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30 anos da crise da dívida

externa

Como o Brasil passou pelo setembro negro de 1982, quando


o país chegou ao fundo do poço e era visto pelo sistema
financeiro internacional como o 'próximo a quebrar'.
1973

Primeira crise
Primeira crise do
petróleo exige dos
governos no mundo
grandes ajustes, mas o
Brasil preferiu
continuar crescendo
com empréstimos
externos. A dívida
externa chegou a
US$12,6 bilhões no
fim daquele ano.

Capa do Globo em 18/10/1973. Foto: Reprodução


1979

Segunda crise
O início da segunda
crise do petróleo
com a revolução do
Irã leva os preços a
dispararem
novamente, mas,
diferentemente da
primeira crise, essa é
mais prolongada, por
isso a dívida
brasileira começou a
disparar

Para contornar a crise do petróleo, surge a bicicleta de 20 lugares. Foto: Reprodução


1981

Recessão no Brasil
• Brasil tem seu primeiro ano de recessão desde
o "milagre" diante da queda do preço das
commodities e restrição maior de liquidez no
mundo, consequência da elevação da taxa de
juros dos EUA, ameaça o fluxo de recursos no
mercado internacional
Agosto de 1982

Moratória mexicana
Diante da
restrição de
crédito externo, o
México, que
também crescia
com base em
empréstimos
externos, decreta
moratória e
coloca em risco
todas as
economias em
desenvolvimento
do mundo

Foto: Arquivo O Globo


Setembro de 1982

Pacote do FMI não vem


Reunião do FMI em
Toronto não define
um esperado pacote
de ajuda aos países
subdesenvolvidos.
Nesse encontro, o
governo brasileiro
descobriu que
estava no topo da
lista de apostas do
país que seria o
próximo a quebrar

Reunião do FMI, em Toronto. Foto: Reprodução


Dezembro de 1982

Brasil pede ajuda ao FMI


O governo brasileiro
procura
formalmente o FMI
em busca de um
pacote de ajuda e
chama todos os
seus credores para
renegociar os
pagamentos
programados. A
dívida externa
chega a US$ 83,2
bilhões, com US$ 13
Reunião de enviados do FMI com autoridades brasileiras, no Planalto. Foto: Jamil
Bittar / Agência O Globo
bilhões vencendo
em até um ano
1987

Sarney anuncia moratória

O presidente José
Sarney anuncia a
moratória da dívida
externa, que já
superava os US$ 10
bilhões,
interrompendo
negociação iniciada
em 1986.

Sarney anuncia a suspensão temporária do pagamento dos juros da dívida externa.


Foto Gustavo Miranda / Agência O Globo
1994

Plano Brady
Em abril, o governo
adere ao Plano Brady,
transformando sua
dívida externa com
credores privados em
títulos negociáveis
com prazos e
condições financeiras
mais favoráveis ao
Brasil do que nos
contratos anteriores

Nicholas Brady, Secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Foto: Reprodução


1995

Volta ao mercado
• Depois de quinze anos ausente, o Brasil volta
ao mercado internacional de capitais lançando
os bônus negociáveis
2002

Empréstimo do FMI
Diante da
turbulência
internacional, o
governo brasileiro
volta ao FMI em
setembro e recebe
empréstimo de US$
41,75 bilhões, que
os candidatos às
eleições
presidenciais
daquele ano se
comprometeram a
pagar
Pedro Malan, durante entrevista coletiva sobre o acordo fechado com o FMI. Foto:
Arquivo O Globo
2005

Dívida quitada
O governo brasileiro
não renova o
empréstimo feito em
2002 e, no fim do ano,
quita o restante da
sua dívida de US$ 15,5
bilhões, livrando-se da
cartilha de exigências
do Fundo

Lula e o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, anunciam que o governo não renovou
empréstimo com o FMI. Foto: Jamil Bittar/Reuters
2009

Brasil credor
Durante a crise
internacional, o Brasil
é convocado para
aumentar sua
participação no FMI,
de US$ 10 bilhões
para US$ 14,5
bilhões, em um
esforço mundial para
salvar os países em
dificuldades
financeiras e passa a
ser credor do
organismo
2012

Novo aporte brasileiro


O Brasil é novamente
convocado pelo FMI
para fazer um aporte
adicional para ajudar
os países em
dificuldades na zona
do Euro, mas coloca
como condição uma
participação mais
efetiva dos países
em desenvolvimento
nas decisões do
Fundo

A presidente Dilma Rousseff recebe Christine Lagarde, Diretora-geral do FMI. Foto:


Gustavo Miranda/Agência O Globo
30 anos da crise da dívida externa
• Arte: O Globo
• http://oglobo.globo.com/infograficos/divida-c
rise/

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