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Cap.

II-A tectónica global


1-Conceito da tectónica global
• Tectônica Global é a teoria que descreve e procura explicar os movimentos
horizontais e verticais da litosfera terrestre (crosta terrestre + manto rígido
subjacente). 
Segundo esta teoria, a litosfera é formada por um número de placas rígidas,
algumas grandes, outras pequenas, que vagarosamente se deslocam umas em
relação às outras, em resposta a movimentos e fluxos na atmosfera, região plástica
do manto.
• 
•A energia acumulada ao longo das margens
das placas pode ser abruptamente liberada,
causando os terremotos.
•O vulcanismo e a geração de novas rochas
magnéticas estão, na maior parte das vezes,
associados a estes movimentos e ocorrem ao
longo das bordas das placas.

 
2- A Teoria da Deriva continental

• Essa teoria foi anunciada pelo pesquisador alemão Alfred Wegener:


os blocos continentais, colados uns aos outros na era primaria, se
deslocariam lateralmente em forma de jangadas.
As evidencias ao apoio dessa teoria eram numerosas: Evidencias
geográficas, Geológicas, paleontológicas e paleo-climáticas
• -evidenciass geográficas: a costa este das américas e as costas da
europa e da africa podiam se ajustar(paralelismo entre as costas),
fazia parecer um encaixe quase perfeito entre os dois continentes. A
geologia se prolongava de uma costa a outra. O que poderia indicar
que no passado as duas partes formavam um único bloco.
• -evidências paleontológicas: Coincidência de fósseis de animais e
plantas, a um e outro lado do Atlântico. as correlações puderam ser
estabelecidas entre as áreas de repartições faunísticas e florística
fosses ou atuais. Pelo contrario certas áreas florísticas são cortadas ou
ocupadas pelos oceanos.
• -evidencias Geológicas: os “velhos granitos” que existem em África e
Brasil, separados pelo Atlântico, assim como Também as cadeias
montanhosas que apresentam continuidade em América (Apalaches)
e Europa (Caledoniana, indiciam uma junção no passado.
• -evidencias Paleo-climáticas: Indícios de uma mesma glaciação em
lugares muito separados como África, América do Sul, Austrália, Índia
e à Antártida.

• Estes argumentos ou evidencias não foram aceites por todos porque


era difícil aceitar que pudessem existir forcas capazes de fazer derivar
os continentes.
3- A Teoria da Tectónica de Placas
• Para melhor entender essa teoria somos obrigados a fazer um recuo no passado
remoto da historia do universo.

Big Bang 
• A teoria de Big Bang explica o processo da formação do universo: sol, e os planetas do
sistema solar, entre eles a terra. Segundo esta teoria, há 13,7 bilhões de anos, devia
existir a “singularidade”, que seria um ponto com 1 bilionésimo do tamanho de um
protão, que seria o tudo(contendo todo o material) e o nada(tamanho muito reduzido).
A mesma sofreu então uma “Grande Explosão” ou Big Bang”, iniciando um processo
de inflação de partículas cuja expansão da “sopa de partículas” provocou a fusão dos
protões e neutrões gerando a matéria, e a partir disso, há 4,6 bilhões de anos, houve o
agrupamento de uma ”nuvem“ de poeira num determinado ponto do Universo.
• Este agrupamento formou o sol e o restante um disco de poeira que deu origem aos
planetas do Sistema Solar, entre eles a Terra
A emissão de electrões, protões, neutrões e de fotões que se seguiu
permitiu a formacão de corpos celestes(galáxias).
Expansão do universo ao longo do tempo
Representação de uma galáxia: via láctea
•Tectónica de placas(pt)ou tectônica de placas(br) ( relativo à construção) é
uma teoria da geologia que descreve os movimentos de grande escala que
ocorrem na litosfera terrestre.

A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas


deslocam-se sobre a astenosfera.

Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenómenos geológicos


distintos: a deriva continental, identificada no início do século XX por Alfred
Wegener, e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na
década de 1960. 
A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60, por Robert
Palmer e Donald Mackenzie , e desde então tem sido universalmente aceite
pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra (comparável no seu
alcance com o desenvolvimento da tabela periódica na Química, a descoberta
do código genético na Biologia ou à mecânica quântica na Física).
 
•x. le pichon substituiu as noções de crostas continental e oceânica
por noções de litosfera (conjunto solido da crusta e do manto
superficial) e de astenosfera (parte profunda do manto de
consistência viscosa) que apresenta movimentos horizontais
chamados de corrente de convexão.

•A litosfera é composta por um certo numero de placas rígidas que


derivam a favor, ou a merce, das correntes de convexão e se
afastam umas das outras a nível de dorsais medio oceânicas. Mas,
como há chagada de novo material, as placas as vezes movem-se
em sentidos inversos e são obrigadas a mergulhar umas nas outras.

•Esses movimentos não são contínuos e estão na base de tremores


de terra.
No momento de seu deposito as rochas possuem ainda seu magnetismo
terrestre de norte-sul; elas perdem em seguida essa orientação o que prova
bem que elas foram trazidas pela deriva continental.

Os movimentos de continentes são conhecidos que há apenas 200 milhões de


anos: existia um só continente apenas chamado Pangeia que se separou em
dois blocos, um ao norte-Laurasia, outro ao sul-Gondwana, depois em vários
blocos ate que cada um tome a sua posição e formas actuais.

A teoria de deriva continental é essencial e permite compreender bem outros


fenómenos tais como tremores de terra, vulcanismo e o surgimento de
montanhas.
Surgimento das placas tectónicas

• Há quase 4500 milhoes de anos a superfície do nosso planeta era uma massa de rocha em fusão, ou
fundida pela metade. Muito lentamente, os materiais mais densos reuniram-se no centro da
terra(formando o núcleo) enquanto que os ,mais leves, permaneciam na superfície, endurecendo e
formando a crusta terrestre.

• Os gases que se escapavam das rochas vulcânicas, constituíam pouco a pouco


a atmosfera; o vapor de agua se condessava na alta atmosfera e caia em forma
de chuva (primitiva) o que lentamente se acumulou ate formar os oceanos.

• Esses fenómenos evoluiram durante milhares de anos e a actividsde interna


jamias freou: a crusta terrestre dividiu-se em em secções imensas e rígidas
chamadas placas. Estes últimos compostos por rochas muito densas, suportam
os continentes menos pesados. As forcas internas da terra, sem paragens,
empurram essas placas umas contra outras ou, ao contrario, fazendo-as
afastarem-se.
Limites entre as placas:
há 3 tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as
placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão
associados diferentes tipos de fenômenos de superfície:
Limites transformantes ou conservativos – ocorrem quando as placas
deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de falhas
transformantes.
Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se
afastam uma da outra.
Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por
margens ativas) ocorrem quando duas placas se movem uma em
direção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas
mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas
simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra
4- Fenómenos Tectónicos
Conforme foi referido acima, as placas movem-se graças à fraqueza relativa da
astenosfera. Pensa-se que a fonte da energia necessária para produzir este
movimento seja a dissipação de calor a partir do manto. Esta energia tem de ser
transferida para a litosfera de forma a que as placas se movam.
as correntes de convecção do manto são transmitidas através da astenosfera; o
movimento é provocado pelo atrito entre a astenosfera e a litosfera.
As correntes de convecção são um fenómeno que ocorre devido ao calor que é
produzido pelo núcleo terrestre, o que gera a subida de massas quentes no manto,
enquanto que as mais superficiais que estão mais frias descem. Forma-se assim um
género de "tapete rolante" que arrasta as placas litosféricas.
5−Coluna crono estratigráfica
• A Estratigrafia, do latim stratum (estrato), e do grego graphia
(descrição), é a disciplina geológica que estuda e descreve os estratos
das rochas sedimentares, como se formam e como ocorrem na crosta
terrestre bem como a sua organização em unidades cartografáveis. A
partir das propriedades destas rochas, desde as características
litológicas até ao seu conteúdo fossilífero, pretende estabelecer a sua
distribuição no espaço e a sua sucessão no tempo e deste modo
reconstruir a história da Terra ao longo dos grandes períodos
geológicos. Em suma, está na base da criação e individualização da
Geologia como Ciência.
6−A expansão do fundo oceânico
• A expansão do fundo oceânico é um processo geológico, que afirma que as
estruturas dos fundos oceânicos seriam originadas de materiais provenientes
do manto, por meio da ação das correntes de convecção. Ao emergir nas zonas
dorsais, o magma - proveniente do manto - se solidificaria lateralmente,
promovendo o afastamento entre o fundo oceânico e a dorsal.
• A ideia de que o fundo oceânico se move enquanto se expande a partir de um
eixo central foi proposto por Harry Hess, na década de 1960.Essa também podria
ser a explicação para as ilhas que tem vulcões no mar.
7−Ciclo de Wilson
• Ciclo completo de formação,
desenvolvimento e fechamento de um
oceano relacionado à tectônica de placas.
• O ciclo tem início com a formação de um
oceano a partir de um rift crosta
continental sobre um ponto quente mantélico
(hot spot); segue-se a expansão desse oceano
com a deriva das massas continentais antes
ligadas e agora separadas
pelo rifteamento; em determinado momento,
ocorre a mudança do processo de
afastamento ou deriva para aproximação de
massas continentais em decorrência de
processo de subducção da crosta oceânica,
desenvolvimento de arcos de
ilha e/ou cadeias de montanhas (orogênese);
finalizando o ciclo ocorre o fechamento do
oceano, sucedido de colisão continental.

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