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Pêndulos Ressonantes Acoplados

(idem para Sistemas Massa-mola Ressonantes Acoplados)

Objetivo - Ilustrar os fenômenos de ressonância e de batimento com um sistema simples de pêndulos acoplados.
Teoria simplificada - Cada pêndulo tem sua frequência natural ou ressonante que é o número de vezes que balança
de um lado para o outro a cada segundo. A frequência ressonante depende do comprimento do pêndulo. Pêndulos
de maior comprimento têm frequências mais baixas.
Dois pêndulos idênticos acoplados, isto é, ligados por um fio que permite troca de energia entre eles, têm a mesma
frequência natural, já que têm o mesmo comprimento. Caso não houvesse forças dissipativas, toda a energia de
um passaria para o outro, que, por sua vez, a devolveria ao primeiro. Dizemos, então, que eles estão em
ressonância.
A cada meia oscilação que o pêndulo executa, ele dá um pequeno puxão no fio para o seu lado e, cada um desses
puxões funciona como excitador para o segundo pêndulo que é ressonante com o primeiro (tem mesma frequência
natural que o primeiro).
O segundo pêndulo oscila ligeiramente fora de fase com o primeiro. Quer dizer, quando o primeiro está no auge de
seu balanço, o segundo pêndulo ainda estará em algum lugar no meio de seu balanço. Assim que o segundo pêndulo
começar a oscilar, começa também a dar pequenos puxões no fio para seu próprio lado e, em consequência desses
puxões, o primeiro pêndulo começa a perder sua amplitude. Isso ocorre porque esses puxões do segundo pêndulo
estão ‘fora de fase’ com o movimento do primeiro pêndulo.
Eventualmente o primeiro pêndulo entra em pleno repouso (isso só ocorrerá se os períodos dos pêndulos forem
iguais). Nessa situação ele transferiu, via barbante, “toda” sua energia mecânica para o segundo pêndulo. Por
“toda” entende-se situação ideal. Na prática, os atritos dos ganchos contra o barbante, o atrito interno no barbante
e a resistência do ar, consomem parte dessa energia mecânica. Assim, ao cabo de diversas transferências de energia
de um para o outro, os pêndulos chegam ao repouso.
Se os dois pêndulos não são do mesmo comprimento, não têm o mesmo período, então os impulsos dos balanços
do primeiro pêndulo não ocorrerão à frequência natural do segundo. Os dois pêndulos balançam mas com
movimentos desiguais, aos trancos.

Um conjunto como esse, de dois pêndulos acoplados, tem duas formas naturais
de oscilação, chamadas de modos normais de vibração. 1
Em um deles, os dois pêndulos têm a mesma fase. Nesse modo, os fios dos dois
pêndulos estão sempre paralelos entre si. Você “excita” esse modo de vibração
afastando as massas um pouco, para o mesmo lado e da mesma distância, e
soltando-as no mesmo instante. Chamaremos esse modo de modo 1 e sua
frequência de 𝑓 . 2
No outro modo normal os pêndulos estão fora de fase: quando um está de um
lado o outro está no lado oposto. Chamaremos esse modo de modo 2, e sua
frequência de 𝑓 .

Medindo-se essas duas frequências com um cronômetro pode-se prever qual será a frequência com a qual as
vibrações passam de um pêndulo para o outro, no caso da ressonância descrita acima. Isto é, você pode saber
quantas vezes por unidade de tempo a vibração passa de um pêndulo para o outro. Essa frequência 𝑓, que é
chamada de frequência de batimento, é, simplesmente: 𝑓 = 𝑓 − 𝑓 .

Referências
Pêndulos Ressonantes Acoplados
https://musicaeadoracao.com.br/recursos/arquivos/tecnicos/matematica/www.feiradeciencias.com.br/sala10/1
0_34.htm
Pêndulos Acoplados
https://seara.ufc.br/pt/sugestoes-para-feira-de-ciencias/sugestoes-de-fisica/mecanica-2/pendulos-acoplados/

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