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ALUNO: Luiz Felipe Ferreira Rodrigues

PERIODO: 8º FARMÁCIA- FAF

Atividade A1-Bioquímica Clínica

Caso 1

O paciente J.L.F, sexo masculino, 52 anos é portador de diabetes tipo 2. Na sua última consulta
o médico observou que sua glicemia de jejum, sua glicemia pós prandial e sua hemoglobina
glicada estavam altos. O médico, além de outras medidas adotadas, o aconselhou a realizar
exercícios físicos regulares para ajudar a controlar sua glicemia. Diante do exposto responda:

a) Por que os exercícios físicos ajudam a controlar a glicemia? Descreva os mecanismos


bioquímicos.

Quando você faz atividade física, você consegue diminuir a quantidade de gordura no corpo.
Isso é importante porque o nosso corpo, para controlar a glicemia, ele produz a insulina. A
insulina tem resistência à gordura. Ou seja, quanto mais gordura você tiver, mais insulina você
vai produzir.

A regulação da glicemia no organismo depende basicamente de dois hormônios, o glucagon e a


insulina. A ação do glucagon é estimular a produção de glicose pelo fígado, e a da insulina é
bloquear essa produção, além de aumentar a captação da glicose pelos tecidos periféricos
insulino-sensíveis.

b) Existe diferença dos benefícios dos exercícios físicos para pacientes diabético tipo I e para
os pacientes diabéticos tipo II? Justifique sua resposta.

Tipo 1: Programas de exercícios físicos têm sido eficiente no controle glicêmico de diabéticos,
melhorando a sensibilidade à insulina, tolerância à glicose e diminuindo a glicemia sanguínea
desses indivíduos e geralmente é recomendado apenas o exercício aeróbio.

Tipo 2: Os efeitos benéficos do exercício físico no paciente diabético do tipo II são vários, entre
eles podemos destacar a diminuição das concentrações de glicose sanguínea antes e após o
exercício, melhora do controle glicêmico, diminuição do uso de medicamentos orais ou
insulinas, melhora na sensibilidade à insulina e no condicionamento cardiovascular e
consequente a diminuição dos fatores de risco cardiovascular. Sendo assim, a prática sistemática
de exercícios físicos é fundamental para controle e tratamento da diabetes tipo II.

c) Os exercícios físicos também são benéficos para pacientes diabéticos tipo I ou tipo II não
tratados ou em que o tratamento farmacológico não esteja obtendo sucesso?

Os efeitos benéficos do exercício físico no paciente diabético são vários, entre eles podemos
destacar a diminuição das concentrações de glicose sanguínea antes e após o exercício, melhora
do controle glicêmico, diminuição do uso de medicamentos orais ou insulinas, melhora na
sensibilidade à insulina e no condicionamento cardiovascular e consequente a diminuição dos
fatores de risco cardiovascular. Sendo assim, a prática sistemática de exercícios físicos é
fundamental para controle e tratamento da diabetes. Pessoas com diabetes que realizam
exercícios físicos podem-se beneficiar a curto e/ou em longo prazo. Em curto prazo, há o
aumento da ação da insulina, aumento da captação da glicose pelo músculo, aumento da
captação da glicose no período pós-exercício, diminuição da taxa de glicose e aumento da
sensibilidade celular à insulina. Em logo prazo, há melhoria das capacidades cardiorrespiratórias,
diminuição de tecido adiposo, redução dos riscos de doenças coronárias e melhora da qualidade
de vida. A prática regular de exercício físico é fundamental na melhora da qualidade de vida e
no controle do diabetes e o exercício físico aumenta a captação de glicose no tecido muscular,
melhora o controle glicêmico, diminui os fatores de risco para doença coronariana, contribui
para a perda de peso e melhora a qualidade de vida desses pacientes.

Caso 2

Uma criança do sexo masculino, começou a apresentar vômitos e diarréia de forma frequente
após o 4º dia de vida, este fato causou-lhe perda de peso importante. No 20º dia de vida
apresentou icterícia, hepatomegalia e ligeira opacificação do cristalino. Os exames
laboratoriais demonstraram aumento de bilirrubina conjugada e não conjugada, aumento de
açúcares redutores na corrente sangüínea e presença de galactose na urina (galactosúria). O
diagnóstico de galactosemia foi estabelecido e em seguida prescrita uma dieta à base de soja.
Gradativamente, os sintomas foram desaparecendo com esta dieta e a criança apresentou um
desenvolvimento normal. Diante dos expostos responda as questões abaixo:

a) A galactosemia pode ser causada pela ausência ou deficiência de quais enzimas?


É causada pela deficiência da galactose-1-P uridil transferase (GALT). A ausência
completa dessa enzima é denominada galactosemia clássica, mais comumente
conhecida apenas pelo termo “galactosemia”.

b) Quais os sintomas que aparecem em decorrência da galactosemia?


A galactosemia geralmente não causa sintomas ao nascimento, mas icterícia, diarreia e
vômitos logo se desenvolvem e o bebê não ganha peso.

c) Quais as principais fontes alimentares que contem a galactose?


Sabe-se que os principais alimentos que contêm galactose são leites e derivados e por
este motivo devem ser completamente evitados. Frutas, vegetais e grãos são aceitos,
porém com restrições. Algumas frutas e vegetais contêm pequenas quantidades de
galactose.

d) Qual o tratamento mais adequado para os indivíduos galactosêmicos?


O tratamento da galactosemia consiste numa dieta de exclusão total dos alimentos que
contenham galactose/lactose, ela deverá ser rígida e permanente. A lactose é um
dissacarídeo, um açúcar composto de dois monossacarídeos, a glicose e a galactose.

e) A galactose é um monossacarídeo constituinte de glicoproteínas de membranas


plasmáticas. Como os indivíduos galactosêmicos poderão sintetizar galactose para as
suas glicoproteínas, se suas dietas deverão ter um baixo teor de lactose?

Outras enzimas passam a fazer essa função.

A metabolização da Galactose em organismos saudáveis, é a conversão de ß D-galactose para a


forma metabólica mais usual glicose-1-fosfato, que é acompanhada pela ação de 4 principais
enzimas que constituem a chamado via de Leloir (Leloir pathway). 10 No primeiro passo desta
via ß-D Galactose é epimerizado a a-D-Galactose, pela galactose mutarotase. O próximo passo
envolve a Fosforilação dependente de ATP de a-D-Galactose, pela galactoquinase (FIG.4), para
se obter galactose-1- fosfato, então a galactose-1-fosfato uridiltransferase, catalisa a
transferência de um grupo de UMP em UDP- glicose a galactose-1-fosfato, gerando assim uma
glicose-fosfato e UDP galactose. Para completar a via, UDP galactose, é convertido em UDP-
glicose por UDP galactose 4-epimerase. Nos seres humanos, defeitos nos genes que codificam
para a galactoquinase, uridiltransferase, ou epimerase pode dar origem a galactosemia.

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