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POLÍTICA ECONÔMICA

O conjunto de normas estabelecidas e medidas tomadas


por um governo para atingir objetivos econômicos
Política Econômica
• Governos têm grande influência sobre a
economia de seu país.
• O conjunto de normas estabelecidas e medidas
tomadas por um governo para atingir objetivos
econômicos é chamado de Política Econômica.
• O objetivo universal de qualquer política
econômica é estimular o crescimento da
economia e garantir a estabilidade das condições
das atividades econômicas.
• Os quatro principais aspectos da política
econômica de qualquer nação são as políticas
cambial, comercial, fiscal e monetária, mas a
atuação de um governo pode ir além delas.
Política Econômica Brasileira
• A política econômica brasileira é caracterizada pelas ações do governo que
buscam atingir seus objetivos através de instrumentos econômicos,
divididos entre as políticas monetária, fiscal e cambial. A principal função do
poder público no Brasil é zelar pelo bem comum, contudo, para realizar
essa função, o governo, enquanto agente econômico do sistema, precisa
intervir sobre determinadas variáveis no intuito de prover condições
favoráveis à população. Os governos federal, estaduais e municipais atuam
em conjunto para a consolidação das políticas econômicas adotadas no
país.

• Cumprindo seu papel regulador, o Estado direciona as atividades econômicas


mediante leis e disposições administrativas, controlando preços, monopólios e
ações danosas ao direito do consumidor. O governo também possui o
compromisso de prover ou facilitar o acesso a bens e serviços essenciais,
principalmente aqueles que não são de interesse do setor privado, como
educação, saúde, defesa, segurança, transporte e justiça.

http://www.sppert.com.br/Artigos/Brasil/Economia/Política_Econômica/Política_Econômica_Brasileira/
Política Econômica Brasileira
• Outra função assumida pelo Estado é a redistributiva, que tem o objetivo de
beneficiar a parcela de necessitados da sociedade. Suas diretrizes
econômicas e sociais devem primar pela distribuição de renda de maneira
igualitária. Entretanto, a mais importante de suas atribuições no setor é
manter a economia estabilizada, controlando os grandes agregados
macroeconômicos, as taxas de inflação, desemprego e nível de produção.
O bom desempenho das funções gestoras do governo resultam no bom
funcionamento do sistema econômico.

• Compondo as diretrizes econômicas nacionais estão as medidas adotadas


pela política cambial, que regulamenta as operações de exportação e
importação; a política monetária, que controla a quantidade de moeda em
circulação no país; e a política fiscal, que determina as fontes de
arrecadação e os gastos públicos brasileiros.

http://www.sppert.com.br/Artigos/Brasil/Economia/Política_Econômica/Política_Econômica_Brasileira/
Almanaque Abril| Crédito: CLAUDIO ROSSI

Câmbio: trocas de R$ por US$ - essencial para compras ou turismo no exterior

POLÍTICA CAMBIAL
Política Cambial
• Conjunto de normas estabelecidas e de medidas tomadas por um
governo para influenciar as taxas de câmbio entre a moeda
nacional e as moedas de outros países.

• A intervenção do governo é necessária porque o equilíbrio entre a


procura por moedas estrangeiras e sua oferta se altera
constantemente e pode, por vezes, provocar instabilidade nas taxas
de câmbio.

– Essa situação é desfavorável para o crescimento, pois inibe as atividades


econômicas que têm um componente internacional, ou seja, despendem ou
recebem em moeda estrangeira.
Política Cambial
• A procura por moeda estrangeira vem de importadores, empresas
multinacionais que remetem lucros para o exterior, entidades com
dívidas externas e cidadãos que viajam para o exterior.

• A oferta de moeda estrangeira vem de exportadores, empresas ou


indivíduos que remetem dinheiro ao país e investidores e turistas
estrangeiros que querem trazer dinheiro ao país.
Política Cambial
Regime Cambial

• O sistema por meio do qual o governo procura controlar a taxa de


câmbio é chamado de regime cambial. Há três principais tipos:
– o câmbio fixo
– o câmbio flutuante
– banda cambial
Política Cambial
Regime Cambial

• CÂMBIO FIXO
– existe quando o governo estabelece que a moeda nacional terá um valor fixo em
relação a alguma moeda estrangeira, chamada moeda-lastro. Para tanto, deve
garantir a livre convertibilidade entre as duas moedas, ou seja, quem quiser
trocar uma moeda por outra pela taxa de câmbio definida poderá fazê-lo. Isso
implica manter grandes reservas da moeda-lastro.
Política Cambial
Regime Cambial

• CÂMBIO FLUTUANTE
– é o regime no qual se permite que as taxas de câmbio tenham a variação ditada
pelo mercado, ou seja, pelo equilíbrio entre a procura e a oferta de moeda
estrangeira no país. Na prática, porém, em quase todos os países que permitem
a flutuação livre das taxas de câmbio, os bancos centrais intervêm, comprando
ou vendendo moeda, de forma a evitar a valorização ou a desvalorização
excessiva de suas moedas, pois um de seus principais objetivos é a
estabilidade. Essa situação é chamada flutuação suja.
– O Brasil adotou o regime de câmbio flutuante a partir de 1999.
Política Cambial
Regime Cambial

• BANDA CAMBIAL
– é o regime no qual o governo permite a variação das taxas de câmbio dentro de
um intervalo chamado banda. Esse intervalo é alterado com o tempo, de acordo
com a percepção do governo das tendências de procura e oferta de moeda
estrangeira. Quando as taxas saem dos limites da banda, o banco central do
país compra ou vende moedas estrangeiras de suas reservas internacionais de
forma a ajustar a cotação.
Política Cambial
Reserva Internacional

• Quantidade de moeda estrangeira que o governo de um país


mantém em seu Tesouro para arcar com as obrigações financeiras
internacionais, como a dívida externa, e poder abastecer e absorver
excedentes do sistema financeiro nacional. Assim, o volume de
reservas internacionais de um governo é uma medida de sua
capacidade de intervir no mercado de câmbio de forma a promover
a estabilidade do valor de sua moeda em relação a outras moedas
do mundo e defendê-la de eventuais ataques especulativos.
Câmbio: trocas de R$ por US$ - essencial para compras ou turismo no exterior

POLÍTICA COMERCIAL
Política Comercial
• Conjunto de normas e medidas que um
governo põe em prática para influenciar o
comércio de mercadorias e serviços entre
seu país e o resto do mundo.
Política Comercial
• Há medidas e normas que visam ao protecionismo, ou seja,
impedir ou restringir o fluxo de mercadorias e serviços
estrangeiros de forma a proteger o desenvolvimento da
indústria local, seja contra práticas desleais, como o dumping
(veja adiante), seja para incentivar o desenvolvimento da
indústria local, seja para garantir sua sobrevivência.

• Há também políticas retaliatórias, para agir contra interesses de


países cujas políticas comerciais prejudicam os da economia
local. Boa parte dos países do mundo hoje tende à abertura
econômica gradual, ou seja, a ir em direção ao livre-comércio
com outras nações, reduzindo as barreiras, política preconizada
no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Política Comercial
Barreira Comercial Não Financeira

• Tipo de barreira comercial não financeira à entrada de


mercadorias num país.

• Há três principais tipos de barreira não tarifária: as barreiras


sanitárias ou fitossanitárias, que restringem a entrada de
produtos por seu potencial de prejudicar a saúde pública no
país; as barreiras técnicas, que atestam a não adequação da
mercadoria às normas estabelecidas no país para garantir a
segurança ou a satisfação do consumidor; e as barreiras
ambientais, que limitam o acesso ao mercado em virtude da
potencial ameaça que o produto representa ao ambiente local
ou que seu fabricante representa ao meio ambiente global.
Política Comercial
Cota Comercial

• Ou quota, é a quantidade de determinada


mercadoria que, por lei, pode entrar em
um país proveniente de outro. Cotas são
aplicadas a países e a mercadorias
específicas.
Política Comercial
Dumping

• Comercialização desleal de mercadorias,


principalmente em mercados estrangeiros, por
empresas ou grupos de empresas, a preços
abaixo do custo de produção, com o objetivo
de enfraquecer a concorrência ou levá-la à
falência para, em seguida, dominar o mercado.
Quando acreditam ser alvos dessa prática, os
países costumam adotar medidas antidumping
para impedir a entrada das mercadorias
suspeitas.
Política Comercial
Salvaguarda

• Medida que suspende temporariamente a


importação de um produto, de forma a
permitir que a indústria local se adapte a
mudanças repentinas no grau de
concorrência externa, ainda que essa seja
legítima. Sua adoção prevê compensação
para os exportadores dos países
prejudicados.
Política Comercial
Subsídio

• Auxílio financeiro, direto ou indireto,


concedido pelo governo a produtores, por
diversos motivos (importância da atividade
para o país, preservação de postos de
trabalho etc.). Na prática, o subsídio torna
a atividade mais competitiva nos
mercados local (diante das importações) e
global (quando envolve exportações).
Política Comercial
Tarifa

• Imposto cobrado sobre o valor de uma


mercadoria importada quando entra no
país. Pode ser usado para diminuir a
competitividade de produtos estrangeiros
no mercado nacional. A tarifa ad valorem é
cobrada como porcentagem do valor da
mercadoria importada, enquanto a tarifa
específica é cobrada por volume ou peso
da mercadoria.
Almanaque Abril| Crédito: Heudes Regis

Carga Pesada: o brasileiro paga 50% mais de tributos do que o norte-americano

POLÍTICA FISCAL
Política Fiscal
• Conjunto de normas e medidas que um
governo adota para determinar as
despesas e os custos se suas ações e a
maneira pela qual vai financiá-los. Há
basicamente três tipos de politica fiscal:
expansionista, contracionista e neutra.
Política Fiscal
• A política fiscal expansionista visa o
crescimento, Para estimulá-lo, o governo
aumenta os recursos disponíveis na
economia - diminui impostos e amplia os
próprios gastos. Com o aumento de
recursos, a procura por mercadorias e
serviços tende a crescer e estimular
investimentos e contratações, o que
impulsiona a economia.
Política Fiscal
• A política fiscal restritiva ou contracionista
tem a estabilidade como meta principal.
Para debelar a inflação ou para sanear as
próprias finanças o governo aumenta
impostos e reduz gastos. Ao retirar
recursos da economia, provoca queda na
procura e o desaquecimento dos
negócios.
Política Fiscal
• A política neutra visa ao equilíbrio entre
essas duas posições. Se a economia está
crescendo a contento e o governo tem
equilíbrio e suas contas, então se mantém
a política de arrecadação e de gastos que
está em vigência.
Política Fiscal
Arrecadação Tributária

• Conjunto de recursos que um governo recolhe da economia por meio da


cobrança de tributos, também conhecido como receita tributária. Há três tipos de
tributo: taxas, contribuições e impostos.

– Uma taxa é cobrada para custear a prestação de um serviço público específico, como
coleta de lixo. Está vinculada a uma contraprestação de serviço e é cobrada daqueles
que se beneficiam dele.

– A contribuição, que pode ser provisória ou permanente, também tem seus recursos
direcionados a uma atividade estatal específica, mas não necessariamente resulta em
benefício direto para o contribuinte, tampouco sua cobrança é diretamente associada a
algum benefício direto. Contribuições podem ser instituídas para financiar obras, serviços
ou instituições específicas.

– O imposto não tem contrapartida direta na forma de serviço ou benfeitoria. Sua


cobrança é ligada a uma situação ou atividade do contribuinte, como ter propriedade,
consumir ou receber renda.
Política Fiscal
Arrecadação Tributária

• Impostos podem ser diretos ou indiretos.

– Um imposto direto é cobrado do contribuinte final, que sabe exatamente quanto está
pagando.
– O imposto indireto é cobrado de intermediários e acaba embutido no preço de
mercadorias e serviços. Assim, é pago pelo consumidor final, mas sem seu
conhecimento explícito.

• No Brasil, estima-se que mais de 60% da arrecadação tributária seja feita por
meio de impostos indiretos. Entre tributos federais, estaduais e municipais, o
sistema tributário brasileiro consiste em mais de 60 taxas, contribuições e
impostos, sem contar as taxas de cartório e de outros serviços públicos
específicos.

– Veja quais são os principais tributos brasileiros, quais são suas alíquotas e como
funcionam na tabela a seguir.
Política Fiscal
Arrecadação Tributária

COMO É A INCIDÊNCIA DE
IMPOSTOS NO BRASIL?
Política Fiscal
Arrecadação Tributária

Progressivo ou
Regressivo
Política Fiscal
Arrecadação Tributária

• Progressivo ou Regressivo
– A julgar pela tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o Brasil possui um sistema tributário
progressivo, ou seja, quem tem mais renda contribui com uma parcela maior de seus ganhos para o governo
distribuir para a sociedade por meio de programas sociais e serviços. Afinal, abaixo de determinado piso, a renda
é isenta de impostos. Nos intervalos seguintes, paga-se de imposto de 7,5% a 27,5% sobre cada faixa de renda.

– Infelizmente, o pagamento de impostos não é tão justo. Primeiro, porque a faixa do salário a partir da qual se
pagam 27,5% é de 4.088 reais por mês. Então, quem ganha 40 mil reais por mês paga uma taxa próxima à dos
que recebem 10% disso! Além do mais, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário
(IBPT, www.ibpt.com.br), mais de 60% da arrecadação tributária no Brasil é indireta. Impostos indiretos são muito
regressivos, pois os mais pobres pagam o mesmo valor que os mais ricos ao comprar mercadorias, mas gastam
muito mais de seu orçamento regular com o consumo de produtos e serviços básicos, como alimentação,
transporte e moradia. Levando em consideração o consumo médio em cada faixa de renda, estima-se que um
assalariado que ganhe até dois salários mínimos contribua com cerca de 32% de sua renda, somando impostos
diretos (8%) e indiretos (24%), enquanto a contribuição dos que recebem mais de 50 salários mínimos é de
41,5%, menos de 10% a mais.

– Em resumo: embora, no todo, o sistema tributário brasileiro seja progressivo, há vários tributos brasileiros com
características de um sistema regressivo, ou seja, no qual quem tem menor renda contribui com uma parcela
maior de seus ganhos do que quem ganha mais.
Política Fiscal
Carga Tributária

• Parcela da riqueza gerada pela sociedade em um ano


que o governo recolhe para gastar nas atividades que
lhe cabem – como a prestação de serviços públicos e a
oferta de bens públicos (segurança, justiça, controle de
trânsito etc.) –, investir no que julga importante para a
sociedade e sustentar sua estrutura.
42%
36.27% Carga tributária

Fonte: IBPT, com dados de 2012


24%

Brasil EUA França


Política Fiscal
Dívida Pública

• Soma dos valores que um governo deve aos indivíduos


e entidades que lhe emprestaram dinheiro. Governos
tomam dinheiro emprestado quando seus gastos
excedem a arrecadação. Para tanto, emitem títulos
públicos nos quais está registrada a promessa de
realizar um ou mais pagamentos, no futuro, cuja soma é
o valor do empréstimo acrescido de juros.

Receitas
Públicas

Despesas  Políticas Públicas


Política Fiscal
Dívida Pública

• A dívida interna é a soma das obrigações contidas


nos títulos emitidos no próprio país, e a dívida
externa, nos emitidos no exterior. Serviço da
dívida é o conjunto de pagamentos periódicos de
juros e quitações que o governo faz de acordo
com as promessas registradas nos vários títulos
emitidos.
– Rolagem da dívida é quando o governo emite novos
títulos para obter os recursos necessários para honrar
a obrigação de quitar títulos cujos prazos se
esgotaram.
Política Fiscal
Dívida Pública

• Em outubro de 2013, a Dívida Bruta do Setor


Público do Brasil, que engloba todas as esferas
de governo – federal, estadual e municipal –, era
de 3 trilhões de reais.

– Pouco mais de 95% dessa dívida é interna. Além de


financiarem o excesso de gastos governamentais com
relação à receita de tributos, os títulos públicos são
necessários ao governo porque são instrumentos de
política monetária, permitindo o controle da liquidez da
economia.
Política Fiscal
Empresa Pública

• EMPRESA PÚBLICA, ou
estatal, é uma entidade
engajada em atividades
econômicas que visam ao lucro,
mas que é de propriedade
pública, pois foi criada com
capital provido pelo governo, ou
seja, com recursos provenientes
da arrecadação tributária ou do
endividamento público. Quando PETROBRAS – A Estatal brasileira está entre as 20
maiores empresas petrolíferas do mundo
dão lucro, eles são incorporados
à receita pública; quando dão
Almanaque Abril| Crédito: Geraldo Falcão/Petrobras/Divulgação

prejuízo, devem ser cobertos


por meio de gastos públicos.
Política Fiscal
Empresa Pública

• PRIVATIZAÇÃO
– É a venda da totalidade ou de parte majoritária do
capital de uma empresa pública a indivíduos ou
entidades do setor privado. Além dos bancos
públicos, as principais estatais brasileiras são a
Petrobras e a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos. Várias estatais, como a Petrobras e o
Banco do Brasil, têm parte minoritária de seu
capital privatizado, ou seja, têm ações negociadas
em bolsas de valores, mas ainda permanecem sob
o controle do governo.
Política Fiscal
Gasto Público

PAÍS MAIS VELHO – A Previdência Social garante o pagamento de


aposentadorias aos cidadãos que pararam de trabalhar
Almanaque Abril| Crédito: Gustavo Roth/Folha Imagem
Política Fiscal
Gasto Público

• Soma das despesas do governo. Em bom número dos


Estados modernos, os principais gastos são similares.

• Parte é com o funcionalismo público, com os salários dos


trabalhadores empregados pelo governo. Também é
comum gastar parcelas consideráveis da arrecadação com
as redes públicas de educação e saúde, que incluem
infraestrutura, materiais e salários dos profissionais. Outro
item importante é a segurança. As polícias e outros órgãos
públicos de vigilância, proteção e investigação constituem a
segurança pública, enquanto as Forças Armadas e serviços
de inteligência formam a segurança nacional.
Política Fiscal
Gasto Público

• Há também a Previdência Social, que garante o pagamento de


aposentadorias a cidadãos que encerraram a vida produtiva após décadas
de trabalho e contribuição previdenciária, bem como o de pensões a
pessoas impossibilitadas de trabalhar, temporária ou permanentemente,
por doença ou invalidez, além de dependentes de trabalhadores que
morreram.

– A maioria dos países segue o modelo de previdência de repartição, no qual as


contribuições dos atuais trabalhadores à previdência financiam as pensões e os
salários pagos aos atuais beneficiários. Quando as contribuições não são
suficientes para cobrir os gastos, há um déficit da previdência, e o governo deve
cobri-lo com outros recursos arrecadados ou se endividando. Outro modelo,
baseado em mecanismos de mercado, é a previdência de capitalização, uma
espécie de poupança compulsória, pela qual as contribuições de cada cidadão são
acumuladas e investidas em fundos para, no futuro, ser usadas no pagamento dos
benefícios a que eles têm direito.
Política Fiscal
Investimento Público

• Utilização de recursos públicos em grandes obras ou para


criar empresas públicas com o objetivo de gerar retorno,
seja na forma de crescimento econômico e consequente
aumento da arrecadação, seja na forma de lucros diretos.

– Em razão das limitações orçamentárias enfrentadas pela


maioria dos governos atualmente, que diminuem sua
capacidade de investir, surgiu a Parceria Público-privada, ou
PPP, que se caracteriza pelo investimento conjunto do governo
e de entidades privadas, orientado ou não ao lucro, em obras
ou empreitadas consideradas de interesse público, ou pela
gestão privada de atividades públicas mediante remuneração.
Política Fiscal
Patrimônio Público

• Conjunto de bens que pertencem ao


Estado e, portanto, a todos os cidadãos,
incluindo empresas estatais e estruturas
como prédios, aeroportos e todos os bens,
riquezas e valores administrados pelo
governo.
Política Fiscal
Receita Pública

• Soma do valor das receitas tributárias com


as outras receitas do governo, tais como a
receita patrimonial, que inclui dividendos
das estatais, aluguéis de imóveis públicos
e outras, e a receita financeira, resultante
de operações financeiras realizadas no
contexto das políticas monetária e
cambial.
Política Fiscal
Resultado Fiscal

• Diferença entre a arrecadação tributária e os gastos públicos durante


determinado período. Para melhor entender as finanças públicas, os
resultados são analisados de três modos.

– O resultado primário é a diferença entre a receita tributária e os gastos públicos sem levar em conta as
despesas com os juros da dívida pública. Quando os gastos ficam abaixo das receitas, gera-se um
superávit primário.

– O resultado operacional, ou resultado real, é a diferença entre a receita tributária e todos os gastos,
incluindo as despesas com a dívida pública, ajustada de forma a excluir o efeito da inflação nas contas do
período.

– Por fim, analisa-se o resultado nominal, que é a diferença entre a receita tributária e as despesas,
incluindo o serviço da dívida pública, sem nenhum ajuste. Quando as despesas totais superam a receita, o
resultado é um déficit nominal.

• O Brasil tem apresentado superávit primário há alguns anos, mas o déficit


nominal dura décadas.
Câmbio: trocas de R$ por US$ - essencial para compras ou turismo no exterior

POLÍTICA MONETÁRIA
Política Monetária
• É a implementação de normas e medidas pelo governo federal para
influenciar a base monetária, que é a quantidade de meios de
pagamento disponíveis no mercado para a realização de transações,
seja as de consumo, seja as de investimento.

• Diversos tipos de meio de pagamento têm disponibilidade distinta, e,


portanto, há instrumentos específicos da política monetária para
influenciar cada um deles.

• O meio de pagamento mais disponível para transações é a moeda


física, em papel ou metal, chamado também de meio circulante.
Outro tipo de meio de pagamento são as reservas bancárias, que
incluem os depósitos em conta-corrente e os empréstimos concedidos
na forma de crédito, chamados de depósitos à vista.
Política Monetária
• A base monetária ampliada leva em
consideração – além de meio circulante e
de reservas bancárias – recursos cujo
acesso implica maior tempo ou custo,
como aplicações em fundos de
investimento e outros ativos financeiros e
valores depositados no Banco Central.
Política Monetária
• Uma política monetária restritiva procura
diminuir os meios disponíveis ou aumentar o
custo para torná-los disponíveis, de forma a
desacelerar a economia, com o objetivo de
manter a estabilidade e, principalmente, conter
a inflação.
Sistema Financeiro Nacional

Mercado
Política Monetária
• A política monetária expansionista visa a
estimular o crescimento econômico, tornando
mais disponíveis os recursos para realizar
transações de consumo e investimento. Há
cinco principais instrumentos de política
monetária:
Sistema Financeiro Nacional

Mercado
Política Monetária
• Há cinco principais instrumentos de Política
Monetária:

– Casa da Moeda
– Depósito Compulsório
– Incentivo ao crédito
– Taxa de redesconto
– Taxa Selic
Política Monetária
Casa da Moeda

1 - http://www.anoregpi.org.br/imagens/Database/casamoeda.jpg
2 - http://imgs-srzd.s3.amazonaws.com/srzd/upload/c/a/casadamooeda280.jpg
Política Monetária
Casa da Moeda

• Empresa estatal que, sob orientação do


Ministério da Fazenda, imprime moeda-papel e
produz moeda-metal para o país, bem como,
sob encomenda, para outros países.

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1 - http://www.radioprogresso640.com.br/wp-content/uploads/2012/11/moeda.jpg
2 - http://colunadoleitor.folhadirigida.com.br/wp-content/uploads/2012/11/casa-da-moeda3.jpg
Política Monetária
Casa da Moeda

• Um dos instrumentos disponíveis para influenciar a disponibilidade


de meios de pagamento na economia, e o mais direto de todos, é
alterar a quantidade de meio circulante. O governo pode aumentar
a quantidade de moeda recomprando títulos que emitiu ou diminuí-
la vendendo títulos.
O governo pode aumentar a
quantidade de moeda
recomprando títulos que emitiu.

O governo pode diminuir a


quantidade de moeda, vendendo
títulos.
Política Monetária
Depósito Compulsório

• Parcela ou porcentagem dos recursos depositados por


correntistas em bancos, que, por norma, é recolhida ao
Banco Central. Quanto maior for essa parcela, menos
recursos os bancos terão para ceder a seus clientes na
forma de crédito, o que diminui a quantidade de meios
disponíveis na economia.

Sistema Financeiro Nacional

Mercado
Política Monetária
Depósito Compulsório

• Na crise econômica de 2009, como uma das formas


para estimular o crédito, o governo federal reduziu o
depósito compulsório, deixando mais dinheiro com os
bancos.

Sistema Financeiro Nacional

Mercado
Política Monetária
Incentivo ao crédito

• Qualquer medida que torne mais fácil ou barato


emprestar dinheiro. Diminuindo impostos cobrados sobre
lucros com juros de determinado tipo de empréstimo ou
criando mecanismos, como o desconto em folha, que
diminuem o risco de não pagamento dos empréstimos, o
governo cria incentivos e aumenta a quantidade de
meios de pagamento disponíveis na economia. Também
pode agir de maneira contrária e provocar uma restrição
ao crédito. Trata-se de instrumentos de política
monetária de longo prazo, já que tais medidas não são
fáceis de aprovar ou de implementar.
Política Monetária
Taxa de redesconto

• Taxa exigida pelo Banco Central para cobrir eventuais


rombos temporários nos caixas de bancos comerciais.
Quanto menor for a taxa e maior o prazo dos
empréstimos, mais os bancos comerciais terão
flexibilidade para conceder empréstimos e arriscar ficar
temporariamente com o caixa negativo.

Sistema Financeiro Nacional

Mercado
Política Monetária
Taxa Selic

• Taxa básica de juros da economia brasileira.


Representa o juro anual pago por títulos
federais, usados como referência para as
operações realizadas por 24 horas pelo Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

• Como é um empréstimo quase sem risco, serve


de baliza para as taxas de juros.
Política Monetária
Taxa Selic

• É a base de remuneração do Certificado de


Depósito Interbancário (CDI), título público que
representa valores emprestados entre bancos.
Aumentos nas taxas de juro incentivam
indivíduos e entidades a manterem os recursos
aplicados, e, assim, ampliam o custo para
colocá-los para outros fins – como
investimentos na produção ou no consumo.
Política Monetária
Taxa Selic

Crédito: Banco Central

As reduções na taxa têm o efeito contrário (veja, no gráfico acima, como a taxa cai de janeiro a outubro de
2012, para incentivar a economia nacional. Visando a conter a inflação em alta, porém, volta a subir em
2013).
SITES PESQUISADOS
Pesquisa
• Site do Almanaque Abril
REMO NONATO

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