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Trabalho, Organizações e

Personalidade.
Psicologia: Ciência que trata dos estados e
processos mentais e do estudo do
comportamento humano.

Psicologia do trabalho: Aplicação e estudo


da psicologia ao trabalho, visando sua
compreensão e manipulação.
Organização:
"entidade que serve à realização de ações de
interesse social, político, administrativo, etc.
- instituição,
- grupos.

Organização como um “todo” e organização


como fenômeno psicossocial.
EMPRESA- "É integração de seres humanos
que se juntam num empreendimento para
agregar valor ao universo e à humanidade, com
o objetivo de encantar os clientes desenvolver
colaboradores e parceiros, atuar positivamente
na comunidade e, evidentemente , remunerar
seus acionistas com elevadas taxas de
rentabilidade sobre o patrimônio" .
• Trabalho:
Humanização e desumanização.

Meio pelo qual os objetivos da


organização empresa se
concretizam.
Organização

Grupos – pessoas Trabalho


(subjetividades)

Instituições
Administrador:

Gestão de pessoas em uma organização,


em uma empresa. Objetivo acumulação de
capital através do trabalho.

Lida diretamente com grupos de pessoas


em situação de trabalho, visando a
integração entre as pessoas e o
cumprimento os objetivos da organização.
• Como promover integração, se não se compreende o
que isto significa e como as pessoas funcionam
para poderem se integrar ?

• Como desenvolver pessoas se não entendermos


como funciona o desenvolvimento humano em todas
as suas dimensões: física, mental, emocional,
social, psicossexual, espiritual?

• Como gerar retorno de investimento, bons


resultados, se não tivermos pessoas trabalhando
felizes e que encontrem na sua atividade
profissional a fonte de sua auto-realização ?

• Como gerar resultados sem motivação ? Como


motivar sem satisfazer as necessidades humanas?
Administrador como um FACILITADOR:

• Da gestão das mudanças, pelas quais a


organização tem e terá sempre de passar,
• Do relacionamento interpessoal, buscando
mediar os conflitos e levar as pessoas a
perceberem que podem encontrar soluções
onde todos possam ganhar.
• Do desenvolvimento pessoal e profissional,
identificando, estimulando, direcionando,
criando possibilidades para que as pessoas
percebam, em que aspectos podem
melhorar, bem como possam expressar sua
personalidade.
• Da integração, ajudando e preparando as
lideranças para saberem lidar com as PESSOAS,
pois cada líder, deve ser um GESTOR DE
RECURSOS HUMANOS, pois ele tem de estar
próximo de sua equipe, formando times,
desenvolvendo as pessoas, potencializando os
talentos.

• Da satisfação pessoal, procurando através de


pesquisas de clima e intervenções compatíveis,
contribuir para que a organização seja um
ambiente propicio a satisfação das necessidades
individuais, procurando colocar as pessoas em
atividades que correspondam ao seu perfil e às
suas expectativas,
• Do ajustamento/integração do
indivíduo a cultura organizacional.

Desenvolver, no sentido de facilitar o


desenvolvimento pleno das
potencialidades do SERES HUMANOS,
que fazem parte de uma organização.
Atentando-se para as relações
subjetividade e produção.
Tratar as diversidades no âmbito organizacional
é difícil e em muitas vezes complicado, pois, o
tratamento não é personalizado, e sim de
acordo com o número de incidentes em uma
mesma situação e que impactaram na
motivação dos funcionários e principalmente nos
resultados financeiros da Empresa.

São avaliados neste momento gerenciamento


de pessoas, comunicação interna,
relacionamento interpessoal, transparência e
coerência nas ações.
Hoje a grande maioria das Empresas têm
utilizado como ferramenta a Pesquisa de
Clima para trabalhar estas questões e a
partir deste mapeamento, traçar ações e
planejar formas eficazes de fortalecer as
relações, a comunicação, a gestão de
processos e pessoas no ambiente de
trabalho ocasionadas pela diversidade.
• O Administrador lida todo o tempo com a
relação existente entre individuos e
organização – subjetividade e produção.

• As formas como tal relação se desenvolve


nas organizações atualmente vão de um
polo ao outro, da extrema
desindividualização até o extremo esforço
por valorizar a individualidade em meio a
produção.
As pessoas são elementos fundamentais
na dinâmica organizacional, elas e seus
comportamentos são a própria dinâmica
organizacional.

Como é possível defini-las dentro das


organizações? Mecanismos? Conjunto de
valores? Peças que necessitam somente
do encaixe perfeito? Operários ou
funcionários que executam uma função ?
Cada pessoa dentro de uma organização, seja
qual for seu nível hierárquico, possui uma gama
de características que a torna única -
personalidade.

Visando a identificação das individualidades dos


funcionários, e maior esclarecimento dessa
idéia, Chiavenato destaca seis características
atribuídas a cada pessoa. Essas características
permitem maior visualização dos aspectos de
comportamento dos indivíduos na organização.
São elas:
• A percepção: trata da forma como cada pessoa
interpreta as mensagens que recebe e dá
sentido a ela. Pode ser colocado como um
processo de seleção, organização e
interpretação dos estímulos que o ambiente
oferece.

• As atitudes: podem ser definidas como uma


predisposição que reage a um estímulo e se
manifesta por meio de opiniões. É uma
característica facilmente mutável, a partir do
momento que o estímulo ou o comportamento
em relação a ela também mude.
• As aptidões: referem-se ao potencial para a
realização das tarefas e atividades, ou seja, a
habilidade para realizar determinadas tarefas.
Distingue-se de pessoa para pessoa e podem
ser agrupadas em três categorias: intelectuais,
físicas e interpessoais.

• A Inteligência: é a capacidade de lidar com a


complexidade. Pode ser considerada uma
aptidão geral que governa as demais aptidões.
• A personalidade: é um conceito dinâmico,
que procura descrever o crescimento e
desenvolvimento do sistema psicológico
individual. Abrange todos os traços do
comportamento e as características
fundamentais de cada pessoa.

• A Biografia: trata das características


pessoais como experiência, idade, sexo e
situação conjugal.
• Chiavenato expõe o comportamento
organizacional em três perspectivas, que
visam a análise das características do
comportamento humano isoladamente e
também quando se envolvem em um
processo grupal:

Micro, intermediaria e macro


• Uma perspectiva micro, observando o
indivíduo em si e a maneira como esse se
sente ou se percebe no local de trabalho, com
suas diferenças de valores e características
pessoais.
• Uma perspectiva intermediária: em que os
grupos são analisados com suas
combinações e relacionamentos;

• Uma perspectiva macro: observando toda a


dinâmica organizacional, ou seja, a
organização em sua totalidade;
A relação do desenvolvimento
produtivo e o sofrimento:
BAUMANN (1999, p. 88) descreve que a forma como
a sociedade atual vem moldando seus membros
demostra claramente a definição de papéis que o ser
humano deve desempenhar; sendo este pautado
especificamente no dever de consumir.

Portanto, há um paradoxo quanto aos objetivos de


produção, ou seja, no mundo externo à empresa,
existe a promessa de felicidade e a promessa de
satisfação pessoal e material do trabalhador, já no
seu interior ocorre com freqüência a infelicidade e
na maioria das vezes à insatisfação pessoal e
profissional do trabalhador, desencadeando então, o
sofrimento humano nas organizações.
Fatores aliados com as novas condições de
trabalho, que podem ser entendidas por meio do
ambiente físico (luminosidade, temperatura,
barulho, etc.); do ambiente químico (poeiras,
vapores, gases e fumaças, etc); do ambiente
biológico (presença de vírus, bactérias, fungos,
parasitas, etc); pelas condições de higiene, de
segurança e as características antropométricas
do posto de trabalho nas indústrias, facilitaram o
aparecimento de sofrimentos insuspeitos na
vida dos operários.
• O autor também enfatiza que o sofrimento
humano nas organizações tem suas
premissas na sociedade de consumo, pois
os trabalhadores perderam a confiança na
capacidade de sociedade industrial
proporcionar a felicidade e o acesso fácil
aos bens de consumo materiais, com isso
desenvolveu-se inúmeras contestações a
respeito do modo de vida consumista.
Quando um trabalhador não consegue se
adaptar às pressões do cotidiano de
trabalho, fica evidente outros pontos como
uma alta rotatividade de funcionários,
número elevado de faltas ao trabalho e
por último, o funcionário acaba caindo nas
mãos do médico, porque o sofrimento
mental e a fadiga são proibidos de se
manifestarem numa fábrica, assim
somente a doença é aceita.
A relação entre a organização da
personalidade e a organização
do trabalho:
A relação psíquica entre o trabalhador e a
situação do trabalho se fundem em dois
enfrentamentos:

a) registro imaginário (idéias produzidas pelo sujeito)


e registro da realidade ( a situação concreta do
trabalho);

b) registro diacrônico (história de vida do sujeito) e


registro sincrônico ( uma contextualização da
realidade material, social e histórica das relações
de trabalho.
A interrelação entre esses registros nos
possibilita conceber o homem,
diferentemente da concepção das ciências
da administração e da gestão: homem
concreto – vivo --, sensível – reativo –
animado por uma subjetividade –
concepção diferente da de um tipo-ideal
médio, que remete a um modelo do
homem abstrato (DEJOURS, 1993 p. 154-
155) apud (Politzer, 1974)
A articulação entre organização da
personalidade e organização do trabalho é
avaliada pela clínica psicanalítica, onde
procura captar os momentos vividos no
passado do sujeito para entender as
ações que o mesmo desenvolve no
presente.
Afetividade – Identidade – Individualidade.
• Para (DEJOURS, 1993 p. 169) uma das
maneiras de trabalhar o sofrimento nas
organizações é proporcionar o “espaço de
palavras”. É por meio desse espaço que o
trabalhador consegue conhecer o seu
verdadeiro trabalho, que antes estava
parcialmente escondido pelo sofrimento e as
defesas contra o sofrimento.

• Assim que se institui o “espaço de palavra”


ocorre transformações nos comportamentos
individuais. Mas para que haja a instalação
desse espaço, faz-se necessário a existência da
transparência (dar visibilidade ao trabalho
realizado).
Personalidade
Organização
Subjetividade

Grupos – pessoas Trabalho


(subjetividades)

Instituições

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