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Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com
base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
consequências práticas da decisão.
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da
medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.”
MOTIVAÇÃO DECISÓRIA E RESPONSABILIDADE
ESTATAL – ART. 20
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com
base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
consequências práticas da decisão.
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da
medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.”
MOTIVAÇÃO DECISÓRIA E RESPONSABILIDADE
ESTATAL – ART. 20
ARGUMENTOS CONTRÁRIOS:
1. O julgador decide com base no que há nos autos. A lei não pode impor que
o julgador analise possíveis alternativas. Não se pode exigir que o julgador
conheça a realidade de cada órgão por completo. (CONSULT/TCU)
2. A própria norma, no seu conjunto, introduz diversos valores jurídicos
abstratos, tais como "interesses gerais" ou "segurança jurídica de interesse
geral" ou “interesses gerais da época”. A quase totalidade das novas
disposições contam justamente com termos genéricos, enunciados abertos,
caracterizados por nível de abstração jurídica (ASSOCIAÇÕES);
MOTIVAÇÃO DECISÓRIA E RESPONSABILIDADE
ESTATAL – ART. 20
ARGUMENTOS CONTRÁRIOS:
3. O projeto se socorre de termos abstratos, passíveis de ampla margem para
interpretações e subjetivismos. Desprestigia a prolação de decisão,
inclusive judicial, com base em princípios (que trazem valores jurídicos
abstratos). Negar a possibilidade de decisão baseada em princípios é
recusar densidade normativa dessa fonte do direito. Além disso, transfere
indevidamente ao julgador os ônus e as responsabilidades inerentes à
atividade do gestor público. Há um risco de se converter os órgãos de
controle e órgãos judiciais em órgãos de consultoria jurídica da própria
Administração (MPF).
MOTIVAÇÃO DECISÓRIA E RESPONSABILIDADE
ESTATAL – ART. 20
ARGUMENTOS FAVORÁVEIS:
1. O dispositivo não exige conhecimento extra processual do julgador, mas
sim que concretize sua função pública com responsabilidade.
2. Veda, assim, motivações decisórias vazias, apenas retóricas ou
principiológicas, sem análise prévia de fatos e de impactos.
3. Clara aplicação do conhecido princípio da proporcionalidade, que exige ao
tomador de decisão a comprovação de que a medida a ser adotada é
adequada, necessária e proporcional em sentido estrito.
4. Embora possua forte viés consequencialista, não inova. Decorre do Estado
de Direito.
INVALIDAÇÃO DE ATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS
E O DEVER DE RESPONSABILIDADE – ART. 21
RAZÕES DE VETO:
§ 1º, II - “A celebração de compromisso com os interessados,
instrumento de natureza administrativa previsto no caput do artigo,
não pode, em respeito ao princípio da reserva legal, transacionar a
respeito de sanções e créditos relativos ao tempo pretérito e
imputados em decorrência de lei. Ademais, poderia representar
estímulo indevido ao não cumprimento das respectivas sanções,
visando posterior transação”.
REGIME JURÍDICO GERAL DE NEGOCIAÇÃO ENTRE
AUTORIDADES PÚBLICAS E PARTICULARES – ART. 26
RAZÕES DE VETO:
§ 2º - “A autorização judicial destinada à celebração de
compromisso administrativo com a finalidade de excluir a
responsabilidade pessoal do agente público viola o Princípio
Constitucional da Independência e Harmonia entre os Poderes, ao
comprometer a apreciação das esferas administrativa e de
controle”.
REGIME JURÍDICO GERAL DE NEGOCIAÇÃO ENTRE
AUTORIDADES PÚBLICAS E PARTICULARES – ART. 26
ARGUMENTOS CONTRÁRIOS :
1. uso excessivo de termos abstratos e abertos que têm o potencial de
gerar insegurança administrativa e judicial, além de tornar possível o
exercício de arbitrariedades e de liberdades incompatíveis com a
preservação dos direitos dos administrados. (ASSOCIAÇÕES)
2. O texto não contempla e especifica a preservação da indisponibilidade
dos bens públicos, que, exatamente por isso, exigem limites
previamente definidos, e legalmente versados, sobre qualquer hipótese
de negociação, ainda que dialogada (ASSOCIAÇÕES).
3. O instituto da transação, como é sabido, impõe concessões recíprocas.
O texto não prevê reciprocidade (MPF)
REGIME JURÍDICO GERAL DE NEGOCIAÇÃO ENTRE
AUTORIDADES PÚBLICAS E PARTICULARES – ART. 26
ARGUMENTOS FAVORÁVEIS:
1. O comando só se dirige à autoridade administrativa.
2. A intenção é eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação
contenciosa.
3. O órgão de assessoramento jurídico deve ser ouvido (deve ser observada a
legislação aplicável).
4. Razões de relevante interesse geral.
5. O possível exercício de arbitrariedades não surge a partir da possibilidade
de firmar termo de compromisso com os interessados.
6. A indisponibilidade de bens públicos decorre da lei (lato sensu). Observar
item 3.
COMPENSAÇÃO DE BENEFÍCIOS OU PREJUÍZOS
RESULTANTES DO PROCESSO OU DA CONDUTA DOS
ENVOLVIDOS – ART. 27