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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO

SANTO
D E PA R TA M E N T O E N G E N H A R I A M E C Â N I C A

Plasticidade na Ponta da Trinca


CAROLINY SUQUE ENDLICH
M E C Â N I C A D A F R AT U R A - M C A 0 8 7 0 5

Vi t ó r i a - E S
2020/01
Sumário
1. Introdução
2. Abordagem de Irwin
3. The Strip Yield Model
4. Comparação das correções
5. Formato da Zona Plástica
6. Fratura controlada por K
Introdução
 
Quando , temos que
  Seção 2.2 - eq 2.12

Então se
𝜌  →0 𝜎  𝐴 → ∞

 
Porém, em materiais reais as tensões na ponta da trinca
devem ser finitas porque deve ser finito

  (parâmetro de rede) 𝜎
  𝐴 → 𝜎𝑐
Abordagem de Irwin
Estima-se o limite elástico-plástico através da analise linear elástica
Para
  a tensão cisalhante é zero.

  =𝜎 = 𝐾𝐼
𝜎 𝑥𝑥 𝑦𝑦 (seção 2.6 - eq 2.46)
√2 𝜋 𝑟

A fronteira entre o comportamento elástico e


o plástico ocorre quando as tensões
fornecidas pela Eq 2.46 satisfazem um
critério de escoamento.
2
  1 𝐾𝐼
  𝑟 𝑦=
( )
2 𝜋 𝜎 𝑌𝑆
(Para o plano de tensão)
  Se negligenciarmos o encruamento

 Região hachurada – representa forças que


estariam presentes em um material elástico, mas
não podem ser transportadas no material elástico-
plástico.

 Então, a região da zona plástica aumentará para


acomodar essas forças.
𝑟𝑦 𝑟𝑦
  𝐾𝐼
𝜎 𝑌𝑆 𝑟 𝑦 =∫ 𝜎 𝑦𝑦 𝑑𝑟 =∫ 𝑑𝑟
0 0 √2 𝜋 𝑟
2
  1 𝐾𝐼
𝑟 𝑝=
( )
𝜋 𝜎 𝑌𝑆   75
 Comprimento efetivo da trinca:
𝑎
  𝑒𝑓𝑓 =𝑎+𝑟 𝑦

 A correção da zona plástica de Irwin:


2
  1 𝐾𝐼
𝑟 𝑦=
( )
6 𝜋 𝜎 𝑌𝑆
(Para o plano de
deformação)

 Fator intensidade de tensões efetivo: 


 𝐾 =𝑌 ( 𝑎𝑒𝑓𝑓 ) 𝜎 √ 𝜋 𝑎 𝑒𝑓𝑓
𝑒𝑓𝑓

 Modo I, trinca passante em uma placa infinita:


 𝐾 = 𝜎 √𝜋 𝑎
𝑒𝑓𝑓
2
1 𝜎
√ 1−
2 ( 𝜎 𝑌𝑆 )
Zona plástica na
ponta da trinca

Puramente
 Falha Elíptica dentro do material: elástica
2 1/ 4
  𝜋𝑎 𝑎
𝐾 𝑒𝑓𝑓 =𝜎
𝑄𝑒𝑓𝑓 √ [
2
𝑠𝑖𝑛 ( ∅ ) +
𝑐 ()
2
𝑐𝑜𝑠 ( ∅ )

Parâmetro da forma de falha efetivo:


]
2
  𝜎
𝑄 𝑒𝑓𝑓 =𝑄 −0.212
( )
𝜎 𝑌𝑆

 Conformidade efetiva:
  𝑒𝑓𝑓 = ∆2
𝐶
𝑃
The Strip Yield Model
 Proposto pela primeira vez por Dugdale e Barenblatt.

 Uma zona plástica longa e delgada na ponta da trinca numa placa infinita sem
encruamento.

 Sobrepõe duas soluções elásticas: uma trinca sob tensão remota e uma trinca com tensão
de fechamento na ponta.
 𝜌 → 𝐾 𝑡𝑒𝑛𝑠 ã 𝑜 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑡𝑎 = 𝐾 𝑡𝑒𝑛𝑠 ã 𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑒𝑐h𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
  Intensidades de tensão das duas pontas de trinca:

𝑒𝑞
  2.82   3

 Sendo,

 Assim, substituindo por nas equações 2.82 e 2.83 e somando a contribuição das duas
pontas obtemos a tensão de fechamento.
𝑎+ 𝜌 𝑎 +𝜌
  𝜎 𝑌𝑆 𝑎+ 𝜌+ 𝑥 𝑎+ 𝜌 − 𝑥 𝑎+ 𝜌 𝑑𝑥
𝐾 𝑐𝑙𝑜𝑠𝑢𝑟𝑒 =−
√ 𝜋 (𝑎+ 𝜌)

𝑎
{√ 𝑎+ 𝜌− 𝑥 √
+
𝑎+ 𝜌+ 𝑥 } √
𝑑𝑥=¿ − 2𝜎 𝑌𝑆
𝜋

𝑎
2
√ ( 𝑎+ 𝜌 ) − 𝑥 2
¿
 Intensidade de tensão remota:

Igualando-as:

 Aplicando a série de Taylor na equação acima:

2 2 2
  𝜋 𝜎 𝑎 𝜋 𝐾𝐼
Resolvendo para o comprimento da zona plástica: 𝜌=
8 𝜎 𝑌𝑆
2
=
8 𝜎 𝑌𝑆( )   9

2
  1 𝐾𝐼
𝑟 𝑦=
( )
2 𝜋 𝜎 𝑌𝑆
  Comprimento efetivo da trinca:
𝑎
  𝑒𝑓𝑓 =𝑎+ 𝜌

 Fator intensidade de tensões efetivo:


  𝜋𝜎

𝐾 𝑒𝑓𝑓 =𝜎 𝜋 𝑎 sec
( )
2𝜎 𝑌𝑆
 Como , Burdekin e Stone encontraram (apêndice 3A.1):
Comparação das correções
Formato da Zona Plástica
  Considere a equação de von Mises: 𝑒𝑞
  2.92

Onde é a tensão efetiva, e , e são as três tensões normais principais. O escoamento ocorre
quando .

 A tensão principal pode ser encontrada através do circulo de Mohr:

𝑒𝑞
  2.93
 Substituindo os campos de tensão do Modo I na equação 2.93:

𝑒𝑞
  2.94 𝑒𝑞
  2.95 𝑒𝑞
  2.96
  Substituindo as equações de 2.94 até 2.96 dentro da 2.92, sendo que , obtemos a estimativa
do raio da zona plástica em função de :

(Plane stress) 𝑒𝑞
  2.97

(Plane strain) 𝑒𝑞
  2.98
  Dodds compara a zona plástica da Equação 2.98 com
uma solução detalhada de tensão de ponta de trinca
elástica-plástica obtida a partir da análise de
elementos finitos.

Onde são constantes do material. Em que o expoente


n caracteriza o grau de encruamento do material.
  Dodds compara a zona plástica da Equação 2.98 com
uma solução detalhada de tensão de ponta de trinca
elástica-plástica obtida a partir da análise de
elementos finitos.

Onde são constantes do material. Em que o expoente


n caracteriza o grau de encruamento do material.
Fratura controlada por K
  Falha local do material devido a um valor crítico de K.

 é uma constante do material independente do tamanho e da geometria do corpo trincado.

 G está relacionado a K.

Porém, a fratura pode não nuclear na zonas em que as tensões variam com (capítulos 5 e
6).

 Fica a pergunta: K é um critério útil de falha em materiais que apresentam deformação


plástica na ponta da trinca?
 Zona plástica na ponta da trinca pequena em
comparação com as dimensões.

 Se a região do disco é suficientemente pequena para


estar dentro da zona dominada pela singularidade, a
distribuição de tensões são em função das condições
de contorno e propriedades do material.

 Mesmo não sabendo distribuição real de tensão na


zona plástica, podemos argumentar que ela é
caracterizada exclusivamente pelas condições de
contorno.
 O MFLE não é válido quando o
tamanho da zona plástica se torna
grande em relação às dimensões
principais, como o tamanho da
trinca.
O Fator de forma para um corpo de
prova Compact é aproximadamente
2 para quando a/w tende a zero. Por
isso, a tensão em y é maior para o
corpo de prova do que para a
estrutura, já que f(a/w) = 1 para
estrutura infinita.

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