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ENERGIAS RENOVÁVEIS E PRODUÇÃO

DESCENTRALIZADA

ENERGIA DA BIOMASSA
BIOMASSA COMO RECURSO ENERGÉTICO
CONCEITO E MERCADO
INTRODUÇÃO

• A biomassa forneceu a maior parte da energia do mundo Até


meados dos anos 1800.

• Forneceu 1.448 Mtoe de energia primária em 2004.

• Representou 13,1% dos 11.059 Mtoe do Fornecimento Total de


Energia Primária Mundial (TPES).

• A sua contribuição de 1.150 Mtoe representou 79% da oferta total de


energia renovável,
- Seguido pela energia hidroeléctrica com uma quota de 16,8%.
BIOMASSA COMO RECURSO ENERGÉTICO
CONCEITO E MERCADO
CONCEITO BÁSICO
A capacidade de renovar é uma questão de tempo
- O carbono da Terra está em um estado perpétuo de fluxo

• Material renovável é aquele que:


- Renova-se durante um curto período de tempo
- Dá um alto rendimento contínuo
- A baixo custo

• A fotossíntese durante a qual o dióxido de carbono (CO2) é


convertido em compostos orgânicos é definida como:

CO2 + H2O + light + clorofila (CH2O) + O2


BIOMASSA COMO RECURSO ENERGÉTICO
CONCEITO E MERCADO
Conceito básico

• Principal característica da tecnologia de energia de biomassa


POTENCIAL ENERGÉTICO DA BIOMASSA
Biomassa Virgem e Resíduos

BIOMASSA VIRGEM
- A insolação média diária em todo o mundo é de cerca de 220 W/m2

- A insolação anual em cerca de 0,01% da superfície da Terra é aproximadamente


igual a toda a energia primária consumida pelo homem a cada ano.

BIOMASSA RESIDUAL
- Resíduos Sólidos Municipais (RSM)
• P.e. toda pessoa no ocidente descarta cerca de 2,3 kg RSM/dia

- Bio-sólidos municipais (Esgotos)


- Lixo industrial
- Adubos animais
- Culturas agrícolas e resíduos florestais
- Paisagismo e corte de árvores etc.
FOTOSSÍNTESE DA BIOMASSA E SUAS PROPRIEDADES
RELACIONADAS À CONVERSÃO

Fundamentos
• A captura da energia solar e o carbono fixo é representada pela equação

• Requisitos para a fotossíntese

- Pigmentos apropriados cujas propriedades cumulativas de


absorção de luz determinam a faixa de comprimento de onda.

- Um pigmento excitado (activado) do centro de reacção que emite


eléctrões

- Uma corrente de transferência de elétrons

• Disto resultará um bloco de construção bioquímica = simples glicose de


açúcar
Chlorophyll - Clorofina
FOTOSSÍNTESE DA BIOMASSA E SUAS PROPRIEDADES
RELACIONADAS À CONVERSÃO

Fotosíntese
Polissacarídeos é o principal produto final da fotossíntese

• A maior parte da biomassa em base seca contém cerca de 50% da


celulose.

• Em geral, existem três vias de fixação de carbono, nomeadamente as


vias C3, C4 e CAM.

• Plantas C3 inicialmente formam um par de três moléculas de átomos


de carbono.

• Plantas C4, inicialmente (intermediárias), formam quatro moléculas


de átomos de carbono.
FOTOSSÍNTESE DA BIOMASSA E SUAS PROPRIEDADES
RELACIONADAS À CONVERSÃO

Via Metabólica
• Plantas C3 tendem a prosperar em áreas onde:
- A intensidade da luz solar é moderada
- As temperaturas são moderadas
- As concentrações de dióxido de carbono estão em torno de 200 ppm ou
mais
- Alto ponto de compensação de CO2. Ponto de compensação de CO2 é o ponto
em que mais CO2 é respirado do que fixo (perda de massa)
- Água subterrânea é abundante

• As plantas C3, originadas durante a era Mesozóica e Paleozóica, são


anteriores às plantas C4 e ainda representam aproximadamente 95% da
biomassa vegetal da Terra. As árvores, por exemplo, são plantas C3.
• Normalmente, as espécies de biomassa C4 são Ervilhas batata, arroz,
soja, beterraba de espinafre.
FOTOSSÍNTESE DA BIOMASSA E SUAS PROPRIEDADES
RELACIONADAS À CONVERSÃO

Correlação de Carbono e Conteúdo de Energia


• Componentes diferentes de biomassa têm diferente calor de
combustão.
- Tem a ver com a diferença na estrutura química.

• Mono-sacarídeos têm o menor teor de carbono, maior grau de


oxigenação.
- Menor poder calorífico, (Apenas cerca
de 16 MJ/kg seco).

• Terpenos e hidrocarbonetos lipídicos


têm o maior poder calorífico
- Cerca de 40 MJ/kg seco.

• HHV [MJ/kg seco] = 0,4571 (% C em base seca) -2,75


PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM
Introdução
• 250 000 espécies botânicas
– 300 Culturas de rendimento (Culturas feitas por dinheiro)

• Problemas
– Pequeno número é adequado a fins energéticos
– Natureza descontínua da estação e mudanças de composição

• Muitos Parâmetros Associados à Produção


– Área de crescimento disponível, ciclo de crescimento
– Tipo de solo, fertilização, herbicida, pesticida
– Qualidade, resistência a doenças
– Insolação, temperatura, Topografia, propagação e plantação
PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM
Fatores Climáticos e Ambientais
• Três factores climáticos primários (de interesse)

– Insolação
– Precipitação
– Temperatura

• O Homem não tem controle sobre estes factores


PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM
Insolação
• A insolação varia com:
– Localização geográfica
– Hora do dia
– Temporada do ano etc.

• É alta perto do trópico e perto do equador.

• A uma determinada latitude, a radiação incidente não é constante e


frequentemente exibe grandes mudanças em distâncias
relativamente curtas.
• Geralmente, há uma correlação relativamente boa entre os
rendimentos anuais de biomassa Seca por unidade de área-ano e a
insolação média.
PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM
Precipitação
• Precipitação tem o maior impacto no crescimento de biomassa

• As necessidades de humidade para a biomassa aquática são


atendidas na íntegra desde que o crescimento ocorre
• A biomassa terrestre é frequentemente limitada pela água

• O requisito anual para a maior parte da biomassa terrestre é de 50


a 70 cm anuais
• Eficiência do Uso da Água (WUE) é definida como uma razão entre o
acúmulo de biomassa de água e a água consumida, expressa como
transpiração ou total de água do sistema.
PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM
Temperatura
• A temperatura mínima de crescimento para a maioria da biomassa
é próxima a 15 °C.

• A temperatura afeta a eficiência de aderência do CO2.

• Idealmente, as espécies de biomassa cultivadas em uma área


deveriam ter uma taxa máxima líquida de fotossíntese o mais
próximo possível da temperatura média durante a estação de
crescimento na área.
PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM
Nutrientes
• Os principais nutrientes são:
– Nitrogênio, 2% em peso
– fósforo, 1% em peso
– Potássio, 0,5% em peso

 Calcule a quantidade de N, P, K para uma produção de 20 toneladas


de biomassa/ha-ano.
• Os nutrientes menores são:
– Enxofre, sódio, magnésio, cálcio, ferro.

• Micronutrientes:
– manganês, cobalto, cobre, zinco e molibdênio
PRODUÇÃO DE BIOMASSA VIRGEM

Biomassa Aquática como Recurso Energético


• Micro e macro-alga, p.e., alga marrom gigante
– Mais eficiente na fotossíntese
– Não tem uso comercial

• A alternativa aquática pode ser usada na:


– Produção de biomassa
– Tratamento de lixo
– Conversão para combustíveis por fermentação
POTENCIAL ENERGÉTICO DE RESÍDUOS DE
BIOMASSA E SUA DISPONIBILIDADE
Introdução
• A biomassa residual é um material contendo energia que é descartado
e eliminado. É derivado principalmente ou tem sua origem na
biomassa virgem.

• São resultados de actividades antropológicas e alguns eventos naturais

• Eles têm um custo menor que o da virgem e muitas vezes têm custo
negativo.

• Alguns devem ser tratados em qualquer caso


– Do ponto de vista ambiental
– Do ponto de vista econômico
POTENCIAL ENERGÉTICO DE RESÍDUOS DE
BIOMASSA E SUA DISPONIBILIDADE

Abundância de resíduos de biomassa


• Resíduos urbanos (lixo urbano).

• Bio-sólido municipal (esgoto).

• Resíduos de madeira e relacionados produzidos nas florestas e


exploração madeireira e florestal.

• Resíduos agrícolas, como resíduos animais, etc.


POTENCIAL ENERGÉTICO DE RESÍDUOS DE
BIOMASSA E SUA DISPONIBILIDADE

A indústria de papel e celulose


• “Black Liquor” é um importante recurso de biomassa e sub-produto da
indústria de papel.

• “Black Liquor” pode ser considerado como co-produto em vez de sub-


produto, é um componente de enxofre fedorento.

• O potencial de energia do black Liquor, e de ~ 14 MJ/kg é usado


comercialmente.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA

Introdução
• Toda a biomassa é essencialmente sólida com excepção de
microalgas e alguma biomassa de alto teor de humidade.
• Biomassa contém compostos orgânicos, minerais e humidade.

• Algumas das grandes diferenças de composição são:


– Teor de humidade;
– Conteúdo de cinzas;
– Poder calorífico;

• Em uma base livre de humidade e cinzas, o poder calorífico está na


mesma faixa.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA

humidade de Biomassa e Requisitos de Conversão


• Temperatura da chama de madeira
– 50% em peso de humidade 980 °C.
– Madeira seca completa 1260 - 1370 °C.

• A temperatura da chama está relacionada com a quantidade de calor


necessária para evaporar a humidade.

• O teor máximo de humidade aceitável para um processo de conversão


eficiente é:
– Combustão 60% em peso.
– Gaseificação 15% em peso.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
Processos de Conversão Física

A maior parte da biomassa é sólida contendo


- Compostos orgânicos
- Minerais
- humidade

• Em uma base livre de humidade e cinzas, o poder calorífico está na


mesma faixa para toda a biomassa

• Os processos de conversão física são:


- Desidratação
- Secagem
- Redução de tamanho
- Adensamento
- Separação
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
Fundamentos de Desidratação e Secagem
• Desidratação refere-se à remoção de toda ou parte da humidade
contida da biomassa como um líquido.

• A secagem é um processo similar, a humidade é removida como vapor.

• Para fins de recuperação de energia da biomassa, a desidratação e


secagem são necessários.

• Há equilíbrio entre o custo da remoção de humidade no incremento da


eficiência de conversão e as vantagens de manusear a matéria-prima
seca.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
Fundamentos de Desidratação e Secagem
• A principal propriedade de biomassa que deve ser examinada além dos
requisitos do processo de conversão é o teor de humidade da
biomassa fresca.

• Mecanismo de transferência de humidade

– Adsorção
• Na adsorção, a humidade é transferida do ar para a superfície da
madeira (moléculas de água polar e superfície de madeira carregadas
negativamente)

– Absorção
• Na absorção, os moléculas de água são atraídos para o pôro permeável
(força osmótica diferencial)
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA

humidade de Biomassa e Requisitos de Conversão

• Processos de conversão microbiana requerem alto teor de humidade

• Processo de conversão térmica requer biomassa seca


– A temperatura da chama de madeira florestal contendo 50% em
peso de humidade é de aproximadamente 980 ° C
– A temperatura da chama da madeira seca é de 1260 a 1370 ° C

• Teor máximo de humidade entre 55 e 65% em peso


– Relacionado do design
– Ponto de vista econômico (Comprando água ou biomassa?)
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
Desidratação
• A desidratação é a remoção de toda ou parte da humidade contida na
biomassa como líquido

• A tecnologia inclui
– Armazenamento ao ar livre
– Filtros
– Dispositivos de compressão,
– Centrifugadores,
– Extrusão de hidrociclones e processo de supressão

• Desvantagem
– Perturba a estrutura da parede celular que leva à perda de carbono
– Perdas de carbono levam a perda do poder calorífico
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
SECAGEM
• A secagem é a remoção de toda ou parte da humidade contida na
biomassa como vapor

• Tecnologias e abordagens
– Secagem solar ao ar livre (circulação de ar quente de baixa
humidade)

• Vantagem é de baixo custo, teor final de humidade de cerca de


35% em peso
• Desvantagem, processo muito lento, depende do clima local, do
trabalho semi-intensivo,
• A maior parte da biomassa se decompõe
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
SECAGEM
- Secagem por lote, Secagem em estufa (circulação de gases quentes por
correntes naturais ou forçadas).

• O calor vem da caldeira de vapor ou da combustão de resíduos de


biomassa.

• Secagem por lote com temperatura final de 90 °C e 15% em peso de


humidade.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
SECAGEM

• Secagem contínua por gases de chaminé


– O ar quente ou os gases de chaminé entram em contacto com a
biomassa quando esta entra na caldeira.

– O gás de chaminé (gás de exaustão) contém 15% em peso de


humidade a quase 250 °C.

– Quantidade limitada de humidade pode ser removida.

WG = (2940M)/(Ti –To)

To - Temperatura do gás de secagem na saída °C


Ti – Temperatura do gás de secagem na entrada °C
M – Água evaporada kg/h
WG – Peso do gás de secagem kg/h
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
REDUÇÃO DE TAMANHO

• Técnicas são usadas para preparar a biomassa para uso directo


como combustível, fabricação em forma de paletes de
combustível, cubos e briquetes
• Redução de volume,
– Facilita o transporte do material em estado sólido ou lodo/lama ou
pneumaticamente.

– O tamanho da partícula é crítico no processo de secagem.

– A partícula deve satisfazer os requisitos de fornecimento de matéria-


prima ao reator de conversão e ao próprio processo de conversão.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
REDUÇÃO DE TAMANHO

• Nos sistemas de combustão, a câmara de combustão e desenhos de


permutadores de calor, nomeadamente:
– As condições de funcionamento;
– O método de fornecimento de combustível sólido;
– Remoção de cinzas;

Determinam o melhor formato e tamanho do combustível.

• Para processos de gaseificação térmica e liquefação,


– Tamanho da partícula
– Distribuição de tamanho

Pode influenciar a taxa de conversão.


PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
REDUÇÃO DE TAMANHO - EXPLOSÃO A VAPOR

• O tratamento das lascas de madeira com


– Vapor
• A pressões elevadas
• A temperaturas elevadas
– Por períodos curtos seguidos de descompressão rápida

• O que muda?
– O estado físico da estrutura da madeira
– Alterações químicas de hemiceluloses e lignina no processo pode
ocorrer.
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
MELHORAMENTO DA DENSIFICAÇÃO

• A prensagem é usada para densificar fenos, palhas, etc.


• Palha
– Palha empacotada 70 - 90 kg/m3, 10% em peso de humidade
– Palha empilhada 5 - 15% desta faixa
– Pellets e briquetes 350 - 1200 kg/m3

• Madeira
– Madeira seca 600 - 700 kg/m3
– Peletes de madeira 700 - 1400 kg/m3

• Vantagens
– Facilita a logística de manuseio e armazenamento.
– Melhora a estabilidade da biomassa.
– Facilita a alimentação de combustíveis sólidos de biomassa para fornos
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
MELHORAMENTO DA DENSIFICAÇÃO
– Maior densidade de energia, 15 - 17 MJ/kg
– Queima limpa

• Desvantagens
– Custo de produção (tratamento)

• 30 a 60% da venda por atacado é custo de produção;


• Depende do tamanho de partícula;

– Consumo de eletricidade

• Materiais
– Biomassa virgem
– Lixo municipal
– Resíduos agrícolas etc
PROCESSO DE CONVERSÃO FÍSICA
DENSIFICAÇÃO
Conversão Térmica, Combustão
Caracterização - Fundamentos
• Descrição química da combustão:

(C6H10)n + 6nO2 6nCO2 + 5nH2O

Calor e luz são os produtos

• Combustão é conhecida como incineração directa

• Combustão é a tecnologia dominante na conversão de biomassa,


95% de toda a energia de biomassa utilizada atualmente é por
combustão.
Conversão Térmica, Combustão
Caracterização - Fundamentos
COMBUSTÃO DA BIOMASSA EM CALDEIRAS
• Caldeira a biomassa normalmente é limitada a produção de vapor.
• Também limitado à pressão máxima econômica até 10 bar
• Se tiver queima conjunta com carvão, então pode alcançar 16-24 bar
• Taxas de produção até 227-270 ton/h
• Geração de energia: 5 a 25 MW
• Co geração: 60 MW

Porquê ?
• Consideração sobre custo de combustível.
• Dificuldades de manuseio de materiais.
• 80 km é a distância máxima econômica.
Conversão Térmica, Combustão
Caracterização - Fundamentos
• Temperatura da chama de madeira florestal
50% em peso de humidade 980 °C
Madeira seca completa 1260-1370 °C

• Temperatura de chama teórica versus humidade da madeira e excesso


de ar
Conversão Térmica, Combustão
Etapas do Processo

• Assumindo uma partícula de 20 milímetros de tamanho, os


mecanismos de combustão podem ser classificados em duas fases
nomeadamente:
• Fase de pré-ignição
• Fase de pós-ignição
• Para a combustão desta partícula de biomassa, as seguintes etapas
podem ocorrer simultaneamente ou concorrentemente.
• Secagem (até 100 ° C)
• Devolatilização (acima de 150 ° C)
• Combustão volátil (combustão flamejante)
• Combustão de carvão (combustão incandescente)
Conversão Térmica, Combustão
Emissões
• S (enxofre) ligado quimicamente
• N (nitrogênio) quimicamente ligado
Três tipos de formação de NOX
• Thermal-NOX
• Prompt-NOX
• Fuel-NOX
• Problemas resultantes
• Chuva ácida
• Formação de fumança
• Depleção de ozônio
• Uma biomassa sólida (boa qualidade) consiste de partículas
pequenas e uniformes, baixa humidade e teor de cinzas, com teor
de chalorina, nitrogênio e enxofre zero ou próximos a zero.
Conversão Térmica, Combustão
Combustão em Grande Escala de Biomassa
Lascas de madeira, Lascas de madeira, Pó de madeira
Grelha inclinada, “Fluidized bed”, Queimador de pó
Conversão Térmica, Combustão
Controle de emissão
• Partículas da Matéria (PM) no gás de combustão
- Separação ciclônica, precipitação electroestática, aglomeração,
flerte.
• Emissões de gases ácidos
- Recirculação de gases de combustão, tratamento com LIM
• Emissão de NOx
- Combustão por fases, excesso de ar, recirculação dos gases de
combustão, controlo do tempo de permanência, redução
catalítica selectiva e não catalítica
• Dioxina tóxica x-clorada, agente laranja
- O composto é destruído quando a temperatura é de 1000 °C por
um milissegundo
CONVERSÃO TÉRMICA, PIRÓLISE E LIQUEFAÇÃO

• Pirólise é definida como a decomposição térmica direta de


componentes orgânicos em biomassa na ausência de oxigênio.

• Pirólise também é chamada de destilação destrutiva ou


carbonização.

• Há muito tempo ou pouco tempo de pirólise (flash, rápida ou


ultra pirólise)
Conversão Térmica, Pirólise e Liquefação
Mecanismos
• Quando a celulose é lentamente aquecida entre 250 a 270 °C,
uma grande quantidade de gás (CO e CO2) é produzida.
• À medida que a temperatura aumenta, a taxa de produção de H2
aumenta.
Conversão Térmica, Pirólise e Liquefação
Caminhos e Cinética

mv Massa de voláteis restantes (kg)


A Constante de Arrhenius
E Energia de ativação (kj/kmol)
R Constante universal de gás (kj/kmol-K)
T Temperatura (K)

Dehydation – desidratação
Depolymerization - Despolimerização
Conversão Térmica, Pirólise e Liquefação
Termodinâmica
Para a maior parte da biomassa, a pirólise é endotérmica a
temperaturas abaixo de 400 a 450 °C e exotérmica a temperaturas
mais altas.
Conversão Térmica, Pirólise e Liquefação
Produto e Rendimentos

• Os produtos da pirólise são.


- Agua
- CO
- CO2
- Carvão vegetal
- Hidrocarbonetos
- Tars
- Polímeros
Conversão Térmica, Pirólise e Liquefação
Produto e Rendimentos
Pirólise lenta convencional

Birch – Vidoeiro; Pine – Pinho; Spruce -Abeto


CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Introdução

• Gasificação (oxidação direta, combustão com insuficiência de ar ou


oxigênio)
- são aquelas que utilizam menos do que as quantidades
estequiomáticas de oxigênio necessárias para a combustão completa.

• Os combustíveis sólidos podem ser convertidos em uma forma que


pode ser usada mais facilmente.

• Exemplos de aplicações: fornos, motor de combustão interna,


turbina a gás.
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Sub-processos de Gaseificação
O processo de gaseificação de uma partícula sólida pode ser dividido
em quatro etapas:
• Secagem: A água dentro do combustível é removida por
evaporação.
• Pirólise: Os gases voláteis, principalmente CO2, CO e
hidrocarbonetos, são liberados do combustível seco por meio da
degradação térmica, na ausência de um oxidante. O restante sólido
é chamado carvão.
• Combustão: Combustão total e parcial do gás e carvão.
Fornece a energia necessária nas outras etapas.
• Redução: O carvão restante é reduzido com CO2, H2O e calor para
formar H2 e CO.
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Composição do Gás e Poder Calorífico

• O gás produzido no gaseificador é uma mistura de componentes


combustíveis e não combustíveis.

• Os principais compostos do gás produzido são: H2, CO, H2O, CO2, N2 (se
o ar é utilizado como agente oxidante) e vários hidrocarbonetos.

• Dependendo do conteúdo de N2 no combustível e no processo de


gaseificação, a amônia (NH3) também fará parte do gás do produto. NH3
é uma fonte potencial de emissão de NOX.

• A composição do gás e o poder calorífico do produto gasoso depende do


que é o agente de gaseificação, isto é, se o ar, oxigênio ou vapor tiverem
sido usados.
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Gaseificação Pirolítica

• A pirólise já foi discutida anteriormente. Abaixo está uma


construção avançada chamada sistema de "fluidized bed"
indiretamente aquecido, com o objetivo de remover o Nitrogênio.
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Oxidação Parcial

• A biomassa é fornecida com menos do que a quantidade


estequiomética de oxigênio...
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Gaseificação a Vapor

• Gaseificação de vapor é o processo onde o vapor é usado como o agente de


gaseificação.

• Melhora o processo global através da reação endotérmica de vapor-carbono,

C6H10O5+H2O CO+6H2

• A gaseificação a vapor ocorre como um processo de duas etapas

- A 300-500 ° C, os compostos voláteis evoluem e forma-se algum carvão


residual.

- A 600 ° C, os compostos voláteis são reformados a vapor para produzir


gás de síntese.
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Desenho de Gaseificador
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO

Gaseificação e Geração de Energia


• Dependendo da aplicação final do produto gás e do tamanho da planta, existem
diferentes desenhos de gaseificador.

• Pequenos gaseificadores de tipo “packet-bed” (corrente ascendente, descendente


ou cruzado) podem ser adequados para operação de motor IC (combustão interna)
estacionário (com geração de eletricidade) ou para aplicação em queimador a gás.

• Os gaseificadores de "fluidized bed" (borbulhando, circulando ou pressurizados)


podem ser bastante grandes e, portanto, aplicados em usinas maiores, que podem
envolver, por exemplo, turbinas a gás, caldeiras a vapor, síntese de metanol, etc.

• Os gaseificadores de fluxo incorporados e pressurizados são comercializados para


carvão como combustível e em desenvolvimento para a gaseificação de “Black
Liquor” para produzir biocombustíveis.
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Gaseificação e Geração de Energia
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Composição de Gás, Produção de Metanol

• Composição idealizada do gás do processo de gaseificação a vapor


indiretamente aquecido aplicado à síntese de metanol a partir de
biomassa é:
CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Eficiência do Gaseificador

• A eficiência do gás frio (CGE) é uma medida do desempenho do


gaseificador.

• Pode ser definido como o racio entre o fluxo de energia no gás e a


energia contida no combustível.

• É chamado de eficiência de gás frio, pois não leva em consideração


que o produto gás que sai do gasificador está quente.

• Quanto maior o CGE, melhor a conversão de combustível.


CONVERSÃO TÉRMICA, GASIFICAÇÃO
Eficiência do Gaseificador

- ηCG = Eficiência do gás frio %


- LHVgas = Baixo poder calorífico do produto gasoso (MJ/m3n)
- Vgas = Fluxo volumétrico normal de gás (m3n/s)
- LHVfuel = Baixo poder calorífico do combustível sólido do gaseificador (MJ/kg)
- mfuel = Fluxo de combustível sólido (kg/s)
LIQUEFAÇÃO BIOQUÍMICA NATURAL

Componente dominante em biomassa


- Celulose, lignina e hemiceluloses

• Em adição
- Sólidos orgânicos poliméricos e não poliméricos
- líquidos orgânicos de baixo peso molecular

Usados como combustível de viaturas


- Glicerídeos que são ácidos de cadeia linear contendo um número
par de carbono.

- Terpenos, que são hidrocarbonetos isoméricos de fórmula molecular


(C5H6)n.
LIQUEFAÇÃO BIOQUÍMICA NATURAL
Glicerídeos de biodiesel

• Algumas espécies de biomassa produzem ésteres naturais de ácidos


e álcoois gordurosos como:

- Jojoba - produz um produto de esterificação


da cadeia recta C20-C22
- Óleos de sementes produzem triglicerídeos,
três cadeias longas de ácidos gordurosos
- Soja
- colza

• A faixa de rendimento potencial do óleo é de cerca de 400 a 1800


L/ha-ano.
LIQUEFAÇÃO BIOQUÍMICA NATURAL
Biodiesel, Terpenos

• É produzido por mecanismos bioquímicos naturais


- Borracha natural, planta de borracha de Hevea
- Óleos altos, durante a produção de polpas de madeira por sulfato (processo
Kraft) “tall oil” é formado.

• Problemas no uso do biodiesel para motores de injecção directa e


indirecta.
- Maior viscosidade
- Baixa volatilidade

• Conversão para ésteres metílicos ou etílicos

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