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de contação de histórias em
verso. Originalmente, era de
transmissão oral, mas com o
tempo foi sendo escrita e
impressa. É considerada uma
literatura popular. O cordel foi
difundido no Brasil pelos
portugueses, no século XVI, a
partir de Salvador, na Bahia, para
o resto do Nordeste.
Na literatura de cordel, as histórias
nascem como poemas cantados. O
cordelista, ou cantador de histórias, vai
inventando seus versos e cantando-os
de forma rimada e cadenciada. Depois,
as histórias são impressas e os livretos
são pendurados em um cordão para ser
vendidos. Daí seu nome, literatura de
cordel. Para atrair compradores, alguns
vendedores cantam as histórias, muitas
vezes acompanhados de uma viola.
O cordel evoluiu da balada, uma canção de
narração curta que era popular na Europa no
final da Idade Média. Essas canções serviam para
comunicar notícias em lugares onde não existiam
os jornais. Assim, os repentistas (artistas que
cantam versos de improviso) ou violeiros iam de
cidade em cidade contando histórias. Ao longo
do tempo, essa prática foi se transformando e se
enriquecendo com o uso de instrumentos como a
viola, os pandeiros e as rabecas (uma espécie de
viola de três cordas).