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· origem do termo
O termo Tropicália nasce como nome da obra de Hélio Oiticica (1937 - 1980) exposta
na mostra Nova Objetividade Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro (MAM/RJ), em abril de 1967. Nessa obra, o uso de signos e imagens
convencionalmente associados ao Brasil não tem como objetivo figurar uma dada
realidade nacional, mas, nos termos do artista, objetivar uma imagem brasileira pela
"devoração" dos símbolos da cultura brasileira. A idéia da "devoração", nada casual,
remete diretamente à retomada da antropofagia e ao modernismo em sua vertente
oswaldiana, da qual se beneficia a obra de Hélio Oiticica.
· marco inicial
Após o declínio da Bossa Nova, o novo movimento que surge, a MPB, foi necessário
para que um conjunto de artistas, denominados "Tropicalistas", se reunissem com
objetivos de libertação e mudanças no panorama cultural brasileiro.
· características
· principais artistas
1. Caetano Veloso
Caetano Veloso (1942) foi um dos criadores do Movimento Tropicalista no Brasil,
quando se apresentou no III Festival da Música Popular Brasileira, da TV
Record, quando cantou “Alegria, Alegria”, uma canção que recorda a liberdade
vivenciada pelos brasileiros antes da Ditadura Militar.
2. Gilberto Gil
Assim como Caetano Veloso, Gilberto Gil também foi um dos precursores do
Movimento Tropicalista, quando cantou, em 1967, a música “Domingo no
Parque”, a qual ficou em 2.º lugar no III FMPB.
3. Os Mutantes
Esta banda paulista foi formada inicialmente em 1966 pelo baixista, pianista,
cantor e compositor Arnaldo Baptista (1948); por seu irmão, o guitarrista,
violonista e compositor Sérgio Dias (1951); e pela cantora e compositora Rita
Lee Jones (1947). Após os nomes The Wooden Faces e O Conjunto, a banda foi
finalmente batizada de Mutantes (1966).
O envolvimento dos Mutantes com o Tropicalismo veio no ano seguinte de seu
batismo, a partir de um convite para acompanhar Gilberto Gil na apresentação
de sua canção “Domingo no parque”, no III Festival de MPB da TV Record, em
1967. A verve, a guitarra e o baixo elétrico dos mutantes, somados aos arranjos
inventivos do maestro Rogério Duprat, tornaram-se a síntese sonora do
Tropicalismo.
Ao aderir ao Tropicalismo, o conjunto tornou-se o grande nome do rock de
vanguarda da música brasileira dos anos 60. Entre as principais contribuições do
grupo, tem-se sua participação no disco coletivo Panis et Circensis, cuja
principal canção discute o desejo e o fracasso dos artistas da época em
transformar a realidade política do país.