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A literatura de cordel é uma forma

de contação de histórias em
verso. Originalmente, era de
transmissão oral, mas com o
tempo foi sendo escrita e
impressa. É considerada uma 
literatura popular. O cordel foi
difundido no Brasil pelos
portugueses, no século XVI, a
partir de Salvador, na Bahia, para
o resto do Nordeste.
Na literatura de cordel, as histórias
nascem como poemas cantados. O
cordelista, ou cantador de histórias, vai
inventando seus versos e cantando-os
de forma rimada e cadenciada. Depois,
as histórias são impressas e os livretos
são pendurados em um cordão para ser
vendidos. Daí seu nome, literatura de
cordel. Para atrair compradores, alguns
vendedores cantam as histórias, muitas
vezes acompanhados de uma viola.
O cordel evoluiu da balada, uma canção de
narração curta que era popular na Europa no
final da Idade Média. Essas canções serviam para
comunicar notícias em lugares onde não existiam
os jornais. Assim, os repentistas (artistas que
cantam versos de improviso) ou violeiros iam de
cidade em cidade contando histórias. Ao longo
do tempo, essa prática foi se transformando e se
enriquecendo com o uso de instrumentos como a
viola, os pandeiros e as rabecas (uma espécie de
viola de três cordas).

Os temas dos contos de cordel variam bastante.


Existem vários gêneros, tais como jornalístico, de
fantasia e mal-assombrado. A estrutura também
pode variar. Entre as modalidades mais antigas
de cordel está a do martelo agalopado, em que
as estrofes são de dez versos de dez sílabas.
Outras variantes incluem meia quadra, décimas e
sextilhas.
Um dos principais cordelistas e difusores
da literatura de cordel no Brasil foi o
paraibano Leandro Gomes de Barros. Ele
foi o primeiro poeta a publicar histórias
versadas no Brasil, ao redor de 1893, no
Recife. Barros foi um poeta popular, e sua
obra é conhecida e recitada pelos
sertanejos. É considerado pelos
cordelistas do Nordeste o Rei da Poesia
Sertaneja.

Ao longo do tempo, o cordel foi ficando


conhecido em outras regiões do país. No final
da década de 1980, foi fundada a Academia
Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), para
preservar e promover o cordel como um gênero
único da literatura brasileira. Em 2018, o cordel
passou a ser considerado patrimônio
imaterial do Brasil.
Valeu galera, até a próxima!

ito r Cló v is M Fajardo


r
Professor e Esc
rdo
@clovis_m_faja

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