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Delegação Regional do Algarve

Centro de Emprego e Formação Profissional de Faro


EFA NS - Técnico/a de Comunicação e Serviço Digital

O cinema como
meio de
comunicação
Trabalho realizado por Viviana Mendes
Formadora Carla Aguiar
CLC 5 – Cultura, Comunicação e Média
“Cinema" é a abreviação de
cinematógrafo. "Cine", vem do grego
e significa movimento e o sufixo
"ágrafo", que aqui significa, gravar.
Assim, temos o movimento gravado.
Invenções que precederam o
cinema
 A Lanterna Mágica
(séc. XVII)

 O Praxinoscópio
(1877)

 Cinetoscópio (1894)
O cinematógrafo
de Lumière
A técnica do cinema surgiu
no século XIX, em parte
associada ao
desenvolvimento da
fotografia, como visto.
Assim, inventores como
Louis Daguerre, Coleman
Sellers e Étienne Marey são
associados.
O cinematógrafo é uma
invenção dos Irmãos Auguste
e Louis Lumière e foi
patenteada a 13 de fevereiro
de 1895.
Os primeiros filmes
 No dia 28 de dezembro de 1895, no Grand
Café, em Paris (França), realizaram a
primeira exibição pública e paga de
cinema: uma série de dez filmes, com
duração de no máximo 50 segundos cada,
já que os rolos de película tinham 15
metros de comprimento.
 Entre os mais conhecidos destes estão: “A
saída dos operários da fábrica Lumière” e
“a chegada do comboio à Estação Ciotat”.
Cinema mudo
Os filmes Lumière
retrataram apenas cenas
do quotidiano, tendo
algumas comédias, com
representações de
palhaços. Na verdade, os
irmãos pensavam que o
cinema não teria futuro
Ainda não era possível
associar som à imagem
pelo que o cinema era
mudo e geralmente
acompanhado de musica
ao vivo e narração.
Em Portugal
O “Pai” do cinema em Portugal

 Aurélio da Paz dos Reis foi um distinto


fotógrafo amador.
 Quando soube que os irmãos Lumière tinham
construído os primeiros aparelhos de
filmagem e projeção cinematográfica, partiu
para Paris.
 Adquiriu, logo em 1896, uma máquina de
filmar e projetar, e realizou e exibiu nesse
mesmo ano, pela primeira vez, no Porto, 27
pequenos filmes.
Pais dos Reis
replicou o modelo
dos irmãos Lumière
e captou imagens da
vivência e costumes
portugueses.
Muitas experiências foram realizadas e
muitas imagens foram captadas, em
muitos metros de pelicula
Cinema Narrativo
O cinema era visto apenas para fins
documentais e para registar através de uma
câmara estática algo que estava acontecendo
diante da lente. Seria o que se chama de
"teatro filmado".
 No entanto, dois pioneiros vão utilizar as
câmaras para contar estórias, criar técnicas e
narrativas que somente se tornaram possíveis
graças ao cinematógrafo.
 Destacamos dois precursores do cinema
narrativo: Alice Guy-Blaché e Georges Méliès.
 A cineasta Alice Guy foi a
primeira pessoa a conseguir
viver do cinema. Ela rodou
mais de mil filmes do qual
apenas 350 sobreviveram,
incluído sua monumental "A
Vida de Cristo", de 1906, que
contou com 300 figurantes.
 O mágico e ator francês
Georges Méliès também
trabalharia no
desenvolvimento da linguagem
cinematográfica introduzindo
cortes, sobrexposição e zoom,
tendo ficado conhecido como o
“pai dos efeitos especiais”.
Cinema nos anos 20
O cinema torna-se nesta altura meio de comunicação e veiculo de emoções.
“O som aniquila a
grande beleza do
silêncio.”
Charles Chaplin
Nos anos 1920 o cinema era
mudo por questões
financeiras.
Ainda assim, era tocada
música ambiente, para
acrescentar dinamismo às
imagens em movimentos e
eram acrescentadas legendas
traduzindo os diálogos entre
os atores.
Uma vez que grande parte
dos espetadores eram
analfabetos, o número de
legendas era reduzido.
“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza,
porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos
homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos
feito marchar a passo de ganso para a miséria e os
morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos
sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz
abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos
conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência,
empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos
bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de
humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de
afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência
e tudo será perdido.”

– Charlie Chaplin, em “O grande ditador”


O filme sonoro
O filme passou a ser
predominantemente
sonoro, estando a
viragem desta era
marcada pelo filme The
Jazz Singer (
O Cantor de Jazz,
1927). Agora, os atores
teriam de decorar
diálogos e todo o mundo
do cinema mudou. A
forma como era passada
a mensagem mudou.
Cinema
Português
Não será arriscado afirmar
que o cinema português foi,
até à década de 50, um dos
mais fortes no panorama
europeu.
Essa projeção internacional
só não era maior devido à
enorme clarividência do
mercado soviético e
germânico, mas a nível de
qualidade e visão foi sem
dúvida um dos maiores
impulsionadores de um estilo
ligado às raízes e origens de
um povo.
José Leitão de Barros
A qualidade a nível técnico só foi possível
graças ao incrível trabalho de José Leitão de
Barros, que usa a Nazaré, o mar e pescadores
como tema e personagens centrais dos seus
filmes “Nazaré, Praia de Pescadores” (1929) e
“Maria do Mar”(1930).
Realizou ainda filmes como a Severa (o
primeiro filme sonoro portguês, 1931),
Bocage (1936), Inês de
Castro (1945) , Camões (1946), e
também Lisboa, Crónica Anedótica (1930), As
Pupilas do Senhor Reitor (1935), Ala-
Arriba e Maria Papoila (1937), que constituem
alguns dos mais marcantes momentos do
cinema português dos anos 30 e 40.
Manoel de
Oliveira
É também por esta
altura que se estreia o
inegável gigante
cineasta português
Manoel de Oliveira,
na altura piloto de
corridas de
automóveis.
Em 1942 assina a
obra-prima “Aniki
Bóbó”e só regressa às
longas metragens em
1963.
Cinema, Comédia, Revista
O Fado no cinema
Amália Rodrigues
O cinema como
arma política
Hitler usou o cinema como arma
de propaganda politica,
transmitindo os seus discursos e
mostrando o seu poderio militar
em peliculas que foram exibidas
em larga escala.
Não foi o único a faze-lo, já que
atualmente, de uma forma ou de
outra, o cinema continua a
mostrar e formar opiniões
politicas e culturais.
Anos ‘50, ‘60
Os filmes das décadas de 50
e 60 marcaram a História.
Representações de glamour,
vidas ostensivas e Hollywood a
criar a ilusão que se
disseminava para o mundo. A
ostentação Hollywoodesca
esconde como hoje se sabe
alguma negritude. 
Anos ‘50, ‘60
Tal como em Portugal,
há uma grande tendência
para usar a atuação
aliada à música e à
dança.

As bandas sonoras são


tão ou mais importantes
que a representação e
criam-se registos que
ficam para a história e
atravessam gerações.
Anos ‘70, ‘80
Obras Literárias
no Cinema.
Outro marco do cinema são as
adaptações de obras literárias à grande
tela
A saga James Bond (Barry Nelson foi o
primeiro James Bond no telefilme
Cassino Royale (Casino Royale (1954),
mas a personagem ficou imortalizada
por Sean Conery já na década de ’60)
Aqui, vê-se o cinema a aproximar-se
do imaginário humano num outro
prisma, dando forma a linhas escritas
na sua maioria sem imagem.
Filmes de Animação
Walt Disney é o grande
impulsionador da Animação no
cinema
Foram adaptados contos infantis
e outros ao cinema animado,
bem como se criam obras que
alimentam o imaginário de
crianças e adultos. Alguns dos
clássicos de animação ganharam
recentemente versões de carne
e osso, como a Bela e o Monstro.
O “Fantástico” e a
Ficção Científica
A necessidade do Humano de imaginar, de
ir mais longe, de idealizar realidades
paralelas ou como estarão os humanos dali
a 20, 50, 100 anos trouxe à sétima arte
obras como Star Wars, Matriz, Regresso ao
Futuro, História Interminável, entre
outras.
“Profecias” feitas por alguns destes filmes
nunca se concretizaram, enquanto outras
não estão muito longe da nosaa
atualidade, ainda que com as devidas
“fantásticas distâncias.
Terror, Horror,
Thriller
Frutos de imaginação de crentes e
descrentes, baseados em
acontecimentos documentados,
inspirados em folcrore, são muitas
as origens deste estilo de filmes.
Produções sangrentas, espiritismo,
crimes… São filmes que não são
para todos os gostos, é verdade,
mas têm menção honrosa
(especialmente pelos que são
baseados em factos veridícos)
O cinema a
“imitar” a História
Para além dos documentários, que
nada mais são que isso mesmo,
documentos, imagens e registos
factuais, existem os filmes
históricos, representações de
pedaços de história.
Estas representações podem ser
mais ou menos romantizadas,
podem usar mais factos ou
reproduções de vestuário, cenário
ou sucessão de acontecimentos, mas
tornam-se elas também referências
históricas.
O cinema a
contar histórias
Cinema português
na atualidade
O cinema português teve na verdade
pouca expressão durante algumas
décadas, mas sente-se um novo
folêgo em realizadores, produtores,
argumentistas e atores nacionais
As peliculas portuguesas continuam
a ter um cunho social, representando
realidades vividas, seja em crise,
seja como “tuga” no estrangeiro,
seja em estilo sátira, ou em comédia
escrita de forma muito inteligente .
O cinema começou por ser um registo da vida, da sociedade.
A narração trouxe outra dimensão à sétima arte, trouxe a representação para as
telas e desde então não cessou de mover massas, seja pelo fascínio de ver a vida
por outros olhos, seja por mostrar outras realidades.
Um filme, enfim, pode apresentar-se como um projeto para agir sobre a
sociedade, para formar opinião, para iludir ou denunciar. Portanto, um projeto
para interferir na História, por trás do qual podem esconder-se ou explicitar-se
desde interesses políticos até os interesses de mercado encaminhados pela
indústria cultural.
Contando histórias que inspiraram o mundo a mudar ou apenas documentando
acontecimentos que marcaram a história, o cinema é reflexo de sociedades e de
eras.
O cinema, tal como a vida, é fonte de riso, de lágrimas e emoção, tocando a todos,
sem exceção.

Concluindo…
Webgrafia
 https://www.comunidadeculturaearte.com/o-passado-e-o-presente-do-cinema-portug
ues-sera-tudo-uma-questao-de-montagem/
 https://pt.slideshare.net/sinzianasocol/cinema-de-portugal

 https://pt.slideshare.net/alicetwo/cinema-nos-anos-20

 https://www.infopedia.pt/$cinema

 https://journals.openedition.org/lerhistoria/2547

 https://www.infopedia.pt/$aurelio-da-paz-dos-reis?intlink=true

 https://ahistoriadacomunicacao.wordpress.com/2013/04/01/a-historia-do-cinema-2/

 https://www.ipv.pt/forumedia/5/15.htm

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