Você está na página 1de 22

A Medicina de Hipócrates

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 1


Hipócrates. Nasceu na Ilha de Cós, na Grécia, no mar
Egeu, próximo a Ásia Menor. no ano 450 a.C., e viveu em Atenas.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 2


Foi contemporâneo de Sócrates, Platão e Heródoto, dentre
outros;
É atribuído a ele, o “Juramento de Hipócrates” , código de
honra da profissão;
Propôs um plano de conceituação filosófica e moral da
profissão médica, dentro das atividades humanas;
Principais trabalhos: O médico; A arte; Preceitos;
Beneficência; Tratado da natureza e do homem; Regime
das pessoas com saúde; Prognóstico; Crise e dias críticos;
Tratado das luxações; Tratado dos ares, das águas e dos
lugares; Aforismos (ditados); e o Juramento.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 3


Hipócrates
Foi inspirada por ele, que floresceu uma escola
médica que mudaria os rumos da Medicina se
caracterizando por:
Separar a medicina da religião e da magia.
Afastar as crenças em causas sobrenaturais da doença,
colocando os alicerces da medicina racional e científica.
Dar um sentido de dignidade à profissão médica,
estabelecendo as normas éticas de conduta que devem
nortear a vida do médico, tanto no exercício profissional
como fora dele.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 4


Inventou a medicina clínica
História clínica atual e passada
Encostava o ouvido no peito
Palpação verificava a temperatura
Analisava o pulso
Exame vaginal com espéculos
Alinhava fraturas e corrigia deslocamentos da coluna

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 5


Hipócrates

Como imaginado por um


artista bizantino do
século XIV.
Seu nome era associado
a uma expressiva
coleção de textos
chamada “Corpus
Hippocraticum”

Gravura da Bibliotèque Nationale, Paris.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 6


Hipócrates
O tripé dogmático da medicina Hipocrática é formado pelos
princípios básicos do Vitalismo, da Teoria dos Humores e
do Naturalismo.
Morreu idoso, aos 104 ou 107 anos de idade, na Tessália em
Larissa (Grécia). Os primeiros trabalhos sobre Hipócrates,
foram encontrados 150 anos depois de sua morte;
Em alguns casos, Hipócrates utilizou-se da Psicoterapia,
com sucesso;
Libertou a medicina das influências sacerdotais e filosóficas
e teve o mérito de demonstrar o primado da experiência e
da observação, inaugurando novos métodos de exploração
clínica;

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 7


Hipócrates
O método de Hipócrates envolvia: o emprego da inteligência
e dos sentidos como instrumentos de diagnóstico, sua elevada
concepção de dignidade no exercício da medicina, sua
grande seriedade e um profundo respeito para com os
enfermos;
Criou e desenvolveu a doutrina dos humores, chamada de
patologia humoral e classificou as doenças em agudas e
crônicas, endêmicas e epidêmicas; Descreveu a doença “mal
de Pott” (espécie de tuberculose vertebral);
Para Hipócrates, o corpo se compõe de sangue, fleuma ou
pituíta, bílis amarela e bílis negra. Do equilíbrio ou
desequilíbrio desses humores é que depende o estado de
saúde e de doença.
11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 8
Mal de Pott

A doença de Pott, também


conhecida como espondilite
tuberculosa, mal de Pott,
ou tuberculose vertebral, é
uma infecção das vértebras
causada pela
Mycobacterium tuberculosis,
geralmente originada de uma
tuberculose pulmonar.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 9


Teoria dos Humores
Também conhecida por teoria humoral hipocrática ou
galénica, segue as teorias segundo as quais a vida seria
mantida pelo equilíbrio entre quatro humores: sangue, fleuma,
bílis amarela e bilis negra, procedentes, respectivamente, do
coração, pulmões, fígado e baço.
Cada um destes humores teria diferentes qualidades: o sangue
seria quente e úmido; a fleuma, fria e úmida; a bílis amarela,
quente e seca; e a bílis negra, fria e seca. Segundo o
predomínio natural de um destes humores na constituição dos
indivíduos, teríamos os diferentes tipos fisiológicos: o
sanguíneo, o fleumático, o bilioso ou colérico e o melancólico.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 10


Teoria Humoral
As qualidades fundamentais
desses elementos são:
• O sangue: quente e úmido,
como o “ar”;
• A fleuma: fria e úmida
como a “água”;
• A bílis amarela: quente e
seca como o “fogo”;
• A bílis negra: fria e seca
como a “terra”.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 11


Outras representações

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 12


11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 13
Pressupostos de Hipócrates
A dor seria a conseqüência do excesso ou falta de um
humor ou de seu isolamento dos outros;
As doenças têm crises, com a vitória da doença ou do
doente;
Baseava sua terapêutica no emprego do ar puro,
vomitórios, clisteres e ventosas (sucção da pele);
Para ele “ o médico que possui o amor da sabedoria,
equivale a um Deus”;
Teve sempre a preocupação para que os médicos
tivessem uma conduta ética perfeita;

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 14


Juramento de Hipócrates (460 a.C.)
1. Prometo que ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel
aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência.

2. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos e minha


língua calará os segredos que me forem revelados, os quais terei como
preceito de honra.

3. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou


favorecer o crime.

4. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu, para


sempre, a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os
homens. Se eu o infringir ou dele me afastar, suceda-me o contrário.
 
11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 15
Hipócrates
Acreditava que o doente deveria ser examinado várias
vezes e sempre cuidadosamente, para que se chegasse a
uma conclusão diagnóstica;
Considerava como de prognóstico alarmante, as
“facies hipocráticas”:
nariz afilado, olhos fundos, têmporas frias e
contraídas, com os lobos virados para fora, a pele da
face tensa, dura e seca, a cor da face amarela ou
escura;

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 16


Terapêutica Hipocrática
O corpo possui em si mesmo, todos os elementos para
defender-se contra a doença e obter a cura. A febre e
outros sintomas representam a luta do organismo contra
as enfermidades;
Os hipocráticos raramente prescreviam a sangria;
Prescrevia vomitórios com água morna;
Para se conhecer a natureza do homem, é necessário
conhecer a natureza de todas as coisas (considerava o
organismo um pequeno mundo);
A força vital é a natureza que a tudo preside;

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 17


Terapêutica Hipocrática
Cuidar da remuneração do médico ajuda o doente a
não se sentir abandonado, o que não aconteceria se
fosse tratado gratuitamente, pois poderia imaginar que o
médico não lhe dispensaria a assistência necessária;
Também não deverá comportar-se de forma
desumana, com relação aos honorários;
Tratar dos doentes de forma irrepreensível. Nada
deveis negligenciar, mesmo sendo esses indigentes.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 18


Aforismos de Hipócrates
“ A vida é curta e a arte é longa; a ocasião fugidia; a
esperança falaz e o juramento difícil”;
“O homem está doente quando não pode exercer,
normalmente, todas as funções animais”;
“As pessoas que, ao tossir, expelem sangue espumoso,
este sangue vem do pulmão”;
“Em pessoas enfraquecidas por qualquer doença,
aguda ou crônica, ou por ferimentos ou por qualquer
outra causa, se houver evacuação de bílis negra ou
semelhado sangue negro, morrerão no dia seguinte”.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 19


Aforismos de Hipócrates
“ A fadiga não provocada indica moléstia”;
“Os condenados tirados da forca e ainda não mortos,
não escapam se já têm espuma na boca”;
“Nas febres graves, agudas, os suores frios indicam
morte; nas febres mais moderadas, uma moléstia
longa”;
“O sono e a insônia, além da medida, são sinais de
moléstia”;
“É mais fácil reparar as forças com alimentos líquidos
do que com alimentos sólidos”;
“Nem a saciedade nem o apetite, nem nada que seja
além do natural é bom”.
11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 20
“Que a comida seja teu alimento e o alimento
tua medicina ” (Hipócrates)

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 21


Bibliografia
LOPES, Otacílio de C. A medicina no tempo. São
Paulo: Melhoramentos;

MELO, J.M. de S. A medicina e sua história. Rio de


Janeiro: Ed. De publicações científicas, 1989.

11/10/20 Gislene Farias de Oliveira 22

Você também pode gostar