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EB 2,3 do Caramulo

História 7º Ano
2010/2011

Unidade C.2. A sociedade europeia nos sécs IX a XII .

A Sociedade Senhorial ou Feudal

Mafalda Carvalho
Um olhar para trás …

As Transformações Económicas e o Clima de Insegurança

Invasões

Destruição das Medo


Aumento da mortalidade
culturas Insegurança

Queda da produção

Ruralização da Dependência dos camponeses


economia face aos grandes senhores

Economia de subsistência

Feudalismo: regime económico, social e


político baseado no poder dos senhores
locais

Unidade C.2. A sociedade europeia nos sécs IX a XII.


A Sociedade Senhorial ou Feudal
NC Séc. V Séc. X Séc. XV
Séc. X Séc. V

Antiguidade Clássica Idade Média

Tempo

Espaço

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Unidade C.2. A sociedade europeia nos sécs IX a XII.
A Sociedade Senhorial ou Feudal

Orar, combater, trabalhar


Orar, orar
Que tinha muito poder
Era a função
E muita riqueza
Do clero secular
Trabalhar, trabalhar
Orar e laborar
E muitas rendas pagar
Era também o lema
Cavar, semear
Do clero regular
Acartar
Que ensina a ler
Prestar serviços e mais serviços
E a escrever
Trabalhar todo o Ano!
A cultivar a terra
Trabalhar desde criança
Que tinha em abundância.
Assim era a sorte do vilão
Combater, combater
Que comia o pior pão
Quando havia guerra
Porque o melhor
Era a missão da nobreza
Era para o seu senhor

Natércia Crisanto

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A Sociedade Senhorial ou Feudal

Rei
Clero
(oratores) Privilegiados

Nobreza
(belatores)

Terceiro
Estado Não Privilegiados
ou Povo
(laboratores)
Unidade C.2. A sociedade europeia nos sécs IX a XII.
A crescente influência da igreja católica

S. Martinho de Dume
– Converteu os
suevos à fé católica,
tendo sido eleito
bispo de Braga em
556.

Espanha Muçulmana S. Gregório magno (590-604)


Cristandades célticas no fim do séc. VI A sua obra em prol da
Principais mosteiros conversão dos pagãos fez
com que ficasse conhecido
Difusão do cristianismo
como o” Papa das Missões”.
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Importância social …
O Homem medieval era
profundamente religioso, logo
entre os grupos sociais existentes,
o clero tinha um enorme prestígio.
Estava presente nos principais
momentos da vida das populações
(nascimento, baptismo e morte).
Do nascer ao pôr do sol , os sinos
das Igrejas marcavam o ritmo da
vida quotidiana. A morte
O Casamento

Quando o senhor, jazendo no seu leito,


Sentia, cheio de medo, aproximar-se a morte,
Não se lembrava do filho ou do irmão,
Importância económica … Nem ia para a mulher do seu cuidado.
Quase todos os bens a Jesus Cristo deixava;
Doava a terra, as rendas, os moinhos;
Nada recebia a filha, nem o filho.
Assim ficava o mundo empobrecido
E o clero muito enriquecido.
Garin le Lorrain, poema francês do século XII

Unidade C.2. A sociedade europeia nos sécs IX a XII.


Ensino: as escolas pertenciam à igreja e situavam-
se junto das igrejas e mosteiros;

A assistência a doentes, peregrinos e


mendigos.

Protecção às populações

Havia também os monges copistas que escreviam à


mão documentos e livros, feitos em pergaminho, que
decoravam por vezes com ilustrações de cores vivas e
ouro: iluminuras
Sistematizando ….

Papa

Cardeais Alto
Abades
Clero
Alto Arcebispos
Clero
Bispos

Baixo
Baixo Párocos Monges Clero
Clero

Clero Secular
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Clero Regular
RENOVAÇÃO ESPIRITUAL

No séc. X, a preocupação do Clero em aumentar a sua riqueza e


o afastamento dos valores religiosos levou à criação de duas
ordens religiosas beneditinas (seguem a regra de S. Bento):
Cluny e Cister

Mosteiro de Alcobaça
(cisterciense)
Abadia de Cluny

São Bernando de Claraval:


fundador da ordem de Cister
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Objectivo da renovação da Igreja Católica: regresso à pureza e
à humildade.
A ociosidade é inimiga da alma. Por isso, os irmãos devem ocupar-se, em
certas horas, com o trabalho manual e, noutras, com a leitura das coisas
divinas. Desde a Páscoa até ao início do Outono, os irmãos devem sair pela
manhã para trabalhar no que for necessário, desde a hora prima (1) até à
hora quarta. Da quarta até à sexta hora entregar-se-ão à leitura. Depois da
hora sexta, após se terem levantado da mesa, descansarão nas suas camas
em completo silêncio. Se algum irmão quiser ler, que leia para si próprio,
sem incomodar os outros. Depois de rezarem a Nona (2) voltarão ao trabalho
que tiver que ser feito até às Vésperas (3). Se as necessidades do lugar ou da
pobreza exigirem que os irmãos façam eles próprios o trabalho da ceifa, não
deverão afligir-se com isso, porque é assim que serão verdadeiros monges,
vivendo do trabalho das suas mãos.
Regra de S. Bento

(1) – Seis horas da manhã; é a partir dessa hora que são contadas todas as horas da vida dos monges )
(2) - orações rezadas em conjunto às 15 horas ( hora nona)
(3) - Orações rezadas a hora variável , normalmente ao fim da tarde .

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A NOBREZA
A nobreza é sobretudo guerreira (possuí exércitos
próprios , auxiliando o rei em tempos de guerra) e
fundiária (possuí grandes propriedades chamadas
domínios senhoriais ).

Conquista de Constantinopla
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A NOBREZA
Em tempo de paz, os cavaleiros preparavam-
se para a guerra, participando em
torneios e caçadas.
caçadas

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A NOBREZA

O castelo era o símbolo do


poder senhorial. Aí se
abrigavam as populações
em busca de segurança.
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Domínio Senhorial ou Senhorio
Os senhores exercem um poder quase absoluto nos seus
domínios: estabelecem a lei, cobram impostos e recrutam
soldados.

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Camponeses
Constituem grande parte da população. A esmagadora maioria vive e trabalha nos
domínios senhoriais.

Os camponeses livres Os não-livres (pertencem


são chamados de ao senhor)são chamados
colonos ou vilãos. de servos.

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Camponeses
Os camponeses trabalham na reserva do senhor (incluía as terras mais férteis,
a casa do senhor, o moinho, o forno, o lagar…)
… e nos mansos (parcelas
arrendadas ao senhor , em troca de
pagamento de géneros ou trabalhos
gratuitos na reserva).

Obrigações dos camponeses:


•Corveias: três dias de trabalho
gratuito para o senhor;
•Banalidades: utilização obrigatória
de moinho, forno, e lagar.

Domínio Senhorial ou Senhorio


“Cada manso deve dar, pela Páscoa, uma galinha e quinze ovos; em Maio seis dinheiros, em Julho, dez
dinheiros e, no dia de S. Martinho, doze dinheiros.
Todos os homens sujeitos ao poder da Abadia devem dois dias de corveia no prado, devem carregar três
carros de feno e transportá-lo até ao estábulo e devem outro dia de trabalho em qualquer época do ano (…).
Devem ainda dois dias de trabalho com seus animais (…)”
Documentos da Abadia de Saint-Vanne de Verdum (séc. XI)
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Sociedade de Ordens

Privilegiados Não Privilegiados

Clero Nobreza Terceiro Estado ou Povo

Têm muitos privilégios Não tem quaisquer


(benefícios): privilégios:
- não pagam impostos - paga muitos impostos ao
- recebem impostos rei, à nobreza e ao clero;
- possuem muitas terras - a sua função é trabalhar e
-têm leis próprias sustentar as outras ordens
-Desempenham altos cargos sociais.
de governação - a ele pertencem
camponeses, artesãos,
soldados, mendigos e a
burguesia .
Unidade C.2. A sociedade europeia nos sécs IX a XII.
FIM…

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