho artístico.

1.1.1. O material de desenho: Tipos de lápis, papel e esfuminho.

1.1.2. Técnicas de medição no desenho livre e do natural.

1.2. Desenho das formas básicas.

3.1. O desenho em 2D.

3.1. O desenho em 3D.


Programa do curso (continuação)

Unidade II: A figura humana.

2.1. A cabeça humana.

2.1.1. Estrutura dos elementos do rosto.

2.1.1.1. Desenho dos olhos.

2.1.1.2. Desenho do nariz.

2.1.1.3. Desenho da boca.

2.1.1.4. Desenho da orelha.


Programa do curso (continuação)
2.1.2. Antropometria: As dimensões e proporções da cabeça humana.

2.1.2.1. Construção da cabeça humana

2.1.2.1.1. O crânio humano

2.1.2.1.2. A estrutura básica da cabeça humana

2.1.2.2. Desenho das posições da cabeça humana.

2.1.2.1.1. Desenho do rosto na posição frontal.

2.1.2.1.2. Desenho do rosto de perfil.

2.1.2.1.3. Desenho do rosto na posição traseira.

2.1.2.1.4. Desenho do rosto em ¾ frontal e traseiro.


Programa do curso (continuação)
2.1.2.1.5. Desenho do rosto em plano picado (mergulho).

2.1.2.1.6. Desenho do rosto em plano contra-picado (contra-


mergulho).

2.1.2.1.7. Desenho do rosto em outras posições do rosto.

2.1.2.3. Desenho de cabelos.

2.2. O corpo humano.

2.2.1. Desenho e anatomia do braço.

2. 2.2. Desenho e anatomia do tronco.

2.2.3. Desenho e anatomia da perna.


Programa do curso (continuação)
Unidade III: Técnicas de desenho.

3.1. Composição.

3.2. Enquadramento.

3.3. Proporção.

3.4. Perspectiva
Programa do curso (continuação)
Unidade IV: Desenho de objectos e animais.

4.1. Desenho de objectos.

4.1.1. Desenho de … .

4.2. Desenho de animais.

4.2.1. Desenho de animais terrestres.

4.2.1. Desenho de animais marinhos.

4.2.1. Desenho de animais alados.


1º encontro
Unidade I: As formas básicas

Lição # 1, 2 e 3.

Sumário – Linhas e formas básicas do desenho.

– Introdução ao desenho artístico.

– O material de desenho (tipos de lápis, papel e esfuminho).

– Técnicas de medição no desenho livre e do natural.

– Desenho das formas básicas.

– O desenho em 2D.

– O desenho em 3D.
Objectivos da lição # 1, 2 e 3

Geral: Reduzir todo desenho às distintas linhas e formas básicas.

Específicos:
1. Distinguir o desenho artístico do desenho técnico.
2. Conhecer os lápis, papel e esfuminho adequados ao desenho
artístico.
3. Dominar as distintas formas de esfumar.
4. Aprender a tirar medidas em desenhos livre e do natural.
5. Reforçar o conhecimento das formas básicas planas e volumosas.
6. Desenhar formas básicas em 2D.
7. Desenhar formas básicas em 3D.
Atitudes e habilidades a desenvolver na lição # 1, 2 e 3

 Ganhar leveza na mão.

 Cultivar conhecimentos perceptivos visual.


Estratégias metodológicas da lição # 1, 2 e 3

Além dos métodos Expositivo, Explicativo, Hermenêutico, serão empregues:

 Método Maiêutico (pergunta-resposta) para fins de avaliação diagnóstica na


véspera da introdução de determinados conceitos (estimulando a exteriorização
das aquisições prévias dos aprendizes). Servirá, também para criar um
problema (formulado ou não como uma pergunta) e ensinar os meios ou a
possibilidade de descobrir os meios necessários à resolução do mesmo.ou seja,

 Estimular um processo perceptivo analítico assente na pesquisa contínua


(observação e análise da formação e composição do universo).
Estratégias metodológicas da lição # 1, 2 e 3 (continuação)

 Chamar atenção para detalhes que facilitem a percepção dos aspectos gráficos

dos objectos a desenhar.

 Não limitar o processo de ensino-aprendizagem a exercícios miméticos, pois

quer-se ensinar a desenhar, não a copiar desenho (não validar apenas as

questões da prática).

 Orientar todo o processo de ensino-aprendizagem mediante um conjunto de

exercícios práticos com fundamentação teórica.


Estratégias metodológicas da lição # 1, 2 e 3 (continuação)

 Orientar os aprendizes a desenharem um rosto antes de receberem qualquer

conteúdo, para diagnosticar o seu nível de partida para o arranque do curso

(este trabalho constituirá um activo da Fénix, devidamente assinado e datado –

na parte traseira – pelos escolásticos, os quais poderão ter uma cópia). A meio e

no fim do curso os potenciais artistas compararão os seus trabalhos com esse

desenho inicial para ver o grau do seu progresso.


«O desenho é uma coisa mental»
da Vinci

Conteúdos da aula
Ponto de partida para o arranque do curso

Exercício de diagnóstico:

 Solicitar aos aprendizes a representação gráfica da


figura humana (e.g., um rosto), sem qualquer
orientação sobre processos de desenho.

O objectivo é diagnósticar as aquisições particulares dos escolásticos em


matéria de desenho.

O exercício possibilitará ao docente entrar em contacto com as


dificuldades e particularidades individuais dos aprendizes, referentes ao
desenho, logo no início do processo de ensino-aprendizagem.
Aprender a desenhar

Segundo Edwards (2000), na obra “Desenhando com o lado direito do cérebro”,


“...a capacidade de desenhar é algo que pode ser aprendido por qualquer pessoa
‵normal′... Desenhar é …ver claramente o que está diante dos nossos olhos; aferir
tamanhos relativos; e traçar no papel as formas que percebemos com o olho” (pp.
13 e 145).

Portanto, mesmo que alguém não saiba desenhar ou o seu desenho pareça da
primária, não há com que se preocupar. É possível tornar-se um grande artista
(assim como Van Gogh teve que aprender a desenhar).

É preciso ter um olhar atento (a televisão não é uma mera caixa com imagem,
precisas começar a ver os detalhes nas pessoas e objectos apre-sentados: as linhas
e as formas que os compõem).
Aprender a desenhar (continuação)

Simões (2012) se alinha com a autora anterior, explicando que o

pensamento visual começa não com o desenho no papel, mas sim com o

acto de ver, ou, como diz Peychaux (2003), saber ver como um artista. E

ver não depende da nossa aptidão para o desenho, mas sim de uma

capacidade que precisa ser treinada, para podermos tomar consciência ao

organizar idieas e estabelecer relações entre as partes de um todo.


Introdução ao desenho artístico e o

seu material
– Representação da
imagem de uma coisa
ou objecto num
suporte físico ou
digital, por meio de
pontos, linhas e
manchas.

– Registo gráfico com Conceito de


início no pensamento,
mas produzido sobre desenho
um suporte.

A Dra. Simões alega que “o desenho é considerado como um meio gráfico de


inscrição/transcrição do pensamento para imagem…” e cita Ferguson (2001),
que fala de mind’s eye, que permite-nos relacionar o pensar com imagens
(Simões, 2012, p. 42, enphasis Added).

Partindo da ideia da autora, percebe-se que quanto melhor processarmos uma


imagem no cérebro (ver com os olhos da mente), melhor poderemos desenhá-
la.
– Ter conhecimentos
básicos e muita
prática (desenhar,
desenhar, desenhar).

– Ver longa e
profundamente.
Observar por muito
tempo para captar o
Requisito de
máximo de detalhes um
possível.
desenhador

Num estudo de caso, Weisberg (2004) buscou entender a relação entre

praticar/exercitar e a capacidade de obter respostas criativas (analisando o trajecto

de dez artistas plásticos e da música durante uma década), concluindo que existe

uma evidente relação entre o exercer e a perícia no domínio específico de uma

prática (Simões, opus citatum).


O desenho artístico

Um indivíduo pouco criativo, do mesmo modo que os mais criativos, utiliza


conhecimento para lidar com as situações com que são confrontados. A grande
diferença entre ambos reside no nível de conhecimento que têm, o que se reflecte
na forma como estes dão as respostas (idem).

Quanto maior e variado for o conhecimento que obtivermos, aliado à capacidade


de relacionar e cruzar informação, maior é a possibilidade de prodermos inovar e
ser criativo (idem).

Mas, note: ninguém é criativo a partir de coisa nenhuma (Boden, 2004, apud
Simões, idem).
O ponto de partida para
o aprendizado de desenho

Para um principiante, o primeiro passo a dar em direcção ao


aperfeiçoamento é uma boa comunicação entre o cérebro e a mão.

É necessário que a mão obedeça tudo que o cérebro idealiza e orienta,


senão, teremos problema em desenhar. Mas, então:

 Como calibrar a mão para ela obedecer o cérebro?


O desenho artístico (continuação)

Exercício de aplicação:

 Desenhar livremente linhas (como ilustrado nos dois slide a seguir) sem usar
borracha.

O exercício servirá para adestrar o braço e calibrar as mãos dos apren-dizes.


Espera-se que eles consigam ganhar a leveza necessária para desenhar com
tranquilidade e liberdade, mediante uma boa conexão cérebro-mão.

Pode ser usado um lápis 6B ou HB para exercitar a um ritmo acelerado, sem


preocupação com a perfeição, movendo o braço inteiro, ao invés de somente a
mão.
O desenho artístico (continuação)

O exercício consiste em fazer linhas


como aqui ilustrado. Permitirá aos
aprendizes melhorarem a co-ordenação
motora.

E pode ser feito também com lápis de cor.


O desenho artístico (continuação)

O exercício pode, ainda, consistir em:

Praticar traços em diferentes sentidos ajuda a


ganhar firmeza na mão, mas sem precisar exercer Ter traço firme é
força.
uma importante
Este exercício é fundamental para se ter um bom
qualidade de um
traço, como um profissional, e livrar-se daquele
desenhador.
traço tremido.
O desenho artístico (continuação)

Cada pessoa vê as coisas à sua própria maneira, por isso dois indivíduos podem

desenhar um mesmo objecto diferentemente um do outro.

Tal como cada um tem uma letra diferente das dos outros, cada artista possui

um tipo de traço e desenho próprios. É isto que caracteriza o desenho artístico.

O desenho artístico é feito à mão livre, i.e., sem ajuda de régua, compasso,

esquadro, paquímetro, etc.

O desenho à mão livre permite identificar o traço específico de cada artista

como se fosse uma assinatura, ao passo que a ajuda de régua e outros

instrumentos de precisão transformam o desenho num desenho técnico,

impessoal.
O material de desenho artístico

“ilustrar os diferentes materiais adequados ao


desenho artístico”
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

O lápis é, sem dúvida, o instrumento de desenho mais conhecido hoje em dia.

Entretanto, este material nem sempre existiu, alguns consideram que foi criado

por Nicolas-Jacques Conté, em 1795; outros alegam ter sido Johann Faber.

Os lápis se diferenciam pela dureza ou maciez da sua grafite, que é controlada

pela adição de argila. Os lápis são identificados (marcados), na sua maioria,

com uma letra e um número, que indicam o tipo de grafite que comportam. A

letra indica se se trata de um lápis rígido (H) ou macio (B), ao passo que o

número indica o grau ou intensidade da rigidez ou maciez.


Os tipos de lápis, papel e esfuminho
Tipos de lápis:

Como já antes sugerido, existem vários tipos de lápis, em função do grau


de maciez e dureza.

A letra “H” deriva do inglês “HARD”, que significa rígido(a) ou duro(a).


A letra “B” vem de “BRAND” que significa macio(a).

“HB” é abreviatura de “HARD” e “BRAND” que dá a ideia de dureza


média.

duros (H) médios (de H à B) macios (B)

₈H ₇H ₆H ₅H ₄H ₃H ₂H ₁H H HB B B ₁B ₂B ₃B ₄B
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

Os lápis mais usuais são o ₂B ₄B e ₆B

As melhores marcas de lápis:

Existem muitas boas marcas de lápis, dentre as quais se


Koh-I-Noor
destacam os lápis: Toison D´or
Hardmuth
1900
Faber Castell
Jumbo 1820

Charcool
Staedtler
“Gioconda”
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

Além dos lápis mais conhecidos, existem as barras de


grafite integral (que também são graduados com um
número), além do carvão natural.
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

Veja a adequação dos materiais de desenho artístico

Nota como a borracha se dobra docilmente.


Durante o esboço, as mais adequadas são as
macias, as que se desfazem (essas não estragam a
qualidade do papel).

A borracha maleável da marca Koh-I-Noor são


das melhores.
O material de desenho artístico (continuação)

Cada um segura o lápis à sua maneira, para traçar, para sombrear, etc.

Mas, recomenda-se segurá-lo mais ao meio durante o esboço (para obter


um traço mais leve) e mais abaixo para artefinalizar (com traço mais firme).

Contudo, o mais importante é que cada um se sinta à vontade para pegar no


lápis da forma mais fácil e confortável, com vista a obter melhores
resultados.

Ilustrar as diferentes formas de pegar o lápis, mediante as fotos


apresentadas a seguir…
Imagens para auxílio do docente durante a explicação:

Foto # 1. Segurar o lápis como quando Foto # 2. Pegar o lápis com a mão
se escreve (mas, não muito em baixo) apoiada pode gerar traço firme.
pode gerar traço leve.

Foto # 3. Segurar com a mão Foto # 4. Pormenor de como o lápis


apoiada e traçar com todos os dedos fica na mão quando segurado como
gera traço firme. na foto # 3.
Imagens para auxílio do docente durante a explicação:

Esta forma de segurar o lápis é


exigida, e.g., na fase final do
desenho, quando já muitas partes
estão sombreadas. O objectivo é não

Foto # 5. Segurar o lápis tendo como deixar a grafite grudar-se na mão


principal apoio o dedo mendinho. para não sujar partes brancas no
papel (onde há luz).

Mas, se precisar muito de apoiar uma


extensão maior da mão, podes pôr
um pano limpo por cima do teu
Foto # 6. Pormenor de como o lápis
fica na mão quando segurado como trabalho.
foto # 5.
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

O papel A4 usado normalmente para imprimir documento não é o mais

adequado para o desenho artístico (por causa da fina gramagem que possui),

embora sirva muito bem para os primeiros exercícios de um principiante.

O papel é classificado em: liso, semi-rugoso, rugoso texturizado e

cartonados. O tamanho do papel também pode variar. Em milímetros:


 A0 – 1189 x 841 mm;
 A1 – 841 x 594 mm;
 A2 – 594 x 420 mm; Quais sãos os tamanhos mais comuns??
 A3 – 420 x 297 mm;
(A4 e A3)
 A4 – 297 x 210 mm.
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

Existem diversas marcas de papel próprio para o desenho artístico,


como, e.g., o “Canson” (também conhecido por Dessin), o “Arches”, o
Linho, o Sulfite, Schueller´s Durex (ou simplesmente Schueller),
Fabriano 100% Cotton (ou simplesmente Fabriano), Opaline, etc.

O papel Sulfite é dos mais lisos e o mais comum, o Canson e o


Arches são de textura mais rugosa e dos mais pesados (excelente para
expressar a textura da pele em desenhos em ponto grande).
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

O Linho é um papel texturizado (bom como o Canson), ao passo que


Schueller´s Durex tem uma textura leve. O Fabriano 100% Cotton é
bastante grosso.

A gramatura (gramagem) do papel varia de 75g por m² (os mais


finos) até 280g (ou mesmo 300g) por m² (mais grossos e mais
pesados).

Mas, em falta dessas e outras marcas, inicialmente pode-se utilizar


cartolina branca para desenhos mais sérios.
Os tipos de lápis, papel e esfuminho

Esfuminho é um utensílio de papel macio ou algodão, enrolado em forma de


lápis (ver foto # 7). Serve para clarear, atenuar traços, criar sombra, o que
permite valorizar um desenho.

Foto # 7. Esfuminho.
Embora haja a venda os maquino-
facturados, é possível fazer um
esfuminho de forma artesanal. Além
disso, pode-se utilizar algodão,
guardanapo, cartão de ovo e até os
próprio dedos como esfuminho.
Explicar como fazer um esfuminho artesanal, mediante as fotos a
seguir…

Foto # 8. Pega num Foto # 9. …enrole-o Foto # 10. …para


triângulo de papel poroso pela ponta... formar um bastão...
(guardanapo)...

Foto # 13. …usa a ponta


Foto # 12. …põe um
Foto # 11. …cuidado para bocado de fita adesiva do seu esfuminho para
o não amassar nem no final para o segurar atenuar as linhas que
apertar demais… traçares…

Apesar de haver esfuminho, utensílio próprio para esbater limites
e criar degradés no jogo de luz e sombra, …
…é preciso lembrar que o dedo dá muito bem
para os nossos esfumados.
Esfumado

Exercício de aplicação:

 Sombrear uma pequena área (em ziguezague) e orientar o seu esfumado


com os dedos, papel, cotonete, etc., aplicando degradés.

Veja abaixo o ziguezague a lápis, degradés e esfumado com o dedo


Linhas e formas básicas do desenho: Generalidade

Introdução: Técnica de desenho.

Um desenho profissional normalmente não é feito como se nos apresentam. É


preciso empregar técnicas básicas para termos um trabalho perfeito.

O primeiro passo para desenhar é utilizar as linhas auxiliares a que chamamos


esboço.

O traçado leve do esboço ajuda o artista a compor o seu desenho. Essas linhas
traçadas com bastante leveza podem ser apagadas mais tarde, servem para
ajudar a “marcar” a forma, o tamanho, as linhas gerais do objecto que se
pretende desenhar.
As linhas: Conceito e tipologia

Linha: Prolongamento de um ponto..., conjunto justaposto de n


pontos.

Linha recta: Linha que caminha sempre


na mesma direcção e no
mesmo sentido (como os
fios eléctricos). Figura #1. Exemplo de
linha recta.
Tipologia de linhas:

Continuação
Segmento de recta: marcação do início e fim da linha com
símbolos (e.g., letra).

Marcando o início com A e o fim com


B, temos o segmento de recta AB.
A B
Recta horizontal
A
Figura # 2. Segmento de
recta AB. Figura # 3. Linha
vertical.

Linha vertical: Segmento de recta em pé.


B
Tipologia de linhas:

Continuação
Linha horizontal: Segmento de recta na posição deitada (ver
figura 2).

Linhas paralelas: conjunto de duas ou mais linhas equidistantes


(que mantêm sempre a mesma distância entre
si).

A B

C D

Figura # 4. Comparação de linhas fér-reas


com rectas paralelas.
Tipologia de linhas:

Continuação
Linhas convergentes: caminham juntas para um mesmo ponto, i.e.,
são separadas numa das pontas e unidas na
outra (em perspectiva chamam-se linhas de
fuga).

Outros tipos de linha:

oblíqua ou diagonal,
perpendiculares, linha
Figura # 5. Linhas de fuga, linhas
convergentes. cheia, linha tracejada ou
interrompida, etc.
Tipologia de linhas e formas elementares

Continuação

Exercícios de aplicação:

Desenhar as seguintes linhas e figuras:


Tipologia de linhas e formas elementares

Continuação de…
Continuação

Exercícios de aplicação:

Desenhar as seguintes linhas e figuras:


Tipologia de linhas e formas elementares

Continuação de…
Continuação

..Exercícios de aplicação:

Desenhar as seguintes linhas e figuras:


Técnicas de medição no desenho livre e do
natural
Como começar a fazer desenho livre?

Dependendo do desenho a fazer, pode-se primeiro medir a altura

pretendida, ou antes esboçar a sua forma global (e.g., no desenho de um

rosto humano é normal começar pela oval que lhe dá forma e

posteriormente ir medindo as distancias entre os seus elementos (olhos,

nariz, boca, etc.).

Pode-se marcar os eixos das diferentes partes do desenho fechando os

dedos indicador e polegar de forma se encontrarem no centro estimado

a olho nu (demonstrar).
Técnicas de medição no desenho livre e do
natural

Como começar a desenha a partir do natural?

A primeira coisa a fazer é medir a altura do que se pretende desenhar.

Veja a foto # 14: põe-se um lápis ou qualquer outra


coisa (pau, pincel, etc.) em direc-ção

ao objecto e, com o polegar, marca-se

a sua altura no lápis (esta técnica

existe desde o renas-cimento).

Foto # 14. Medindo a altura


Técnicas de medição em desenho artístico
(continuação)

Depois passa-se para o papel a medida marcada com o pole-gar no


lápis, riscando levemente os 2 traços que delimitam a altura (ver foto #
15).

Faz-se o mesmo com a medida da


largura e, usando as marcações feitas,
começa-se a esboçar os lados do
desenho com traço fraco.

Foto # 15. passando a medida


da altura no papel.
Técnicas de medição em desenho artístico
(continuação)

Medição relativas:

Note que a medição de larguras e alturas no desenho é sempre relativa


(nada tem a ver com o sistema métrico). Pega-se um ponto de
referência (uma forma ou linha) em relação ao qual se possa medir
outras partes de um desenho. Por exemplo: sabe-se que a distância
entre os olhos humanos equivale a mais um olho, a largura dos lábios
corresponde à distância entre o centro de um olho e o centro do outro, a
distância entre um ombro e outro corresponde à duas vezes a altura da
cabeça ou rosto, etc.
Técnicas de desenho: as formas básicas em 2D e 3D
O “Dessain Linéaire”, percursor da técnica de desenho
com base em formas geomátricas

No início dos anos 1800, o matemático e erudito francês, Louis-Benjamin


Francoeur (1773-1849), concebeu um método didático para ensinar desenho, o
Dessain Linéaire, acreditando que qualquer pessoa podia aprender a desenhar
(Brito, 2014).

Francoeur recorreu aos elementos básicos da Geometria Descritiva em busca da


ciência do desenho, com um método de ensino-aprendizagem mimetizado. Para
ele, aprender a desenhar (formas geométricas) resumia-se a um processo
puramente visual, como até hoje se acredita, porém, os execícios práticos eram
meramente imitativos e repetitivos (opus citatum).
O “Dessain Linéaire”, de Francoeur
(continuação)

O método do “Desenho Linear”, de Francoeur, baseia-se na técnica, ainda hoje


largamente empregue, de usar formas geométricas planas, de duas dimensões,
como esqueleto (estrutura) de objectos reais. Mas, depois de as desenhar à mão,
os aprendizes passavam a traçá-las com a juda de instrumentos de precisão
(idem).

Mais tarde, por volta de 1835, os irmão Dupuis introduziram uma nova
didáctica baseada na observação de modelos trimensionais (sólidos geométricos
feitos em arame). Os alemães Soldan e Otto desenvolveram esta nova didáctica
do desenho, eliminando o recurso à qualquer tipo de intrumento (idem).
As formas básicas do desenho:

O desenho em 2D

O 2D é um desenho Bidimensional, i.e., que só permite visualisar 2

dimensões (altura e largura); não tem volume, resumindo-se

meramente a um desenho plano (que normalmente mostra apenas o

que está a frente).


As formas básicas em 2D (continuação)

Definições de figuras geométricas planas


Circulo: Plano que se situa no interior de uma circunferência.

Quadrado: Plano formado por 4 lados iguais.

Rectângulo: Plano com 2 lados paralelos menores e 2 lados paralelos


maiores.

Losango: Plano também formado por 4 lados iguais, porém com uma
configuração (forma) diferente do quadrado.
As formas básicas em 2D (continuação)

Definições de figuras planas (continuação)


Triângulo: Plano que apresenta apenas 3 lados, que podem assumir
tamanhos diferentes, modificando assim a sua aparência.

Polígono: Cada um no conjunto de planos que apresentam 5 ou


mais lados iguais.
Pentágono: Polígono com 5 lados.
Eneágono: Polígono com 9 lados.
Hexágono: Polígono com 6 lados.
Decágono: Polígono com 10 lados.
Heptágono: Polígono com 7 lados.
Dodecágono: Políg. com 12 lados.
Octógono: Polígono com 8 lados.
Exemplos de formas básicas em 2D
Figuras geométricas planas

Circulo Quadrado
Rectângulo
Triângulo

Losango Octógono
Pentágono Hexágono

polígonos
Do grego poly (vários/muitos) e gon (ângulo(s)).
O desenho em 3D

«É mais importante ter um compasso no olho do que nas


mãos»

Miguel Ângelo
O desenho em 2D

Exercícios de aplicação:

Orientar a execução de um sem-número de formas em 2D, a partir


dos exercícios de Mozart Couto, Vol. 1 (pp. 2-4).

Figura # 6. Desenho de um quadrado a olho nu.

Utilize um lápis (ou, e.g., papel dobrado em forma de régua) apenas para
medir a altura e a largura do qua-drado, de modo que tenha
os seus quatro lados iguais.
Exercícios de desenho em 2D
continuação
Figura # 7. Desenho de um circulo dentro do quadrado (passos 1, 2 e 3).

Seguindo o passo 1, divide o quadra-do


1 em duas diagonais (linhas A e B) e
horizontalmente (linha C), bem como em
sentido vertical (linha D). 2

Agora, de acordo ao passo 2, divida as


diagonais em três partes iguais (veja o exemplo das mar-cações
1, 2, 3 na parte inferior da diagonal B), partindo do centro até
aos seus vértices.

Trace, então, como se vê no passo 3, um circulo, passando pela


primeira divisão das linhas diagonais, i.e., a marcação 1 (veja,
3 está assinalada com um circulo).
As formas básicas do desenho:

O desenho em 3D

O 3D é um desenho Tridimensional, o que significa que permite

visualisar 3 dimensões (cumprimento, largura e altura). O

cumprimento representa a rofundidade ou espessura, que faz o

desenho parecer que tem volume.

Vamos conhecer alguns poliedros, os sólidos geométricos com

volume, exceptuando a esfera, o cone e a eclipse.


As formas básicas em 3D (continuação)

Definições de figuras geométricas sólidas


Paralelepípedo: Sólido formado por planos rectangulares e um plano quadrado.

Cilindro: Sólido formado por dois planos circulares ligados por um plano lateral
que os circunda.

Prisma: Sólido formado pela junção de cinco ou mais faces laterais, de acordo
com o polígono que lhe dá origem.

Cone: Sólido formado por um plano circular na sua base e um plano lateral que
o circunda, fechando-se no lado oposto.
As formas básicas em 3D (continuação)

Definições de figuras sólidas (continuação)


Esfera: Sólido que corresponde a evolução natural da circun-ferência do
plano para o volume.

Cubo: Sólido formado pela junção de 6 planos chamados “face”.

Pirâmide: Sólido formado por 4 planos triangular e um plano quadrado.

Tronco de pirâmide e de cone: Parte que sobra do sólido após um corte feito
na sua parte superior.
Exemplos de formas básicas em 3D
Figuras geométricas sólidas (poliedros)

Esfera
Cubo
Paralelepípedo
y Pirâmide
z
Cilindro
x

Losango Pentágono Octógono


Hexágono
O desenho em 3D

Exercícios de aplicação:

Orientar a execução de um sem-número de formas em 3D, a partir


dos exercícios de Mozart Couto, Vol. 1 (pp. 5-7).
Exercícios de desenho em 3D (continuação).

Figura # 8. Desenho de um prisma a olho nu.

Pode-se desenhar um prisma usando como base o qua-drado


ligeiramente deformado (em perspectiva).
1

Conforme o passo 1, traça-se duas linhas


diagonais em “x” que passam pelos qua-
tro cantos do quadrado, além de uma linha de eixo verti-cal
prolongado muito acima desta forma geométrica.
2
Depois é só projectar quatro linhas a partir dos quatro cantos
do quadrado em direcção à ponta do eixo verti-cal, conforme
ilustrado no passo 2.
Exercícios de desenho em 3D
continuação
Figura # 9. Desenho de um cone a olho nu.

Também dá para desenhar um cone a partir do quadrado em


perspectiva. O passo 1 é exactamente igual ao que se fez com a
base do prisma, i.e., desenhar as diagonais em “x” e projectar a
linha de eixo vertical.
1 2
O passo 2 também não muda muito, de-pois de
desenhar uma oval na base do qua-drado é só
traçar as linhas laterais que vão até à ponta do
eixo vertical.
Cuidado para a base do cone, assim como a do
cilindro, não ficarem pontiaguda.
Exercícios de desenho em 3D
continuação
Figura # 10. Desenho do circulo achatado (em perspectiva).

Antes de desenhar um circulo


achatado, primeiro precisa-se projectar um longo
rectângulo, dividido pelos seus eixos vertical e horizontal.

Treine bastante o desenho da oval a olho nu, é importante dominá-


la para etapas mais avançadas do curso
Exercícios de desenho em 3D
continuação
Figura # 11. Desenho do cilindro (na posição vertical).

Com rectângulos alongados verticalmente, fica


fácil desenhar cilindros perfeitos.

É preciso incluir duas elipses, uma em cada


extremo, sendo a da parte de cima mais
achatada do que a de baixo.

Repare no pormenor da extremidade inferior do cilin-dro: a


linha de eixo passa precisamente no centro da elipse que
forma a oval da base.
Exercícios de desenho em 3D
continuação

Agora veremos de que jeito as formas básicas podem ser

usadas como estrutura para o desenho de todo e qualquer

corpo físico.
Estrutura é

…sustenta e dá forma a um corpo

Se fosse possível pôr a estrutura óssea de um orangutango

numa pessoa, ainda assim ela conservaria a sua forma humana ???
Exercícios de desenho em 3D
faça os exercícios abaixo, esquematizando-os com as formas básicas
estudadas até aqui

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Exercícios de desenho em 3D
faça os exercícios abaixo, esquematizando-os com as formas básicas
estudadas até aqui

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Base: Círculos e elipses


Exercícios de desenho em 3D
faça os exercícios abaixo, esquematizando-os com as formas básicas
estudadas até aqui

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Base:

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Base: Círculos e elipses


Exercícios de desenho em 3D
faça os exercícios abaixo, esquematizando-os com as formas básicas
estudadas até aqui

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Base: Círculos e elipses


Base:
Exercícios de desenho em 3D
faça os exercícios abaixo, esquematizando-os com as formas básicas
estudadas até aqui

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Base:

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Q

Base: Círculos e elipses


Base:

Base: elipse em cima de um quadrado


Observe a estrutura do

desenho desta mulher de

costas.

Que formas básicas usarias

para a sua esquematização?


Observação: não é para

desenhar a figura; esta

serve apenas para um

exercício reflexivo de

dedução.
…e desta.
…e desta.

Tudo o que vemos tem como forma

figuras geométricas, desde objectos

mais simples como a laranja

(circulo) até prédios ou avião.


…e deste camião.
Determinados pormenores podem ser estruturados apenas com linhas
orientadoras (como os ramos do coqueiro abaixo)
Eis alguns quadrúpedes cujos esboços podem se resumir à meras linhas
orientadoras e/ou formas geométrica simplórias…
Conclusão
Conclui-se que tudo o que vemos pode ser reduzido mais ou menos às
formas básicas que abordamos nesta lição, i.e., cada imagem, cada pessoa
ou objecto é caracterizada pelas linhas e formas elementares (arco,
cilindro, cubo, esfera, cone, paralelepípedo), mas com alguma
modificação.

É imperioso que comeces, então, a exercitar o teu olhar para te tornares um


grande artista. Passe a avaliar as diferenças e as distâncias entre os
elementos, veja os formatos das coisas para poderes esquematizar os teus
desenhos por meio de formas geométricas, antes de o começares a detalhar.
Trabalhos de Casa
1. Diga como é feito o desenho:
a) Técnico.
b) Artístico.
2. Distingue o desenho artístico do técnico.
3. Identifica as seguintes linhas ou rectas:

(A) (B) (C) (D)


4. Identifica as seguintes figuras:

(A) (B) (C) (D) (E) (F) (G)

5. Na próxima aula traga imagens em que sejas capaz de tirar medi-das e


identificar as diferentes linhas e formas que estudamos nesta lição.
Trabalhos de Casa (continuação)

6. Procure objectos em revistas, livros ou jornais


e, colocando um papel transparente por cima
da imagem, desenhe apenas as figuras
geométricas que formam a estrutura de cada
objecto. 7. Decalca a figura abaixo,
deixando evidente os traços
7. Observe tudo o que se encontra na sala e na
da estrutura básica que lhe
cozinha da casa onde vives e diga:
dá forma
a) Em que formas geométricas básicas se
pode reduzir cada objecto (cada móvel e
outras coisas).
2º encontro
Resolução dos Trabalhos de Casa
1. O desenho:

a) Técnico é feito com auxílio de instrumentos de precisão (régua, compasso,


etc.).

b) Artístico é feito à mão livre.

2. O desenho artístico distingue-se do técnico de pelo menos duas maneiras: (1ª) pela
forma como é feito (ver respostas anteriores) e (2ª) por revelar o traço próprio de
cada artista (o técnico muitas vezes não permite distinguir facilmente quem o faz).
3. (A): Arco; (B): linhas perpendiculares; (C): linha sinuosa e (D): linha pontil-hada.

(A) (B) (C) (D)


Resolução dos Trabalhos de Casa (continuação)

4. As figuras seguintes são:


(A) (B) (C) (D) (E) (F) (G)

Pentágo Rectângulo Cruza Oval Paralelogra Trapéz


Anel
no arredondad da mo io
o

5. Na ilustração # 1 pode-se reduzir o


desenho de uma orelha à forma oval e ao
circulo.

Ilustração # 1. Desenho de uma relha


humana.
Resolução dos Trabalhos de Casa (continuação)

5. Continuação: A ilustração # 2 também pode ser traçada à base de oval e circulo.


 E o mesmo pode ser dito em relação à
ilustração # 3, na qual dá, ainda, para
medir as distâncias en-
tre várias partes (e.g., o focinho da va-
ca finda ao nível do início da perna traseira).

Ilustração # 2. Desenho de um
rato e um prato de
queijo.
A B

Ilustração # 3. Desenho de uma vaca.


Resolução dos Trabalhos de Casa (continuação)
5. Continuação: Na análise da Ilustração # 4 pode-se conceber:

 Uma linha mais ou menos vertical, formada pela


dobra na bochecha do bebé, que sai do nariz à boca.
 Um triângulo que circunscreve o nariz do bebé.
 Um arco que dá forma aos olhos da mãe, e.g..
 Linhas oblíquas na haste do nariz da mãe.

Ilustração # 4. Mãe e bebé.


Trabalhos de Casa (continuação)

6. Análise de fotos ou imagens…

7. Observação da sala e cozinha:

a) Estão cheias de objectos cujas estruturas


(desenhos) podem ser reduzidas às figuras
geométricas.

8. A figura abaixo pode ser feita à base de um qua-drado


dividido em todos os sentidos, inclusivamente por linhas
diagonais.
Unidade II: Desenho da figura humana

Lição # 4, 5 e 6.

Sumário – A cabeça humana.

– Estrutura dos elementos do rosto.

– Desenho dos olhos.

– Desenho do nariz.

– Desenho da boca.

– Desenho da orelha.
Objectivos da lição # 4, 5 e 6.

Geral: Desenhar os elementos do rosto humano obedecendo as suas


características morfológicas e anatómicas.

Específicos:

1. Aplicar o princípio de construção das formas básicas no desenho


dos elementos do rosto humano.

2. Conhecer as características morfológicas e anatómicas básicas dos


detalhes individuais do rosto humano.

3. Desenhar o olho.

4. Desenhar o nariz.

5. Desenhar a boca.

6. Desenhar a orelha.
Atitudes e habilidades a desenvolver na lição # 4, 5 e 6

 Desenvolver destreza manual.

 Desenvolver espírito analítico em relação às características “construtivas”

do rosto humano.
Estratégias metodológicas da lição # 4, 5 e 6

Métodos Expositivo, Explicativo, Hermenêutico, elaboração conjunta.

 Estimular um processo analítico sistemático do rosto humano, baseada na


pesquisa essencialmente empírica (observação e análise do rosto humano).

 Não limitar o processo de ensino-aprendizagem a exercícios totalmente


miméticos.

 Orientar todo o processo de ensino-aprendizagem mediante um conjunto de


exercícios práticos com fundamentação teórica.

 Pôr aprendizes (de forma voluntária ou indicando os mais avançados) a


revisaram os trabalho dos colegas (apontoar imperfeições).
Conteúdos da aula
A cabeça humana
Depois de desenhar as formas básicas em 2D e 3D,
além de termos exercitado a sua aplicação na construção de diferentes
objectos, vamos aplicar essas mesmas
formas no desenho da cabeça humana.

Porém, antes de examinar a estrutura geral da


cabeça, é preciso analisar detidamente o rosto
humano e os seus aspectos indivi-duais, que
definem as características de cada pessoa e
conferem expressividade.
Estrutura dos elementos do rosto
A perfeição de um desenho do rosto humano depende do grau de
compreensão da sua estrutura anatómica.

Além disso, é igualmente necessário conhecer as características


morfológicas básicas dos seus detalhes: os olhos, o nariz, a boca
e as orelhas.
Desenho dos olhos (continuação)
Dado que tudo o que vemos tem uma forma, na lição passada aprendemos
que é preciso treinarmos o nosso cérebro para ser capaz de identificar a
estrutura básica daquilo que queremos desenhar. Comecemos, então, por
nos familiarizarmos com a constituição do olho humano:

Pálpebra
superior
Cílios
Córnea
Pupila
Lacrimal
Íris
Pálpebra
inferior Cílios
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.1. Estudo dos olhos humanos (1, 2).

1 O olho é formado por uma esfera chama- da


globo ocular. Quando visto de perfil ou de
baixo para cima e vice-versa, apresenta o
problema de escorço na íris e a pupila (1).

Quanto maior a rotação do globo ocular, mais em escorço o vemos (2). Observe,
e.g., como os círculos perfeitos da íris e da pupila na posição frontal (A) tornam-
se uma elipse quando o 2
globo ocular gira pa-
ra os lados (B, C e D).
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.2. Estudo dos olhos humanos: Continuação.

Na imagem abaixo apresenta-se o globo ocular como se estivesse embutido


numa bola oca de plasticina com cerca de 2 mm de espessura. Fazendo um corte
ligeiramente curvo para baixo (E), teremos uma representação esquemática da
forma das pálpebras. Esta forma varia de acordo com o ponto de vista, mas
quase sempre é possível ver em perspectiva as suas bordas ou espessura (F, G, e
H).
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.3. Estudo dos olhos humanos: Continuação.

A imagem a seguir ilustra uma forma esquemática para os cílio (um mero esboço
das pestanas, na verdade), com o olho visto de perfil, formando aproximadamente
ângulo recto em relação às pálpebras (I).

Observe nos últimos esquemas a forma e posição das pestanas em relação às


pálpebras, vendo estas de frente e em ¾ (J e K). Veja a direcção em que os cílios
se distribuem. Observe também que a côrnea não é branca pura, devido ao efeito
de sua própria sombra, bem como a projectada pela
pela pálpe- bra superior.

4 Espessura das pálpebras


Desenho dos olhos
Existem vários formatos de olhos. Aqui vamos aprender a desenhar com
os amendoados, ilustrado nas fotos # 2.1 e 2.2. Observe as linhas
auxiliares que podem ser traçadas nos olhos, a linha das pálpebras, assim
como as formas da íris, pupila e cílios, bem como as linhas em volta das
sobrancelhas – Já reparaste que em geral estas acompanham o formato
dos olhos
quase completamente?

Foto # 2.1. Imagem dos olhos


vistos de frente. Foto # 2.2. Imagem do olho de perfil.
Desenho dos olhos (continuação)

Figura # 2.4. Desenho do olho visto de frente (passos 1, 2 e 3).

Utilize um rectângulo dividido vertical e hori-


zontalmente para desenhar o formato do olho e
definir a sua altura e largura (passo 1).

Esboce as pálpebras, a sobrancelha, a íris e a pupila


(passo 2). Reforce os traços finais (pas-so 3). E
detenha-te nos pormenores: a curva-tura natural do
olho, os cantos e a direcção dos cílios.

1 2 3
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.5. Desenho do olha de perfil (passos 1, 2 e 3).

O desenho do olho de perfil segue a mesma


construção básica da posição frontal (passo 1).

Repare na posição da sobrancelha e na sua raiz


(passo 2), pormenor revisto na fig. 2.10.

No fim é só carregar o que interessa (passo 3) e


apagar as linhas auxiliares, que não
3
servem mais do que
esboço. 1
2
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.6. Desenho das linhas de eixo curvas.

Note que, entretanto, as linhas de eixo (horizontal e vertical) não são


rectas, elas acompanham a curva- tura do globo
ocular (para melhor orientar o desenho da íris e da
pupila). Faça isto até seres capaz de “ver” os eixos
invisíveis, ou seja, até não precisares mais de traçar linhas de
eixo.

Observe também que as pálpebras, em vista da sua espessura, projecta-se


para fora da córnea (na parte exposta desta), desli-zando-se suavemente
para baixo.
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.7. Particularidades do desenho do olho (1, 2, 3 e 4).

1 Numa pessoa jovem geralmente é possível ver a linha


encurvada da pálpebra superior (1).

Mas, em algumas pessoas, particularmente as de ida-de


avançada, a pele que cobre o músculo orbicular (que move a pálpebra
superior) forma uma bolsa que por vezes oculta a curva da pálpebra
superior (2). Repare que é errado desenhar simetri-camente as linhas que
representam as pálpebras superior e inferior. E note
2
ainda que a inferior é menos acentuada e mais
aberta.
Desenho dos olhos (continuação)
Particularidades do desenho do olho (Continuação: 3, 4 , 5, 6 e 7).

Observe que os olhos estão numa superfície curvada, de modo que num
3 rosto em ¾ (seja na posição frontal, seja na vista de cima ou
de baixo), os olhos não podem apresentar uma forma
simétrica (como em 3), mas sim em escorço (4).
4
O mesmo acontece com a forma dos cílios nos olhos em
escorço, seja aberto (5), semi- fechado (6) ou
totalmente fechado (7).

5 6 7
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.8. Construção dos olhos em distintas posições (1, 2, 3, 4).

É preciso desenhar os dois globos oculares (e,


portanto, ambas as pupilas) olhando na mesma
direção, i.e., movimentando-se em conjunto (1).

Nunca ignore o brilho do olhar (2);


nem o pormenor da espessura das 1
pálpebras (3).

2
Brilho do olhar
3
Desenho dos olhos (continuação)
Figura # 2.9. Desenho dos cílios em olhos aberto e fechado.

A B C

Repare que os cílios nunca podem ser traçados “duros” e com distâncias
iguais entre si (como em C).

Figura # 2.10. Pormenor da raiz da Pode dividir-se o globo ocu-


sobrancelha. lar em três partes, sendo no
Reveja a direcção do nascimento dos centro desen-
pêlos da hada a íris e a
sobran-celha. pupila.

Figura # 2.11. Divisão do olho.


Desenho dos olhos (continuação)
Na posição de ¾ do olho, a íris tende a ficar acima do nível (do eixo

horizontal), tomando a forma de uma elipse à medida que o olho vai se

levantando em direcção oposta ao plano da órbita.

Veja ainda que a grande espessura da pálpebra superior, com as suas

pesadas pestanas, sombreia a parte superior da íris,

conferindo maior profundidade e beleza ao desenho

dos olhos.

Figura # 2.12. Desenho do olho em ¾.


Desenho dos olhos (regras e convenções)

Excepto, talvez, em retracto (que exige maior rigor), a representa-ção


gráfica dos cílios em olhos masculinos é mais subtil que em mulheres.
Isto é quase uma convenção, deve-se aplicar traços le-ves ou meros
pontos no desenho dos cílios masculinos, ao passo que os femininos
devem ser ramalhos, longos e desenhados com traços fortes.

As sobrancelhas dos homens, entretanto, devem


ser mais grossas e a das mulheres mais
delineadas e finas.

Figura # 2.12. Representação dos olhos: Feminino vs. Masculinos.


Desenho dos olhos (regras e convenções)

A íris de uma criança parece muito grande em comparação com as


pálpebras.

Os idosos possuem várias rugas profundas irradiando dos cantos dos


olhos, as suas pálpebras inferiores tornam-se "largas" e as sobrancelhas
ficam irregularmente grossas e espessas.

Figura # 2.13. Desenho do ol-ho


de criança.

Figura # 2.14. Desenho de ol-hos


de idosos.
Desenho dos olhos (contra-regras e convenções)

Figura # 2.15. Desenho de olhos e representação gráfica das so-brancelhas.

Observe como na realidade as


sobrancelhas podem assumir
distintos formatos (quase rectas,
arqueadas, com linha quebrada, As sobrancelhas devem ser simétricas…
etc.) e aspectos (pêlos densos ou
escassos).

Ao desenhar sobrancelhas, não


…e postas numa superfície
pense na densidade de pêlos e curva…
traços, basta apenas sugerir a
quantidade de pêlos).
…mais (curvas) nos extremos que no centro
Desenho dos olhos (exercícios)
Exercício para casa:

 Decalcar os desenhos abaixo, desprezando as manchas


(sombras).
Desenho dos olhos (exercícios)
Exercício para casa:

 Decalcar os desenhos abaixo, prestando atenção ao


escorço e desprezando as manchas nos últimos.
Desenho dos olhos (exercícios)
Exercícios de aplicação:

 Desenhe olhos em escorços, a partir do esquema abaixo


(cuidado: a íris e, sobretudo, a pupila, estão em escorço).

Exemplo:
Desenho dos olhos (exercícios)
Exercício para casa:
Por vezes nos deparamos com imagens com erros
de impressão, que exigem bom conhecimento de anatomia e morfologia.
Assim:
 Reconstrua os desenhos abaixo (sem as manchas) evidenciando os traços
imperceptíveis (ver esboços, em alguns há escorço).
(objectivo: não se limitarem a copiar, mas, a criarem também).
Esboço

Esboços
Desenho do nariz
Desenho do nariz
Observe como o desenho do nariz, além de escassas linhas, não passa de
manchas que modelam os efeitos de luz e sombra, criando a ilusão de
volume e relevo (fig. # 2.16).

O desenho de perfil parece não dar problema (ver os passos da-dos na


figura # 2.18), de ¾, pouco mais ou menos, mas, de frente, a solução é
fixar-se bem nos contornos e dimensões da parte in-ferior, as manchas
suaves, o brilho ou luz e a sua profundidade (espessura).

Figura # 2.16. Desenho do


nariz (perfil, ¾, quase de
frente e de frente).
Desenho do nariz
O nariz é o elemento com maior relevo no rosto humano. Assim como os
olhos, possui vários formatos diferentes e o seu tamanho varia de pessoa
para pessoa. Não obstante a isto, todos eles são constituídos por duas
asas ou abas com dois orifícios (narinas) e uma haste (fotos # 2.3).

Qual é a figura geométrica mais adequada


para esquematizar o nariz?

Foto # 2.3. Imagem de um nariz


de frente.

Foto # 2.4. Imagem de um nariz


de perfil.
Desenho do nariz (continuação)
Figura # 2.17. Desenho do nariz visto de frente (passos 1, 2 e 3).

Para a construção do nariz frontal podemos usar um triângulo dividido ao


meio. Em cada lado, desenhamos uma das metades do nariz, cuidando
que saiam iguais (passo 1). Traçamos suave-mente a ponta ou bico (passo
2) e, com traço ligeiramente mais carregado, desenhamos as asas (passo
3).

Repare nas linhas suaves que compõem o nariz

1 2 3
Desenho do nariz (continuação)
Figura # 2.18. Desenho do nariz de perfil (passos 1, 2 e 3).

Para desenhar o nariz de lado cortamos o triângulo anterior (do


desenho frontal do nariz).

Arredonda-se os traços (1) e vai-se marcando os detalhes (2), como,


e.g., a ponta e a aba (3).

1 2 3
Desenho do nariz (exercícios)
Figura # 2.19. Desenho do nariz em diferentes posições.

Esboçar o nariz (de frente e de lado) mediante um triângulo (1). Exercitar


o mesmo visto de cima e de baixo (2), além de outras posições (3).
Desenhar o pormenor das narinas e o volume da ponta e da aba (4),
depois de esboçar dentro de um triângulo..

1 4
2

3
Desenho do nariz (exercícios)
Exercício para casa:
Por vezes nos pedem para retractar a partir de
imagens (e.g., fotografias) com erros de impressão, onde o nariz não passa de
um conjunto de manchas como abaixo ilustrado. Assim:
 Desenha os narizes abaixo evidenciando os traços imperceptíveis.
(objectivo: não se limitarem a copiar, mas, a criarem também).
Desenho da boca

Vamos agora abordar a boca; veja a sua constituição abaixo.

Filtro
Lábio superior
Tubérculo
Commisure labial
Rima
Sulco mentolabial
Sulco mentolabial
Desenho da boca
Para aprender a desenhar a boca (apenas os lábios, sem incluir os dentes,
a língua e o seu interior), observe as imagens das fotos 2.3 e 2.4. Pense
nas linhas e formas geométricas que podem ser empregues na sua
construção (vista de frente e de perfil).

Que forma básica escolherias para desenhar a boca?


O desenho do lábio supe-rior
pode ser feito com dois
triângulos, enquanto o de
baixo é mais boleado
Foto # 2.5. Imagem da boca Foto # 2.6. Imagem da
vista de frente. boca de perfil.
Desenho da boca
Lábios e boca:

A boca parece ser o elemento do rosto mais fácil de desenhar. Todavia,


mesmo que isto seja verdade, ela oferece muito para considerar. Fechada,
só dá para ver os seus dois lábios.

O lábio superior é formado por dois planos (partes) iguais, finos nas suas
extremidades e com largura cada vez maior à medida
em que, juntos, se aproximam do meio da boca.
O lábio inferior, por sua vez, pode ter três
planos: dois de lado e um central .

Figura # 2.20. Desenho dos lábio.


Desenho da boca (continuação)
Figura # 2.21. Desenho da boca de frente 1
(passos 1, 2 e 3).

Mediante um rectângulo dividido vertical e


2
horizontalmente, pode-se desenhar o contorno
da boca de frente com bastan-te facilidade
3
(passo 1).

Dá para acrescentar quantas linhas forem


necessárias (como no passo 2), mas no
desenho acabado, essas precisam ser apagadas
(passo 3).
Desenho da boca (continuação)
Figura # 2.22. Desenho da boca de perfil (passos 1, 2 e 3).

O desenho da boca de perfil não difere muito do que se


fez antes, excepto que agora o rectângulo é menos
alargado (com cerca de metade do seu cumprimento).
1
Basta traçar o formato (1) e ir definindo os contor-nos
dos lábios com o número de linhas auxiliares
julgadas necessárias (2). No fim carrega-se o 2
que interessa (3), apagando as lin-has de
esboço.
3
Desenho da boca (continuação)
Figura # 2.23. Desenho da boca (regras e convenções).
1
Mais uma distinção “genérica”: em desenho artís-tico, os
lábios femininos devem ser mais carnudos e menos
largos que os masculinos (1).

Contudo, não se trata de uma regra rígida (mais uma vez


temos como exemplo retractos). 2

E veja como é importante desenhar a boca


seguindo a dobradura do rosto em escorço
(2).
Desenho da boca (continuação)
Figura # 2.23. Desenho da boca (regras e convenções).

Ao desenhar a boca…

1
Desenho da boca (continuação)
Figura # 2.24. Desenho da boca (regras e convenções).

Estude a forma da boca junto com o nariz em diferentes ângulos de visão.


Veja, e.g., a linha ondulada formada entre os lábios supe-
rior e inferior no cen- tro
1 2 3

da boca (1). Veja também a


interpretação do nariz visto
de frente e compare-o com os
4 5 6
nari-zes desenhados em
outros ângulos (2, 3, 4, 5 e 6).
Desenho da boca (exercícios)
Exercício para casa:
Apesar de ser pouco ou nada provável que venhas
a desenhar um retracto (ou um simples rosto) sorrindo:
 Desenha as bocas abaixo, ainda que as manchas possam atrapalhar a
visibilidade.
(objectivo: não se limitarem a copiar, mas, a criarem também).
Desenho da boca (exercícios)
Exercício para casa:
Novamente, apesar de difícil desenhar um retracto
ou rosto com sorriso:
 Desenha a forma da boca aberta, prestando atenção nos traços que
delimitam os dentes, mesmo as imagens não serem bem visíveis.
(objectivo: não se limitarem a copiar, mas, a criarem também).
Desenho da boca (exercícios)
Exercício para casa:

 Na sequência dos exercícios anteriores, executa os desenhos abaixo.


Desenho da orelha
Em geral, a orelha parece o elemento mais complicado de desen-har, cheia
de curvas e detalhes que requerem muita atenção.

Perante um modelo (vivo ou em imagem de revista, e.g.), desen-har bem é


uma questão de prestar atenção e dedicação, ou seja, “copiar” exactamente
o que o modelo “manda”.

Quando desenhamos a orelha “de


cabeça”, fazemos o que só
vagamente nos lembramos, por
isso precisamos estudá-las.
Figura # 2.25. Desenho da orelha vista de frente, de perfil, ¾ e traseira.
Composição anatómico da orelha

Pavilhão
Fossa triangular Tubérculo do
aurículo

Hélix
Trago
Anti-hélix
Anti-trago

Lóbulo

Concha
Desenho da orelha
A orelha, vista de frente, é feita de linhas mais ou menos curvas,
esquematizadas dentro de uma oval (na parte de cima) e um circulo (em
baixo), como feito numa das tarefas da lição passada. Por isso, em cima
ela é mais larga que na parte de baixo.

Os seus relevos podem ser repre-


sentados apenas com algumas linhas.

Foto # 2.7. Imagem da orelha vista de lado (à


esquerda) e vista do rosto frontal (direita).
Desenho da orelha (continuação)
Figura # 2.26. Desenho de uma orelha vista de lado.

Esboça o contorno da orelha dentro de um rectângulo divido em quatro e usa


as linhas de eixo para os traços interiores (1). Tal como explicado atrás,
desenhe a orelha mais larga na parte de cima (2). Desenhe bem os detalhes
da concha, trago, lóbulo e encurve dire-ito o pavilhão até terminar (3).

1 2 3
Desenho da orelha (continuação)
Figura # 2.27. Desenho de uma orelha de frente (passos 1, 2 e 3).

Segue-se os mesmos passos dados antes. O rectângulo divido pelas linhas


de eixo vertical e horizontal ajudarão a demarcar a altura e largura da
orelha (1). Servirão para orientar o traço do resto da orelha (2). No fim,
quando haver certeza de a orelha estar bem desenhada, carrega-se os
traços importantes (3).

1 2 3
Desenho da orelha (exercícios)
Figura # 2.28. esquematização e desenho da orelha em distintas posições.

Treine bastante o desenho da orelha. Uma vez que é dos elementos mais
complicado no corpo humano, estuda a orelha a partir de modelos vivos
ou fotografias em revistas, jornais, etc.
Conclusão
Conclui-se uma vez mais que todas as coisas que vemos têm uma forma, os
elementos do rosto humano não fogem a regra; o segredo, portanto, é treinar
o cérebro a ser capaz de perceber a estrutura básica para a construção de um
rosto.

Dada a variação que os aspectos individuais do rosto humano apresentam,


precisamos de nos familiazar com a sua estrutura anatómica e morfológica,
treinando o bastante com pessoas dispostas a posar para nós, ou usar
imagens de livros, revistas, etc., ou, ainda, olhando-nos a nós mesmo
através de um espelho, para estudar o rosto em distintas posições, sem
deixar que as mudanças impostas pelo escorço nos enganem.
Trabalhos de Casa
1. Observe os distintos formatos de sobrancelha nas imagens deste slide, bem
como os escorços dos olhos:
a) Decalque estes desenhos por
completo (e lembre-se: ao fa-zê-
lo, não pense em tantos pêlos e
tantos traços, basta apenas
sugeri-los, i.e., traçar linhas que
imitam a quanti-dade de pêlos).

b) Verifica se há paralelo com as


pessoas que te rodeiam.
Trabalhos de Casa (continuação)

1. Esquematize (esboça) os narizes abaixo, usando apenas traços.


Trabalhos de Casa (continuação)

2. Consiga amigos ou familiares que posem para ti (ou põe-te diante de um


espelho) para que, somente com traçado, possas:

a) Esboçar olhos (com as suas respectivas sobrancelhas).

b) Esboçar narizes.

c) Esboçar bocas fechadas (lábios).

c) Esboçar orelhas.

Obs: desenhar em diferentes posições (de frente, em ¾, de perfil, com a


cabeça ligeiramente levantada e ligeiramente agachada, etc.).
Trabalhos de Casa (continuação)
2. Caso não consigas ninguém que aceite
posar para ti, encontre imagens como
esta ao lado, em livros, revistas, jornais,
etc., para fazeres os exercícios das
alinhas anteriores.
3º encontro
Unidade II: Desenho da figura humana
Lição # 7, 8 e 9.

Sumário – As dimensões antropométricas da cabeça humana.

– Desenho das posições da cabeça humana.

– Desenho do rosto na posição frontal.

– Desenho do rosto de perfil.

– Desenho do rosto na posição traseira.

– Desenho do rosto em ¾ frontal e traseiro.

– Planos picado e contra-picado do rosto .

– Outras posições do rosto.


Objectivos da lição # 4, 5 e 6.

Geral: desenhar a cabeça humana em diferentes posições, com as


dimensões e proporções exactas.

Específicos:
1. Estudar as dimensões antropométricas da cabeça humana.

2. Desenhar a cabeça humana em distintas posições.


Referências bibliográficas

 Brito, Maria Clara Rodrigues Silva de (2014). As disciplinas de desenho e de


educação visual no sistema público de ensino em Portugal, entre 1836 e 1986: Da
alienação à imersão no real. Tese de doutoramente da Faculdade de Belas Artes da
Universidade de Lisboa: Adobb diigtal vertion.

 Edwards, Betty (2000). Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro:
Ediouro.

 Instituto Universal Brasileiro (s.d.). Desenho artístico, publicitário e pintura. Vol. 1.


Brasil: Adobb digital vertion.

 Instituto Universal Brasileiro (s.d.). Desenho artístico, publicitário e pintura. Vol. 3.


Brasil: Adobb digital vertion.
Referências bibliográficas (continuação)

 Parramón, José M. (1990). Cómo dibujar la cabeza humana e el retrato:


Técnica e prática de la construcción y del dibujo de la cabeza huamana e
del arte del retrato (Como desenhar a cabeça humana e retracto: Técnica e
prática da construção e do desenho da cabeça humana e da arte do
retracto). Colección Aprender Haciendo. Barcelona: Parramón ediciones.
Referências bibliográficas (continuação)

 Peychaux, Lidia (2003). Acessando o hemisfério direito do cérebro: A arte


como Ferramenta para desenvolver a criatividade. Rio de Janeiro: Papel
Virtual.

 Rocha, Andréa Araújo (Org.) (2011). Desenho a mão livre: textos de apoio.
Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP). Ensino Médio
Integrado à Educação Profissional, Curso Técnico em Design de Interiores.
Ceara: Adobb digitl vertion.
Referências bibliográficas (continuação)

 Simões, Sílvia Patrícia Moreno (2012). Perspetivas do ensino artístico face


à tecnologia digital. O ensino do desenho: Do atelier à rede. Tese de
Doutoramento em Arte e Design, Faculdade de Belas Artes da
Universidade do Porto. Porto: Adobb digital vertion.

 Steck, José F. (2000). Desenhando à mão livre: Animais, vegetais, sólidos


geométricos, linhas, etc. Rio de Janeiro: Edições de ouro.

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