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ELABORAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÕES:


SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Superintendência de Assistência Farmacêutica
Diretoria de Medicamentos Especializados
Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves
Rodovia Papa João Paulo II, Nº 4.143 10º Andar – Ed. Minas – Serra Verde
CEP 31.630-900 Belo Horizonte MG
Tel. (31)3915.9845
E-mail: dmesp@saude.mg.gov.br

Governador do Estado de Minas Gerais


Romeu Zema Neto

Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais


Fábio Baccheretti Vitor

Secretário-Adjunto
André Luiz Moreira dos Anjos

Subsecretária de Políticas e Ações de Saúde


Naila Marcela Nery Ferrari

Superintendente de Assistência Farmacêutica


Grazielle Dias da Silva

Diretora de Medicamentos Especializados


Ana Luisa Caires de Souza Mendonça

Elaboração e Revisão
Flávia Helena Castro Alves
Flávia Lúcia Abreu Rabelo
Maria Júlia Moura Tolentino
DIRETORIA DE MEDICAMENTOS ESPECIALIZADOS
Assessoria Técnica Apoio Administrativo
Adriana Lúcia Ferris de Assunção Adriana Maria Marques
Alice Martino Carvalho Alessandra Luís Resende
Claudiane do Carmo Silva Aline Pereira Costa
Flávia Helena Castro Alves Dayana Fernandes Rodrigues Furtado
Flávia Lúcia Abreu Rabelo Gilda Pereira Soares
Larissa Barbosa Rabelo Raquel de Moura Mota
Maria Júlia Moura Tolentino Renata Fernanda da Silva
Mônica Ferreira de Andrade e Fonseca Sônia Souza Santos
Nayara Cristina Fonseca
Soraia Maria Sebastião Rodrigues

ANÁLISE DE PROCESSOS
Assessoria Técnica Apoio Administrativo
Dineia Aparecida Alves de Sousa Alexandre Soares Evangelista
Elizabet Inacia Valentim Arley Eustáquio Nunes
Fernanda Abritta Santos Sangiorge Carlos Antônio de Oliveira
Flávia Helena Castro Alves Daniela Aparecida Seara Souza
João Paulo de Oliveira Guimarães Daria Renata de Castro
Josiane de Macedo Martins Márcia da Conceição Costa
Lívia Maria Vilela Gibram Natálio Malaquias Cordeiro
Marina Morgado Garcia Rhaylla Monique Ferreira
Mariza Leitão Valadares Roquete Rubens Filemon Soares
Telma Maria da Rocha Solange Ferreira
Williane do Nascimento Mendes Tatiane Martins de Oliveira
APRESENTAÇÃO
Atualmente, no âmbito do SUS/MG, o acesso aos medicamentos do Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica (CEAF) está centralizado nas 28 Coordenações de Assistência Farmacêutica (CAF) situadas nas regionais de saúde
do estado. No entanto, as longas distâncias entre as CAF e a residência dos pacientes dificulta a acessibilidade geográfica ao
tratamento medicamentoso especializado. Para minimizar este problema, alguns municípios buscam os medicamentos nas
CAF, com a autorização dos pacientes, e os entregam na unidade de saúde municipal. Todavia esse fluxo, ainda que legal,
dificulta o controle da Secretaria de Estado de Saúde (SES) em relação ao transporte e dispensação destes medicamentos aos
pacientes, além de resultar em possíveis prejuízos no cuidado integral farmacêutico. Além disso, a centralização da execução
do CEAF nas CAF gera uma sobrecarga no volume de trabalho e de atendimentos, o que, por vezes, pode comprometer a
velocidade e a eficiência dos atendimentos aos usuários de medicamentos.

A descentralização do CEAF para a rede de serviços públicos municipais está prevista na PRC/MS nº 2/2017:

"Art. 67. A solicitação, dispensação e a renovação da continuidade do tratamento poderão ser


descentralizadas junto à rede de serviços públicos dos Municípios mediante pactuação entre os
gestores estaduais e municipais de saúde, observado o disposto no art. 65, os critérios legais e
sanitários vigentes e os demais critérios de execução deste Componente. (Origem: PRT MS/GM
1554/2013, Art. 25)"

Neste sentido, a DMESP/Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), em parceria com a Coordenação de


Qualidade e Gestão da Informação (CQGI/SAF) tem desenvolvido o projeto "Estruturação e Ampliação dos Pontos de Acesso
ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) em Minas Gerais", cujos objetivos são ampliar e qualificar o
acesso aos medicamentos do CEAF em Minas Gerais, contribuindo para a integralidade da atenção à saúde, e fomentar a
governança pública na gestão da Assistência Farmacêutica no estado. Um dos módulos deste projeto (Módulo APS) tem como
estratégia a ampliação dos pontos de acesso aos medicamentos do CEAF com a descentralização das etapas de solicitação,
dispensação e renovação da continuidade do tratamento para as farmácias municipais.

As normativas desta descentralização estão descritas na RESOLUÇÃO SES/MG Nº 7.628, de 03 de agosto de 2021, que
“Estabelece a Política de Descentralização do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (PDCEAF), e aprova as
normas e critérios para a descentralização da solicitação, dispensação e renovação da continuidade do tratamento do CEAF e
seu financiamento para adesão dos municípios do estado de Minas Gerais nos termos da Resolução SES”.

Este Guia tem como objetivo padronizar processos de trabalho e orientar as Coordenações de Assistência Farmacêutica
(CAF) e as Farmácias Municipais (FM) quanto à execução do CEAF no contexto da descentralização. Sabemos que os processos
de trabalho do CEAF são mutáveis e dinâmicos, especialmente devido às necessidades de adaptação frequentes às diretrizes
do Ministério da Saúde e demais alterações inerentes aos medicamentos e linhas de cuidado contemplados no Componente.
Apesar disso, acreditamos que este documento seja uma importante ferramenta norteadora das ações dos farmacêuticos
quanto à execução do CEAF e possa contribuir para o aprimoramento e excelência da Assistência Farmacêutica no âmbito do
Componente Especializado em Minas Gerais.

Flávia Lúcia Abreu Rabelo


SUMÁRIO
1- O COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA ........................................................................................ 9
2- PASSO A PASSO PARA A SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTO(S) NO CEAF .................................................................................. 11
2.1- ACOLHIMENTO ................................................................................................................................................................. 12
2.2- CONFERÊNCIA DA DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................................................... 13
2.2.1- LME - SOLICITAÇÃO .................................................................................................................................................. 15
2.2.2- CÓPIA DO CPF (CADASTRO DE PESSOAS FÍSICAS) ..................................................................................................... 17
2.2.3- CÓPIA DA CARTEIRA DE IDENTIDADE OU DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO COM FOTO ........................................ 17
2.2.4- CÓPIA DO COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA .............................................................................................................. 18
2.2.5- CÓPIA DO CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE (CNS)....................................................................................................... 18
2.2.6- PRESCRIÇÃO MÉDICA................................................................................................................................................ 19
2.2.7- RELATÓRIO MÉDICO ................................................................................................................................................. 19
2.2.8- FORMULÁRIO ESPECÍFICO ........................................................................................................................................ 20
2.2.9- EXAMES .................................................................................................................................................................... 20
2.2.10- TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE (TER) ................................................................................... 21
2.3- PROTOCOLO DE SOLICITAÇÃO .......................................................................................................................................... 23
2.4- MONTAGEM DO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTO(S) ............................................................................. 25
2.5- CADASTRO DA SOLICITAÇÃO NO SIGAF E NO SEI ............................................................................................................. 28
2.6- SOLICITAÇÃO DE PACIENTES PRIVADOS DE LIBERDADE ................................................................................................... 30
2.7- SOLICITAÇÃO DE NUSINERSENA PARA AME ..................................................................................................................... 31
3- AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 32
3.1- AVALIAÇÃO TÉCNICA POR VIA RÁPIDA ............................................................................................................................. 35
3.2- AVALIAÇÃO TÉCNICA DE URGÊNCIA ................................................................................................................................. 37
4- ACOMPANHAMENTO DO STATUS DA ANÁLISE ........................................................................................................................ 39
4.1- PROCESSOS DEFERIDOS .................................................................................................................................................... 40
4.2- PROCESSOS DEVOLVIDOS ................................................................................................................................................. 42
4.3- PROCESSOS INDEFERIDOS ................................................................................................................................................ 43
4.4- PROCESSOS PARCIALMENTE DEFERIDOS ......................................................................................................................... 44
5- AUTORIZAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 45
6- DISPENSAÇÃO........................................................................................................................................................................... 47
6.1- PRIMEIRA DISPENSAÇÃO .................................................................................................................................................. 48
6.2- ORIENTAÇÕES GERAIS ...................................................................................................................................................... 49
6.2.1- PRESCRIÇÃO: NORMAS / LEGISLAÇÃO ...................................................................................................................... 51
7- RENOVAÇÃO DA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO ............................................................................................................... 54
8- MONITORAMENTO DO TRATAMENTO..................................................................................................................................... 57
9- REAVALIAÇÃO DE SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE ANALISADAS ................................................................................................ 64
9.1- DEVOLVIDAS E INDEFERIDAS ............................................................................................................................................ 66
9.2- PARCIALMENTE DEFERIDAS .............................................................................................................................................. 67
9.3- DEFERIDAS ........................................................................................................................................................................ 69
9.3.1- MUDANÇA DE DOSE OU APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA ..................................................................................... 70
9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10 .................................................................... 72
9.3.3- EXCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10 ...................................................................................... 79
9.3.4- EXTENSÃO DO TEMPO DE TRATAMENTO DEFERIDO ............................................................................................... 80
10- TRANSFERÊNCIA ENTRE AS UNIDADES DE SAÚDE ................................................................................................................. 81
11- QUANDO INATIVAR UM PROCESSO ....................................................................................................................................... 85
11.1- ABANDONO DE TRATAMENTO ....................................................................................................................................... 86
11.2- TEMPO DE TRATAMENTO DETERMINADO ..................................................................................................................... 88
11.3- PROCESSOS DEVOLVIDOS E INDEFERIDOS SEM REAVALIAÇÃO ..................................................................................... 89
12- ARQUIVAMENTO DE SOLICITAÇÕES ....................................................................................................................................... 90
13- DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO USUÁRIO ................................................................................................................ 91
14- OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES ................................................................................................................................ 92
14.1- CENTRAL DE AJUDA DO SIGAF ........................................................................................................................................ 92
14.2- APLICATIVO MG App ...................................................................................................................................................... 92
14.3- PORTAL CIDADÃO MG .................................................................................................................................................... 93
14.4- APLICATIVO CONECTE SUS ............................................................................................................................................. 93
14.5- RECLAMAÇÕES, DENÚNCIAS, SUGESTÕES, ELOGIOS E OUTRAS DEMANDAS ................................................................ 94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................................................... 95
ANEXOS ........................................................................................................................................................................................ 96
ANEXOS
ANEXO 1 – Modelo de Checklist
ANEXO 2 – Nota de Esclarecimento
ANEXO 3 – LME - Solicitação de Medicamentos
ANEXO 4 – LME - Avaliação e Autorização
ANEXO 5 – Modelos de Procuração
ANEXO 6 – Declaração de Residência
ANEXO 7 – Modelos de Receituário de Medicamentos sob Controle Especial
ANEXO 8 – Requerimento de Medicamentos do CEAF
ANEXO 9 – Termo de Adesão
ANEXO 10 – Declaração Autorizadora
ANEXO 11 – Formulário de Atendimento (Pendências)
ANEXO 12 – Formulário de Processos Ativos/Inativos
ANEXO 13 – Fluxo para Solicitação de Medicamento(s) do CEAF nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação Técnica
na DMESP
ANEXO 14 – Fluxo para Solicitação de Medicamento(s) de Via Rápida nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação
Técnica na CAF
ANEXO 15 – Termo de Designação de Representante para Solicitação e Recebimento de Medicamentos do CEAF para Privados
de Liberdade
ANEXO 16 – Fluxo para Dispensação de Medicamento(s) nas Farmácias Municipais Descentralizadas
ANEXO 17 – Recibo de Medicamentos – RME
ANEXO 18 – Termolábeis
ANEXO 19 – Fluxo para Renovação da Continuidade do Tratamento nas Farmácias Municipais Descentralizadas
ANEXO 20 – Notificação de Necessidade de Apresentação de Documentos/Exames para Monitoramento do Tratamento com
Medicamentos do CEAF pela SES/MG
ANEXO 21 – Fluxo para Monitoramento do Tratamento com Análise Técnica na DMESP
ANEXO 22 – Fluxo para Monitoramento do Tratamento com Análise Técnica na CAF
ANEXO 23 – Guia de Liberação do Medicamento Clozapina
ANEXO 24 – Modelo de Carta do Farmacêutico ao Médico Prescritor
ANEXO 25 – Fluxo para Solicitação de Reavaliação de Processos nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação Técnica
na DMESP
ANEXO 26 – Fluxo para Solicitação de Reavaliação de Processos nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação Técnica
na CAF
ANEXO 27 – Formulário de Transferência
ANEXO 28 – Solicitação de Cópia do Processo Administrativo – CEAF
ANEXO 29 – Termo de Devolução de Medicamentos do CEAF
1- O COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS) caracterizado pela busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em
nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicados
pelo Ministério da Saúde (MS).

O CEAF é regulamentado pela Portaria de Consolidação (PRC/MS) nº 2, de 28/09/2017, Anexo XXVIII – Título IV – Das
regras de financiamento e execução do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único
de Saúde, e pela PRC nº 6, de 28/09/2017, Título V – Do custeio da Assistência Farmacêutica, Capítulo II – Do financiamento
do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

A execução do CEAF envolve várias etapas, que estão demonstradas na Figura 1.

SOLICITAÇÃO

AVALIAÇÃO

AUTORIZAÇÃO

DISPENSAÇÃO

RENOVAÇÃO DA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO

Figura 1 – Etapas da execução do CEAF.

O acesso aos medicamentos que fazem parte das linhas de cuidado para as doenças contempladas no âmbito do CEAF é
assegurado nas seguintes esferas, conforme diferentes responsabilidades: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), manterá as
Coordenações de Assistência Farmacêutica (CAF) informadas sobre a sistemática de execução do CEAF e os critérios de acesso
aos medicamentos. Por sua vez, as CAF deverão capacitar os Municípios e as unidades de Farmácia Integrada (FI) em relação à
execução do componente.

Com vistas a facilitar o acesso dos pacientes aos medicamentos do CEAF, pode ser facultado aos Municípios a execução
das etapas descentralizáveis do CEAF: Solicitação, Dispensação e Renovação da Continuidade do Tratamento. Essa adesão,
conforme definições da Resolução SES/MG Nº 7.628/2021, é imprescindível para promover a celeridade do serviço e, por
conseguinte, o acesso aos medicamentos no âmbito do SUS de acordo com as linhas de cuidado definidas nos PCDT.

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Para possibilitar a execução de todas as etapas do CEAF pela Farmácia Municipal, nova unidade de referência dos pacientes
que residem em sua área de abrangência, a CAF deve disponibilizar todos os processos SEI já cadastrados de solicitações dos
usuários a serem transferidos. Para tal, deve-se observar as orientações no tópico 10- TRANSFERÊNCIA ENTRE AS UNIDADES
DE SAÚDE e demais procedimentos abordados neste Guia.

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2- PASSO A PASSO PARA A SOLICITAÇÃO DE
MEDICAMENTO(S) NO CEAF
A solicitação é etapa primordial para a obtenção de medicamentos do CEAF e deverá ser feita, pelo paciente ou seu
responsável, em uma farmácia pública da rede municipal ou estadual, conforme definido pela CAF. Envolve os seguintes
processos de trabalho nas farmácias municipais descentralizadas, abordados a seguir:

CADASTRO DA
ACOLHIMENTO CONFERÊNCIA DA PROTOCOLO DE MONTAGEM
SOLICITAÇÃO
DO USUÁRIO DOCUMENTAÇÃO SOLICITAÇÃO DO PROCESSO
NO SIGAF E SEI

Figura 2 – Passo-a-passo para a primeira Solicitação de Medicamento(s) do CEAF nas farmácias municipais descentralizadas.

Com o objetivo de garantir o acesso aos medicamentos do CEAF para todas as pessoas privadas de liberdade no âmbito
do Sistema Prisional de MG, foi estabelecido um fluxo especial de solicitação que pode ser aplicado a esses usuários (Nota
Técnica nº 7/SES/SUBPAS-SAF/2020, SEI 1450.01.0051828/2020-34). As orientações específicas para este fluxo estão expressas
no subitem 2.6- SOLICITAÇÃO DE PACIENTES PRIVADOS DE LIBERDADE. Além dessa possibilidade de acesso, os pacientes
privados de liberdade podem optar por seguir o fluxo habitual para solicitar e receber os medicamentos do CEAF, através de
procuração e declaração autorizadora, respectivamente.

O fornecimento de Nusinersena para Atrofia Muscular Espinhal (AME) Tipo I também dispõe de orientações específicas
em conformidade com a Portaria SCTIE/MS no 24/2019, que estabelece que o uso do medicamento Nusinersena, no âmbito
do SUS, está condicionado ao atendimento especializado e centralizado em centros de referência para maior qualidade do uso
e avaliação de desempenho do medicamento (MEMO CIRCULAR nº 3/2020/SES/SUBPAS-SAF-DMESP, SEI
1320.01.0018695/2020-24). As orientações relacionadas a esse medicamento estão expressas neste Guia no subitem 2.7-
SOLICITAÇÃO DE NUSINERSENA PARA AME.

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2.1- ACOLHIMENTO
Após ser diagnosticado pelo médico, o paciente deve dirigir-se a uma farmácia pública do seu município, farmácia
integrada ou regional de saúde, munido da prescrição médica e do diagnóstico (CID-10), onde deverá ser orientado quanto à
documentação e exames necessários para a solicitação do medicamento, caso a doença (CID-10) e medicamentos estejam
contemplados pelo CEAF.

O acolhimento ao usuário deve ser realizado pelos colaboradores das farmácias públicas seguindo as orientações da
Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (Humaniza SUS).

A SES/MG disponibiliza uma relação de documentos, formulários e exames exigidos para abertura de processo de
solicitação de medicamentos (checklist) para cada doença contemplada no CEAF (Anexo 1).

O paciente pode obter os formulários para a solicitação de medicamentos do CEAF nas CAF, FI e farmácias municipais que
prestam este serviço ou no site: https://www.saude.mg.gov.br/formulariosceaf. Informações sobre o CEAF também podem
ser obtidas pelo aplicativo MG App e pelo Portal Cidadão MG (www.cidadao.mg.gov.br).

O checklist deverá ser fornecido ao usuário conforme sua doença e prescrição médica, e o paciente orientado a
providenciar os documentos/exames para pleito do(s) medicamento(s).

Qualquer pessoa tem o direito de solicitar os medicamentos do CEAF, independentemente da origem do atendimento,
classe social ou renda. Ou seja, tanto pacientes atendidos na rede pública de saúde (SUS), quanto os pacientes provindos de
planos de saúde ou atendimento particular podem ter acesso aos medicamentos deste Componente. A documentação exigida
é igual para todos.

Caso o medicamento solicitado e/ou a condição clínica (CID-10) apresentada pelo usuário não
FIQUE estejam contemplados no CEAF, poderá ser emitida, se pleiteada, a Nota de Esclarecimento
ATENTO!
(Anexo 2). Para a emissão é necessário solicitar cópia dos seguintes documentos: prescrição
médica, relatório contendo o diagnóstico (CID-10), documento de identificação, CPF e
comprovante de endereço.

A Nota de Esclarecimento também pode ser emitida no SIGAF, acessando o caminho no menu
‘Cadastros > Listas e Programas > Nota de Esclarecimento Negativa’.

Uma cópia da Nota de Esclarecimento deve ser entregue ao usuário. Os documentos solicitados
devem ser arquivados com a nota original.

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2.2- CONFERÊNCIA DA DOCUMENTAÇÃO
No contexto da descentralização, esta etapa da execução do CEAF é de primordial importância para o cumprimento de
metas e recebimento do incentivo financeiro previstos na Resolução SES/MG Nº 7.628/2021 pelos municípios que aderiram à
PDCEAF, visto que a qualidade dos processos abertos nas FM constitui o INDICADOR 1 apurado pela DMESP.

Com os documentos e exames necessários para a solicitação do(s) medicamento(s) no CEAF, o paciente ou seu
representante deve apresentá-los para conferência, na CAF referência ou em uma farmácia municipal descentralizada no
município de residência do usuário, conforme definido pela CAF.

Somente deverão ser aceitos documentos padronizados e atualizados pela SES/MG constantes no site. Atentar para
documentos impressos por prescritores e usuários em data anterior às atualizações feitas pela SES/MG. Após a atualização de
documentos, o prazo para recebimento de versões desatualizadas é de até 60 (sessenta) dias, salvo quando for expressamente
orientado de forma diversa.

A conferência da documentação necessária para a solicitação de medicamento(s) deve ser realizada observando-se:

 Relação de Medicamentos disponibilizados pela SES/ MG conforme CID- 10;

 Relação de documentos e exames exigidos para protocolo da solicitação (checklist);

 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) e Resoluções Estaduais vigentes;

 Quantidade máxima mensal autorizada pelos PCDT para cada medicamento disponibilizado pela SES/MG.

Relação de medicamentos do CEAF disponibilizados pela SES/MG (por ordem alfabética e por
doença)
As listas podem ser acessadas em https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, no
LINKS subitem ‘1. Confira se o medicamento prescrito é fornecido para o seu tratamento’ da etapa 1.
ÚTEIS!
Solicitação.

Formulários para solicitação de medicamentos por condição clínica:


https://www.saude.mg.gov.br/formulariosceaf.

Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas:


http://conitec.gov.br/index.php/protocolos-e-diretrizes e
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt.

SIGTAP (Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses,


Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção do SUS):
http://sigtap.datasus.gov.br/tabela-unificada/app/sec/inicio.jsp.

Sumário de Posologias e Doses Máximas:


Acessar o link do Google Drive e a pasta ‘Guias e Sumário’
(https://drive.google.com/drive/folders/0ByUJ8Y90vPs6TjFNU3U5ekhlZUU?usp=sharing).

13
Além disso, verificar atentamente os documentos apresentados conforme as orientações expressas a seguir, de acordo
com a Portaria PRC GM/MS nº 2/2017.

14
2.2.1- LME - SOLICITAÇÃO
O Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos (LME) é um documento oficial padronizado pelo
Ministério da Saúde e utilizado como instrumento para realização das etapas do CEAF. É constituído de duas partes: LME -
Solicitação (Anexo 3) e LME - Avaliação e Autorização (Anexo 4).

O LME - Solicitação está disponível para acesso no site da SES/MG no link


https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 4. Renovação. Este documento deve ser impresso,
preferencialmente, em folha A4. Versões impressas em meia folha podem ser aceitas, desde que legíveis.

No LME - Solicitação, o médico assistente informa os dados relativos ao paciente, à doença e ao(s) medicamento(s) que
será(ão) solicitado(s) na farmácia do SUS. Pode ser solicitado mais de um medicamento, desde que seja para a mesma doença
(CID-10) e em um número máximo de 6 (seis). Para mais de seis medicamentos, deverá ser preenchido mais de um LME -
Solicitação. Para doenças diferentes, os processos devem ser montados separadamente.

O documento deve estar devidamente preenchido e não apresentar rasuras. Todos os campos são de preenchimento
obrigatório, exceto 2, 10, 20, 21 e 22. Os campos de 1 a 17 são para preenchimento exclusivo do profissional médico, já os
campos que vão do 18 ao 22 podem ser preenchidos pelo médico, paciente ou seu responsável, ou qualquer outra pessoa, que
deverá ser identificada no próprio laudo.

O LME - Solicitação tem 90 (noventa) dias de validade para solicitação do(s) medicamento(s), a partir da data de seu
preenchimento pelo médico solicitante, e permite a dispensação por 6 (seis) competências.

IMPORTANTE! No LME - Solicitação, a data preenchida pelo prescritor no campo 16 deve ser observada
para verificar a validade do documento (noventa dias). Ao registrar o LME no SIGAF
(Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica), deve-se inserir no
campo “Data de validade início” a DATA DO ATENDIMENTO, conforme orientações do
tópico 2.5- CADASTRO DA SOLICITAÇÃO NO SIGAF E NO SEI.

Orientações para conferir o preenchimento dos campos obrigatórios:


 Campo 1: número do qual o médico solicitante está vinculado e que originou a solicitação de medicamento(s).

 Campos 3 e 4: nome completo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que é o código identificador
do estabelecimento de saúde ao do paciente e da mãe (sem abreviaturas).

 Campos 5 e 6: peso e altura do paciente, em quilogramas e centímetros, respectivamente.

 Campos 7 e 8: o nome do medicamento deve estar escrito por extenso de acordo com a Denominação Comum
Brasileira (DCB), contendo a concentração e quantidade mensal (de acordo com posologia indicada no receituário
médico). A unidade farmacêutica deve ser a mesma contemplada no SIGTAP.

15
 Campo 9: deve ser preenchido com o código (CID-10) da doença contemplada pelo CEAF que motivou a solicitação do
medicamento.

 Campo 11: histórico do paciente que vai desde os sintomas e sinais iniciais até o momento da observação clínica.

 Campo 12: caso seja assinalada a opção SIM, deve estar relatado o tratamento.

 Campo 13: avaliando a condição do paciente, segundo os Artigos 3º e 4º do Código Civil (BRASIL, 2002), o médico
deverá atestar a sua incapacidade, assinalando sim ou não. Caso o médico assinale sim, ele deverá indicar o nome do
responsável pelo paciente. Somente a pessoa indicada nesse campo poderá apresentar e assinar a documentação em
nome do paciente.

CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO (Lei nº 10.406/2002) e Lei nº 13.146/2015

Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.

Observação 1: Os pais de pacientes menores de 18 anos são legalmente responsáveis por eles. Sendo assim, no caso
de solicitação de medicamento realizada pelos responsáveis legais, é necessário preencher sim no campo 13 do LME
de solicitação e indicar o nome do responsável pelo paciente.

Observação 2: Se a solicitação dos medicamentos for feita por terceiros não identificados no campo 13 do LME -
Solicitação, deve-se apresentar procuração devidamente registrada em cartório (Modelos no Anexo 5). Em caso de
utilização de outros modelos de procuração, deve-se observar o conteúdo da procuração e os poderes outorgados ao
representante (plenos poderes ou específica para a solicitação de medicamentos junto à SES/MG). Serão aceitos a via
original da procuração ou sua cópia autenticada em cartório. Mais informações sobre procurações, consultar Nota
Técnica DMESP/SAF 002/2016.

 Campo 14: nome do médico solicitante.

 Campo 15: deve ser preenchido somente com o número do CNS do médico. Não poderá ser aceito o número de outro
documento, como CPF ou outros.

 Campo 16: é imprescindível o preenchimento da data de solicitação pelo médico prescritor.

 Campo 17: deve estar devidamente carimbado e assinado. O carimbo e assinatura não devem estar em outro campo
do LME - Solicitação. Deve conter o número de inscrição do médico no Conselho Regional de Medicina (CRM).

 Campo 18: deve estar indicado o responsável pelo preenchimento dos campos 19 ao 23.

 Campo 19: deve estar informada a raça/cor/etnia do paciente expressada pelo próprio usuário ou seu responsável.

16
 Campo 23: assinatura do responsável pelo preenchimento: assinatura da pessoa responsável pelo preenchimento
campos 18 ao 23.

O LME - Solicitação e a prescrição médica devem conter TODOS os medicamentos do


IMPORTANTE!
CEAF indicados para o tratamento da doença (constantes no mesmo PCDT), mesmo
aqueles medicamentos já deferidos e ativos, pois o analista avalia o tratamento
completo do paciente para a doença. Assim, será considerado que o prescritor está
requerendo somente os medicamentos indicados no LME - Solicitação para o
tratamento do paciente.

2.2.2- CÓPIA DO CPF (CADASTRO DE PESSOAS FÍSICAS)


É necessário apresentar cópia legível do CPF ou de algum documento de identificação que contenha o número do CPF do
paciente.

2.2.3- CÓPIA DA CARTEIRA DE IDENTIDADE OU DOCUMENTO DE


IDENTIFICAÇÃO COM FOTO
Podem ser aceitas cópias dos seguintes documentos, além da carteira de identidade: RG, carteira de trabalho, CNH
(carteira de motorista), passaporte ou carteira de órgão profissional, como conselhos e entidades de classe, por exemplo,
conselho de medicina (CRM), de farmácia (CRF), de advogados (OAB), de engenheiros (CREA), dentre outros. Observar se a
cópia está legível.

Para menores de 18 anos, é válida cópia da certidão de nascimento, caso o paciente não possua documento oficial com
foto.

Na solicitação realizada por terceiros, deve ser apresentada a cópia do documento de identificação com foto do
responsável ou procurador. Nesses casos, deve-se anotar o endereço e telefone do mesmo, ou anexar a cópia do seu
comprovante de residência.

17
Os documentos de identidade emitidos pelos órgãos de segurança pública não possuem prazo de
ATENÇÃO!
validade. Entretanto, deve-se observar seu estado de conservação e correspondência com o
solicitante.
Exemplo: a carteira de identidade emitida pela SSP/MG pode ser aceita como documento de
identificação independente da sua data de expedição, desde que tenha bom estado de
conservação e que a foto corresponda ao solicitante.

De acordo com o Ofício Circular nº 2/2017 do CONTRAN, a CNH pode ser utilizada como
documento de identificação ainda que em momento posterior à sua data de validade.

2.2.4- CÓPIA DO COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA


Serão aceitas cópias legíveis de conta de água, luz, operadoras de telefonia, cartão de crédito, declaração de posto de
saúde, IPTU, boleto de instituição educacional. Os comprovantes deverão ser recentes, emitidos nos últimos 90 dias.

Na impossibilidade de apresentar qualquer dos comprovantes citados acima, e de acordo com a Lei nº 7.115/1983, o
solicitante poderá firmar uma declaração destinada a fazer prova de residência (modelo no Anexo 6).

As contas de água, luz, operadoras de telefonia e IPTU podem estar em nome de terceiros. As demais devem estar em
nome do paciente ou do seu responsável.

Se o comprovante de residência estiver em nome de terceiros, é recomendado que o paciente ou responsável preencha a
Declaração de Residência (Anexo 6). O documento também deve ser anexado ao processo de solicitação de medicamento.

Para população indígena não é obrigatório a apresentação de documento de identificação,


CPF e comprovante de residência.

2.2.5- CÓPIA DO CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE (CNS)


Verificar se a cópia está legível. Pode-se apresentar somente o número do cadastro, por escrito.

O CNS pode ser acessado no aplicativo Meu Digi SUS, conforme orientações do tópico 14.3- APLICATIVO Meu Digi SUS.

18
2.2.6- PRESCRIÇÃO MÉDICA
Conforme a Política Nacional de Medicamentos (PNM) (BRASIL, 1998a), a prescrição é “o ato de definir o medicamento a
ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento. Em geral, esse ato é expresso mediante a
elaboração de uma prescrição médica”. A prescrição médica é, portanto, o documento formal e escrito que estabelece o
medicamento que deve ser dispensado ao paciente e como deverá ser administrado.

Deve conter:

 Nome completo do paciente;

 Nome do medicamento de acordo com a DCB (genérico) com a respectiva dosagem;

 Posologia, ou seja, quantidade e forma de administração;

 Carimbo e assinatura do médico. O carimbo pode ser dispensado se a prescrição tiver cabeçalho com a identificação
do médico (nome e CRM) ou se tal identificação estiver escrita na prescrição;

 Número de inscrição do médico no CRM;

 Data;

 Informação da origem, ou seja, a identificação do estabelecimento de saúde do médico com o endereço. Por exemplo:
consultório, posto de saúde, hospital, dentre outros. Endereços escritos diretamente na prescrição podem ser aceitos.

A prescrição pode estar escrita à tinta, em letra legível, ou impressa. A quantidade prescrita do medicamento (posologia)
deve estar de acordo com a requisitada no LME - Solicitação.

A validade da prescrição para solicitação de medicamento(s) é 90 (noventa) dias contados a partir da data de sua emissão.

Não é obrigatória a apresentação da Notificação de Receita (amarela, azul e branca)


ATENÇÃO!
ou Receita de Controle Especial para a primeira solicitação dos medicamentos. Para a
abertura do processo é recomendado anexar uma prescrição comum, conforme as
orientações anteriores. A Notificação de Receita ou Receita de Controle Especial
(modelos no Anexo 7) deve ser entregue no ato da dispensação!

Para a dispensação, conferir o prazo de validade da Notificação de Receita ou da


Receita de Controle Especial conforme Portaria 344/1998 e orientações do tópico 6-
DISPENSAÇÃO.

2.2.7- RELATÓRIO MÉDICO


Necessário apenas quando solicitado no checklist.

19
Deve conter o nome do paciente, data, carimbo e assinatura do médico, além das informações especificadas no checklist.
O CID-10 relatado deve ser o mesmo do LME - Solicitação.

O relatório médico é válido por 90 (noventa) dias contados a partir de sua emissão.

2.2.8- FORMULÁRIO ESPECÍFICO


Necessário apenas quando solicitado no checklist.

O documento deve estar completamente preenchido e assinado, de forma legível.

O Formulário Específico é válido por 90 (noventa) dias contados a partir de sua emissão.

FIQUE Para a solicitação de medicamento(s), o LME - Solicitação, a prescrição e o relatório/formulário


ATENTO!
específico podem ser preenchidos por médicos diferentes. Recomendamos fortemente que os
médicos pertençam ao mesmo estabelecimento de saúde (CNES) para permitir o adequado
acompanhamento do paciente.

2.2.9- EXAMES
Observar a necessidade no checklist. Para a primeira solicitação do paciente, solicitar os exames listados nos campos
‘SOLICITAÇÃO INICIAL: EXAMES GERAIS’ e ‘SOLICITAÇÃO INICIAL: EXAMES ESPECÍFICOS CONFORME MEDICAMENTO
REQUERIDO’ (se for o caso). Verificar também o prazo de validade determinado para cada exame. Detalhes na figura abaixo.

Figura 3 – Exames necessários para primeira solicitação de tratamento de Dermatomiosite e Polimiosite.

20
Em alguns checklist, há exames necessários para mulheres em idade fértil. Para solicitá-los,
considerar idade fértil a faixa etária entre 10 e 49 anos, conforme definição do Manual dos
Comitês de Mortalidade Materna do MS utilizada pela equipe da Saúde da Mulher da SES/MG.

(BRASIL, 2009)

Nos processos de solicitação de medicamentos devem ser anexadas cópias dos exames. Somente serão aceitos resultados
de exames com assinatura e carimbo do profissional responsável pela análise laboratorial.

Na ausência de laudo de exames de imagem (raio x, tomografia, ressonância, eletroencefalograma, entre outros) assinados
pelo profissional responsável do laboratório, poderá ser aceito laudo assinado pelo médico prescritor. Não é necessário anexar
as imagens.

Na ausência de algum dos exames listados no checklist, verificar se foi apresentada


justificativa no relatório médico ou Formulário Específico. Se sim, receber a documentação.

2.2.10- TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE (TER)


Necessário somente quando solicitado no checklist. Deve estar devidamente preenchido e assinado e estar de acordo com
a doença.

21
EM RESUMO, CONFERIR:

Se o checklist está de Se os formulários Se os documentos e


acordo com a doença e estão atualizados exames estão de acordo
atualizado com o prazo de validade
determinado

LME - Solicitação:
 Devidamente preenchido Cópia dos documentos pessoais
 CID-10 do paciente e/ou responsável e
 Quantidade mensal e dosagem do medicamento comprovante de endereço
 Não pode conter rasuras  Legível
 Data e validade
 Carimbo e assinatura
 Número de inscrição do médico no CRM

Relatório médico (se necessário):


 Nome do paciente
Prescrição:  Data
 Nome do paciente  Assinatura e carimbo do médico
 Nome do medicamento
 Posologia
 Data e validade
 Identificação do médico (carimbo ou cabeçalho)
 Assinatura do médico
 Número de inscrição do médico no CRM
 Identificação da origem/estabelecimento de saúde Formulários Específicos (se necessário):
 Totalmente preenchido
 Assinatura e carimbo do médico

Cópias dos exames:


 Todos os exames solicitados no checklist
 Nome do paciente
 Legíveis TER (se necessário):
 Nome do paciente
 Assinatura do paciente ou responsável
 Assinatura e carimbo do médico
 Data
Procuração (se for o caso):
 Assinatura do paciente e registro em cartório
 Conteúdo
 Autenticação (em caso de cópia)

22
2.3- PROTOCOLO DE SOLICITAÇÃO
No momento de protocolar a solicitação, é indispensável a presença do farmacêutico para sanar dúvidas quanto às
doenças atendidas (CID-10) pelo programa, medicamentos disponibilizados, documentos padronizados pela SES/MG, exames
necessários para abertura do processo, outras terapêuticas no âmbito do SUS. O profissional farmacêutico está disponível para
orientar o médico prescritor e o usuário/responsável quanto aos procedimentos e normas administrativas do CEAF e quanto
ao uso racional e seguro dos medicamentos.

Orientações para a continuação do atendimento:


Ao receber e conferir a documentação, podem ser encontradas duas situações distintas: checklist plenamente atendido
ou não plenamente atendido. Para cada uma destas situações, estão descritas abaixo as ações a serem tomadas:

1. Checklist plenamente atendido:


Neste caso, receber a documentação e preencher o Requerimento de Medicamentos do Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica (Anexo 8).

IMPORTANTE! O Requerimento de Medicamentos do CEAF deve ser completamente preenchido.


É importante indicar a Farmácia Municipal de origem no campo “Unidade Solicitante”
e o número do processo SEI.

Explicar as regras do programa, esclarecer todas as dúvidas do usuário e solicitar que o paciente/representante leia o
Termo de adesão (Anexo 9). O atendente deve preencher todos os campos do Termo de adesão e notificá-lo ao usuário como
protocolo de sua solicitação.

Solicitar que o paciente assinale o campo  Li e concordo com todas as informações apresentadas no Termo
de Adesão repassadas pela Farmácia Municipal e assine o Requerimento de Medicamentos do CEAF (Anexo 8).

O Requerimento de Medicamentos do CEAF deve ser anexado ao processo de solicitação.

É importante destacar que no momento do protocolo da solicitação, se necessário, o paciente deverá receber uma cópia
da Declaração Autorizadora para ser apresentada no primeiro atendimento ou em qualquer momento após o deferimento da
solicitação, caso o medicamento venha a ser retirado por terceiros. Esse documento não possui prazo de validade, devendo
ser atualizada apenas quando houver troca das pessoas autorizadas listadas no documento, ficando válida apenas a última
declaração. Há dois modelos de Declaração Autorizadora disponibilizados para preenchimento (Anexo 10) conforme
Memorando-Circular nº 22/2019/SES/SUBPAS-SAF-DMESP (SEI 1320.01.0150379/2019-94).

23
FIQUE Devem ser aceitos apenas os modelos de Declaração Autorizadora padronizados pela
ATENTO!
DMESP/SAF/SES-MG, contendo no máximo 5 (cinco) pessoas autorizadas para
retirar/receber o medicamento. Documento também disponível clicando em
‘Declaração Autorizadora’ na etapa 3. Dispensação no link
https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf.

Os documentos não necessários para a solicitação de medicamentos de acordo com o checklist devem ser devolvidos ao
paciente. Após o protocolo de solicitação, os documentos passam a pertencer à SES/MG. Não é permitido retirar, rasurar,
substituir ou devolver documentos aos usuários.

2. Checklist não plenamente atendido:


O atendente deverá informar ao paciente todas as inconformidades encontradas para conhecimento e providências. Para
isso, recomenda-se a utilização do Formulário de Atendimento (Pendências) (Anexo 11) ou do próprio checklist, a critério da
Farmácia Municipal. Todos os documentos devem ser devolvidos para o usuário.

No próximo atendimento do paciente, toda a documentação apresentada deve ser conferida novamente. Verificar a
validade de cada documento e/ou exames, conforme checklist e as demais orientações expressas neste Guia. Se não houver
mais pendências, protocolar a solicitação conforme o item 1. CHECKLIST PLENAMENTE ATENDIDO.

 Os documentos padronizados pela SES/MG e pelo MS não serão aceitos caso sejam
adulterados quanto à formatação e/ou conteúdo;
ATENÇÃO!

 Não serão aceitas solicitação de medicamentos sem a definição expressa do fármaco. Por
exemplo: não serão aceitos processos indicando Bromocriptina ou Cabergolina;

 Caso o usuário não seja alfabetizado ou não assine seu nome devido a alguma deficiência,
esta condição estará inscrita em seu documento de identidade. Nesses casos, será necessária
a inclusão de sua digital nos campos específicos dos documentos de solicitação de
medicamentos. Esse procedimento substitui a assinatura do usuário;

 A solicitação de medicamentos recentemente incorporados no SUS e/ou inseridos nos PCDT


somente deverá ser aceita após autorização da DMESP.

24
2.4- MONTAGEM DO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE
MEDICAMENTO(S)
As Farmácias Municipais deverão organizar os documentos na ordem descrita abaixo:

1º Formulário de Processos Ativos/Inativos (Anexo 12);

2º Requerimento de Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Anexo 8);

3º Checklist - Relação de documentos e exames para abertura de processo por doença (Anexo 1);

4º Cópia do Cadastro de Pessoa Física – CPF;

5º Cópia do Documento de Identificação;

6º Cópia do Cartão Nacional de Saúde – CNS;

7º Cópia do comprovante de residência ou declaração de residência original (Anexo 6);

8º Procuração (no caso de solicitação por terceiros - modelos nos Anexo 5) e cópia dos documentos do procurador
(documento de identidade, endereço e telefone);

9º Relatório médico (quando necessário);

10º Prescrição médica;

11º Cópia dos exames;

12º Formulários específicos (quando houver);

13º Termo de Esclarecimento e Responsabilidade (quando houver);

14º LME - Solicitação (Anexo 3).

O checklist deve ser anexado ao processo contendo a data e o nome de quem realizou a
conferência dos documentos.

Na Farmácia Municipal, deverá ser anexado ao processo o Formulário de Processos Ativos/Inativos (Anexo 12)
devidamente preenchido e assinado. O Formulário de Processos Ativos/Inativos deverá vir antes do Requerimento de
Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, ou seja, deverá ser a primeira página do processo.

Para o correto preenchimento desse formulário, deve-se verificar no sistema de dispensação o histórico de atendimento,
ou seja, devem ser relacionados todos os medicamentos que estão em uso e que já foram utilizados pelo paciente em qualquer
momento do seu tratamento.

25
FIQUE O procedimento para acessar o histórico de dispensações de medicamentos do CEAF de cada
ATENTO!
paciente pode ser encontrado na Central de Ajuda do SIGAF
(https://sigafajuda.wordpress.com/duvidas/perguntas-frequentes/), no tópico ‘Como
realizar o download do histórico de dispensações por paciente do componente especializado
e insulina glargina?’.

EXEMPLO A: em uma solicitação de Adalimumabe para tratamento de Doença de Crohn, deve ser indicado se o paciente
já utilizou ou utiliza outros medicamentos:

Figura 4 – Formulário de Processos Ativos e Inativos.

Caso o paciente possua outra solicitação de medicamentos para o mesmo CID-10 em andamento, essa informação deve
constar no campo ‘OBSERVAÇÕES’.

EXEMPLO B: O paciente fez uma solicitação de olanzapina para tratamento de Esquizofrenia. No entanto, antes do parecer,
o prescritor faz nova solicitação, dessa vez de quetiapina.

26
Figura 5 – Formulário de Processos Ativos e Inativos, campo ‘Observações’.

O preenchimento correto desse formulário é de fundamental importância para o trabalho do avaliador. Além dos exames,
relatório, formulários e orientações do PCDT, é IMPRESCINDÍVEL que o analista considere essa informação para dar seu
parecer, devendo inclusive, caso previsto no PCDT, determinar a suspensão do medicamento já em uso para que aquele que
foi solicitado possa ser utilizado no tratamento do paciente. Dessa forma, o parecer ficará de acordo com as diretrizes do PCDT,
evitando equívocos na dispensação, assim como prejuízo ao serviço e ao usuário.

Todas as páginas do processo devem ser numeradas, sequencialmente, e rubricadas


(Artigo 19 da Lei Estadual MG nº 14.184/2002).

27
2.5- CADASTRO DA SOLICITAÇÃO NO SIGAF E NO SEI
Após a conferência e montagem do processo, a Farmácia Municipal deverá proceder ao cadastro da solicitação do(s)
medicamento(s) no SIGAF conforme procedimento descrito nos Manuais do SIGAF de Cadastros Básicos e de Processos de
Medicamentos do CEAF, que podem ser acessados em https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/.

ATENÇÃO! Ao inserir o LME - Solicitação no SIGAF, no campo ‘Data validade início’ registrar a DATA DO
ATENDIMENTO.
Não esquecer de observar se o documento foi emitido nos últimos 90 (noventa) dias!

A Farmácia Municipal também deverá realizar a digitalização dos documentos e o cadastro no SEI (Sistema Eletrônico de
Informações) conforme Manual de Peticionamento SEI. Recomenda-se que o cadastro do processo no SIGAF e SEI aconteça
simultaneamente para possibilitar a inserção no número do processo SEI peticionado no registro do SIGAF (preenchimento
obrigatório conforme Memorando-Circular nº 7/2020/SES/SUBPAS-SAF-CQGI, SEI 1320.01.0060533/2020-60).

FIQUE Deve ser gerado um processo SEI (novo peticionamento) para cada paciente relativo às
ATENTO!
solicitações de medicamentos para um determinado CID-10. Os documentos relativos a
alterações no tratamento (troca, inclusão, exclusão, alteração de dose/forma
farmacêutica) ou renovações e monitoramentos do mesmo CID-10 deverão ser anexados
no processo SEI do paciente já existente e ativo, através do peticionamento intercorrente.

Caso a análise da solicitação do paciente seja padronizada como via rápida, conforme definições no tópico 3.1- AVALIAÇÃO
TÉCNICA POR VIA RÁPIDA, a Farmácia Municipal deverá transferir o processo para a CAF de referência, pelo SIGAF. O
procedimento de transferência de processos no SIGAF está descrito no Manual de Transferência e Tramitação de Processos
ou Triagem Terapêutica, disponível em https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/.

Para dar andamento à solicitação do paciente, a próxima etapa deve ser executada pela CAF e corresponde à conferência
do processo SEI peticionado pela Farmácia Municipal e do cadastro da solicitação no SIGAF.

28
Na CAF, a documentação anexada no SEI será verificada de acordo com o checklist e demais orientações deste Guia, assim
como os cadastros no SEI e SIGAF. Se for detectada alguma inconformidade, a Farmácia Municipal será comunicada, via e-mail
no SEI, para que providencie o ajuste da pendência encontrada. Além disso, a CAF deverá registrar as pendências encontradas
em processos de suas unidades decentralizadas conforme orientações da DMESP, visto que a qualidade dos processos abertos
nas FM constitui o INDICADOR 1 apurado pela diretoria (Resolução SES/MG Nº 7.628, de 03 de agosto de 2021).

Se a documentação recebida estiver completa e os demais cadastros adequados, a CAF deverá proceder ao
encaminhamento no SEI para análise na DMESP, ou executar a avaliação técnica por via rápida. Neste último caso, a CAF dará
aceite no SIGAF do processo transferido pela Farmácia Municipal, para dar continuidade à análise da solicitação do paciente.

Os fluxos completos com as etapas da Solicitação de Medicamento(s) do CEAF nas Farmácias Municipais Descentralizadas
e Avaliação Técnica podem ser visualizados no Anexo 13 (processos de análise na DMESP) e Anexo 14 (processos de análise
por via rápida na CAF). O passo a passo completo para o peticionamento e demais tramitações no SEI, incluindo os
procedimentos para processos com pendências, pode ser encontrado no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

29
2.6- SOLICITAÇÃO DE PACIENTES PRIVADOS DE LIBERDADE
Para a solicitação dos medicamentos do CEAF para cidadãos privados de liberdade, pode ser dispensada a presença dos
mesmos para a entrega dos documentos no Farmácia Municipal (Nota Técnica nº 7/SES/SUBPAS-SAF/2020, SEI
1450.01.0051828/2020-34). Para tal, o Diretor Geral da Unidade Prisional deve designar funcionário(s) da unidade para
representar(em) o custodiado no pleito e no recebimento dos medicamentos do CEAF. O(s) funcionário(s) designado(s)
deve(m) se dirigir à Farmácia Municipal de referência da unidade prisional, apresentando os seguintes documentos:

 Termo de designação de representante original, preenchido e assinado pelo Diretor Geral da unidade prisional,
indicando o(s) funcionário(s) como representante do custodiado no pleito e recebimento do medicamento (Anexo
15);

 Cópia do documento de identificação do Diretor Geral da unidade prisional;

 Cópia do documento de identificação com foto do(s) representante(s).

Além dos documentos elencados acima, deverão ser apresentados os seguintes documentos referentes ao custodiado:

 Cópia do Cartão Nacional de Saúde, que deve ser confeccionado com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, e CPF;

 LME - Solicitação;

 Prescrição médica devidamente preenchida;

 Documentos e/ou exames exigidos nos PCDT, conforme o CID-10 e o medicamento solicitado.

Para as pessoas que se encontram em privação de liberdade não é obrigatório a


apresentação de documento de identidade e comprovante de endereço.

No SIGAF, deverá ser assinalado a opção ‘Sistema prisional’ durante o preenchimento do campo ‘Check List de Documentos
Obrigatórios’, conforme Manual de Cadastro de Processos de Medicamentos do CEAF (disponível em
https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/).

30
2.7- SOLICITAÇÃO DE NUSINERSENA PARA AME
Uma vez que o uso de Nusinersena, no âmbito do SUS, está condicionado ao atendimento especializado em centros de
referência e que a dispensação e administração intratecal do medicamento deverá ocorrer exclusivamente nos centros de
referência, a Farmácia Municipal não deverá fornecer o tratamento diretamente para os pacientes ou seus parentes ou
representantes legais (MEMO CIRCULAR nº 3/2020/SES/SUBPAS-SAF-DMESP, SEI 1320.01.0018695/2020-24).

Todos os processos de solicitação do medicamento Nusinersena ficarão vinculados à CAF-BH, uma vez que o Serviço de
Referência, o Hospital Infantil João Paulo II, está adstrito à esta regional. Desta forma, as Farmácias Municipais descentralizadas
poderão receber os documentos e exames relacionados no checklist, procedendo às etapas definidas no fluxo para o acesso
dos pacientes com AME tipo I ao medicamento Nusinersena, com participação da CAF de referência. As etapas estão
representadas na figura abaixo:

Farmácia Municipal:
Farmácia Municipal: Farmácia Municipal:
Conferir a documentação do
paciente e prossegir a Cadastrar o paciente e o Inserir o processo no SEI, via
montagem do processo de processo no SIGAF peticionamento
solicitação

Farmácia Municipal:
Farmácia Municipal: Farmácia Municipal:
Encaminhar o processo físico Tranferir o processo no
Informar o número do
para a CAF de referência SIGAF para a CAF de
processo SEI no SIGAF
referência

CAF de referência:
CAF de referência: CAF de referência:
Conferir a documentação
Tranferir o processo via SEI e Encaminhar o processo físico
recebida e os cadastros no
SIGAF para a CAF-BH para a CAF-BH
SEI e SIGAF

Figura 6 – Fluxo para solicitação de Nusinersena no CEAF.

A CAF de Belo Horizonte dará prosseguimento à solicitação do paciente, enviando e-mail para informar a DMESP e
tramitando o processo para análise, via SEI.

31
3- AVALIAÇÃO
A avaliação corresponde à análise técnica, de caráter documental, da solicitação e da renovação
da continuidade do tratamento.
(Portaria PRC GM/MS nº 2/2017)

A avaliação do processo de solicitação de medicamentos do CEAF tem como objetivo promover o acesso ao medicamento
para o tratamento de doenças específicas, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT) elaborados e publicados pelo MS.

Esses protocolos têm o objetivo de esclarecer os critérios de diagnóstico de cada doença, estabelecer o tratamento
preconizado com os medicamentos disponíveis nas respectivas doses corretas, os mecanismos de controle, o
acompanhamento e a verificação de resultados, e a racionalização da prescrição e do fornecimento dos medicamentos. Têm
também o objetivo de criar mecanismos para garantia da prescrição segura e eficaz (MS, 2011).

Os PCDT são recomendações, elaboradas na forma de linhas de cuidado, com base em revisão sistemática da literatura
científica existente, para apoiar a decisão do profissional e do paciente sobre o cuidado médico mais apropriado, em relação
às condutas preventivas, diagnósticas ou terapêuticas dirigidas para determinado agravo em saúde ou situação clínica (BRASIL,
2011).

A avaliação técnica será realizada na CAF de referência ou DMESP, por um profissional de saúde, com ensino superior
completo e registrado em seu devido conselho de classe.

Para cada LME será emitido um parecer do avaliador.


Parágrafo único. Caso seja solicitado mais de um medicamento no mesmo LME, a avaliação poderá possuir mais
de um parecer.
(Portaria PRC GM/MS nº 2/2017)

Observação: mais de um parecer, nesse caso, significa mais de um status no mesmo LME - Avaliação e Autorização
(deferido, devolvido ou indeferido).

A seguir, as etapas necessárias à avaliação da solicitação de medicamentos do CEAF executadas na DMESP e as etapas
que devem ser executadas na CAF de referência e Farmácia Municipal após a análise dos processos:

32
DMESP

Receber os processos enviados pelas CAF de referência via SEI;

Atribuir aos avaliadores da DMESP os processos em conformidade para


análise segundo PCDT.

Figura 7 – Etapas da Avaliação dos processos na DMESP.

Os avaliadores analisam os processos e emitem o parecer técnico no LME - Avaliação e


Autorização (Anexo 4), ou seja, deferem, devolvem ou indeferem a solicitação do(s)
medicamento(s). Os processos, então, são enviados à CAF de origem pelo SEI. Os pareceres
técnicos físicos serão enviados posteriormente para as CAF de origem, via malote. A Farmácia
Municipal receberá os pareceres físicos encaminhados pela CAF de referência, para arquivamento
junto à documentação da solicitação do paciente.

Os processos em condição de não conformidade serão devolvidos da DMESP para a CAF


FIQUE
ATENTO! de referência, na caixa de Pendências no SEI. As orientações para o encaminhamento da
CAF para a Farmácia Municipal estão no tópico 5.10- RECEBIMENTO NA CAF DE PROCESSO
PETICIONADO COM PENDÊNCIA IDENTIFICADA NA DMESP do Manual de
Peticionamento e Tramitação SEI. Já o procedimento a ser executado pela Farmácia
Municipal para a correção de pendências está definido no tópico 5.11- RESOLUÇÃO DE
PENDÊNCIAS EM PROCESSOS PETICIONADOS.

CAF DE REFERÊNCIA

Verificar diariamente no SEI os processos recebidos na unidade RCEAF e proceder


conforme tópico 5.5- RECEBIMENTO NA CAF DE PROCESSOS ANALISADOS NA DMESP
do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI;

Uma vez recebido o parecer técnico físico assinado da DMESP,


ancaminhar para a Farmácia Municipal realizar o arquivamento.

Figura 8 – Etapas após a Avaliação dos processos na DMESP, executadas na CAF de referência.

33
FARMÁCIA MUNICIPAL

Acompanhar o status do processo no SIGAF ou andamento no SEI conforme tópico 5.8-


ACOMPANHAMENTO NA UNIDADE DESCENTRALIZADA DA CONCLUSÃO DA ANÁLISE
TÉCNICA do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI;

Informar o resultado da avaliação aos usuários (quando demandado),


seguindo as orientações do tópico 4- ACOMPANHAMENTO DO STATUS DA
ANÁLISE.

Figura 8 – Etapas após a Avaliação dos processos na DMESP, executadas na Farmácia Municipal.

34
3.1- AVALIAÇÃO TÉCNICA POR VIA RÁPIDA
Para algumas doenças, devido à urgência e/ou gravidade, a SES/MG estabeleceu um procedimento denominado Avaliação
Técnica por Via Rápida que é realizado pelos farmacêuticos das CAF, seguindo os PCDT e a Portaria PRC GM/MS nº 2/2017.

Esse procedimento deve ser adotado para avaliação dos processos referentes às seguintes doenças:

 Anemia na Doença Renal Crônica;

 Dor Crônica;

 Esclerose Lateral Amiotrófica - ELA (Doença do Neurônio Motor);

 Fenilcetonúria;

 Fibrose Cística;

 Hepatite C (Uso de filgrastim em pacientes com neutropenia ou uso de alfaepoetina em pacientes com
anemia);

 Hipoparatireoidismo pós-procedimento;

 Síndrome de Guillain-Barré;

 Tacrolimo para transplantados cardíacos e/ou pulmonares e medula óssea;

 Transplantes.

FIQUE A relação dos medicamentos e respectivas condições clínicas avaliadas por Via Rápida
ATENTO!
está disponível em https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf.
Para visualizar, clique em ‘Quais os medicamentos e para quais doenças são utilizadas
as solicitações por “Via Rápida”?’ no campo de Perguntas Frequentes e em seguida
clique em ‘Consulte aqui’.

A avaliação da solicitação por Via Rápida deve ocorrer em até 3 dias úteis, na CAF de referência. Após o resultado da análise
técnica, a Farmácia Municipal deverá proceder conforme as orientações do tópico 5- ACOMPANHAMENTO DO STATUS DA
ANÁLISE.

Para processos deferidos, a CAF de referência deve proceder à Autorização do procedimento conforme tópico 5-
AUTORIZAÇÃO. O LME - Avaliação e Autorização físico, devidamente preenchido e assinado, deve ser encaminhado à Farmácia
Municipal, para arquivamento. Após o procedimento, o processo no SIGAF deve ser transferido para a unidade descentralizada,
de origem da solicitação.

35
O passo-a-passo completo para os procedimentos no SEI, com os procedimentos de execução na Farmácia Municipal e de
execução na CAF de referência, pode ser encontrado no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. O fluxo completo com
as etapas da Solicitação de Medicamento(s) de Via Rápida nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação Técnica na
CAF pode ser visualizado no Anexo 14.

IMPORTANTE! Processos SEI peticionados com solicitações de avaliação técnica por Via Rápida em
anexo não devem ser tramitados para a DMESP. Esses processos serão analisados na
CAF, conforme tópico 5.3- ENCAMINHAMENTO NA CAF DE PROCESSOS
PETICIONADOS DE ANÁLISE POR VIA RÁPIDA do Manual de Peticionamento e
Tramitação SEI.

36
3.2- AVALIAÇÃO TÉCNICA DE URGÊNCIA
Para algumas condições clínicas que requerem o uso imediato do medicamento, seja no início ou durante o tratamento, a
SES/MG estabeleceu um procedimento denominado Avaliação Técnica de Urgência. Por suas peculiaridades e complexidade
médicas faz-se necessário a avaliação das solicitações pelo parecerista da SES, de forma urgente (MEMO CIRCULAR
DMESP/SAF/SES nº 354/2018, MEMO CIRCULAR DMESP/SAF/SES nº 017/2016 e MEMO CIRCULAR DMESP/SAF/SES nº
012/2016).

Portanto, para as situações abaixo relacionadas deve-se seguir o fluxo esquematizado no Quadro 1:

 Hipertensão Arterial Pulmonar (todas as solicitações);

 Tromboembolismo venoso em gestantes com trombofilia (todas as solicitações, incluindo monitoramento);

 Solicitações de Extensão de Tratamento (para todos os PCDT, desde que o parecer técnico contenha observação
delimitando o tempo de tratamento deferido).

Ao receber uma solicitação de Avaliação Técnica de Urgência, a unidade


ATENÇÃO!
descentralizada deve encaminhar e-mail para a CAF de referência informando o
número do processo no SEI e o CPF do paciente, após realizar os procedimentos
cabíveis expressos no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Após conferir o
processo peticionado, a CAF deverá encaminhar o e-mail com a solicitação de análise
de urgência para os analistas responsáveis, com cópia para
gilda.soares@saude.mg.gov.br, conforme Guia Prático de Execução do CEAF.

Quadro 1 – Fluxo para avaliação técnica de urgência.

ETAPA PROCEDIMENTO

A. Solicitação de medicamentos para novos pacientes:


- Receber a documentação referente à solicitação do medicamento, conferir e protocolar;
- Informar ao paciente sobre a forma de saber o resultado da avaliação e o tempo médio para o
recebimento do medicamento (até 5 dias úteis após a solicitação, exceto para medicamento
enviados pelo Ministério da Saúde, cuja disponibilidade deve ser verificada no estoque da
SOLICITAÇÃO
Farmácia Municipal sem prejuízo ao atendimento de pacientes que já estão em tratamento);
(Execução na
- Cadastrar o processo no SIGAF;
Farmácia Municipal)
- Digitalizar todos os documentos do processo de solicitação do medicamento;
- Cadastrar o processo no SEI, via peticionamento, e informar o número no SIGAF;
- Enviar e-mail para a CAF de referência informando o número do processo no SEI e o CPF do
paciente;
- Aguardar resposta da avaliação, que deve ocorrer em até 3 dias úteis.

37
ETAPA PROCEDIMENTO
B. Solicitação de inclusão ou troca de medicamentos para pacientes que já possuem solicitações
deferidas anteriormente, do mesmo CID-10:
- Receber a nova documentação (LME - Solicitação, prescrição médica, relatório e exames, se for
o caso), conferir e protocolar, conforme fluxo normal do CEAF;
- Informar ao paciente sobre a forma de saber o resultado da avaliação e o tempo médio para o
recebimento do medicamento (até 5 dias úteis após a solicitação, exceto para medicamento
enviados pelo Ministério da Saúde, cuja disponibilidade deve ser verificada no estoque da
SOLICITAÇÃO
Farmácia Municipal sem prejuízo ao atendimento de pacientes que já estão em tratamento);
(Execução na
- No SIGAF, cadastrar a nova solicitação;
Farmácia Municipal)
- Digitalizar a nova documentação para incluir no processo SEI já existente ou digitalizar o
processo completo (nova documentação + solicitação antiga) para cadastrar um novo processo
SEI caso ainda inexistente no sistema;
- Informar o número SEI no processo do SIGAF, caso necessário;
- Enviar e-mail para a CAF de referência informando o número do processo no SEI e o CPF do
paciente;
- Aguardar resposta da avaliação, que deve ocorrer em até 3 dias úteis.

- Conferir a documentação anexada no processo SEI peticionado e os cadastros realizados;


CONFERÊNCIA E
- Enviar o processo SEI para análise na DMESP;
ENCAMINHAMENTO
- Encaminhar o e-mail solicitando a avaliação de urgência para o analista responsável (planilha de
(Execução na CAF de
contatos disponível no Google Drive, na pasta “Outros Documentos”), com cópia para
referência)
gilda.soares@saude.mg.gov.br.

- Após análise, o parecerista registra o resultado da avaliação no SIGAF (deferido, devolvido,


AVALIAÇÃO indeferido) e inclui o LME - Avaliação e Autorização no processo SEI;
(Execução na - O processo SEI é tramitado para a CAF de origem. Posteriormente o LME - Avaliação e
DMESP) Autorização físico segue para a CAF via malote;
- A CAF é informada por e-mail da conclusão da avaliação técnica de urgência.

- O processo é recebido via SEI pela CAF que vai verificar o resultado da avaliação;
- É necessário autorizar ou não o procedimento referente à solicitação ou reavaliação/renovação
AUTORIZAÇÃO
da continuidade do tratamento previamente deferida, levando-se em conta inclusive a
(Execução na CAF de
disponibilidade de estoque do(s) medicamento(s) no momento, na Farmácia Municipal;
referência)
- O LME - Avaliação e Autorização físico deve ser encaminhado à Farmácia Municipal, para
arquivamento.

- Caso não possua estoque disponível do(s) medicamento(s) deferido(s) deve-se verificar com o
PROGRAMAÇÃO
setor de distribuição na DMESP se há possibilidade de entrega do item na regional, com a maior
(Execução na
brevidade possível. Uma vez recebido na CAF, a Farmácia Municipal pode retirar o
Farmácia Municipal)
medicamento.

DISPENSAÇÃO
- Uma vez deferido e autorizado o medicamento pode ser dispensado normalmente, seguindo o
(Execução na
fluxo dos medicamentos do CEAF.
Farmácia Municipal)

38
4- ACOMPANHAMENTO DO STATUS DA ANÁLISE
A solicitação de um medicamento do CEAF pode ser deferida, devolvida ou indeferida após a análise técnica. No SIGAF, o
resultado da avaliação pode ser expresso em quatro status diferentes, demonstrados na figura abaixo.

Proceder conforme
DEFERIDO orientações no
tópico 4.1

Proceder conforme
DEVOLVIDO orientações no
tópico 4.2
Status após a análise
da Solicitação de
Medicamento(s) do CEAF Proceder conforme
INDEFERIDO orientações no
tópico 4.3

Proceder conforme
DEFERIDO PARCIALMENTE orientações no
tópico 4.4

Figura 10 – Possibilidades de status do processo de solicitação de medicamento(s) no SIGAF, após análise.

 Além da consulta diária à unidade “SES/URSXX-NAF-RCEAF” para verificar a conclusão da etapa


‘Avaliação’ na DMESP das solicitações provenientes da Farmácia Municipal, a CAF deve observar
com frequência o recebimento de processos peticionados com pendências na unidade “SES/URSXX-
FIQUE
ATENTO! NAF-PCEAF” para dar andamento célere à solicitação do usuário;

 A Farmácia Municipal deve, frequentemente, monitorar a conclusão da etapa ‘Avaliação’ no SIGAF


e sempre verificar o parecer técnico dos processos. Caso constatado algum erro, encaminhar e-mail
para o analista responsável pela avaliação com cópia para gilda.soares@saude.mg.gov.br
informando o número SEI, CPF, nome completo do paciente e a inconformidade encontrada
seguindo as instruções do tópico 5.12- SOLICITAÇÃO DE CORREÇÃO EM PARECER TÉCNICO do
Manual de Peticionamento e Tramitação SEI;

 Na CAF, após o recebimento de um processo peticionado analisado, na unidade RCEAF, ele deverá
ser concluído, conforme as instruções do tópico 5.5- RECEBIMENTO NA CAF DE PROCESSOS
PETICIONADOS DE ANÁLISE NA DMESP do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Caso a
solicitação tenha sido deferida, prosseguir também conforme o tópico 5- AUTORIZAÇÃO.

39
4.1- PROCESSOS DEFERIDOS
Para todas as solicitações DEFERIDAS, a CAF de referência deve proceder à Autorização do procedimento conforme tópico
5- AUTORIZAÇÃO, tanto para solicitações de análise por via rápida quanto para aquelas de análise técnica na DMESP. Para tal,
não é necessário aguardar o recebimento do LME - Avaliação e Autorização físico da DMESP, com a assinatura e carimbo do
avaliador. A CAF deve imprimir o parecer do SIGAF para realizar a Autorização do(s) medicamento(s) deferidos.

Caso autorizado, o próximo passo é realizar a primeira dispensação de acordo com o tópico 6- DISPENSAÇÃO. Conforme
o MEMO SES/SUBPAS-SAF-DMESP nº 446/2018 (SEI 1320.01.0022676/2018-19), as Farmácias Municipais devem atender os
pacientes com base no parecer registrado no SIGAF, não sendo mais necessário aguardar a conclusão dos trâmites no SEI ou o
recebimento do parecer físico assinado para realizar o atendimento ao cidadão.

Para solicitações deferidas e autorizadas de pacientes privados de liberdade, conforme fluxo especial expresso no tópico
2.6- SOLICITAÇÃO DE PACIENTES PRIVADOS DE LIBERDADE, a primeira dispensação do medicamento deve ser agendada pela
Unidade Prisional junto à Farmácia Municipal onde foi protocolada a solicitação.

Para solicitações deferidas na avaliação por Via Rápida, havendo estoque disponível na Farmácia Municipal, os
medicamentos devem ser autorizados pela CAF de referência e podem ser prontamente dispensados na unidade
descentralizada.

Para solicitações deferidas na avaliação técnica de Urgência, caso a Farmácia Municipal não possua estoque disponível
do(s) medicamento(s) deferido(s) deve-se verificar com o setor de distribuição na DMESP se há possibilidade de entrega do
item na CAF de referência, com a maior brevidade possível. Uma vez deferido e autorizado, o medicamento deve ser
prontamente dispensado para atender ao prazo estabelecido de recebimento do mesmo (até cinco dias úteis após a
solicitação), especialmente neste fluxo urgente.

A Farmácia Municipal deverá realizar no SIGAF a programação dos medicamentos do


FIQUE
ATENTO! CEAF, considerando processos deferidos, posição de estoque, abandono de
tratamento (processos inativos), dentre outros. A CAF de referência analisa os
pedidos recebidos, consolida e encaminha para a DMESP. Após análise e aprovação,
os medicamentos são enviados para a CAF. A Farmácia Municipal deve retirar a carga
na CAF de referência, armazenar os medicamentos e proceder às dispensações. O
fluxo completo com as etapas para a Dispensação de Medicamento(s) nas Farmácias
Municipais Descentralizadas pode ser visualizado no Anexo 16.

Sempre que houver registro de observação no campo 6 do LME - Avaliação e Autorização, realizado pelo avaliador,
proceder conforme as instruções a seguir:

40
 Caso apresente observação direcionada ao médico assistente, como “monitorar plaquetas”, a Farmácia Municipal
deve entregar a cópia do mesmo ao solicitante para conhecimento do prescritor;

 Caso apresente observação para suspender um determinado medicamento já deferido e ativo no CEAF, a Farmácia
Municipal deverá atentar-se para essa condição preconizada no PCDT e não permitir as dispensações simultâneas;

 Caso apresente observações como “mediante novo LME e prescrição”, “mediante exame de β-hCG negativo”, entre
outras, a dispensação só deverá ocorrer depois que as pendências forem atendidas.

41
4.2- PROCESSOS DEVOLVIDOS
Para solicitações DEVOLVIDAS, deve-se entregar a cópia do LME - Avaliação e Autorização ao solicitante, quando
demandado, para conhecimento e providências quanto às pendências apresentadas pelo avaliador. Caso o usuário requeira
uma reavaliação mediante a entrega de novos documentos e/ou exames, proceder conforme orientações no tópico 9-
REAVALIAÇÃO DE SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE ANALISADAS, subitem 9.1- DEVOLVIDAS E INDEFERIDAS.

O solicitante terá o prazo de 3 (três) meses para entregar novos documentos ou exames na farmácia Municipal para
prosseguir com a reavaliação da solicitação do medicamento, contados a partir da data do parecer técnico. Decorrido três
meses sem movimentação, o processo no SIGAF deve ser inativado, conforme as orientações no tópico 11- QUANDO INATIVAR
UM PROCESSO, subitem 11.3- PROCESSOS DEVOLVIDOS E INDEFERIDOS SEM REAVALIAÇÃO.

NÃO CONFUNDIR REAVALIAÇÃO COM RENOVAÇÃO OU MONITORAMENTO!


ATENÇÃO!
REAVALIAÇÃO é uma nova análise técnica que pode ser solicitada pelo usuário quando a
solicitação anterior foi devolvida, indeferida ou parcialmente deferida. Também é um
procedimento necessário quando, em um processo deferido, o médico assistente realizar, para o
mesmo CID-10: alteração na dose ou apresentação inicialmente solicitada, inclusão de
medicamento(s) ou troca de terapia.

RENOVAÇÃO e MONITORAMENTO DO TRATAMENTO são procedimentos aplicáveis apenas a


solicitações previamente deferidas, com objetivo de possibilitar a continuidade do tratamento ou
o acompanhamento farmacoterapêutico, respectivamente.

42
4.3- PROCESSOS INDEFERIDOS
Para solicitações INDEFERIDAS, deve-se entregar a cópia do LME - Avaliação e Autorização ao solicitante, quando
demandado, para conhecimento sobre o motivo do indeferimento.

Também pode ser solicitado uma reavaliação de uma solicitação indeferida. Caso o usuário requeira uma reavaliação
mediante a entrega de novos documentos e/ou exames, proceder conforme orientações no tópico 9- REAVALIAÇÃO DE
SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE ANALISADAS, subitem 9.1- DEVOLVIDAS E INDEFERIDAS.

O solicitante terá o prazo de 3 (três) meses para entregar novos documentos ou exames na Farmácia Municipal para
prosseguir com a reavaliação, contados a partir da data do parecer técnico. Decorrido três meses sem movimentação, o
processo no SIGAF deve ser inativado, conforme as orientações no tópico 11- QUANDO INATIVAR UM PROCESSO, subitem
11.3- PROCESSOS DEVOLVIDOS E INDEFERIDOS SEM REAVALIAÇÃO.

43
4.4- PROCESSOS PARCIALMENTE DEFERIDOS
O status DEFERIDO PARCIALMENTE significa que a solicitação do paciente contemplava mais de um medicamento e nem
todos foram deferidos após a análise técnica. Em relação ao(s) medicamento(s) deferido(s), proceder conforme as orientações
do tópico 4.1- PROCESSOS DEFERIDOS. A Farmácia Municipal deve entregar a cópia do LME - Avaliação e Autorização ao
solicitante, quando demandado, para conhecimento sobre o motivo da devolução ou indeferimento e providências quanto às
pendências apresentadas pelo avaliador, se for o caso.

Para aquele(s) medicamento(s) que foram devolvidos ou indeferidos, o usuário poderá solicitar reavaliação mediante a
entrega de novos documentos e/ou exames, respeitando o prazo de 3 (três) meses para esse procedimento. Nesse caso,
proceder conforme especificações no tópico 9- REAVALIAÇÃO DE SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE ANALISADAS, subitem 9.2-
PARCIALMENTE DEFERIDAS.

Após três meses sem movimentação, não será mais possível prosseguir com a reavaliação do medicamento devolvido ou
indeferido. O processo não deve ser inativado no SIGAF enquanto o paciente for considerado ativo, de acordo com o tópico
11- QUANDO INATIVAR UM PROCESSO. Caso o usuário ainda desejar solicitar o medicamento devolvido ou indeferido, a
Farmácia Municipal deve seguir as orientações para o procedimento de inclusão de medicamento para o mesmo CID-10
conforme o tópico 9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10.

FIQUE  Recomenda-se entregar ao usuário a cópia do LME - Avaliação e Autorização


ATENTO!
original que consta no processo físico, assinado pelo analista. Alternativamente,
pode ser entregue o LME - Avaliação e Autorização impresso do SIGAF.

 Os documentos originais devem ser mantidos nas Farmácias Municipais!

44
5- AUTORIZAÇÃO

A autorização corresponde ao parecer, de caráter administrativo, que aprova ou não o


procedimento referente à solicitação ou renovação da continuidade do tratamento previamente
avaliada.
(Portaria PRC GM/MS nº 2/2017)

O Autorizador deverá ser um profissional de nível superior completo, preferencialmente da área da saúde, lotado na CAF.

CABE AO AUTORIZADOR VERIFICAR SE TODAS AS ETAPAS DA EXECUÇÃO DO CEAF


ATÉ AQUI FORAM DEVIDAMENTE CUMPRIDAS.

O autorizador não deve interferir na decisão técnica do avaliador, contudo os processos já avaliados e deferidos podem
não ser autorizados, por exemplo, em casos de documentos rasurados ou indisponibilidade de estoque dos medicamentos no
momento.

ATENÇÃO! No caso de DESABASTECIMENTO DO MEDICAMENTO


solicitado, a Autorização somente deverá ser feita após a
regularização do estoque.

Quando não for encontrada NENHUMA INCONFORMIDADE NO PARECER, os campos 1 a 8 do LME - Avaliação e
Autorização, referentes à seção AUTORIZAÇÃO serão preenchidos pelo autorizador da CAF de referência. Para realizar esse
procedimento, a CAF deve imprimir o LME - Avaliação e Autorização do SIGAF. Recomenda-se que o documento devidamente
preenchido seja anexado ao processo SEI do paciente, seguindo as orientações do Manual de Peticionamento e Tramitação
SEI.

Quando a CAF de referência observar alguma INCONSISTÊNCIA NO PARECER, como rasuras, preenchimento incorreto,
dose e/ou apresentação diferentes entre o LME - Solicitação e o LME - Avaliação e Autorização ou prescrição médica, ou ainda
em desacordo com a Portaria PRC GM/MS nº 2/2017 e PCDT, deve ser solicitado as devidas correções antes de realizar a
Autorização. Se for um parecer técnico emitido na DMESP, o processo no SEI não deve ser tramitado e a CAF deve encaminhar
e-mail para o analista responsável pela avaliação com cópia para gilda.soares@saude.mg.gov.br informando o número SEI, CPF
e nome completo do paciente e o motivo da inconsistência.

45
ATENÇÃO! Após a CAF de referência realizar a inclusão do LME - Avaliação e
Autorização com o preenchimento do procedimento de AUTORIZAÇÃO,
o processo SEI deverá ser concluído.

46
6- DISPENSAÇÃO
A dispensação dos medicamentos do CEAF ocorre nas Farmácias Municipais descentralizadas, devendo ser registrada no
SIGAF, mediante deferimento e autorização da solicitação. Está sob a responsabilidade do profissional farmacêutico, que deve
prestar orientações aos usuários. Os medicamentos do CEAF são dispensados mensalmente em quantidade suficiente para 30
dias de tratamento, exceto para aqueles com possibilidade de dispensação estendida conforme definição da DMESP.

Não é permitido dispensar medicamentos cuja solicitação não tenha sido deferida e
autorizada!

As saídas de medicamentos do CEAF por dispensação no sistema informatizado são registros importantes e
OBRIGATÓRIOS e DEVERÃO OCORRER NO ATO DA DISPENSAÇÃO. Esses registros permitem obter dados de consumo de
medicamentos, perfil do paciente e acompanhamento farmacoterapêutico. Além disso, é a partir desses registros que o estado
comprova a dispensação para posterior ressarcimento (Grupo 1B) ou o envio de medicamentos de aquisição centralizada
(Grupo 1A) pelo MS.

FIQUE As Farmácias Municipais devem dispensar o(s) medicamento(s) com base no parecer
ATENTO!
deferido registrado no SIGAF, não sendo necessário aguardar a conclusão da
tramitação completa no SEI ou o recebimento do parecer físico assinado para realizar
o atendimento ao cidadão (MEMO SES/SUBPAS-SAF-DMESP nº 446/2018, SEI
1320.01.0022676/2018-19).

Antes de realizar a dispensação, verificar se o avaliador registrou alguma solicitação no campo 6 do LME - Avaliação e
Autorização, como “mediante novo LME e prescrição”, “mediante exame de β-hCG negativo”, dentre outros. Caso positivo,
atentar-se para a resolução das pendências antes de dar seguimento ao atendimento do usuário.

O fluxo completo com as etapas para a Dispensação de Medicamento(s) nas Farmácias Municipais Descentralizadas,
incluindo orientações para a programação e pedidos de medicamentos para a DMESP (via CAF de referência), pode ser
visualizado no Anexo 16.

47
6.1- PRIMEIRA DISPENSAÇÃO
A primeira dispensação deve ser realizada, preferencialmente, pelo profissional farmacêutico para orientar o usuário
quanto:

 Ao cumprimento do regime posológico e tempo de tratamento;

 À forma de utilização do medicamento;

 Aos locais adequados para administração do medicamento (hospitais, centros de referência, entre outros);

 Às reações adversas e interações nutriente/fármaco e fármaco/fármaco;

 Às condições ideais de transporte e conservação do medicamento;

 Ao retorno à farmácia e ao médico assistente;

 Aos procedimentos e normas administrativas, bem quanto ao uso racional e seguro dos medicamentos;

 A outras informações que possam contribuir para o controle da doença e melhor resposta terapêutica.

Para realizar a primeira dispensação no SIGAF, após o deferimento e autorização de um LME- Solicitação, o atendente
deverá clicar na opção “Primeiro Atendimento”, quando acessar o menu Dispensação. Assim, o sistema irá automaticamente
adequar a vigência da APAC possibilitando a dispensação do(s) medicamento(s) por 6 (seis) competências de acordo com a
legislação vigente. A Farmácia Municipal deve seguir também demais orientações expressas no próximo tópico 6.2-
ORIENTAÇÕES GERAIS.

Para a solicitação inicial de medicamento sujeito a controle especial, não é necessário a apresentação da Notificação
de Receita (amarela, branca ou azul) ou Receita de Controle Especial (branca).

 Se houve a entrega no ato da abertura, antes de seguir com o atendimento do usuário é preciso
FIQUE
ATENTO! verificar a validade do documento anexado ao processo para definir se é possível realizar a
dispensação. A validade destas prescrições é de 30 (trinta) dias contados a partir da data de sua
emissão. Uma nova receita especial deve ser solicitada ao paciente sempre que a anexada ao
processo não for mais válida, mesmo se tratando da primeira dispensação no CEAF;

 Se não houve a entrega no ato da abertura, a Farmácia Municipal deve solicitar ao paciente a
Notificação de Receita ou Receita de Controle Especial para prosseguir com a dispensação.

A relação dos medicamentos sujeitos a controle especial disponíveis no CEAF pode ser acessada em
https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 3. Dispensação, tópico ‘Para medicamentos
sujeitos a controle especial, uma nova Notificação de Receita ou Receita Especial deve ser entregue mensalmente
na farmácia para a dispensação. Clique aqui para saber quais são estes medicamentos’.

48
6.2- ORIENTAÇÕES GERAIS
Para a dispensação, apenas os medicamentos autorizados e a quantidade autorizada no LME - Avaliação e Autorização
deverão ser liberados. É importante observar as quantidades máximas para o tratamento mensal autorizadas pelos PCDT, bem
como pela Portaria PRC GM/MS nº 2/2017. Sendo assim, a dispensação dos medicamentos do CEAF deve ser realizada em
quantidade suficiente para atender um mês de tratamento do usuário, exceto para aqueles com possibilidade de dispensação
estendida conforme definição da DMESP. Exceções relativas às adequações do agendamento poderão ser realizadas desde que
não comprometa o atendimento de outros usuários e o faturamento dos medicamentos (APAC).

O medicamento só poderá ser dispensado para o usuário, responsável e/ou representante mediante apresentação do
documento de identificação e da Declaração Autorizadora (modelos no Anexo 10) devidamente preenchida, quando for o
caso.

Há casos em que pais retiram os medicamentos para filhos menores de 18 anos, pois são seus responsáveis legais.
Entretanto, ao completar 18 anos, o paciente outrora menor de idade deverá preencher e assinar uma Declaração
Autorizadora formalizando seus pais como responsáveis pelo recebimento do medicamento nas farmácias, ou passar a retirar
os medicamentos pessoalmente. Para tanto, recomenda-se que, no mês em que o paciente completar 18 anos, a Farmácia
Municipal deverá realizar a dispensação dos medicamentos normalmente e entregar uma cópia da Declaração Autorizadora,
que deverá ser apresentada na próxima dispensação. É importante ressaltar que após 18 anos de idade o paciente é o
responsável pelo seu processo de solicitação de medicamentos.

A Declaração Autorizadora e a cópia do documento de identidade da pessoa autorizada a receber o medicamento deverão
ser anexadas à pasta de documentos do paciente.

Após a conclusão da dispensação do medicamento no SIGAF, o recibo de dispensação contendo a data de retorno deverá
ser emitido em duas vias. O paciente ou responsável/representante deverá assinar o recibo de dispensação, sendo uma via
arquivada na Farmácia Municipal e a outra entregue ao paciente.

Em caso de impossibilidade de emissão de recibo a partir do sistema informatizado, utilizar o RME (Anexo 17).

A Farmácia Municipal deve inserir no processo SEI do paciente, se existente, todos os documentos relativos à dispensação
(LME - Solicitação, prescrição médica, exames, recibo de dispensação, entre outros). Recomendamos que este procedimento
seja realizado todo mês, idealmente. Entretanto, caso necessário e de acordo com o processo de trabalho da Farmácia
Municipal, a digitalização e inclusão destes documentos no SEI pode ocorrer a cada seis meses, durante a renovação da
continuidade do tratamento, sendo esta a periodicidade máxima permitida. Consultar instruções no tópico 5.13- RENOVAÇÃO
DA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO E RECIBO DE ATENDIMENTO do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

Para maiores informações sobre a dispensação de medicamentos do CEAF pelo sistema de atendimento, consultar o
Manual do SIGAF de Dispensação de Medicamentos do CEAF e Glargina, disponível em
https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/.

49
 A relação de medicamentos termolábeis do CEAF pode ser acessada em
https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 3. Dispensação, tópico
MEDICAMENTO
TERMOLÁBEL! ‘Para retirar medicamentos termossensíveis, o paciente deverá levar embalagem
apropriada para manter a temperatura do medicamento. Clique aqui para saber quais são
estes medicamentos’;

 Esses medicamentos só poderão ser dispensados se devidamente acondicionados e


mediante a entrega ao usuário de informação impressa quanto aos cuidados relativos à
conservação do medicamento (modelo no Anexo 18);

 O medicamento deverá ser separado na quantidade indicada na prescrição e no recibo de


dispensação;

 No ato da dispensação conferir, juntamente com o usuário, o nome, a apresentação, o


prazo de validade e as condições da embalagem do medicamento.

Alguns PCDT preconizam a apresentação de exame para a dispensação de certos medicamentos. A


FIQUE
ATENTO! cada atendimento, é necessário conferir o resultado e arquivar o exame na pasta do usuário.

 Β-hCG negativo para cada dispensação de Toxina Botulínica tipo A no tratamento de Distonia e
Espasticidade;

 Β-hCG negativo para cada dispensação de Isotretinoína no tratamento de Acne Grave;

 Laudo de exame de comprovação do estado gestacional (dosagem de β-hCG urinário, dosagem


de β-hGC sérico ou ultrassonografia transvaginal ou pélvica) para cada dispensação de
Enoxaparina no tratamento de Tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia.

50
6.2.1- PRESCRIÇÃO: NORMAS / LEGISLAÇÃO
A prescrição médica é um documento pelo qual se responsabilizam quem prescreve e quem dispensa o medicamento
estando ambos sujeitos à legislação de controle e às ações de vigilância sanitária. No que tange à regulamentação profissional,
essas atividades se encontram normatizadas, no Brasil, pelas Resoluções nº 308/97 e 357/01 e suas atualizações, do Conselho
Federal de Farmácia, e pela Resolução RDC/ANVISA nº 44/09 (CFF, 1997; CFF, 2001; ANVISA, 2009).

Para dispensação dos medicamentos do CEAF, a prescrição médica original deve ser apresentada a cada renovação do
LME – Solicitação (seis competências). Antes de realizar a dispensação, deve-se verificar a adequação da prescrição médica
quanto aos critérios técnicos e normativos. De acordo com o Artigo 35 da Lei nº 5.991/1973 (BRASIL, 1973), somente deverá
ser aviada a prescrição médica que cumprir os seguintes critérios técnicos e normativos:

a) Estiver escrita à tinta, conforme denominação comum brasileira, de modo legível, por extenso, observados o sistema
de pesos e medidas oficiais;
b) Contiver o nome e o endereço residencial do paciente, e, expressamente, o modo de usar a medicação;
c) Contiver a data e assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência e o número da inscrição no
respectivo conselho profissional.

De acordo com o Artigo 3º da Lei nº 9.787/1999 (BRASIL, 1999), as aquisições de medicamentos, sob qualquer modalidade
de compra, e as prescrições médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do SUS adotarão, obrigatoriamente, a
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional.

O receituário de medicamentos sob controle especial está, atualmente, normatizado pela Portaria SVS/MS nº 344/1998 e
suas atualizações. A relação dos medicamentos sujeitos a controle especial disponíveis no CEAF pode ser acessada em
https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 3. Dispensação, tópico ‘Para medicamentos sujeitos a
controle especial, uma nova Notificação de Receita ou Receita Especial deve ser entregue mensalmente na farmácia para a
dispensação. Clique aqui para saber quais são estes medicamentos’. Para a dispensação desses medicamentos, será necessário
apresentar mensalmente a Notificação de Receita ou Receita de Controle Especial, ambas com validade de 30 dias a partir da
data de emissão, conforme legislação (BRASIL, 1998b).

Além da Notificação de Receita ou Receita de Controle Especial, para a dispensação de certos medicamentos deve ser
apresentado também o Termo de Conhecimento de Risco, conforme legislação (BRASIL, 1998b). A relação desses
medicamentos do CEAF está disponível em https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 3. Dispensação,
tópico ‘Para a dispensação de alguns medicamentos, deve ser entregue mensalmente, na farmácia, o Termo de Conhecimento
de Risco entregue ao paciente pelo médico. Clique aqui para saber quais são estes medicamentos’. Só serão aceitos Termos
de Conhecimento de Risco originais, emitidos pela vigilância sanitária e entregues ao paciente pelo médico prescritor.

51
Conforme a Portaria 344/1998, preparações a base de CODEÍNA em que a quantidade do
FIQUE
ATENTO! entorpecente não exceda 100 miligramas por unidade posológica, e em que a concentração não
ultrapasse a 2,5% nas preparações de formas indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de
Controle Especial.

Sendo assim, no CEAF, a Notificação de Receita “A” (amarela) deverá ser exigida somente para as
dispensações da apresentação de solução oral de codeína (frasco de 120mL, concentração de
3mg/mL). Para as apresentações em comprimidos de codeína, de 30 ou 60mg, é necessário
apresentar mensalmente a Receita de Controle Especial (branca).

O receituário de medicamentos à base de substâncias classificada como antimicrobianos está, atualmente, normatizado
pela RDC Nº 20/2011 e suas atualizações. No CEAF, as seguintes orientações deverão ser observadas quanto às prescrições de
Tobramicina (BRASIL, 2011):

 Pode ser realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde,


não há modelo de prescrição específico;

 Validade em todo território nacional, por 10 (dez) dias a contar da data da emissão;
PRESCRIÇÃO
DE  Pode conter outros medicamentos não sujeitos a controle especial;
TOBRAMICINA!
 Deve estar legível, sem rasuras e contendo os seguintes dados obrigatórios:

I. Identificação do paciente: nome completo, idade e sexo;


II. Nome do medicamento na DCB, dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia
e quantidade (em algarismos arábicos);
III. Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho
Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação
gráfica (carimbo);
IV. Data da emissão.

 Em situações de tratamento prolongado, a prescrição poderá ser utilizada para aquisições


posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data de sua emissão:

I. Nesse caso, a prescrição deverá conter a indicação de uso contínuo, com a quantidade
a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias.

52
No momento da inclusão dos dados da prescrição médica no sistema de atendimento, o funcionário responsável deverá
verificar se a prescrição está de acordo com os critérios legais exigidos, com o LME - Solicitação e com o LME - Avaliação e
Autorização. É necessário conferir, cuidadosamente, as especificações do medicamento prescrito e autorizado, ou seja, o
nome, a forma farmacêutica, a concentração e a posologia. O prescritor deve ser informado quanto a qualquer não
conformidade encontrada.

53
7- RENOVAÇÃO DA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO
Renovação e Monitoramento do tratamento são procedimentos diferentes e aplicáveis apenas a solicitações previamente
deferidas e com dispensações ativas. Na prática, a Renovação da Continuidade do Tratamento é necessária para manter o
tratamento do paciente, mediante a entrega de novo LME - Solicitação e prescrição médica, sem nenhuma alteração quanto
a dose ou apresentação do(s) medicamento(s) deferido(s) anteriormente, ou mudança no CID-10 inicialmente informado.

Caso o novo LME - Solicitação e a nova prescrição médica contenham dose ou apresentação do
FIQUE
ATENTO! medicamento diferente da deferida anteriormente, trata-se de uma REAVALIAÇÃO. É necessário
seguir as orientações do tópico 9- REAVALIAÇÃO DE SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE ANALISADAS,
subitem 9.3- DEFERIDAS.

Caso o novo LME - Solicitação contemple um CID-10 diferente do informado na solicitação inicial,
trata-se de uma NOVA SOLICITAÇÃO. É necessário a montagem de um processo completo, seguindo
o checklist, e uma nova avaliação técnica para continuar o tratamento.

Já o Monitoramento do Tratamento é um acompanhamento farmacoterapêutico realizado com o objetivo acompanhar a


resposta clínica, os efeitos adversos e as contraindicações significativas que possam orientar a opção terapêutica, bem como
a necessidade de suspensão do tratamento ou adequação de esquemas posológicos. As instruções para a execução desse
procedimento estão expressas no tópico 8- MONITORAMENTO DO TRATAMENTO.

Para renovação da autorização de fornecimento do medicamento do CEAF, a cada 6 (seis) meses ou competências (período
de vigência da APAC), é necessário a apresentação de novos documentos, sendo eles:

1. LME - Solicitação adequadamente preenchido, de acordo com as instruções apresentadas no subitem 2.2.1- LME -
SOLICITAÇÃO;

2. Prescrição médica atendendo aos requisitos do tópico 2.2.6- PRESCRIÇÃO MÉDICA, com as informações exigidas na
legislação vigente expressas no subitem 6.2.1- PRESCRIÇÃO: NORMAS / LEGISLAÇÃO.

No checklist, os documentos a serem emitidos pelo médico, necessários para a Renovação, estão especificados nos
campos ‘RENOVAÇÃO DO TRATAMENTO’, conforme destacado na figura a seguir.

54
Figura 11 – Documentos necessários para renovação do tratamento de Dor Crônica.

Para renovação da continuidade do tratamento, o sistema emitirá, automaticamente, no último mês de vigência do LME,
um novo LME - Solicitação que será fornecido ao usuário. No mês subsequente ao vencimento da APAC (na ocasião do
atendimento), o usuário deverá apresentar o LME - Solicitação, devidamente preenchido, juntamente com a nova prescrição
médica. A Farmácia Municipal deverá proceder ao registro no SIGAF conforme Manual do SIGAF de Cadastro de Processos do
CEAF, disponível na Central de Ajuda do SIGAF em https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/.

O LME - Solicitação e a prescrição médica, tanto para a abertura do processo quanto para sua
FIQUE
ATENTO! renovação, terão validade de 90 (noventa) dias, a partir da data de preenchimento pelo médico
solicitante. Esses documentos serão utilizados, para fins de dispensação, por 6 (seis) competências.

No LME - Solicitação, a data preenchida pelo prescritor no campo 16 deve ser observada apenas
para verificar a validade do documento. Ao incluir o LME no SIGAF, deve-se inserir no campo “Data
de validade início” a data do atendimento. Dessa forma, o LME recebido poderá ser utilizado para a
dispensação por 6 (seis) competências, conforme legislação vigente.

Ao receber a nova documentação, a Farmácia Municipal deverá verificar a dose solicitada no LME - Solicitação e prescrição
médica. Se não for detectada mudança de dose ou apresentação farmacêutica em relação ao medicamento previamente
deferido e autorizado, a unidade deverá proceder ao registro do novo LME - Solicitação no SIGAF, conforme Manual do SIGAF
de Cadastro de Processos do CEAF, disponível na Central de Ajuda do SIGAF em
https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/. Para casos de alteração de dose ou apresentação farmacêutica,
seguir as orientações do tópico 9.3.1- MUDANÇA DE DOSE OU APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA.

Toda documentação apresentada para a renovação deve ser ordenada cronologicamente pela Farmácia Municipal e
acrescentada no processo físico e ativo do paciente para aquele CID-10. No SEI, seguir as orientações indicadas no Manual de
Peticionamento e Tramitação SEI, caso já exista processo registrado no sistema para a solicitação do paciente. Para processos
já existentes no SEI e gerados pela CAF, será necessário que a regional disponibilize o processo para o usuário externo da
unidade descentralizada, possibilitando assim a inclusão de novos documentos pela FM. Para tal, deve-se observar as
orientações no tópico 5.14- TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

55
Os documentos da renovação deverão ser preenchidos pelo médico solicitante. Alternativamente, documentos
preenchidos por outro médico poderão ser aceitos.

Para todas as dispensações, seguir as orientações completas no tópico 6.2- ORIENTAÇÕES GERAIS.

O fluxo completo com as etapas da Renovação da Continuidade do Tratamento nas Farmácias Municipais Descentralizadas
pode ser visualizado no Anexo 19.

Em casos de desabastecimento do medicamento, a renovação da continuidade do


ATENÇÃO!
tratamento deverá ser feita apenas quando o item estiver disponível na farmácia.

O atendente deverá observar a validade do LME - Solicitação e da prescrição médica


(90 dias a partir da data indicada pelo prescritor). Caso estejam vencidos, deverá ser
solicitado novo LME - Solicitação e nova prescrição para proceder à renovação da
continuidade do tratamento.

56
8- MONITORAMENTO DO TRATAMENTO
Os PCDT estabelecem o monitoramento periódico do tratamento com medicamentos do CEAF. Alguns monitoramentos
são realizados pelo farmacêutico na CAF de referência, outros são realizados pela equipe de analistas da DMESP. O
monitoramento do tratamento só poderá ocorrer para processos deferidos e ativos das condições clínicas relacionadas nos
Quadros 2 e 3.

De acordo com a periodicidade definida no PCDT, para o monitoramento do tratamento é necessário a apresentação de
novos documentos e exames para avaliação, sendo eles:

1. LME - Solicitação adequadamente preenchido, de acordo com as instruções apresentadas no subitem 2.2.1- LME -
SOLICITAÇÃO;

2. Prescrição médica atendendo aos os requisitos do tópico 2.2.6- PRESCRIÇÃO MÉDICA, com as informações exigidas
na legislação vigente expressas no subitem 6.2.1- PRESCRIÇÃO: NORMAS / LEGISLAÇÃO;

3. Documentos e/ou exames estabelecidos nos PCDT, conforme a doença e o medicamento solicitado, relacionados nos
Quadros 2 e 3.

No checklist, os documentos a serem emitidos pelo médico e os exames necessários para o monitoramento estão
especificados nos campos ‘MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO’, conforme destacado na figura abaixo.

Figura 12 – Documentos e exames necessários para monitoramento do tratamento de Anemia na Doença Renal Crônica.

O farmacêutico deve orientar o usuário quanto à necessidade de apresentar os exames para o monitoramento do
tratamento no próximo atendimento. Caso o usuário não os apresente, o responsável pelo atendimento deverá notificá-lo
formalmente por meio da Notificação de Monitoramento (Anexo 20). O paciente poderá ser atendido normalmente com o
novo LME - Solicitação apresentado e a data limite para a entrega dos documentos e exames notificados anteriormente será

57
a última dispensação deste LME. O não atendimento aos termos desta notificação, no prazo estabelecido, resultará na
descontinuidade do fornecimento dos medicamentos do CEAF.

O monitoramento do tratamento das doenças listadas no Quadro 2 é realizado na DMESP. Para este procedimento, a
Farmácia Municipal deverá seguir as etapas abaixo:

1- Anexar ao final do processo físico já existente, os documentos e exames conforme Quadro 2 ou checklist e/ou de
acordo com as solicitações feitas no último parecer;

2- Preencher novo Formulário de Ativos/Inativos (Anexo 12), com informações atualizadas;

3- Cadastrar o novo LME - Solicitação apresentado e inserir data de reenvio no processo;

4- Digitalizar e inserir a nova documentação completa no SEI, via peticionamento intercorrente, de acordo com o tópico
5.7- PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO)
do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Para processos já existentes no SEI e gerados pela CAF, será
necessário que a regional disponibilize o processo para o usuário externo da unidade descentralizada, possibilitando
assim a inclusão de novos documentos pela FM. Para tal, deve-se observar as orientações no tópico 5.14-
TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI;

5- Aguardar resultado da avaliação técnica, seguindo as orientações do tópico 4- ACOMPANHAMENTO DO STATUS DA


ANÁLISE;

6- Arquivar os pareceres técnicos assinados junto a documentação física do paciente, quando recebidos.

Uma vez recebido o processo peticionado no SEI, a CAF de referência deve conferir a documentação e os cadastros
realizados, e conduzir a solicitação de monitoramento para análise na DMESP.

O fluxo completo com as etapas do Monitoramento do Tratamento com Análise Técnica na DMESP pode ser visualizado
no Anexo 21.

Quadro 2 – Condições clínicas que deverão ter seus processos periodicamente monitorados na DMESP.

Doença Medicamentos Documentos e Exames Periodicidade


Crianças e adolescentes:
 LME - Solicitação
Somatropina  Prescrição médica A cada 6 meses
 Formulário Específico: Deficiência do Hormônio de Crescimento
em Crianças e Adolescentes - Monitoramento do Tratamento
Deficiência do Adultos:
Hormônio de  LME - Solicitação
Crescimento
 Prescrição médica
 Formulário Específico: Deficiência do Hormônio de Crescimento A cada 12
Somatropina
em Adultos - Monitoramento do Tratamento meses
 Colesterol total e frações; Triglicérides; Glicemia em jejum e IGF-
1 (validade 6 meses)
 Densitometria óssea (validade 6 meses)

58
Doença Medicamentos Documentos e Exames Periodicidade
 LME - Solicitação
 Prescrição médica
 Formulário Específico: Insulina Glargina - Monitoramento do
Diabetes Mellitus Tratamento
Insulina Glargina A cada 6 meses
tipo I  Hemoglobina glicada* (validade 4 meses)
 Glicemia em jejum*
* Intervalo mínimo de 3 a 4 meses entre estes e os últimos
exames
 LME - Solicitação
 Prescrição médica
 Formulário Específico: Doença de Gaucher - Monitoramento do
Tratamento
 Hemograma (validade 3 meses)
 Ferritina e Tempo de protrombina (validade 3 meses)
 TGO, TGP e GGT (validade 3 meses)
 Laudo de Ultrassonografia ou ressonância magnética de
abdômen (em casos de aumento da dose da enzima)
Doença de
Imiglucerase  Densitometria óssea a partir dos 19 anos (em casos de A cada 12
Alfataliglucerase monitorização de osteoporose pré-existente)
Gaucher meses
Miglustate  Laudo de Radiografia de coluna vertebral em perfil, quadril em
anteroposterior e de ossos longos (se houver piora de
sintomatologia óssea)
 Laudo de Radiografia para determinação da idade óssea (em
crianças ou adolescentes com atraso/ parada de crescimento, ou
com desenvolvimento puberal atrasado, ou para confirmar a
fase de crescimento)
 Dosagem de vitamina B12 (na presença de anemia ou de
manifestações clínicas sugestivas de deficiência) (validade 3
meses)

 LME - Solicitação
Doença de Alfa-alglicosidase  Prescrição médica A cada 12
Pompe ácida  Formulário Específico: Doença de Pompe - Monitoramento do meses
Tratamento

 LME - Solicitação
 Prescrição médica
 Relatório médico com a evolução clínica do paciente
Mucopolissaca- A cada 12
Laronidase  Laudo/relatório médico de radiografias do crânio (perfil), coluna
ridose Tipo I meses
vertebral (perfil, incluindo região cervical), tórax (póstero-
anterior), coxofemorais (póstero-anterior) e ambas as mãos
(validade 6 meses)

 LME - Solicitação
 Prescrição médica
 Relatório médico com a evolução clínica do paciente
Mucopolissaca-  Dosagem de GAGs na urina (validade 6 meses) A cada 12
Idursulfase
ridose Tipo II  Laudo/relatório médico de radiografias do crânio (perfil), coluna meses
vertebral (perfil, incluindo região cervical), tórax (póstero-
anterior), coxofemorais (póstero-anterior) e ambas as mãos
(validade 6 meses)

59
Doença Medicamentos Documentos e Exames Periodicidade
 LME - Solicitação
 Prescrição médica
 Relatório médico com Evolução clínica do paciente, Pressão
arterial e Hepatimetria (exame físico)
Mucopolissaca- A cada 12
Alfaelosulfase  Dosagem de GAGS na urina (Validade 6 meses)
ridose Tipo IV A meses
 Teste de caminhada de 6 minutos (TC6m) (Validade 6 meses)
 Espirometria (Validade 6 meses)
 Ecocardiograma (Validade 6 meses)
 Questionário de qualidade de vida SF-3 (validade 6 meses)

 LME - Solicitação
 Prescrição médica
 Relatório médico com Pressão arterial e Hepatimetria (exame
Mucopolissaca- físico) A cada 12
Galsulfase
ridose Tipo VI  Dosagem de GAGS na urina (Validade 6 meses) meses
 Teste de caminhada de 12 minutos (TC12m) (Validade 6 meses)*
 Espirometria (Validade 6 meses)*
*Quando capazes de realizar

 LME - Solicitação Laudo de


 Prescrição médica comprovação
Prevenção de  Formulário Específico: Tromboembolismo Venoso em Gestantes do estado
Tromboembo- Com Trombofilia - Monitoramento do Tratamento gestacional:
lismo Venoso em Enoxaparina  Hemograma com plaquetas (validade 30 dias) a cada
Gestantes com  Creatinina sérica (validade 3 meses) dispensação
Trombofilia  Laudo de um dos seguintes exames de comprovação do estado
gestacional: Dosagem de β-hCG urinário, dosagem de β-hGC Para os demais:
sérico ou ultrassonografia transvaginal ou pélvica a cada 6 meses

Ciproterona  LME - Solicitação


Puberdade
Leuprorrelina  Prescrição médica A cada 3 meses
precoce
Triptorrelina  Relatório médico com avaliação do estágio puberal

 LME - Solicitação
Síndrome de  Prescrição médica
Somatropina A cada 6 meses
Turner  Formulário Específico: Síndrome de Turner - Monitoramento do
Tratamento
Relação disponível em: https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 4. Renovação, tópico ‘Clique aqui para acessar a lista de
exames a serem apresentados na farmácia para o monitoramento de seu tratamento’.

O tratamento não poderá ser interrompido durante o período de realização do monitoramento periódico pelos analistas
da DMESP. Se a dispensação não for possível no SIGAF porque o LME - Solicitação cadastrado está vencido, a Farmácia
Municipal deve cadastrar o novo LME - Solicitação recebido, dispensar a mesma dose aprovada anteriormente e aguardar
parecer do avaliador com instruções sobre a continuidade do tratamento e a dose permitida.

Após a avaliação de monitoramento, caso o processo seja indeferido ou o medicamento suspenso no monitoramento, as
Farmácias Municipais deverão providenciar cópia do LME - Avaliação e Autorização, entregá-la ao usuário e suspender,
imediatamente, a dispensação do medicamento.

60
Caso o processo seja devolvido, o usuário deverá atender prontamente à solicitação especificada no LME - Avaliação e
Autorização, entregando na Farmácia Municipal os exames/documentos pendentes. Além disso, é imprescindível que o
analista manifeste no parecer sobre a manutenção ou não da dispensação enquanto se avalia as pendências do processo ou
por prazo determinado.

Caso a continuidade do tratamento seja deferida ou parcialmente deferida, a CAF de referência procederá à Autorização,
no LME - Avaliação e Autorização impresso do SIGAF. Em seguida, a Farmácia Municipal deverá realizar as próximas
dispensações conforme o deferimento da solicitação de monitoramento.

O monitoramento do tratamento das doenças listadas no Quadro 3 é realizado pelo farmacêutico da CAF de referência.
Para este procedimento, a Farmácia Municipal deverá seguir as etapas abaixo:

1- Anexar ao final do processo físico já existente, os documentos e exames conforme Quadro 3 ou checklist e/ou de
acordo com as solicitações feitas no último parecer;

2- Preencher novo Formulário de Ativos/Inativos (Anexo 12), com informações atualizadas;

3- Cadastrar o novo LME - Solicitação apresentado e inserir data de reenvio no processo;

4- Transferir o processo no SIGAF para a CAF de referência;

5- Digitalizar e inserir a nova documentação completa no SEI, via peticionamento intercorrente, de acordo com o tópico
5.7- PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO)
do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Para processos já existentes no SEI e gerados pela CAF, será
necessário que a regional disponibilize o processo para o usuário externo da unidade descentralizada, possibilitando
assim a inclusão de novos documentos pela FM. Para tal, deve-se observar as orientações no tópico 5.14-
TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI;

6- Aguardar resultado da avaliação técnica, seguindo as orientações do tópico 4- ACOMPANHAMENTO DO STATUS DA


ANÁLISE;

7- Arquivar os pareceres técnicos assinados junto a documentação física do paciente, quando recebidos.

Uma vez recebido o processo peticionado no SEI, a CAF de referência deve conferir a documentação e os cadastros
realizados pela Farmácia Municipal. Caso a solicitação esteja em conformidade, a CAF deverá dar aceite no processo do SIGAF
e avaliar a solicitação de monitoramento, seguindo os procedimentos definidos no tópico 5.3- ENCAMINHAMENTO NA CAF
DE PROCESSOS PETICIONADOS DE ANÁLISE POR VIA RÁPIDA do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

Ao concluir o monitoramento com a emissão do parecer técnico e registro documento no processo SEI peticionado, a CAF
de referência deverá transferir a solicitação no SIGAF para a Farmácia Municipal, que deve realizar o aceite no sistema.

O fluxo completo com as etapas do Monitoramento do Tratamento com Análise Técnica na CAF pode ser visualizado no
Anexo 22.

61
Quadro 3 – Condições clínicas que deverão ter seus processos periodicamente monitorados pelo farmacêutico da CAF.

Doença Medicamentos Documentos e Exames Periodicidade


 LME - Solicitação
β-hCG, a cada
 Notificação de receita
dispensação
 Dosagem de triglicérides (validade 3 meses)
Acne Grave Isotretinoína
 TGO e TGP (validade 3 meses)
Para os demais: a
 Colesterol total e frações (validade 3 meses)
cada 6 meses
 Para mulheres em idade fértil: β-hCG (validade 15 dias)
 LME - Solicitação
 Prescrição médica
Anemia na Alfaepoetina  Formulário Específico: Sacarato de Hidróxido Férrico e/ou
Doença Renal Sacarato Hidróxido Alfaepoetina A cada 6 meses
Crônica Férrico  Hemograma (validade 1 mês)
 Ferritina (validade 3 meses)
 IST (validade 3 meses)
Sempre que for
 LME - Solicitação solicitado o
 Prescrição médica medicamento
Distonias e Toxina Botulínica  Planejamento de aplicações ou Relatório Médico informando (intervalo mínimo
Espasticidades tipo A as unidades a serem aplicadas por músculo/grupo muscular, de 3 meses)
intervalo das aplicações e data da próxima aplicação
 Para mulheres em idade fértil: β-hCG (validade 15 dias) β-hCG, a cada
dispensação

 LME - Solicitação
Paricalcitol  Prescrição médica
A cada 6 meses
Calcitriol  PTH (validade 6 meses)
 Cálcio e Fósforo (validade 3 meses)
Distúrbio Mineral
 LME - Solicitação
e Ósseo na
 Prescrição médica
Doença Renal Cinacalcete A cada 6 meses
 PTH (validade 6 meses)
Crônica
 Cálcio (validade 3 meses)

 LME - Solicitação
Sevelâmer  Prescrição médica A cada 6 meses
 Fósforo (validade 3 meses)

 LME - Solicitação
 Receita de Controle Especial Branca
Esquizofrenia Clozapina A cada 6 meses
 Hemograma com plaquetas (validade 1 mês) ou Guia de
Liberação do Medicamento Clozapina (Anexo 23)

 LME - Solicitação
 Prescrição médica
Fenilcetonúria Sapropterina A cada 6 meses
 Relatório médico informando se a paciente está em período
periconcepcional ou gestante (indicar data provável do parto)

 LME - Solicitação
Transtorno
 Receita de Controle Especial Branca
Afetivo Bipolar Clozapina A cada 6 meses
 Hemograma com plaquetas (validade 1 mês) ou Guia de
do Tipo I
Liberação do Medicamento Clozapina (Anexo 23)
Relação disponível em: https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf, na etapa 4. Renovação, tópico ‘Clique aqui para acessar a lista de
exames a serem apresentados na farmácia para o monitoramento de seu tratamento’.

62
Em algumas circunstâncias, os PCDT não determinam os parâmetros de resultados dos exames para a
suspensão/interrupção do tratamento. Nesses casos e quando houver alteração nos exames em relação aos valores de
referência, o farmacêutico da CAF deverá comunicar ao médico assistente a ocorrência de alterações nos exames avaliados e
solicitar a autorização para a continuidade ou não do tratamento, através do parecer técnico emitido no SIGAF ou de uma carta
ao prescritor. Um modelo pode ser visualizado no Anexo 24.

As cartas podem ser encaminhadas à Farmácia Municipal, para que sejam destinadas ao prescritor. Ao obter a resposta, a
unidade deverá encaminhar à CAF de referência para a conclusão da avaliação de monitoramento.

Após a avaliação de monitoramento, realizada na DMESP ou na CAF, caso o processo seja devolvido, a Farmácia Municipal
deve entregar uma cópia do LME - Avaliação e Autorização para o paciente ou responsável para que as pendências sejam
atendidas e informar sobre a manutenção ou não da dispensação até a resolução da inconformidade.

Caso o processo seja indeferido ou o medicamento suspenso no monitoramento, a Farmácia Municipal deve providenciar
cópia do LME - Avaliação e Autorização, entregá-la ao usuário e suspender, imediatamente, a dispensação do medicamento.

Caso a continuidade do tratamento seja deferida ou parcialmente deferida, a CAF procederá à Autorização no LME -
Avaliação e Autorização. A Farmácia Municipal poderá realizar as próximas dispensações conforme o deferimento da
solicitação de monitoramento.

No monitoramento, quando o prescritor substituir, acrescentar, excluir ou alterar a dose ou apresentação do(s)
medicamento(s) inicialmente solicitado(s), seguir também as orientações do tópico 9- REAVALIAÇÃO DE SOLICITAÇÕES
PREVIAMENTE ANALISADAS, subitem 9.3- DEFERIDAS.

63
9- REAVALIAÇÃO DE SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE
ANALISADAS
Reavaliação é uma nova análise técnica que pode ser solicitada pelo usuário quando a solicitação anterior foi DEVOLVIDA,
INDEFERIDA ou PARCIALMENTE DEFERIDA. Também é um procedimento necessário quando, em um processo deferido e ativo,
o médico assistente realizar, para o mesmo CID-10: ALTERAÇÃO NA DOSE OU APRESENTAÇÃO inicialmente solicitada,
INCLUSÃO de medicamento(s) ou TROCA de terapia. Diante de alguma dessas situações, a Farmácia Municipal deve proceder
conforme as instruções e os exemplos a seguir.

ATENÇÃO! Não confundir REAVALIAÇÃO (procedimento de nova análise aplicado a solicitações


devolvidas, indeferidas e parcialmente deferidas, ou deferidas com alteração de
dose/apresentação ou inclusão/troca de medicamento) com RENOVAÇÃO ou
MONITORAMENTO (procedimentos para garantir a continuidade do tratamento ou o
acompanhamento farmacoterapêutico das solicitações deferidas, respectivamente).

A Farmácia Municipal deve receber os documentos referentes à reavaliação da solicitação de medicamentos de seus
pacientes e proceder ao cadastro do reenvio no SIGAF conforme procedimento descrito no Manual do SIGAF. Para processos
já avaliados no sistema, é preciso inserir a data de reenvio no SIGAF e prosseguir com a reavaliação conforme as orientações a
seguir.

Caso a reavaliação for referente a uma solicitação de via rápida, a Farmácia Municipal também deve transferir o processo
no SIGAF para a CAF de referência.

Toda documentação recebida na FM referente a reavaliação deve ser inserida no processo


FIQUE
ATENTO! SEI já existe para aquele CID-10 do paciente, referente à solicitação ativa do usuário,
conforme orientações do tópico 5.7- PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE
DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de Peticionamento
e Tramitação SEI. Para processos já existentes no SEI e gerados pela CAF, será necessário que
a regional disponibilize o processo para o usuário externo da unidade descentralizada,
possibilitando assim a inclusão de novos documentos pela FM. Para tal, deve-se observar as
orientações no tópico 5.14- TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do Manual de Peticionamento
e Tramitação SEI.

64
ATENÇÃO! Em uma reavaliação, sempre que houver alteração no número do processo no SIGAF, no
medicamento inicialmente solicitado e/ou na unidade responsável pela solicitação
(paciente transferido), as informações do campo ‘Especificações’ no processo SEI
deverão ser atualizadas pela CAF, após o recebimento do processo peticionado no
sistema.

Durante o tratamento, caso o médico assistente altere o CID-10 no LME - Solicitação, não é possível realizar uma
reavaliação ou renovação da continuidade do tratamento medicamentoso. Trata-se de uma NOVA SOLICITAÇÃO e o usuário
deve ser informado que para continuar o tratamento é necessário a montagem de um novo processo, respeitando o checklist
novamente. A Farmácia Municipal deve realizar novo cadastro da solicitação no SIGAF e no SEI e o paciente deve aguardar a
análise técnica conforme fluxo já descrito.

Se a Farmácia Municipal receber uma reavaliação de uma solicitação não cadastrada no SEI, a unidade descentralizada
deve solicitar a documentação do processo original do paciente, digitalizada, para a CAF de referência. Assim, a Farmácia
Municipal poderá gerar um processo SEI peticionado seguindo as orientações do tópico 5.7- PETICIONAMENTO
INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de Peticionamento e
Tramitação SEI para dar andamento à solicitação do paciente.

FIQUE Em razão da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), se o município não tiver
ATENTO!
e-mail institucional para o envio do arquivo digitalizado, a CAF deverá inserir o
documento em um novo processo SEI e disponibilizá-lo para que a unidade
descentralizada proceda ao peticionamento intercorrente para análise técnica da
reavaliação ou monitoramento.

65
9.1- DEVOLVIDAS E INDEFERIDAS
O solicitante terá o prazo de 3 (três) meses para entregar os novos documentos ou exames para solicitar a reavaliação do
medicamento previamente devolvido ou indeferido, contados a partir da data do parecer técnico. Decorrido o prazo
estabelecido, o processo deve ser inativado e não será possível realizar a reavaliação. Para obter o medicamento, o paciente
deverá montar uma nova solicitação seguindo o checklist completo, conforme as orientações no tópico 11- QUANDO INATIVAR
UM PROCESSO, subitem 11.3- PROCESSOS DEVOLVIDOS E INDEFERIDOS SEM REAVALIAÇÃO.

Os novos documentos apresentados na Farmácia Municipal para a reavaliação devem ser conferidos e anexados ao final
do processo existente, sendo ordenados conforme o tópico 2.4- MONTAGEM DO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE
MEDICAMENTO(S).

A Farmácia Municipal deve sempre observar, caso o usuário apresente entre os documentos para a reavaliação um novo
LME - Solicitação e nova prescrição médica, se houve alteração comparado ao esquema terapêutico solicitado anteriormente.
Caso positivo, proceder conforme as orientações abaixo:

 Se o(s) medicamento(s) continua(m) o(s) mesmo(s) da solicitação devolvida ou indeferida no SIGAF, ou seja, trata-se
de uma alteração de dose ou apresentação, a Farmácia Municipal poderá dar andamento na solicitação com o
processo existente no SIGAF, cadastrando o novo LME - Solicitação. O avaliador deve emitir o parecer observando o
LME - Solicitação mais recente;

 Se o(s) medicamento(s) está(ão) diferente(s), ou seja, o médico assistente solicitou troca, inclusão ou exclusão de
algum medicamento, o processo devolvido ou indeferido no SIGAF deve ser inativado. A Farmácia Municipal deverá
cadastrar um novo processo no SIGAF conforme o novo LME - Solicitação e observar a necessidade de exames
específicos para o(s) novo(s) medicamento(s) solicitado(s) conforme checklist, caso não apresentados anteriormente,
ou vencidos.

A Farmácia Municipal deve cadastrar o reenvio no SIGAF conforme procedimento descrito no Manual do SIGAF e preencher
novo Formulário de Ativos/Inativos (Anexo 12), com informações atualizadas. É importante que seja feita a marcação da opção
‘Reavaliação’ no Formulário de Processos Ativos/Inativos.

A nova documentação completa deve ser inserida no processo SEI do paciente, já existente, conforme tópico 5.7-
PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de
Peticionamento e Tramitação SEI.

O passo seguinte é a análise técnica da reavaliação solicitada, que pode ser realizada na DMESP ou na CAF (para processos
de Via Rápida). Para solicitações de análise técnica por via rápida, a Farmácia Municipal deve transferir o processo no SIGAF
para a CAF de referência.

Os fluxos completos com as etapas da Solicitação de Reavaliação de Processos nas Farmácias Municipais Descentralizadas
e Avaliação Técnica podem ser visualizados no Anexo 25 (processos de análise na DMESP) e Anexo 26 (processos de análise
por via rápida na CAF). O passo a passo completo para o peticionamento intercorrente e demais tramitações no SEI, incluindo
as orientações para a CAF de referência, está descrito no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

66
9.2- PARCIALMENTE DEFERIDAS
A reavaliação de uma solicitação parcialmente deferida pode acontecer quando o prescritor encaminha novamente para
análise a reavaliação do medicamento ainda não deferido para o tratamento do paciente (previamente devolvido ou
indeferido).

O solicitante terá o prazo de 3 (três) meses para entregar os novos documentos ou exames para solicitar a reavaliação do
medicamento previamente devolvido ou indeferido, contados a partir da data do parecer técnico. Decorrido o prazo
especificado, a solicitação deverá seguir as orientações do subitem 9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA
O MESMO CID-10.

A documentação apresentada deve ser conferida e anexada ao final do processo existente, sendo ordenada conforme o
tópico 2.4- MONTAGEM DO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTO(S).

A Farmácia Municipal deve preencher novo Formulário de Ativos/Inativos (Anexo 12), com informações atualizadas. É
importante que seja feita a marcação da opção ‘Reavaliação’ no Formulário de Processos Ativos/Inativos.

A nova documentação completa deve ser inserida no processo SEI do paciente, já existente, conforme tópico 5.7-
PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de
Peticionamento e Tramitação SEI.

No SIGAF, não é necessário inativar o processo parcialmente deferido ou realizar um novo cadastro. A Farmácia Municipal
deverá realizar a dispensação dos medicamentos deferidos da solicitação em questão e, logo após, reenviar o processo já
cadastrado no sistema (parcialmente deferido) para análise.

O passo seguinte é a análise técnica da reavaliação solicitada, que pode ser realizada na DMESP ou na CAF (para processos
de Via Rápida). Para solicitações de análise técnica por via rápida, a Farmácia Municipal deve transferir o processo no SIGAF
para a CAF de referência. O passo a passo completo para esse procedimento no SEI, incluindo as orientações para a CAF de
referência, está descrito no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

Caso todos os medicamentos da solicitação forem deferidos, o SIGAF permitirá as próximas dispensações conforme a
validade do LME - Solicitação inicialmente apresentado e já cadastrado no sistema. Ver detalhamento no exemplo a seguir:

67
O médico solicitou Cinacalcete, Calcitriol e Sevelâmer para o tratamento do Distúrbio Mineral e Ósseo
na Doença Renal Crônica. Essa solicitação foi avaliada pela DMESP e parcialmente deferida, uma vez
EXEMPLO
1 que o paciente apresentava níveis elevados de fósforo, que é uma contraindicação ao uso de Calcitriol
conforme PCDT. Então, Cinacalcete e Sevelâmer foram deferidos e o Calcitriol foi indeferido. Após dois
meses, o prescritor emite LME - Solicitação, prescrição e relatório solicitando novamente Cinacalcete,
Calcitriol e Sevelâmer, encaminhando também novos exames referentes ao Calcitriol para reavaliação,
conforme checklist. A Farmácia Municipal deve preencher novo Formulário de Processos
Ativos/Inativos e anexar a nova documentação ao final do processo físico já existente. Deve ser feita
uma última dispensação dos medicamentos deferidos e em seguida, inserir a data de reenvio no
processo no SIGAF para análise. Proceder ao registro no SEI para que a CAF possa tramitar o processo
completo para reavaliação na DMESP.

68
9.3- DEFERIDAS

Durante o período da APAC de um LME, será permitido o ajuste da solicitação da seguinte forma,
caracterizando-se a adequação do LME:
I. Substituição, inclusão ou exclusão do procedimento para tratamento da mesma doença (CID-10);
II. Alteração da quantidade do medicamento solicitada pelo médico.
(Portaria PRC GM/MS nº 2/2017)

As possíveis alterações durante o tratamento medicamentoso no CEAF, que podem ser solicitadas a qualquer momento
pelo usuário, estão sintetizadas a seguir.

A Farmácia Municipal deve verificar se a quantidade solicitada é permitida


ALTERAÇÃO DE
conforme Sumário de Posologias e Doses Máximas. É necessário Reavaliação na
DOSE OU DMESP para solicitações de algumas condições clínicas conforme especificado
APRESENTAÇÃO no tópico 9.3.1- MUDANÇA DE DOSE OU APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA

É necessário Reavaliação na DMESP ou CAF


Por medicamento
conforme orientações no tópico
ainda não deferido
9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE
para o CID-10
MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10
TROCA
Por medicamento Não é necessário Reavaliação. A Farmácia
Municipal deve proceder conforme
já deferido
orientações no tópico 9.3.2- TROCA OU
para o CID-10 INCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O
(e ativo no SIGAF) MESMO CID-10
PACIENTE EM
TRATAMENTO
De medicamento É necessário Reavaliação na DMESP ou CAF
PARA UM
ainda não conforme orientações no tópico
CID-10
deferido para o 9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE
(SOLICITAÇÃO
CID-10 MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10
INICIAL
DEFERIDA) INCLUSÃO
De medicamento Não é necessário Reavaliação na DMESP. A FM
já deferido deve proceder conforme orientações no tópico
para o CID-10 9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE
(e ativo no SIGAF) MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10

Não é necessário Reavaliação. A Farmácia Municipal deve proceder conforme


EXCLUSÃO orientações no tópico 9.3.3- EXCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO
CID-10

EXTENSÃO DO É necessário Reavaliação na DMESP conforme orientações no tópico


TEMPO DE
9.3.4- EXTENSÃO DO TEMPO DE TRATAMENTO DEFERIDO
TRATAMENTO

Figura 13 – Possibilidades de alterações durante o tratamento medicamentoso.

69
9.3.1- MUDANÇA DE DOSE OU APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA
Quando o paciente já possui processo deferido e ativo de um medicamento e o prescritor solicita uma nova dose ou
apresentação (forma farmacêutica) desse mesmo medicamento para o mesmo CID-10, não deve ser montado um novo
processo. O paciente deve apresentar somente nova prescrição, novo LME - Solicitação e novo relatório médico.

O farmacêutico da Farmácia Municipal deve consultar o PCDT e a Portaria PRC GM/MS nº 2/2017 e verificar se a nova dose
ou apresentação farmacêutica solicitada está preconizada no PCDT e autorizada pelas portarias. Se sim, registrar a nova
prescrição no sistema de dispensação; se não, justificar para o médico prescritor o não atendimento da alteração e atender
com a dose ou forma farmacêutica autorizada anteriormente. Os novos documentos devem ser anexados ao processo físico
existente e incluídos no SEI conforme descrito no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

O Sumário de Posologias e Doses Máximas pode ser utilizado para verificar se a nova
quantidade mensal solicitada é autorizada para a determinada condição clínica, conforme
PCDT ou Resoluções vigentes.

Verificar ainda se o PCDT estabelece a necessidade de apresentação de documentos e/ou exames específicos para que
seja autorizada a alteração da dose. Nesse caso, solicitá-los e avaliá-los conforme PCDT antes de proceder à autorização da
alteração.

Em casos de alterações de dose com inclusão de outra apresentação, no LME - Solicitação e prescrição devem constar
todas as apresentações que serão utilizadas pelo usuário. Ver detalhes no exemplo abaixo:

EXEMPLO O paciente faz uso de uma cápsula por dia de Ciclosporina 25mg para o tratamento de Síndrome
2 Nefrótica. O médico solicita aumento de dose diária para 125mg (Ciclosporina 25mg + Ciclosporina
100mg). O LME - Solicitação e a prescrição devem conter as duas apresentações e o farmacêutico da
Farmácia Municipal deve verificar se a nova dose solicitada de Ciclosporina e as apresentações estão
preconizadas no Sumário de Posologias e Doses Máximas e se é possível a autorização do tratamento.

As solicitações de alteração de dose para tratamento de Puberdade Precoce, Deficiência do Hormônio de Crescimento,
Síndrome de Turner, Hepatite Viral C, Hepatite Viral B e Doença de Gaucher deverão ser encaminhadas à DMESP para que a
solicitação do aumento de dose seja reavaliada pelo analista da SES/MG. Para esses processos, devem ser apresentados LME -
Solicitação, prescrição, relatório médico justificando a alteração e exames; esses últimos se forem exigidos pelo PCDT.

Os novos documentos deverão ser anexados no processo SEI do paciente já existente para aquele CID-10, se possível,
conforme as orientações para reavaliações na DMESP no tópico 5.7- PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE

70
DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. A nova dose só
poderá ser dispensada após o deferimento do analista da DMESP.

Em alguns casos, não será possível realizar a troca da apresentação farmacêutica de um


ATENÇÃO!
medicamento já deferido e ativo através do cadastro do novo LME - Solicitação no
processo SIGAF existente. Isso pode acontecer em situações específicas onde as
diferentes apresentações farmacêuticas não estão padronizadas no SIGAF como
intercambiáveis. Para essas situações, a Farmácia Municipal deve seguir as orientações
específicas divulgadas pela DMESP para realizar a troca.

71
9.3.2- TROCA OU INCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-
10
Quando o paciente já realiza tratamento medicamentoso para uma condição clínica no CEAF/MG, ou seja, possui uma
solicitação de medicamento deferida e ativa (respeitando as orientações do tópico 11- QUANDO INATIVAR UM PROCESSO) e
o prescritor solicita troca ou inclusão de outro medicamento, para o mesmo CID-10, não deve ser montado um novo processo.
Os novos documentos e/ou exames devem ser anexados ao processo físico existente.

Para esse tipo de alteração durante o tratamento medicamentoso, o paciente deverá apresentar a documentação indicada
no campo ‘DOCUMENTOS A SEREM EMITIDOS PELO MÉDICO’ para ‘REAVALIAÇÃO (TROCA OU INCLUSÃO DE NOVO
MEDICAMENTO)’ do checklist, ou seja: novo LME - Solicitação, nova prescrição e novo relatório médico ou Formulário
Específico. Observar também se é necessário apresentar novo documento emitido por outro profissional de saúde (Exemplo:
Relatório de acompanhamento emitido por Nutricionista para troca ou inclusão do medicamento Sevelâmer no checklist de
Distúrbio Mineral e Ósseo na Doença Renal Crônica) ou novo documento que pode ser emitido pelo próprio paciente, ou seu
representante, ou o médico assistente (Exemplo: Diário de registro de crises para toda solicitação de troca ou inclusão no
checklist de Epilepsia).

É importante observar no checklist se é necessário apresentar Formulário Específico e/ou relatório


FIQUE médico para cada solicitação de troca ou inclusão de medicamento(s), conforme o campo
ATENTO!
‘DOCUMENTOS A SEREM EMITIDOS PELO MÉDICO’ para ‘REAVALIAÇÃO (TROCA OU INCLUSÃO DE
NOVO MEDICAMENTO)’.

O LME - Solicitação e a prescrição médica devem conter TODOS os medicamentos do CEAF indicados
para o tratamento da doença (constantes no mesmo PCDT), mesmo aqueles medicamentos já
deferidos e ativos, pois o analista avalia o tratamento completo do paciente para a doença.

O farmacêutico da Farmácia Municipal deve consultar o PCDT e a Portaria PRC GM/MS nº 2/2017 e verificar se a troca ou
inclusão solicitada está preconizada no PCDT e autorizada pela portaria. Verificar ainda se o PCDT estabelece a necessidade

72
de apresentação de documentos e/ou exames específicos para o medicamento solicitado na troca ou inclusão para que seja
autorizada a alteração do tratamento. Nesse caso, solicitar os exames ao paciente conforme o checklist, no campo de
‘REAVALIAÇÃO (TROCA OU INCLUSÃO DE NOVO MEDICAMENTO): EXAMES ESPECÍFICOS CONFORME NOVO MEDICAMENTO
REQUERIDO’.

Para saber se é necessário anexar novos exames para o medicamento solicitado na troca ou inclusão,
é preciso observar o checklist vigente da doença, no campo ‘REAVALIAÇÃO (TROCA OU INCLUSÃO
FIQUE
ATENTO! DE NOVO MEDICAMENTO): EXAMES ESPECÍFICOS CONFORME NOVO MEDICAMENTO REQUERIDO’.
 Caso o checklist indique exames específicos para o medicamento solicitado, somente esses
exames devem ser anexados ao processo, respeitando o prazo de validade indicado.
 Caso o checklist não especifique exames nesse campo, mas apenas o texto ‘Não se aplica’,
não há necessidade de solicitar novos exames ao paciente.

Durante os ajustes no tratamento medicamentoso, relacionados à troca ou inclusão, podem ser encontradas as seguintes
situações distintas: troca ou inclusão de um medicamento ainda não deferido para o paciente, troca ou inclusão de um
medicamento já deferido para o paciente e inclusão de medicamento ainda não deferido para o paciente em processos
parcialmente deferidos após três meses sem reavaliação. Para cada uma destas situações, estão descritas a seguir as ações a
serem tomadas.

Os procedimentos a seguir se aplicam somente a processos deferidos e ativos cuja documentação da


ATENÇÃO!
solicitação inicial encontra-se disponível na Farmácia Municipal, na CAF de referência ou no SEI,
possibilitando assim a inclusão da nova documentação no processo já existente. Caso contrário, será
necessário a montagem de um novo processo, seguindo o checklist por completo, para que ocorra a
reavaliação da troca ou inclusão. Para tal, a Farmácia Municipal deve solicitar novos documentos
conforme o campo ‘DOCUMENTOS A SEREM EMITIDOS PELO MÉDICO’ para ‘SOLICITAÇÃO INICIAL’ e
novos exames conforme o campo ‘SOLICITAÇÃO INICIAL: EXAMES GERAIS’ e ‘SOLICITAÇÃO INICIAL:
EXAMES ESPECÍFICOS CONFORME MEDICAMENTO REQUERIDO’, se for o caso.

73
Troca ou inclusão de medicamento ainda não deferido para o paciente:
No caso de solicitações de troca ou inclusão de medicamento ainda não deferido para o tratamento do paciente, será
preciso protocolar uma solicitação de reavaliação para nova análise técnica na CAF (se via rápida) ou DMESP. A Farmácia
Municipal deverá proceder aos seguintes passos:

1º- Buscar o processo físico da solicitação deferida e ativa para o mesmo CID-10 do paciente (o mais recente), caso
arquivado na unidade, e anexar ao final a nova documentação apresentada, conforme a seguinte ordem:

a) Formulário de Processos Ativos/Inativos devidamente preenchido e com marcação da opção ‘Reavaliação’;


b) Prescrição médica;
c) Relatório médico (quando necessário, conforme checklist);
d) Novos exames (quando necessário, conforme checklist);
e) Formulário Específico (quando necessário, conforme checklist); e
f) LME - Solicitação.

2º- Cadastrar no SIGAF o novo medicamento solicitado na troca ou inclusão conforme Manual do SIGAF.

Observação: Para as reavaliações analisadas na CAF, transferir o processo do SIGAF para a regional.

3º- Cadastrar no SEI o processo completo (anterior + nova documentação) se for o primeiro registro no sistema. Caso a
solicitação anterior já possua cadastro no SEI, buscar o número do processo no sistema e anexar somente os novos
documentos, seguindo as orientações do tópico 5.7- PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE
DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

Observação: Para processos não existentes no SEI, proceder conforme indicado no tópico 9- REAVALIAÇÃO DE
SOLICITAÇÕES PREVIAMENTE ANALISADAS.

4º- Aguardar a conclusão da análise técnica pela CAF ou DMESP, conforme tópico 4- ACOMPANHAMENTO DO STATUS
DA ANÁLISE.

5º- Uma vez recebido o LME - Avaliação e Autorização, arquivar junto à documentação do paciente.
Observação: Deve ser realizado o aceite no processo do SIGAF retornado pela CAF de referência.

Ao receber o processo peticionado no SEI, a CAF de referência deve tramitar o processo para a DMESP caso a análise técnica
seja realizada no nível central, ou avaliar a nova solicitação de reavaliação por via rápida (conforme tópico 3.1- AVALIAÇÃO
TÉCNICA POR VIA RÁPIDA).

A Farmácia Municipal continuar o atendimento do paciente com o medicamento já deferido e autorizado até que o parecer
da reavaliação seja emitido, garantindo assim a continuidade do tratamento. A dispensação do novo medicamento solicitado
na troca ou inclusão só poderá ocorrer mediante o deferimento da reavaliação e a autorização na CAF. Detalhes nos exemplos
a seguir.

74
O paciente faz uso de Metotrexato para o tratamento de Artrite Reumatoide. O médico solicita a troca
por Leflunomida, emitindo novo LME - Solicitação, prescrição e Formulário Específico. A Farmácia
EXEMPLO
3 Municipal deve solicitar ao paciente novos exames de creatinina, TGO, TGP e hemograma com
plaquetas (validade 3 meses), conforme checklist. Anexar esses documentos e exames ao final do
processo de Metotrexato, além de novo Formulário de Processos Ativos/Inativos devidamente
preenchido. No SIGAF, é preciso cadastrar um novo processo da Leflunomida. A nova documentação
deve ser inserida no SEI, via peticionamento, pela Farmácia Municipal. A CAF deve tramitar o processo
completo (Metotrexato + documentos e exames da Leflunomida) para análise na DMESP. Enquanto a
solicitação de Leflunomida não for avaliada, deve-se manter a dispensação do Metotrexato. Após o
deferimento da solicitação de troca de medicamento e a autorização, o fornecimento de Metotrexato
deverá ser suspenso ao iniciar a dispensação da Leflunomida.

O paciente faz uso de Cinacalcete para o tratamento de Distúrbio Mineral e Ósseo na Doença Renal
Crônica. O médico solicita a inclusão de Paricalcitol, emitindo relatório, além de LME - Solicitação, e
EXEMPLO
4 prescrição de Paricalcitol + Cinacalcete. A Farmácia Municipal deve solicitar ao paciente novos exames
de PTH (validade 6 meses), Cálcio e Fósforo (validade 3 meses), conforme checklist. Anexar esses
documentos e exames ao final do processo de Cinacalcete, além de novo Formulário de Processos
Ativos/Inativos devidamente preenchido. No SIGAF, é preciso cadastrar um novo processo de
Paricalcitol. A nova documentação deve ser inserida no SEI, via peticionamento, pela Farmácia
Municipal. A CAF deve tramitar o processo completo (Cinacalcete + documentos e exames de
Paricalcitol) para análise na DMESP. Enquanto o processo de Paricalcitol não for avaliado, deve-se
manter a dispensação do Cinacalcete. Após o deferimento da solicitação de inclusão de medicamento,
o Paricalcitol poderá ser autorizado pela CAF e dispensado pela Farmácia Municipal.

Troca ou inclusão de medicamento já deferido para o paciente:

No caso de solicitação de troca ou inclusão de um medicamento já deferido para o tratamento do paciente anteriormente,
não haverá necessidade de protocolar nova solicitação, desde que o paciente tenha mantido o tratamento com outros
medicamentos para o mesmo CID-10, sem interrompê-lo (conforme critérios do tópico 11- QUANDO INATIVAR UM
PROCESSO). Nesse caso, será necessário apresentar de nova prescrição, novo LME - Solicitação, relatório médico ou

75
Formulário Específico (quando necessário, conforme checklist) e exames (quando necessário, específicos para o medicamento
solicitado na troca ou inclusão, conforme checklist).

O farmacêutico da Farmácia Municipal deve consultar o PCDT e o Sumário de Posologias e Doses Máximas verificar se a
dose solicitada está de acordo com o preconizado. Verificar ainda se os resultados dos exames solicitados no checklist estão
de acordo com os critérios estabelecidos no PCDT para tal medicamento. Se a solicitação de troca for autorizada, registrar a
nova prescrição no sistema de dispensação. Se não, manter o medicamento prescrito anteriormente, justificando para o
médico assistente o não atendimento da solicitação de alteração. Detalhes nos exemplos a seguir.

O paciente faz uso de Quetiapina para o tratamento de Esquizofrenia. O prescritor solicitou a troca por
EXEMPLO Olanzapina, devido a resposta clínica insatisfatória da Quetiapina. Essa solicitação de reavaliação foi
5
deferida após análise técnica na DMESP. Depois de seis meses, o prescritor optou por retomar o
tratamento somente com Quetiapina. Essa solicitação de troca Quetiapina não precisa ser protocolada,
uma vez que o paciente não abandonou o tratamento da Esquizofrenia e já possui processo deferido
para esse medicamento. O farmacêutico da Farmácia Municipal deve analisar a solicitação conforme
critérios preconizados no PCDT e Sumário de Posologias e Doses Máximas para autorizar a troca. Como
o tratamento da Esquizofrenia é monoterapia segundo o PCDT, é necessário suspender a dispensação
de Olanzapina ao reiniciar a dispensação da Quetiapina.

Para solicitações de troca ou inclusão de um medicamento já deferido anteriormente e com monitoramento periódico de
execução na CAF, como por exemplo aqueles do PCDT de Anemia na Doença Renal Crônica (DRC), será necessário solicitar ao
paciente a apresentação dos exames listados no checklist, referentes ao novo medicamento solicitado na reavaliação, para
que a CAF emita um parecer técnico, conforme critérios do PCDT e Sumário de Posologias e Doses Máximas. Detalhes no
exemplo a seguir:

76
O paciente com Anemia na DRC possui processo deferido de Sacarato de Hidróxido Férrico
(medicamento que não é de uso contínuo, conforme PCDT). O médico então solicitou Alfaepoetina,
EXEMPLO que também foi deferida. Após um ano utilizando somente a Alfaepoetina, o médico solicitou a
6
inclusão de Sacarato de Hidróxido Férrico, emitindo prescrição e LME - Solicitação contendo os dois
medicamentos, além de novo Formulário Específico. O farmacêutico da FM deverá solicitar ao
paciente os exames específicos para Sacarato de Hidróxido Férrico conforme o checklist. Anexar esses
documentos e exames ao final do processo já existente, além de novo Formulário de Processos
Ativos/Inativos devidamente preenchido. No SIGAF, não é preciso cadastrar um novo processo de
Sacarato, uma vez que o paciente já possui um processo deferido e ativo deste medicamento, sendo
necessário apenas preencher a data de reenvio e transferir o processo para a CAF. A nova
documentação deve ser inserida no SEI, via peticionamento intercorrente, pela Farmácia Municipal.
A dispensação de Sacarato poderá acontecer após o deferimento da solicitação de inclusão e a
autorização na CAF.

Inclusão de medicamento ainda não deferido para o paciente em


processos parcialmente deferidos após três meses sem reavaliação:

Quando uma solicitação de medicamentos é parcialmente deferida, o solicitante tem o prazo de 3 (três) meses para
entregar os novos documentos ou exames para solicitar a reavaliação do medicamento previamente devolvido ou indeferido,
contados a partir da data do parecer técnico. Decorrido esse prazo, para solicitar novamente o medicamento devolvido ou
indeferido será necessário considerar o procedimento como uma inclusão no tratamento medicamentoso.

Portanto, será necessário apresentar novo LME - Solicitação e nova prescrição (contendo todos os medicamentos do CEAF
indicados para o tratamento do paciente), novo relatório médico ou Formulário Específico (quando necessário, conforme
checklist) e novos exames conforme prazo de validade especificado no checklist [quando necessário, indicado no campo de
‘REAVALIAÇÃO (TROCA OU INCLUSÃO DE NOVO MEDICAMENTO): EXAMES ESPECÍFICOS CONFORME NOVO MEDICAMENTO
REQUERIDO’]. A documentação deve ser conferida e anexada ao final do processo existente, sendo ordenada conforme o
tópico 2.4- MONTAGEM DO PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE MEDICAMENTO(S).

A Farmácia Municipal deve preencher novo Formulário de Ativos/Inativos e informar no campo de ‘OBSERVAÇÕES’ que o
processo estava parcialmente deferido e o paciente solicitou novamente o medicamento previamente devolvido/indeferido
após 3 meses da data do parecer técnico. É importante que seja feita a marcação da opção ‘Reavaliação’ no Formulário de
Processos Ativos/Inativos.

A nova documentação completa deve ser inserida no processo SEI do paciente, já existente, conforme tópico 5.7-
PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de
Peticionamento e Tramitação SEI.

77
No SIGAF, não é necessário inativar o processo parcialmente deferido ou realizar um novo cadastro. Após realizar a
dispensação do(s) medicamento(s) deferido(s), a CAF deverá reenviar o processo já cadastrado no sistema para nova análise
conforme Manual do SIGAF. A inclusão da nova LME - Solicitação no sistema só será possível após o deferimento do processo.

O passo seguinte é a análise técnica da reavaliação solicitada, que pode ser realizada na DMESP ou na CAF (para processos
de Via Rápida). Para solicitações de análise técnica por via rápida, a Farmácia Municipal deve transferir o processo no SIGAF
para a CAF de referência. O passo a passo completo para esse procedimento no SEI, incluindo as orientações para a CAF de
referência, está descrito no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Ver detalhamento no exemplo a seguir:

O paciente solicitou Cinacalcete e Sevelâmer para o tratamento do Distúrbio Mineral e Ósseo na


Doença Renal Crônica. Após avaliação técnica na DMESP, o Cinacalcete foi deferido e o Sevelâmer
devolvido, uma vez que o relatório emitido por nutricionista não foi anexado e é necessário conforme
EXEMPLO
7 checklist e PCDT. Portanto, status do processo é parcialmente deferido.

O paciente inicia o tratamento com Cinacalcete e após sete meses, apresenta um relatório emitido
por nutricionista para solicitar novamente o Sevelâmer. A nova solicitação deverá ser considerada
como INCLUSÃO e a Farmácia Municipal deve solicitar ao paciente novos exames de PTH, cálcio e
fósforo, conforme especificado no checklist, além de relatório médico, LME - Solicitação e prescrição
(contendo os dois medicamentos). A Farmácia Municipal deve preencher novo Formulário de
Processos Ativos/Inativos e anexar a nova documentação ao final do processo físico já existente. A
Farmácia Municipal deverá dispensar o medicamento deferido e em seguida, reenviar o processo no
SIGAF para análise. Proceder ao registro no SEI para que a CAF tramite o processo completo para
reavaliação na DMESP.

Após o deferimento da solicitação e a autorização, a Farmácia Municipal deverá incluir o novo LME -
Solicitação no SIGAF e dar continuidade ao tratamento do paciente.

Ao analisar o processo, se não for possível deferir o medicamento solicitado como inclusão no tratamento, o avaliador
deverá manter o deferimento dos demais medicamentos conforme parecer anterior.

78
9.3.3- EXCLUSÃO DE MEDICAMENTO(S) PARA O MESMO CID-10
Quando há uma solicitação deferida de mais de um medicamento e, ao renovar a continuidade do tratamento, o médico
assistente exclui um ou mais medicamento(s) do tratamento do paciente, emitindo LME - Solicitação e prescrição apenas com
o(s) item(ns) que será(ão) mantido(s) na terapia, não é necessário reavaliação da solicitação. Não é preciso inativar o processo
já existente e deferido no SIGAF, uma vez que a nova LME - Solicitação pode ser incluída no sistema conforme Manual do
SIGAF. Detalhes no exemplo a seguir.

O paciente possui solicitação deferida de Calcitriol + Cinacalcete para o tratamento da Doença Renal
EXEMPLO
8 Crônica. Após seis meses de tratamento o médico decidiu excluir o Cinacalcete do esquema terapêutico,
emitindo novo LME - Solicitação e prescrição contendo apenas Calcitriol, além de relatório. O atendente
da Farmácia Municipal deverá incluir a nova LME no SIGAF e realizar a dispensação normalmente
observando as informações do tópico 6.2- ORIENTAÇÕES GERAIS. Em seguida, efetuar o registro no SEI
conforme tópico 5.13- RENOVAÇÃO DA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO E RECIBO DE
ATENDIMENTO do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

79
9.3.4- EXTENSÃO DO TEMPO DE TRATAMENTO DEFERIDO
Esse procedimento é aplicável apenas para processos deferidos e com o tempo de tratamento definido, conforme indicação
do avaliador no campo observação do LME - Avaliação e Autorização. Caso o médico assistente queira estender o tempo de
tratamento inicialmente solicitado e deferido, haverá necessidade de protocolar nova solicitação de reavaliação.

Após realizada a última dispensação do tratamento conforme o tempo determinado, o paciente deve apresentar nova
prescrição, novo LME - Solicitação e relatório médico justificando a extensão ou Formulário Específico (se for o caso). Os
documentos deverão ser conferidos e anexados ao processo de solicitação já existente. A Farmácia Municipal deverá então
realizar a inclusão do novo LME - Solicitação no processo existente no SIGAF, adicionar novo Formulário de Processos
Ativos/Inativos com a marcação da opção de ‘Reavaliação’ e incluir a nova documentação no processo SEI do paciente.

Como é necessário realizar nova análise técnica (reavaliação), a solicitação deve ser tramitada para a DMESP pela CAF de
referência, via SEI. Orientações completas no tópico 5.7- PETICIONAMENTO INTERCORRENTE NA UNIDADE
DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

Qualquer solicitação de extensão de tratamento deve seguir o fluxo especial de


ATENÇÃO! urgência, conforme tópico 3.2- AVALIAÇÃO TÉCNICA DE URGÊNCIA. A unidade
descentralizada deve encaminhar e-mail para a CAF de referência informando o
número do processo no SEI e o CPF do paciente, após realizar os procedimentos
cabíveis expressos no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Após conferir o
processo peticionado, a CAF deverá encaminhar o e-mail com a solicitação de análise
de urgência para os analistas responsáveis, com cópia para
gilda.soares@saude.mg.gov.br, solicitando a análise imediata para que, caso deferida
a solicitação de extensão, o tratamento não seja interrompido.

A Farmácia Municipal deverá aguardar o resultado da reavaliação para verificar no parecer técnico se o paciente poderá
continuar o tratamento no CEAF. Novas dispensações poderão ser realizadas somente após o deferimento da solicitação de
extensão da terapia, e de acordo com o novo tempo de tratamento definido pelo avaliador e preconizado no PCDT.

80
10- TRANSFERÊNCIA ENTRE AS UNIDADES DE SAÚDE
O atendimento do paciente cadastrado no CEAF está vinculado às CAF. Após o cumprimento de todas as etapas da PDCEAF,
a CAF de referência deve realizar a transferência dos processos de pacientes que estarão sob responsabilidade da Farmácia
Municipal, no SIGAF e no SEI (caso existente), após alinhamento.

O procedimento de transferência de processos no SIGAF está descrito no Manual de Transferência e Tramitação de


Processos ou Triagem Terapêutica, disponível em https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/.

Para a transferência no SEI, será necessário disponibilizar o processo para o usuário externo da Farmácia Municipal. O
procedimento completo está descrito no tópico 5.14- TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do Manual de Peticionamento e
Tramitação SEI.

A documentação física dos processos transferidos no SIGAF permanece sob a guarda da CAF e não deve ser enviada à
Farmácia Municipal. Caso necessário, diante de uma solicitação de reavaliação ou monitoramento, a unidade descentralizada
deve solicitar a documentação do processo original do paciente, digitalizada, para a CAF de referência. Assim, a Farmácia
Municipal poderá gerar um processo SEI peticionado seguindo as orientações do tópico 5.7- PETICIONAMENTO
INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do Manual de Peticionamento e
Tramitação SEI.

Por motivo de mudança de município que seja da área de abrangência de outra CAF ou de outra unidade descentralizada,
o usuário pode solicitar a transferência. Caso o paciente solicite transferência de uma Farmácia Municipal para outra Farmácia
Municipal, da mesma CAF de referência, seguir as etapas a seguir:

O paciente ou seu representante solicita a sua transferência por meio do preenchimento


do Formulário de Solicitação de Transferência na Farmácia Municipal (Anexo 27). (*)

A Farmácia Municipal de origem envia à CAF de referência o Formulário de Solicitação de


Transferência e o processo de solicitação original completo, caso possua em arquivo, com
a cópia do último LME e da prescrição médica. No SIGAF, o processo deve ser transferido
para a CAF.

A CAF de referência realiza o aceite no SIGAF, atualiza o cadastro do paciente e transfere o


processo para a Farmácia Municipal de destino. Em seguida, envia o Formulário de
Solicitação de Transferência e os demais documentos encaminhados pela Farmácia
Municipal de origem para a unidade de destino. No SEI, seguir as orientações do tópico 5.14-
TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. (**)

A Farmácia Municipal de destino realiza o aceite da transferência no SIGAF para


possibilitar a visualização do processo e arquiva a documentação recebida.

(*) A Farmácia Municipal de origem, para atualização de dados no sistema, deve orientar o usuário a procurar a Farmácia Municipal de
destino portando cópia do comprovante de residência.
(**) Esta etapa será realizada apenas para os processos já constantes no SEI.

Figura 14 – Etapas para a solicitação de transferência entre Farmácias Municipais.

81
Caso o paciente solicite transferência de uma Farmácia Municipal para outra CAF diferente, as duas últimas etapas do
fluxo anterior serão alteradas. A CAF de referência deve realizar a tramitação e envio diretamente para a CAF de destino, que
deve aceitar o processo no SIGAF, além de receber e armazenar a documentação do paciente transferido.

Caso o paciente solicite transferência de uma Farmácia Municipal para outra Farmácia Municipal, de diferente CAF de
referência, ou seguir as etapas a seguir:

O paciente ou seu representante solicita a sua transferência por meio do


preenchimento do Formulário de Solicitação de Transferência na Farmácia
Municipal (Anexo 27). (*)

A Farmácia Municipal de origem envia à CAF de referência o Formulário de


Solicitação de Transferência e o processo de solicitação original completo,
caso possua em arquivo, com a cópia do último LME e da prescrição médica.
No SIGAF, o processo deve ser transferido para a CAF.

A CAF de referência realiza o aceite no SIGAF, atualiza o cadastro do paciente e


transfere o processo para a CAF de referência da Farmácia Municipal de destino.
Em seguida, envia o Formulário de Solicitação de Transferência e os demais
documentos encaminhados pela Farmácia Municipal de origem para a outra CAF.
No SEI, seguir as orientações do tópico 5.14- TRANSFERÊNCIA DE PROCESSOS do
Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. (**)

A nova CAF de referência realiza o aceite do processo no SIGAF transfere o


processo para a CAF de referência da Farmácia Municipal de destino. e arquiva a
documentação recebida. Em seguida, envia o Formulário de Solicitação de
Transferência e os demais documentos recebidos para Farmácia Municipal de
destino. No SEI, é necessário disponibilizar os processos existentes no sistema para
a nova unidade, seguindo as orientações do tópico 5.14- TRANSFERÊNCIA DE
PROCESSOS do Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

A Farmácia Municipal de destino realiza o aceite da transferência no SIGAF para


possibilitar a visualização do processo e arquiva a documentação recebida.

(*) A Farmácia Municipal de origem, para atualização de dados no sistema, deve orientar o usuário a procurar a Farmácia Municipal de
destino portando cópia do comprovante de residência.
(**) Esta etapa será realizada apenas para os processos já constantes no SEI.

Figura 14 – Etapas para a solicitação de transferência entre Farmácias Municipais de diferentes CAF de referência.

A Transferência de Processos ocorre diretamente entre as CAF e as Farmácias Municipais.


Os processos físicos e documentos para a transferência não deverão ser enviados à DMESP.

82
Tendo em vista a não interrupção do tratamento do paciente, é necessário observar atentamente alguns aspectos
importantes no processo de transferência:

 Considerar a data da última dispensação e o tempo necessário para a conclusão do processo de transferência. Se
necessário, realizar uma última dispensação antes de realizar a transferência.

 Informar o mais rápido possível à unidade de destino sobre a transferência, para que a mesma possa incluir os
medicamentos do paciente na sua programação.

 Processos inativos não deverão ser transferidos. Orientar o paciente a montar novo processo de solicitação na unidade
de referência.

ATENÇÃO! A unidade de origem deverá orientar o paciente quanto à necessidade de apresentar novo
LME- Solicitação e nova prescrição médica na unidade de destino para que as próximas
dispensações possam ser realizadas.

Para realizar a transferência de um paciente privado de liberdade optante pelo fluxo

FIQUE especial de acesso ao CEAF definido no tópico 2.6- SOLICITAÇÃO DE PACIENTES


ATENTO!
PRIVADOS DE LIBERDADE, é preciso que a unidade prisional de origem repasse as
informações à nova unidade sobre os procedimentos para o recebimento dos
medicamentos do CEAF, de forma a garantir a continuidade no fluxo de recebimento e,
consequentemente, a continuidade do tratamento. A unidade prisional de destino do
custodiado deverá providenciar o Termo de Designação de Representante para
Solicitação e Recebimento de Medicamentos do CEAF para Privados de Liberdade
(Anexo 13) e entregá-lo à unidade de destino, juntamente com a cópia do documentos
de identificação do(s) representante(s) designado(s) no referido Termo (Nota Técnica
nº 7/SES/SUBPAS-SAF/2020, SEI 1450.01.0051828/2020-34).

A tramitação dos processos físicos entre as CAF deverá ocorrer por meio do aplicativo Protocolo MG, o qual tem interface
com o Sistema Eletrônico de Informações – SEI!MG, conforme orientações do Guia Prático de Execução do CEAF.

83
A DMESP autoriza os médicos vinculados ao Instituto Raul Soares (IRS), formalmente indicados

ATENÇÃO!
por estas instituições, a avaliarem e emitirem pareceres técnicos em processos administrativos
de solicitação de medicamentos do CEAF, para tratamento de pacientes portadores de
esquizofrenia, autismo, transtorno afetivo bipolar e transtorno esquizoafetivo. Objetivando
celeridade na avaliação da solicitação de medicamentos para garantia do acesso e da
continuidade de tratamento em nível ambulatorial aos pacientes que receberem alta
hospitalar, o IRS monta processos de solicitação de medicamentos, cadastra no SIGAF e realiza
a avaliação técnica e a transferência no SIGAF para a CAF de referência do paciente
(RESOLUÇÃO SES/MG Nº4945, DE 13 DE OUTUBRO DE 2015).

Assim que o processo estiver disponível no SEI, a autorização poderá ser realizada pela CAF e não há necessidade
de aguardar a chegada do processo físico (MEMO SES/SUBPAS-SAF-DMESP Nº 21/2019, SEI
320.01.0142662/2019-97). A consulta do número SEI para a busca no sistema deverá ser realizada no SIGAF, após
visualizar o processo do paciente. Caso o paciente pertencer a uma unidade descentralizada, a CAF de referência
deve transferir o processo no SIGAF para a Farmácia Municipal, disponibilizar o processo no SEI e enviar a
documentação física para arquivamento na FM. O paciente/responsável deverá apresentar na Farmácia
Municipal cópia do LME - Solicitação e da Declaração Autorizadora, além da prescrição original para possibilitar
o atendimento.

Ao atender um paciente com processo proveniente do IRS e se tratar de solicitação de medicamento para o
tratamento de esquizofrenia, autismo ou transtorno esquizoafetivo, o farmacêutico deverá verificar se há
processo deferido e ativo de outro medicamento para o mesmo CID-10. Caso possua, a dispensação da solicitação
antiga deverá ser suspensa, pois esses PCDT preconizam a monoterapia.

Observação: Os processos provenientes do IRS serão cadastrados no SEI pela DMESP e tramitados para a CAF. O
processo físico será encaminhado à CAF via malote.

84
11- QUANDO INATIVAR UM PROCESSO
Podem ocorrer três situações em que se faz necessário inativar o processo do paciente no SIGAF, sendo elas:

1. Abandono de tratamento;

2. Término do tempo de tratamento definido no PCDT;

3. Ausência de retorno das pendências de solicitações devolvidas e indeferidas.

FIQUE Caso o usuário volte a solicitar medicamentos de processos inativos será necessário fazer
ATENTO!
nova solicitação, mediante montagem de um novo processo respeitando o checklist
novamente. A Farmácia Municipal deve realizar novo cadastro da solicitação no SIGAF e no
SEI e o paciente deve aguardar a análise técnica conforme fluxo já descrito.

85
11.1- ABANDONO DE TRATAMENTO
A interrupção do fornecimento de um medicamento por abandono de tratamento será considerada a partir do último dia
do 6º (sexto) mês ou competência consecutiva sem a dispensação do(s) medicamento(s) já deferido(s), na ausência de
justificativa prévia.

A contagem dos seis meses deve ser iniciada a partir da última dispensação do medicamento, exceto para os casos em que
tiver ocorrido o fornecimento antecipado do paciente, quando deverá ser considerada a data da última dispensação, caso não
ocorresse a antecipação.

O paciente comparece regularmente à dispensação, recebendo Ciclosporina para o tratamento de


EXEMPLO Dermatomiosite. Porém, desde o dia 20 de abril o paciente não comparece mais à farmácia para a
10
dispensação do medicamento. A Farmácia Municipal deve proceder conforme o raciocínio abaixo:

Mês 0 Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7


Início do Início do Início do Início do Início do Início do
Última Interrupção
1º mês sem 2º mês sem 3º mês sem 4º mês sem 5º mês sem 6º mês sem
dispensação por abandono
dispensação dispensação dispensação dispensação dispensação dispensação

Nesse caso, como o mês de abril é definido como o mês zero, considera-se como abandono do
tratamento a partir do dia primeiro de novembro (sétimo mês).

Portanto, usuários que ficarem por mais de 6 meses/competências consecutivos/as sem comparecer à farmácia para
receber todo(s) o(s) medicamento(s) deferidos para determinada doença sem apresentar justificativas prévias da ausência,
não poderão mais ser atendidos e será considerado abandono de tratamento. O atendente deverá inativar o(s) processo(s) no
SIGAF e arquivá-lo(s).

Ao contrário, devem ser considerados pacientes ativos os usuários de medicamentos do CEAF que comparecem
regularmente à dispensação para receber ao menos um medicamento entre aqueles deferidos para uma determinada doença
(constantes em um mesmo PCDT). Nesse caso, as solicitações de medicamentos para a doença em questão não devem ser
inativadas, mesmo que o paciente fique por mais de 6 meses sem receber algum dos medicamentos que possui solicitação
deferida para tal patologia.

86
O paciente comparece regularmente à dispensação para receber Leflunomida para o tratamento de
EXEMPLO
11 Artrite Reumatoide. O prescritor solicita Leflunomida e Metotrexato e a paciente passa a receber esses
dois medicamentos. O médico suspende Leflunomida e a paciente passa a receber somente
Metotrexato. Nesse caso, a paciente é considerada ativa pois continua recebendo pelo menos um
medicamento para o tratamento da doença em questão (Artrite Reumatoide). Caso a paciente deixasse
de comparecer à dispensação para retirar os dois medicamentos por mais de 6 meses, sem justificativas,
seria então considerado abandono de tratamento.

Caso o paciente apresente justificativa prévia para a não retirada do medicamento, essa deverá ser arquivada pela
Farmácia Municipal na pasta do usuário e o paciente poderá ser atendido quando apresentar novo LME e prescrição.

Quando houver falta do medicamento solicitado, o período de desabastecimento não deve ser contabilizado para
caracterizar abandono de tratamento.

No caso de pacientes com solicitação deferida de Complemento Alimentar para Fenilcetonúria e que não retiraram o
complemento há mais de 6 meses, não considerar como abandono de tratamento. Devido à dificuldade de adesão ao
tratamento e possibilidade de danos à saúde decorrentes de sua falta, esses pacientes não terão seus processos inativados,
bastando ao retorno apresentar LME - Solicitação e prescrição atualizados para continuidade do tratamento.

Alguns medicamentos possuem intervalos de dispensações maiores, como Toxina Botulínica e Rituximabe. Para esses
medicamentos, será considerado abandono de tratamento os casos em que o usuário não retirar esses medicamentos pelo
período estabelecido na prescrição acrescido de 3 de meses. Exemplo: se o Rituximabe for prescrito a cada 6 meses, será
considerado abandono após 9 meses (6 + 3) a contar da última dispensação.

87
11.2- TEMPO DE TRATAMENTO DETERMINADO
Algumas patologias possuem tempo de tratamento limitado conforme preconizado no PCDT. A duração do tratamento
deferido deve estar expressa no parecer técnico, no campo de observação, como por exemplo “dispensação única” ou
“tratamento por 12 semanas”.

Após o término das dispensações determinadas, os processos no SIGAF devem ser inativados. Em seguida, os documentos
relativos a essas solicitações podem ser arquivados.

Processos de solicitação de Tobramicina para erradicação de P. aeruginosa, com deferimento de


tempo de tratamento determinado por 28 dias, devem ser inativados no SIGAF somente após 6
EXCEÇÕES! meses do término da dispensação, dada a possibilidade de falha do tratamento inicial. Em caso de
persistência da infecção, o paciente poderá protocolar outra solicitação de Tobramicina,
apresentando nova documentação (LME - Solicitação, prescrição e Formulário Específico) e novo
exame de cultura de escarro de secreção respiratória (realizado após 28 dias do término do
tratamento anterior). No SIGAF, a Farmácia Municipal poderá incluir o novo LME - Solicitação no
processo já existente, preencher data de reenvio e transferir o processo para a CAF de referência.
No SEI, a nova documentação deve ser incluída conforme tópico 5.7- PETICIONAMENTO
INTERCORRENTE NA UNIDADE DESCENTRALIZADA (REAVALIAÇÃO OU MONITORAMENTO) do
Manual de Peticionamento e Tramitação SEI.

Processos deferidos de Toxina Botulínica, com observação no parecer técnico de “dispensação


única”, não devem ser inativados após a primeira dispensação. Após o deferimento inicial realizado
na DMESP, toda vez que o paciente solicitar o medicamento, para o mesmo CID-10, a Farmácia
Municipal deve realizar o encaminhamento para a CAF de referência proceder ao monitoramento
para definir a continuidade do tratamento, seguindo as orientações do tópico 8-
MONITORAMENTO DO TRATAMENTO.

Antes do término do tratamento deferido, caso o paciente requeira extensão do período de tratamento incialmente
solicitado e deferido, é necessária uma reavaliação para um novo parecer técnico. A Farmácia Municipal deve proceder
conforme as orientações no tópico 9.3.4- EXTENSÃO DO TEMPO DE TRATAMENTO DEFERIDO.

Novas solicitações de tratamento com Isotretinoína, seja por retratamento ou interrupção


de tratamento, só poderão ser realizadas após 60 (sessenta) dias da data do último
atendimento.

88
11.3- PROCESSOS DEVOLVIDOS E INDEFERIDOS SEM
REAVALIAÇÃO
Não poderão ser atendidos os usuários que tiveram solicitações avaliadas (devolvidas ou indeferidas), mas que não
providenciaram as pendências necessárias para uma reavaliação no prazo máximo de 3 (três) meses, a contar da data do
parecer técnico. Essas solicitações devem ser inativadas no SIGAF e a documentação arquivada.

Decorrido o período de 3 (três) meses sem movimentação, caso o usuário desejar prosseguir com a solicitação do mesmo
medicamento, não será possível realizar a reavaliação. O paciente deverá protocolar uma nova solicitação, montando um novo
processo respeitando os documentos e exames com as validades exigidas no checklist. Após o cadastro no SIGAF e SEI, a
solicitação seguirá para análise conforme fluxo normal, e o paciente deverá aguardar novo parecer.

Há ainda situações em que, após um parecer técnico de devolução ou indeferimento inicial, o médico assistente realiza
em seguida a troca do esquema terapêutico solicitado anteriormente, emitindo novo LME - Solicitação e prescrição,
adequando assim a linha de tratamento do paciente conforme PCDT. Como o primeiro esquema terapêutico prescrito não foi
mantido, essa solicitação antiga deve ser inativada no SIGAF conforme o exemplo abaixo. A avaliação técnica deverá prosseguir,
se o CID-10 for mantido, no mesmo número SEI, com o novo processo cadastrado no SIGAF conforme o último LME - Solicitação
apresentado.

O paciente possui solicitação devolvida de Calcitriol + Paricalcitol, pois o uso concomitante não é
EXEMPLO
12 preconizado no PCDT. Como ajuste, médico assistente emitiu novo LME - Solicitação e prescrição
contendo apenas Calcitriol. No SIGAF, a Farmácia Municipal deverá inativar o processo anterior
devolvido de Calcitriol + Paricalcitol e cadastrar o novo processo de Calcitriol. Em seguida, efetuar os
procedimentos cabíveis expressos no Manual de Peticionamento e Tramitação SEI. Após conferir o
processo peticionado, a CAF deverá encaminhar o processo completo para análise na DMESP.

89
12- ARQUIVAMENTO DE SOLICITAÇÕES
Todos os documentos relativos às solicitações protocoladas na Farmácia Municipal, bem como as prescrições médicas, o
Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos, os relatórios e laudos médicos, as cópias dos exames, os
recibos de dispensação devem ser mantidos na unidade descentralizada, para eventuais consultas e para efeito de auditoria.

Caso o paciente requeira cópia dos documentos de seu processo, a solicitação deve ser elaborada de próprio punho,
datada e assinada ou por meio do preenchimento do formulário de Solicitação de Cópia do Processo Administrativo – CEAF
(Anexo 28).

90
13- DEVOLUÇÃO DE MEDICAMENTOS PELO USUÁRIO
O farmacêutico da Farmácia Municipal deverá receber os medicamentos devolvidos pelos usuários e mantê-los em local
segregado, restringindo o acesso a eles. Esses medicamentos não podem ser novamente incorporados ao estoque e o seu
descarte deve ser providenciado obedecendo às normas e legislações vigentes.

Deve ser preenchido o Termo de Devolução de Medicamentos do CEAF (Anexo 29) para o registro das informações sobre
os medicamentos devolvidos (nome do paciente, nome do medicamento, quantidade devolvida, data de validade, lote, motivo
da devolução, data da devolução, assinatura do paciente, assinatura do farmacêutico).

O município é responsável pela destinação final dos medicamentos do CEAF vencidos, desde que estes tenham sido
entregues pela Unidade Regional de Saúde (URS) com prazo de vencimento superior a seis meses. As CAF de referência são
responsáveis pelo recolhimento dos medicamentos do CEAF vencidos e que tenham sido distribuídos pela URS com prazo de
validade inferior a seis meses.

91
14- OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES

14.1- CENTRAL DE AJUDA DO SIGAF


Na página da Central de Ajuda do SIGAF estão disponíveis diversos manuais para orientar a execução de procedimentos
no sistema, como cadastros de pacientes, prescritores, processos ou lista de medicamentos em falta, pedidos de
medicamentos, aceites de distribuição, entradas e dispensações.

Os manuais podem ser acessados no endereço eletrônico https://sigafajuda.wordpress.com/documentos/manuais/ ou


clicando no ícone ‘Manuais’ na página inicial do SIGAF http://sigaf.saude.mg.gov.br/, conforme imagem abaixo.

14.2- APLICATIVO MG App


O MG App é um aplicativo criado com o objetivo de facilitar o acesso a informações e serviços estaduais e facilitar a
resolução de problemas e a busca por informações em celulares e outros dispositivos móveis.

No que tange aos serviços prestados pela Superintendência de Assistência Farmacêutica (SAF), por meio do MG App, é
possível consultar se um medicamento é padronizado pelo SUS. Para realizar a consulta, basta seguir os passos abaixo:

1º- ACESSAR O APLICATIVO MG APP NO SEU CELULAR E REALIZAR O LOGIN.


2º- ACESSAR O ÍCONE “MENU” E SELECIONAR A OPÇÃO “SAÚDE”.
3º- APÓS ACESSAR A OPÇÃO “SAÚDE”, VOCÊ DEVE SELECIONAR A OPÇÃO “CONSULTA MEDICAMENTOS”.
4º- INSERIR A SUA CIDADE NO CAMPO “CIDADE DE RESIDÊNCIA”.
5º- INSERIR O NOME GENÉRICO DO SEU MEDICAMENTO NO CAMPO “MEDICAMENTO/INSUMO”.
6º- APÓS INSERIR AS INFORMAÇÕES ACIMA O APLICATIVO IRÁ RETORNAR SE O MEDICAMENTO ESTÁ PADRONIZADO
PELO SUS.

92
O aplicativo MG App também permite ao paciente acompanhar a situação de sua solicitação de medicamento(s) do CEAF
e também consultar a disponibilidade do(s) medicamento(s) de sua solicitação no estoque da Farmácia. Para verificar a situação
da solicitação de medicamento(s) do CEAF no MG App, siga os passos abaixo:

1º- ACESSAR O APLICATIVO MG APP NO SEU CELULAR E REALIZAR O LOGIN.


2º- ACESSAR O ÍCONE “MENU” E SELECIONAR A OPÇÃO “SAÚDE”.
3º- PASSO: APÓS ACESSAR A OPÇÃO “SAÚDE”, VOCÊ DEVE SELECIONAR A OPÇÃO “CONSULTA SOLICITAÇÃO
MEDICAMENTO”.
4º- VOCÊ PODE REALIZAR A CONSULTA UTILIZADO O CPF OU O CNS (CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE) E A DATA DE
NASCIMENTO DO PACIENTE, E CLICAR EM “BUSCAR”.
5º- O APLICATIVO IRÁ LISTAR TODAS AS SOLICITAÇÕES DO PACIENTE, PORTANTO, VOCÊ DEVE SELECIONAR A
SOLICITAÇÃO DESEJADA, ASSIM O APLICATIVO TRARÁ AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE A SOLICITAÇÃO.
6º- PARA VERIFICAR A SITUAÇÃO DA SOLICITAÇÃO POR MEDICAMENTO, BASTA SELECIONAR O MEDICAMENTO
DESEJADO.

Caso a solicitação do paciente esteja deferida, para consultar a disponibilidade do medicamento, basta acessar o
medicamento (6º Passo) e selecionar o campo “Disponibilidade” no lado superior direito da tela.

O MG App está disponível nas lojas de aplicativos para iOS e Android.

14.3- PORTAL CIDADÃO MG


Informações sobre a situação das solicitações de medicamentos do CEAF e sua disponibilidade também podem ser
consultadas pelo Portal CIDADÃO MG: https://cidadao.mg.gov.br.

Acesse o Menu ‘Saúde’ e, em seguida ‘Consulta do Andamento da Solicitação/Disponibilidade de Medicamentos’.

14.4- APLICATIVO CONECTE SUS


O CONECTE SUS é uma plataforma móvel e de serviços digitais oficial do Ministério da Saúde, onde o cidadão terá acesso
às suas principais informações de saúde, destacando-se o número do Cartão Nacional de Saúde.

Para tal, o cidadão deve baixar o aplicativo nas lojas digitais (para iOS e Android), inserir o número de seu CPF e seguir as
instruções do aplicativo.

Além do CNS, o aplicativo oferece outras funcionalidades como 1) permite visualizar os agendamentos de consultas e
procedimentos realizados pelo cidadão na atenção básica, média e de alta complexidade (SISREG); 2) mostra as informações
gerais do cidadão, como lista de medicamentos que foram recebidos pelo programa "Aqui tem Farmácia Popular" e lista de
vacinas recebidas; 3) permite consultar estabelecimentos de saúde próximos a sua localidade; 4) acesso a ouvidoria do SUS.

93
14.5- RECLAMAÇÕES, DENÚNCIAS, SUGESTÕES, ELOGIOS E
OUTRAS DEMANDAS
O cidadão conta com algumas formas para enviar reclamações, denúncias, sugestões e outras demandas acerca da
assistência à saúde no âmbito do SUS-MG. Nestes casos, ele deverá ser orientado a acessar qualquer um dos seguintes canais:

FALE CONOSCO:
Acessar o site http://www.saude.mg.gov.br/ e clicar em ‘Fale conosco’ no menu superior:

OUVIDORIA GERAL DO SUS:


Para entrar em contato com a ouvidoria, o cidadão poderá telefonar para 136, ou acessar o site
http://www.ouvidoriageral.mg.gov.br/ e clicar em ‘Manifestação Ouvidoria SUS’:

Os casos omissos neste Guia deverão ser encaminhados à DMESP para apreciação.

94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretoria Colegiada. Resolução nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre
Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e
da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da
União, Seção 1, p. 78, 18 ago. 2009.
BRASIL. Lei nº 5.991 de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, pág. 13049, 19 dez.
1973.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de
Medicamentos. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, nº 215-E, Seção 1, p. 18-22, 10 nov. 1998a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento
Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, 19 maio 1998b.
BRASIL. Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999. Altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância
sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá
outras providências. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, Seção 1, p.1, 11 fev. 1999.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, Seção 1, p.1, 11
jan. 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual dos
comitês de mortalidade materna / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas. – 3. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 20, de 5 de maio de 2011. Dispõe sobre o controle de
medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação.
Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, 9 mai. 2011.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa
com Deficiência). Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, nº 127, Seção 1, p.2, 07 jul 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação do Ministério da Saúde PRC nº 2, de 28 de
setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília: D.O.U.
- Diário Oficial da União, nº 190, Seção 1, Suppl., p.61, 03 out. 2017a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação do Ministério da Saúde PRC nº 6, de 28 de
setembro de 2017. Consolidação das normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os
serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, nº 190, Seção 1, Suppl., p.569, 03 out.
2017b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cartão Nacional de Saúde: Sobre o programa [Internet]. 2018. Disponível em
<http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/cartao-nacional-de-saude/sobre-o-programa>. Acesso em 07 ago 2018.
CFF. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 308, de 02 de maio de 1997. Dispõe sobre a Assistência Farmacêutica em
farmácias e drogarias. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, Seção 1, p. 10695, 22 maio 1997.
CFF. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 357, de 20 de abril de 2001. Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas
de Farmácia. Brasília: D.O.U. - Diário Oficial da União, Seção 1, p. 24-30, 27 abr. 2001.
MS. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas. Vol. 1. Série A. Normas
e Manuais Técnicos. 2 ed. Brasília: Gráfica Editora Pallotti, 2011. 606 p.
BRASIL. Lei nº 12.401, de 28 de abril de 2011. Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a assistência
terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Brasília: D.O.U. - Diário
Oficial da União, Seção 1, p.1, 29 abr. 2011.

95
ANEXOS

96
ANEXO 1 – Modelo de Checklist

97
ANEXO 2 – Nota de Esclarecimento

98
ANEXO 3 – LME - Solicitação de Medicamentos

99
ANEXO 4 – LME - Avaliação e Autorização

100
ANEXO 5 – Modelos de Procuração

101
102
ANEXO 6 – Declaração de Residência

103
ANEXO 7 – Modelos de Receituário de Medicamentos sob
Controle Especial

104
105
ANEXO 8 – Requerimento de Medicamentos do CEAF

106
ANEXO 9 – Termo de Adesão

107
ANEXO 10 – Declaração Autorizadora

108
109
ANEXO 11 – Formulário de Atendimento (Pendências)

110
ANEXO 12 – Formulário de Processos Ativos/Inativos

111
ANEXO 13 – Fluxo para Solicitação de Medicamento(s) do CEAF
nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação Técnica
na DMESP

112
ANEXO 14 – Fluxo para Solicitação de Medicamento(s) de Via
Rápida nas Farmácias Municipais Descentralizadas e Avaliação
Técnica na CAF

113
ANEXO 15 – Termo de Designação de Representante para
Solicitação e Recebimento de Medicamentos do CEAF para
Privados de Liberdade

114
ANEXO 16 – Fluxo para Dispensação de Medicamento(s) nas Farmácias Municipais
Descentralizadas

115
ANEXO 17 – Recibo de Medicamentos – RME

116
ANEXO 18 – Termolábeis

117
ANEXO 19 – Fluxo para Renovação da Continuidade do Tratamento nas Farmácias Municipais
Descentralizadas

118
ANEXO 20 – Notificação de Necessidade de Apresentação de
Documentos/Exames para Monitoramento do Tratamento com
Medicamentos do CEAF pela SES-MG

119
ANEXO 21 – Fluxo para Monitoramento do Tratamento com
Análise Técnica na DMESP

120
ANEXO 22 – Fluxo para Monitoramento do Tratamento com Análise Técnica na CAF

121
ANEXO 23 – Guia de Liberação do Medicamento Clozapina

122
ANEXO 24 – Modelo de Carta do Farmacêutico ao Médico
Prescritor

123
ANEXO 25 – Fluxo para Solicitação de Reavaliação de
Processos nas Farmácias Municipais Descentralizadas e
Avaliação Técnica na DMESP

124
ANEXO 26 – Fluxo para Solicitação de Reavaliação de Processos nas Farmácias Municipais
Descentralizadas e Avaliação Técnica na CAF

125
ANEXO 27 – Formulário de Transferência

126
ANEXO 28 – Solicitação de Cópia do Processo Administrativo –
CEAF

127
ANEXO 29 – Termo de Devolução de Medicamentos do CEAF

128

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