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fitogeografia

Aula 01
Fitogeografia
 É a ciência do ramo da Biologia que
estuda sobre a distribuição geográfica dos
vegetais nas diversas regiões do globo
conforme as zonas climáticas e fatores
que possibilitam a sua adaptação.
 Ecologia + Fitossociologia + Fitogeografia
Fitogeografia
 FLORÍSTICA - (derivado de "flora") é uma
disciplina da botânica e biogeografia que
estuda a distribuição de espécies de
plantas e a sua relação, em diversas
áreas geográficas.
Terminologia empregada
 AMBIENTE ou MEIO- é o conjunto das forças e
condições naturais que operam numa determinada
região ou localidade. Compõem-se de fatores
ambientais ou mesológicos.
 HABITAT- é uma parte do ambiente em estreita relação
com os organismos que nele vivem. Logo, habitat é
qualquer lugar ou “ambiente” em que cresce ou
reproduz-se qualquer planta. Quando o habitat é muito
reduzido e caracterizado por condições ambientais
particulares, que o distinguem do meio onde está
situado, recebe o a denominação de micro-habitat.
Terminologia empregada
 BIÓTOPO OU NICHO- é a menor área
caracterizada por um ambiente particular,
o que equivale a dizer que pe a menor
unidade de habitat. Biótopos semelhantes
compõem um biócoro.
 BIOCENOSE- é a comunidade de seres
vivos que ocupa dado habitat. Assim, a
cobertura vegetal de uma área recebe a
designação de biocenose.
Terminologia empregada
 ESTAÇÃO OU LOCALIDADE- é o ponto
geográfico onde se coletou uma planta.
 COMUNIDADE- indica qualquer grupo
organizado, com estrutura definida de plantas e
de animais. Quando se refere a vegetação
designa um conjunto populacional com unidade
floristica de aparência relativamente uniforme.
 FORMAÇÃO- é um grande tipo de vegetação do
ponto de vista fisionômico. EX: cerrado mata,
florestas pluvial, etc...
Estudo da fitogeografia
AMBIENTE + VEGETAÇÃO
+ FLORA
Estudo da fitogeografia
 AMBIENTE (soma das forças naturais que
atuam sobre os seres vivos);
 VEGETAÇÃO (conjunto de vegetais que
existem em determinado local);
 FLORA (conjunto de entidades
taxionômicas (=categorias sistemáticas)
que ocorrem em determinada região, cuja
distribuição e áreas constituem objeto da
fitogeografia propriamente dita.
Fatores ambientais
Fatores ambientais
 Climáticos;
 Edáficos;
 Fisiográficos ;
 Bióticos;
 Fogo, (parte climático –raios- e parte
biótico -homem).
FATORES CLIMATICOS
 Existe diferença entre estado de tempo e clima.
Embora sejam conceitos diferentes, eles estão
interligados, uma vez que à sucessão habitual
do estados de tempo, que ocorrem numa área,
durante um longo período de tempo dá-se o
nome de clima.
 O clima é o conjunto dos estados do tempo
meteorológico que caracterizam o ambiente
atmosférico de uma determinada região ao
longo do ano.
 O tempo meteorológico é o tempo atual que
pode ser previsto pelos meteorologistas.
FATORES CLIMATICOS

 Os fatores climáticos são os elementos


naturais e humanos capazes de
influenciar as características ou dinâmicas
dos tipos de climas.
 Também existe diferença entre zonas
climáticas e tipos de clima.
Zonas Climáticas
 Na Terra existem cinco grandes zonas
climáticas: uma zona quente, duas zonas
temperadas e duas zonas frias
Tipos de Clima
 Dentro de cada zona distinguem-se vários
tipos de clima em função das condições
de temperatura e precipitação.
 Climas Quentes
 Climas Frios
 Climas Temperados
 Climas de Altitude
1-FATORES CLIMÁTICOS
 1.1.-Radiação solar
 A radiação ou “luz” emitida pelo sol e
que nos atinge é conhecida como
radiação solar direta, enquanto a fração
dispersada pelas moléculas de gás e
gotículas de água, presentes na
atmosfera diz-se radiação difusa.
Radiação solar
 Intensidade é a quantidade de energia
enviada pelo sol na unidade de tempo e
de área.
 Duração ou insolação refere-se ao
tempo que o sol brilha e mede-se em
horas e décimos de hora por dia.
Radiação solar
Radiação solar
Radiação solar
Radiação solar
 As mudanças na intensidade e duração
devem-se a:
 Movimento da Terra;
 Estação do ano;
 Altitude;
 Exposição;
 Características do dossel;
Radiação solar X VEGETAÇÃO
 Ângulo da folha;
 Espessura da folha;
 Arquitetura da planta.
 Importância:
 processo da fotossíntese
 induzir e controlar os ritmos biológicos.
Radiação solar
 ponto de compensação fótico, que
corresponde à intensidade luminosa na
qual a taxa de respiração se iguala a taxa
de fotossíntese; isto é, quando todo gás
carbônico produzido pela respiração é
absorvido pela fotossíntese. As plantas
heliófilas têm, geralmente, o ponto de
compensação fótico superior ao das
plantas umbrófilas.
RADIAÇÃO
 A Comissão Holandesa de Irrigação
Vegetal (1953) estabeleceu os efeitos
específicos causados por determinadas
faixas espectrais estabelecendo 8 divisões
com características próprias.
Faixas espectrais
 Faixa 1: radiação com comprimento próximo de
1,0 micrommetro-
 não causa danos as plantas e é absorvida. O
aproveitamento é sob a forma de calor sem que haja
comprometimento nos processos biológicos.
 Faixa 2: entre 1,0 e 0,72 micrommetro . esta é a
região que exerce o efeito de crescimento nas
plantas. Qto mais próximo a 1,0 mais favorecido
o fotoperíodo, germinação, controle da floração
e coloração dos frutos.
Faixas espectrais
 Faixa 3: 0,61-0,72 micrommetro. esta região é
fortemente absorvida pela clorofila. Gera forte
atividade fotossintética,
 Faixa 4: 0,61-051 micrommetro. Baixo efeito
fotossintético e de fraca ação sobre a formação
da planta. (corresponde a região verde do
espectro)
 Faixa 5: 0,51-0,40 micrommetro. É a região
mais fortemente absorvida pelos pigmentos
amarelos e pela clorofila (parte azul e violeta).
Vigorosa ação na formação da planta.
Faixas espectrais
 Faixa 6: 0,40-0,32 micrommetro
(ultravioleta).Exerce efeito nocivo na
formação do vegetal. As folhas tornam-se
mias grossas e as plantas mais baixas.
 Faixa 7: 0,32-0,28 micrommetro (UV-B)
prejudicial à planta.
 Faixa 8: comprimento de onda menor que
0,28 micrommetro. Mata as plantas.
ALBEDO
 Fração de radiação de ondas curtas que é
refletida pela superfície.
 Superfícies vegetadas apresentam diferentes
albedos de acordo com o desenvolvimento da
cultura.
 O albedo do solo sem vegetação depende do
tipo de solo.
 O solo seco apresenta um albedo de entre 8 e
40% e o solo úmido entre 4 e 20%. Esta
diminuição se deve pois o albedo da água é
menor do que solo seco.
1.2-Temperatura
 Fator básico de distribuição de floras.
Cada espécie possui uma temperatura
mínima, abaixo da qual não cresce e uma
temperatura máxima acima da qual
suspende suas atividades vitais, e uma
temperatura ótima, em torno da qual se
verifica o melhor desenvolvimento.
Temperatura
 Depende de duas variáveis básicas:
 radiação solar incidente
 distribuição de águas e terras
Temperatura
 Classificação das plantas, segundo a
tolerância ou exigência térmica:
 megatérmicas: que vivem sob
temperaturas relativamente altas;
 microtérmicas: que habitam regiões frias;
 mesotérmicas: que crescem em
condições intermediárias.
1.3- Precipitação
 A queda de água da atmosfera para a
crosta terrestre processa-se sob:
 forma líquida (chuva e orvalho)
 sólida (granizo e neve).
 Sob o nome de precipitação oculta
considera-se a condensação noturna de
água sobre a folhagem das copas
florestais, a qual goteja e escorre pelos
troncos.
Chuvas
 As chuvas convectivas são produzidas
pela ascenção de ar aquecido. Pode ser
acompanhado de granizo ou saraiva.
 As chuvas orográficas são produzidas
pela ascençao do ar ao longo das
vertentes montanhosas expostas aos
ventos úmido. Nas vertentes opostas a
chuva é fraca ou nula.
Regime de chuvas
 Na zona equatorial chove durante todo o ano
de maneira regular embora exista dois máximos,
um na primavera e outro no outono.
 Nas zonas tropicais há período de chuva distinto
e bem marcado e outro completamente seco. As
chuvas coincidem com a posição mais alta do
sol, portanto no período do verão.
 Nas zonas subtropicais as chuvas concentram-
se no inverno e nas zonas temperadas as
chuvas caem durante todo o ano com maior
intensidade no inverno.
1.4-Umidade atmosférica
 Umidade do ar refere-se ao conteúdo de
água que está misturada com o mesmo de
forma homogênea no estado gasoso.
 Saturação –quando o ar está totalmente
impregnado de umidade
Umidade do ar
 As altas umidades relativas criam ótimos
ambientes para o desenvolvimento de
fungos e outros elementos patogênicos,
enquanto que as baixas umidades
relativas causam ressecamento e
proporcionam ambientes propícios para a
ocorrência de incêndios florestais.
Umidade do ar
 A diferença de umidade entre os povoamentos
florestais variam com a densidade das copas
das árvores. Onde as copas são fechadas, a
umidade geralmente é mais alta do que em
locais com densidades menores. Essa umidade
é mais alta durante o dia e mais baixa durante a
noite, sendo mais pronunciada nas florestas
com sub-bosque verde. Nas florestas decíduas,
seus efeitos sobre a umidade são muito suaves.
Umidade do ar
 A umidade relativa próxima ao piso
florestal é maior que aquela acima do
dossel, por causa da diferença de
temperatura e também porque a pressão
do vapor d'água nas copas é suavemente
mais elevado, devido á
evapotranspiração.
1.5-Vento
 A velocidade do vento é determinada pelo
relevo e pelas diferenças de temperatura
existentes;
 A velocidade do ar varia rapidamente com
a altura, sendo quase nula ao nível do
solo e bastante acentuada a poucos
metros de altura.
Vento
 O vento atua dentro da floresta de
maneira mais amena do que fora dessa,
influindo sobre o clima do seu interior.
Assim a velocidade do vento depende
também do grau de estratificação das
copas e da velocidade acima do dossel.
Vento
 Em árvores isoladas, pode contribuir para
fortes deformações no tronco e na copa.
O vento também retarda o crescimento
das plantas.
 A remoção de poeiras e partículas
orgânicas de um ecossistema para outro,
alterando a fertilidade do mesmo, é um
dos principais efeitos do vento nos
ecossistemas florestais.
Vento
 É útil, do ponto de vista fitogeográfico,
pela ação dispersiva que exerce sobre os
diásporos de imenso número de plantas,
facilitando migrações e a polinização
Vento
 Em regiões montanhosas, é o fator que
determina a ausência de árvores acima de
certa altitude, formando uma clara faixa
que circula as montanhas altas
( “timberline”).
 A influência dos ventos chega ao ponto
de determinar o tamanho de algumas
árvores, que diminui com o aumento da
altitude.
1.6-Índices climáticos
 Os índices são relações numéricas
estabelecidas entre alguns fatores
climáticos básicos, cujo objetivo é
exprimir, de maneira sintética,
características de alcance ecológico
referentes ao clima. Permitem comparar
duas ou mais localidades (estações), e
ainda, caracterizar, de algum modo, áreas
vegetacionais.
Índices climáticos
 Indicado os diagramas climáticos que
mostram não somente os valores de
temperatura e pluviosidade, mas também
a duração e a intensidade das
características de cada estação

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