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Endereço IP

Professor Leonardo Rodrigues Ferreira


Aula 07

Endereço IP
Assuntos do Capítulo
 Endereço IPv4
 Representação
 Classes de Endereço
 Endereços Ips (Privados e Públicos)
 Máscara de Sub-Rede
 Cálculo de Sub-Rede
 Conceito de VLSM
 Endereço IPv6 (Ipng)
 Fundamentos
 Categorias
 Representação
 Tipos de Endereços e Prefixos
 Transição do IPv4 / IPv6
Endereço IP
O uso de computadores em rede, tal como a internet, requer que cada
máquina possua um identificador que a diferencie das demais. É
necessário que cada computador tenha um endereço, alguma forma de
ser encontrado. O IP (Internet Protocol) é uma tecnologia que permite a
comunicação padronizada entre computadores, mesmo que estes
sejam de plataformas diferentes, identificando-os de forma única em
uma rede.
A comunicação entre computadores é feita através do uso de padrões,
ou seja, uma espécie de "idioma" que permite que todas as máquinas
se entendam. Em outras palavras, é necessário fazer uso de um
protocolo que indique como os computadores devem se comunicar. No
caso do IP, o protocolo aplicado é o TCP/IP (Transmission Control
Protocol/Internet Protocol).
Endereço IPv4
No IP versão 4, cada anfitrião TCP/IP é identificado por um
endereço IP lógico. O endereço IP é um endereço de camada de
Rede e não tem qualquer dependência do endereço da camada de
Ligação de Dados (tal como o endereço MAC de uma placa de
rede). É requerido um endereço IP exclusivo para cada anfitrião e
componente de rede que comunica utilizando o TCP/IP, endereço
este que pode ser atribuído manualmente ou através da utilização
do protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).
O endereço IP identifica a localização de um sistema na rede tal
como uma morada identifica uma casa numa cidade. Tal como a
morada tem de identificar uma residência única, um endereço IP
tem de ser globalmente exclusivo na rede e tem de ter um formato
uniforme.
Representação do IPv4
Os 32 bits de endereçamento do IPv4 estão separados
em duas partes, sendo que a primeira informa o endereço
de rede e a segunda, o endereço de host. A
representação do endereço IPv4 é feita através da
chamada notação decimal pontuada. Nela, cada um dos
quatro bytes do endereço IPv4 é representado pelo seu
valor decimal, separados por um “.”.
Classes de Endereço IP
Originalmente, foram definidas 3 classes de endereço, identificadas
pelo valor dos primeiros bits do endereço de rede, para atender às
necessidades de redes de diferentes tamanhos. A distribuição abaixo
mostra essa divisão (SMETANA, 2010)
Classe A: Compreende os endereços "0.*.*.*" a "126.*.*.*". Conhecida
como "/8", onde 8 bits são utilizados para endereçar a rede.
Classe B: Compreende os endereços "128.0.*.*" a "191.255.*.*".
Classificada como "/16", pois 16 bits são utilizados para
endereçamento de rede.
Classe C: De "192.0.0.*" a "213.255.255.*". É classificada como "/24",
onde 24 bits endereçam a rede. Dos 32 bits do endereço, sobram 8
bits para endereçar os hosts, o que significa que cada rede classe C
pode ter um total de 254 hosts (utilizando a máscara padrão).
Endereço IPs (Privados e Públicos)
Endereços IP Públicos
Os endereços IP públicos constituem o espaço de endereçamento
Internet. Estes são designados para serem globalmente únicos de
acordo com os objetivos que se descrevem mais adiante neste
documento. O principal propósito deste espaço de endereçamento é
permitir a comunicação usando o IPv4 sobre Internet. Endereços IP
Privados
Alguns conjuntos de endereços IP foram reservados para a operação
de redes privadas que usam o protocolo IP. Qualquer organização
pode usar esses endereços IP em suas redes privadas sem a
necessidade de solicitar-los à algum Registro Internet. A principal
condição estabelecida para o uso de endereços IP privados é que os
dispositivos que usem esses endereços IP não necessitem serem
alcançados a partir da Internet.
Máscara de Sub-Rede
Máscaras de sub-rede são conjuntos de quatro números, similares
aos IPs, que servem para indicar em uma rede, qual é a parte fixa
e qual é a parte variável (NETTO, 2010). Em redes classe A,
apenas o primeiro byte é fixo e os outros três são variáveis. Por
exemplo, em uma rede local classe A, os endereços têm a forma
10.xx.xx.xx. A máscara de sub-rede usada é 255.0.0.0. Os zeros
indicam a parte variável dentro da rede, o valor 255 (representado
em binário como 11111111) indica a parte fixa. As máscaras
usadas para redes A, B e C são as seguintes:
Classe A: 255.0.0.0
Classe B: 255.255.0.0
Classe C: 255.255.255.0
Cálculo de Sub-Rede
Vamos imaginar que eu precise de uma rede para pelo menos 1000
hosts Como tem que ser multiplo binario ou seja X^2 o mais proximo
que temos a isso é 1024 (2^10) Logo alem do ultimo octeto (8 bits)
precisamos "pegar emprestado" mais 2 bits mascara classe C
padrao 255.255.255.0 ou 11111111.11111111.11111111.00000000;
Pegando 2 emprestados do terceiro octeto ficaria 11111111
11111111 11111100 00000000 ou 255.255.252.0 Sendo os 2
primeiros octetos "fixos" da rede teriamos para sub-rede 64 para
rede (2^6) e 1024 para host (2^10)
O que nos daria 1024 enderecos de host disponiveis para cada uma
da 64 sub-rede como 1 endereco é de rede e 1 de broadcast
teriamos que diminuir 2 que daria 1022 enderecos validos por sub-
rede
Conceito de VLSM
VLSM nada mais é do que a segmentação lógica de subredes. Ou
seja, para criar subredes, você segmentou uma determinada  rede.
VLSM consiste em segmentar as subredes criadas, em blocos não
necessariamente do mesmo tamanho. Daí o nome “subredes de
tamanho variável”.
Este método de subnetar redes é o mais eficiente e realístico. Pois
usa todos os bits disponíveis na subnet. Lembram-se dos endereços
com subnets do tipo 255.255.255.0? Este tipo de subnets torna-se
muito dispendioso em termos de desperdício de ip's.
Mesmo que tenhamos a possibilidade de usar o NAT e que os
endereços nunca se acabem devemos sempre ter em consideração
que a nossa rede deve sempre ser desenhada da forma mais
eficiente possível. É aqui que o conceito de VLSM vem á tona.
Endereço IPv6 (Ipng)
Ainda não há uma especificação oficial para a alocação e formação
de endereços do IPv6 e como os endereços IPv6 são quatro vezes
maiores que os endereços IPv4, são também quatro vezes mais
complexos (PINHEIRO, 2004). A representação básica de um
endereço IPv6 se dá na forma X:X:X:X:X:X:X:X, onde X refere-se a
quatro dígitos hexadecimais (16 bits). Cada dígito consiste em quatro
bits, cada inteiro consiste em quatro dígitos e cada endereço consiste
em oito inteiros, num total de 128 bits (4x4x8 = 128). Apenas 15 % de
todo espaço IPv6 está alocado, ficando os outros 85% restantes para
uso futuro. Devido a esta pré-alocação, serão comuns endereços
com uma longa seqüência de bits zero. Neste caso, a especificação
permite "suprimir" estes zero. Em outras palavras, o endereço
"2000:0:0:0:0:0:0:1" pode ser representado como "2000::1".
Fundamentos
Existem diferentes tipos de endereços IPv6: Unicast, Anycast e
Multicast. Endereços Unicast são os endereços conhecidos.
Um pacote enviado a um endereço unicast chega exatamente
à interface pertencente ao endereço. Endereços anycast são
sintaticamente indistinguíveis de endereços unicast, mas eles
endereçam um grupo de interfaces. Um pacote destinado para
um endereço anycast vai chegar na interface mais próxima
(em métrica de roteador). Endereços anycast somente podem
ser usados por roteadores. Endereços multicast identificam um
grupo de interfaces. Um pacote destinado a um endereço
multicast vai chegar em todas as interfaces pertencentes ao
grupo multicast.
Categorias
Conhecer o cabeçalho IPv6 facilita o entendimento do protocolo. Os
compontentes do cabeçalho são:
Classe de Tráfego [traffic class]: descreve a classe ou prioridade do pacote IPv6
(semelhante ao ToS do IPv4)
Marcação de Fluxo [flow label]: indica uma seqüência de pacotes entre a origem e
o destino que requer processamento diferenciado.
Tamanho do Payload [payload length]: no tamanho do payload considera-se os
cabeçalhos de extensão (extension headers).
Cabeçalho Seguinte [next header]: identifica o protocolo da camada superior ao
IPv6.
Limite de Saltos [hop limit]: decrementado de 1 em 1 depois de cada roteador.
Endereço de Origem [source address]: tamanho de 128 bits
Endereço de Destino [destination address]: tamanho de 128 bits.
Representação de Endereços IPv6
Os endereços IPv6 estão constituidos por oito blocos de 16 bits, os quais
acabam sendo escritos como oito blocos de 4 dígitos hexadecimais.
As formas de simplificação da escrita de endereços IPv6 está ilustrada
abaixo:
Exemplo estendido de endereço IPv6:
FE14:42B9:001B:0000:0000:12D0:005B:06B0
O mesmo endereço, agora simplificando os zeros frontais, tanto em
blocos de apenas zeros como nos outros:
FE14:42B9:1B::12D0:5B:6B0
No caso da simplificação dos blocos de zeros contínuos apresentada
acima, o endereço IPv6 resultante possui apenas 6 blocos de números
hexadecimais. Por conseqüência, entende-se que existem dois blocos
contínuos de zeros simplificados e localizados.
Tipos de Endereços IPv6
Os três tipos de endereços IPv6 são:
Unicast (um-para-um): são divididos em endereços
Globais e Link-Local.
Anycast (um-para-o-mais-próximo): identificam
servidores ou roteadores em uma área.
Multicast: (um-para-muitos): identificam um
conjunto de hosts.
Implementação e Estratégias de
Transição do IPv4 para IPv6
Durante o tempo de transição, os modelos de implementação mais aceitos são:
IPv6 sobre Links WAN Dedicados
Este modelo é mais para uma implementação separada e paralela de redes
IPv6.
Túneis de IPv6 sobre IPv4
Redes IPv6 conectam-se entre si utilizando túneis sobre redes IPv4. Conhecido
com 6to4.
IPv6 utilizando backbones de pilha dupla
Modelo utilizando roteadores de pilha dupla, capazes de rotear tanto IPv6 como
IPv4.
Tradução de Protocolo
O recurso de tradução é conhecido como NAT-PT e permite comunicação de
redes IPv6 nativas com redes IPv4.
Obrigado!!!

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